Com a internet estamos menos só

Trechos da entrevista do sociólogo Manuel Castells, 
    
1. Se as pessoas se sentem sós, estarão menos sós com a Internet. O uso da Internet favorece a sociabilidade e diminui a sensação de isolamento. Quem a utiliza, tem mais amigos, sai mais frequentemente, participa mais politicamente, tem maiores interesses e atividades culturais. Internet expande o mundo.
    
2. Com ela a capacidade de investigar é como nunca existiu. Se você sabe onde buscar (que é a grande condição) e o que buscas, pode estar sempre atualizado.
    
3. Os Estados têm medo da Internet porque perderam o controle da comunicação e da informação, em que basearam seu poder ao logo da história. Ela é útil para a educação, os serviços públicos, a economia. O Estado entra na privacidade das pessoas. E sempre o fez, com ou sem uma ordem judicial. Se quiser, nos vigia. Todos os governos do mundo o fazem. O NOVO é que agora nós podemos vigiar os governos.
    
4. Internet altera as relações de poder, incrementando o poder dos que tinham menos poder. Isso não quer que os que sempre tiveram poder deixem de tê-lo. Tem, mas tem menos. No mundo dominado pela TV, as imagens ativam o medo. No mundo livre da Internet pode-se ter suficientes imagens de outro sentido para ativar seus outros elementos metafóricos, e assim diminuir o medo e aumentar a confiança.
    
5. Os jornais desocuparão os espaços de hoje, no dia em que a edição de papel seja um produto de luxo, que só alcançará às elites. Quando se pagar 30 reais por um jornal de papel, a maior parte dos leitores irá ler notícias na web.  

Olha quem está escrevendo


Em primeiro lugar eu gostaria de me apresentar: me chamo Adriano Peoh, sou publicitário e, algumas vezes me disponho a escrever.
Dizem que todo homem deve realizar três feitos antes de morrer: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Árvores eu plantei muitas em minha infância. Filho eu acabei de ter eu conto seus dias neste nosso planeta no blog Bebeavista. Agora livro, isso eu não sei se conseguirei escrever. Não por falta de tentativas, escrevo diariamente no blog da minha pequena e já expus minhas críticas em um outro espaço, o comacomosolhos.com, mas isso é passado e, na minha atual vida de pai meus textos mais extensos são as listas de compras de produtos infantis.
Aliás bebê é hoje o tema que mais domino. É engraçado como, de uma hora para outra um pai deixa de comentar sobre a alta da Bolsa de Valores e passa a discutir veementemente sobre a alta da do preço das fraldas. Como seu círculo de amizades muda de intelectuais bem apresentados para mães e pais descabelados.
Ainda sou novo nesse negócio de ser pai, mas espero usar este espaço para dividir um pouco com vocês esse mundo paralelo, que só quem tem um filhote em casa sabe do que estou falando.

Um abraço,
Peoh

A OPOSIÇÃO ESTÁ MORTA COMO A COBRA CORAL DO CACIQUE

Orlando


Já se perdeu a conta das vezes que foi dito que a oposição não tem discurso. Que a oposição não tem uma agenda de propostas para o País.
A oposição, há muito, perdeu o rumo.
E agora, ela perde por completo a razão e o que ainda lhe podia restar de juízo e moral.
A oposição, capitaneada pelos tucanos e demos, não tem nada para dizer e muito menos para fazer. E se desmoraliza.
Cada gesto e ação da oposição ou caem no vazio porque nada do que é feito por ela se sustenta e, por conseguinte, a faz cair no ridídiculo.
Não há um só brasileiro decente e de mente desinfectada do veneno atrofiador de cérebros expelido pelo PIG que leve a sério alguém da espécie vampiresca de um Mão Santa, ou cavernosas como Heráclito Forte, Agripino Maia e Arthur Virgílio – a nata cômica e debochada que tem espaço na mídia nacional, em especial no Jornal Nacional da Globo.
É essa a oposição que temos.
Uma oposição que quando governo nos brindou com um “BLECAUTE” que durou só dois anos. Nada assim tão significativo se você multiplicar 300 por 2 e descobrir que o resultado é 600 dias. Se for verdade que um dia tem 24 horas também é correto dizer que o apagão dos demotucanos nos atormentou ao longo de exatas 14.400 horas e causou um prejuízo ao País superior a 340 milhões de reais.
Espanta agora quando ocorre um blecaute no fornecimento de energia que atingiu dezoito estados e que teve apenas quatro horas de duração, o estardalhaço que a oposição tem feito como se fosse o prenúncio do apocalípse.
A oposição, que não sabe o que diz nem o que faz ou o que fazer, não sabia o que fazia nem o que dizia.
E começou a fazer cobranças contra o Governo. E a propor convocações de tudo quanto fosse autoridade do Governo.
Até que chegasse aonde ela queria: na Ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
O pífio argumento: ela já foi Ministra das Minas e Energia.
A mentira deslavada e insustentável: Dilma (que nem mesmo pode ser convocada, mas somente convidada e ainda assim, a só comparecer se bem o quiser) foi convidada a dar explicações aos ilustres e iluminados senadores porque é pré-candidata à presidência da República e a preferida do Presidente Lula para secedê-lo.
E mais: vem crescendo nas pesquisas ao passo que o candidato da oposição, um obscuro senhor de orelhas e gengivas deformadamente avantajadas, vem caindo juntamente com as obras que (ele) realiza ou que ainda realizaria.
Assim foi que a oposição, sob a clerevidência e inominável sapiência de Arthur Virgílio, apresentou requerimento junto à Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado Federal – CCT pedindo o comparecimento da Ong esotérica Cacique Cobra Coral.
(Não sorria que a coisa é séria! Isso consiste num pedido de um Senador da República filiado ao partido que se julga o berço da intelectualidade e vértice de toda sabedoria – o PSDB).
O pior é que o presidente da CCT ainda tentou manipular os membros da mesma dizendo que o requerimento fora aprovado. O requerimento nem sequer havia sido votado.
O presidente da CCT só podia ser um tucano, como Virgílio, o Sr. Flexa Ribeiro.
Ele só não poderia ser do meu Estado do Pará, mas é. Todavia, que fique muito claro: Flexa Ribeiro não me representa, ainda que eu contribua no pagamento do seu volumoso e injusto salário.
Ele fala, representa e faz parte de uma oposição que perdida, convoca para explicar as causas de uma queda de energia elétrica, umbandistas e feiticeiros, quando há técnicos do setor que, após conclusão de análises que se encontram em andamento poderão fazê-las claramente.
Veja bem, você que me acompanha: num país aonde a oposição despreparada se desespera, e para constrager a situação, convida a Fundação Cobra Coral para explicar dados técnicos e científicos sobre uma falta de energia, essa oposição é quem estar constrangida e constrange o País.
Essa oposição está técnica e cientificamente morta.
E nem Galileu explica tamanha e ridícula incompetência que a torna quase vulgar.

A oposição e a Estrela


Celso Ming
 
Até muito recentemente, os analistas políticos recitavam um mantra: "Nem o presidente Lula conseguirá eleger um poste."

Com isso, pretendiam lembrar que alta popularidade não garante transferência de votos, seja a quem for. Seguia-se que o candidato do presidente Lula teria de ter alguma luz própria para que não dependesse só da energia presidencial.

A ministra Dilma Rousseff nunca participou de uma eleição. Sua força nas urnas é desconhecida. Em todo o caso, já se sabe que, nesse ambiente pré-eleitoral, conta com pelo menos 20% de preferência nas pesquisas de intenção de voto, como ontem ficou confirmado com mais uma dessas sondagens, a CNT/Sensus.

Como é relativamente desconhecida para o eleitor, reforça-se a hipótese de que o capital eleitoral do presidente, que agora vai ser turbinado com o filme Lula, o Filho do Brasil, está, sim, sendo ao menos parcialmente transferido para a sua pré-candidata. Até onde vai isso é e será motivo para intermináveis discussões entre os especialistas na matéria.

A questão é bem mais profunda do que simples transferência de força eleitoral. É preciso avaliar, também, o quanto do avanço da pré-candidata Dilma Rousseff nas pesquisas não é produto do eclipse eleitoral da oposição.

Já foi dito e repetido nesta coluna que a oposição não tem discurso, não tem bandeira, não sabe o que quer. Ela não discute e não tem opinião formada sobre nenhum assunto importante da República, seja ele as novas regras para o desenvolvimento do pré-sal, a posição a ser tomada nas conferências internacionais sobre o meio ambiente, a guinada em direção à maior participação do Estado na economia, a reforma política, a reforma previdenciária ou a reforma tributária. Há quatro anos, pelo menos, a oposição não consegue sustentar nenhum braço de ferro com o governo. Um a um, os entrechoques políticos se esvaziam ou se transformam em pizza. Os últimos foram a CPI do Mensalão, a Operação Satiagraha, a CPI da Petrobrás e as sinecuras do Senado Federal.

Lá uma ou outra voz identificada com a oposição ao governo Lula de vez em quando faz alguma observação crítica sobre a escalada da gastança federal. Mas não passa disso e morre por aí.

A oposição não só é conivente com a clara deterioração das contas públicas, como, também, concorre ativamente para intensificá-la. Qual foi a posição dos deputados do PSDB e do DEM, os maiores partidos da oposição, na votação do projeto de lei na Câmara Federal que acaba com o fator previdenciário? Ora, foi de aprovação clara e cabal a mais essa disparada no dispêndio público.

O governador José Serra, um dos pré-candidatos da oposição à Presidência da República, bem que ensaia a pregação de que essa política econômica, que supervaloriza o real e mantém os juros na órbita da lua, não presta e tem de mudar. Pode não prestar, mas é um sucesso, o povo gosta e não quer mudança. O povo até voltou a sonhar em ser funcionário público. De mais a mais, se não presta, foi a política montada pelo governo Fernando Henrique, do qual Serra fez parte. E, se tem de mudar, qual é a opção melhor a ser proposta pelo pré-candidato José Serra?

O apagão da oposição favorece mais o candidato do governo do que o próprio governo.

Comparação governo Lula desgoverno FHC

Postei esta tabelinha feita pelo Emir Sader especialmente para os que sofrem do TOCAL - Transtorno Obsessivo Compulsivo Anti Lula -. Mas, sei que é tempo perdido eles não enxergam. 
Quadro3
Laguardia, mostre um dado desta tabela que não é verdadeiro.

Mensagens para o Serra


Serra está indeciso, não sabe se vai ou se fica, não sabe se fica ou se vai. Se lembra da acertada decisão de ter desistido de concorrer de novo contra o Lula em 2006, teria sofrido uma lavada e se queimado para sempre. Teve que refrear sua insaciável sede de poder e deixar que Alckmin fosse a vítima de Lula.

Mas agora não se decide. Deixar o governo do Estado, pelo qual tanto lutou, para tentar a presidência e ser derrotado de novo, significaria liquidar sua última tentativa de chegar à presidência – com que sempre sonhou. E ainda ficar sem o governo do Estado, sem instrumentos de poder, sabendo que sem isso fica reduzido a nada. Ou desistir de concorrer e ficar no governo de São Paulo, deixando passar sua última tentativa, renunciar a concorrer de novo, ir embora da política com toda a geração de tucanos e demos que se retirarão para o anonimato.

Mandemos mensagens para o Serra.

A minha:

Seja candidato. Defenda publicamente o que vocês dizem diariamente: Que os sucessos do governo Lula se devem ao governo de FHC (do qual você foi sempre ministro, da área econômica, depois da saúde). Trate de explicar isso. Defenda o governo do mesmo bloco de partidos que te apóia hoje, defenda as privatizações, defenda a Petrobrax, defenda a política econômica de que você fez parte, tente explicar como vocês dizem que as políticas sociais do governo Lula foram começadas no governo FHC, mas este foi rejeitado brutalmente pelo povo brasileiro, enquanto o governo Lula é aclamado. 

Reitere que o Brasil, ao apoiar o retorno do presidente legalmente eleito de Honduras contra o golpe militar, fez uma “trapalhada”, nas tuas desastradas palavras. Explique porque fugiu do Brasil poucos dias depois do golpe e abandonou a UNE, da qual era presidente e os estudantes, na sua dura e linda luta contra a ditadura. Seja candidato, critique o governo Lula, diga porque está contra a continuidade deste governo coma Dilma. Diga quem dirigirá tua política econômica. Que mudanças fará na política exterior. Que cargos terá o DEM no teu governo. Seja candidato, Serra, tenha coragem, enfrente o país e o povo, submeta-se ao voto popular. 

Mandem as mensagens de vocês ao Serra.

Quem é o louco?

Quem deu estas respostas abaixo a Empresa Brasileira de Comunicação é um *louco, qual tua opinião?



EBC: O que ficou decidido sobre a atuação dos dois países nos conflitos do Oriente Médio?


As causas dos conflitos do Oriente Médio constituem uma das questões mais complexas do mundo. Temos que identificar as raízes e assim tratá-las. Vamos continuar nossas conversas com o presidente Lula nesse sentido. E espero que, baseados na Justiça, possamos chegar a uma solução, porque o presidente Lula deseja Justiça e nós, também. Pode ser que nossas informações sejam diferentes e até nossas atitudes e nossos comportamentos. Se intercambiamos nossas opiniões e ideias, pode ser que isso coincida e criaremos uma opinião. Estou muito “esperançado” e espero que Deus ajude nisso.


EBC: Com o conjunto dos acordos assinados hoje o que vai representar em termos de balança comercial entre Brasil e Irã?


O Produto Interno Bruto (PIB) iraniano é da ordem de US$ 800 bilhões (paridade de poder de compra), isso num momento em que os preços no país estão muito baixos em termos internacionais. É muito natural que as relações entre os dois países sejam feitas em torno do desenvolvimento econômico – nós temos potencialidades e também necessidades. E  Brasil, o mesmo. Podemos trabalhar em um sistema de complementaridade na atividade produtiva e comercial para que os dois países se desenvolvam economicamente com mais aceleração.


EBC: O presidente Lula conseguiu mudar a sua visão sobre a questão nuclear?


Será que ele queria fazer isso?


ABr: Havia uma expectativa de que o Brasil e o Irã poderiam estabelecer um caminho comum na questão nuclear?


O caminho comum não significa alteração das visões. Nós estamos caminhando por um caminho e isso quer dizer que também estamos fazendo cooperações naquilo que é semelhante entre os dois países.


EBC: O Irã assinou o tratado de não proliferação, e existe inclusive uma lei rigorosa religiosa que proíbe armas nucleares. Por que o resto do mundo tem dificuldade de acreditar no Irã?


Não é o mundo, são alguns países que tem hostilidade conosco, eles querem monopolizar a energia nuclear. Até são contra o desenvolvimento do Brasil e também são contra o desenvolvimento do Irã. Inspecionaram atividades [nucleares] iranianas e foi divulgado pela Agência Internacional de Energia Nuclear que não houve desvio no programa nuclear iraniano.


EBC: De onde vêm os fundamentos das críticas?


Aqueles que estão contra o Irã não são pessoas que estão contra os armamentos nucleares; porque eles têm. Se alguém está contra um ato ilegal, inaceitável, em primeiro lugar, não tem que fazer isso. Como eles estão praticando isso e querem que outros não pratiquem? Nós pensamos que a era dos armamentos nucleares já chegou ao fim. Se esses armamentos nucleares fossem úteis, teriam ajudado a União Soviética e também o governo norte-americano a vencer no Afeganistão e no Iraque. O regime ocupacionista de Israel também poderia ganhar algo em Gaza. Sabemos que isso não ajuda. Tanto pelos regulamentos como pelos pensamentos sobre o uso desses armamentos. Pela religião, é proibido, e no pensamento lógico isso também não funciona. Nós achamos que aqueles que estão à procura de armamentos nucleares são pessoas politicamente atrasadas. A era dos armamentos já acabou. Começou a era da humanidade, do pensamento: o poder dos povos é o pensamento e não os armamentos nucleares.


EBC: O Irã vai continuar sua experiência com enriquecimento de urânio ou vai comprar no exterior o urânio enriquecido de que precisa?


Continuamos o enriquecimentos de urânio para combustível em nossas usinas. O que nós queremos comprar é combustível para um reator que ajuda na produção de medicamentos. Nós propomos isso para que se desenvolva a cooperação em nível internacional. E deixamos uma oportunidade para que aqueles que estavam contra o Irã possam estabelecer uma cooperação com o programa nuclear iraniano.


EBC: Há uma minoria judia no Irã que relata ser muito bem tratada, acolhida, respeitada pelos iranianos, mas há outras minorias que enfrentam certas dificuldades, como, por exemplo, 18 líderes Baha'is presos recentemente e outras pequenas minorias que reclamam por direitos humanos. O Irã, que sofreu com o autoritarismo de outros países, pode se permitir condições autoritárias para parte de sua população?


Pela Constituição iraniana, todas as religiões divinas são livres para praticar suas tradições, como judeus, cristãos, muçulmanos.  Essas religiões podem praticar seus costumes e cultos e ter representação no governo e no Parlamento. A nossa Constituição não considera Baha'is como religião. Não é uma religião, é um grupo político e, por isso, não é reconhecido pela Constituição. No Irã, na convivência pessoal, eles (Baha'is) estão livres, mas não podem estar presentes na governança do país ou ter um centro para seus cultos. Isso é lei.


EBC: Essa resposta provocou uma dúvida: O que é democracia para o senhor?


Hoje democracia tem mais de 50 aspectos diferentes. Um conceito e uma definição, por exemplo, é o governo do povo para o povo. E os meios para atingir isso são diferentes, mas só sabemos que o grau de democracia no Irã é muito alto. Cerca de 70% das pessoas participaram das eleições, isso mostra alta participação e alta liberdade, podemos dizer. É que no Irã não existe obrigatoriedade de voto nas eleições. Isso acontece em plena liberdade. Os candidatos também estão livres para expressar suas ideias, uma liberdade plena, em todas as instituições do Irã.


EBC: E qual é o melhor exemplo?


Nós achamos que a democracia que terá sucesso é a que for baseada em aspectos bons. A democracia que está sustentada no domínio do poder e da riqueza, essa não é democracia. Basta olhar para Estados Unidos – são dois partidos que participam. Será que toda a população americana se divide entre esses dois partidos? E eles estão obrigados a votar nesses dois grupos, não têm outra opção. Porque tanto a mídia quanto a riqueza estão nas mãos desses grupos, se aparece um independente, certamente não vai ganhar, porque o sistema eleitoral lá é muito custoso. Quem pode ganhar é o que gasta muito, milhares... E o resto da população? Qual é a sua posição? E na Europa também é o mesmo. Só dois partidos que normalmente ganham mais votos. Certamente a democracia aqui no Brasil e no Irã é mais avançada quando comparada com o resto do mundo.


EBC:  O senhor acha que democracia do Brasil pode servir de modelo?


Acho. Acho que existe liberdade no Brasil, existem muitos partido,s e o poder não está dividido em grupos específicos. Nos Estados Unidos, o poder durante os últimos 100 anos está dividido entre dois partidos apenas. Como isso pode acontecer? Isso quer dizer que a democracia lá é muito limitada, mas, no Irã, até as pessoas independentes, sem filiação partidária, podem participar das eleições. O dinheiro não é definição para participação. Mas nos lugares em que o dinheiro define a participação, onde está o lugar do povo? Desejamos que chegue um dia em que possamos aplicar a vontade dos povos. Desejo mais uma vez prosperidade e desenvolvimento para a nação brasileira e para todas as nações.


* Quem deu estas respostas a EBC foi Mahmoud Ahmadinejad, o presidente do Irã.