ODE AO COMENTARISTA ANÔNIMO

por Giovani de Morais e Silva
Você amigo anônimo.
Que teme o que vai dizer.
Que se esconde não sei de que.
Que se expressa de forma vil.
Que vomita pensamentos,
Que não pensa nos tormentos,
Que afligem a quem não te viu.

Seja mais forte, tenha coragem,
Mostre sua cara, mostre seu brio
Pense em você e na sua imagem.
Não seja assim tão vazio.

Mas se omites a tua cara,
Mas disparas a tua fala,
De forma grosseira e pouco gentil,

Eu vou te dar um conselho,
Não te olhes mais no espelho,
E vá prá P.... que o pariu!

Comentem! O comentário é o prêmio do blogueiro!



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“Opinion”, Le Monde, Paris


Tradução de Caia Fittipaldi

O Sul emergente já aparecera antes, em cena que provocou frisson e alarido no palco internacional, em domínios do meio ambiente e do comércio. Essa semana, inaugura nova etapa, importante sinal de o quanto aumenta o poder desses países.
Ei-los ativos em terreno que, até agora, permanecia como quase-monopólio das tradicionais “grandes potências”: a proliferação nuclear no Oriente Médio – ou, em resumo, a relação de forças numa região-chave para Europa e Estados Unidos.
Os livros de História guardarão a data – 2ª-feira, 17 de maio –, em que Brasil e Turquia apresentaram à ONU acordo negociado com Teerã, sobre uma das facetas da questão nuclear iraniana.
Pense-se o que se pensar sobre o texto que resultou dessa mediação turco-brasileira, a própria mediação, em estratégia de mostrar fato consumado – não foi mediação solicitada –, muda consideravelmente o quadro mundial. Ela quebra de facto o domínio até agora reservado aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU: China, EUA, França, Grã-Bretanha e Rússia.
Endereçada exatamente a esses, a mensagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan é clara: nem pensem, em 2010, em porem-se a reinar só vocês, sobre uma ordem internacional na qual o peso das nações evolui a favor de países como os nossos (o Sul emergente estende-se do Egito à África do Sul, da Nigéria à Indonésia).
AMBIÇÕES POLÍTICAS LEGÍTIMAS
Para os que ainda não entenderam: Brasil e Turquia, segunda-feira passada, puseram os pontos nos “is”. São membros, sim, do grupo dito “5 +1”, ou “os Cinco” que, na ONU, discute a questão nuclear iraniana.
O grupo é constituído dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança acima citados, mais a Alemanha. Os cinco países acusam o Irã de descumprir compromissos internacionais e de ignorar várias Resoluções da ONU. Suspeitam que Teerã mantenha um programa de enriquecimento de urânio que parece ter uma única finalidade: militar.
As ambições políticas dos países do Sul são legítimas. Têm de ser acolhidas positivamente. Mas, no caso do dossiê iraniano, a desconfiança dos Cinco tem fundamento. Evidentemente, todos saudaram a iniciativa turco-brasileira como “um passo na direção certa”.
Simultaneamente, para marcar a desconfiança quanto à substância do acordo anunciado em Teerã, os Cinco já avisaram, na 3ª-feira, que manterão a pressão sobre o Irã. Trabalham agora num projeto de Resolução que prevê novas sanções contra a República Islâmica.
Têm razão. O documento turco-brasileiro propõe que uma parte – apenas uma parte – do urânio iraniano seja armazenada no exterior, em troca de combustível enriquecido só aproveitável para uso civil. Assim, não se impede o Irã de produzir o urânio mais potente de que carece para produzir arma nuclear.
Os iranianos já disseram, ontem: não pensam em suspender seu próprio programa de enriquecimento de urânio… Têm razão, pois, os Cinco, que exigem mais.

COM O POVO OU CONTRA O POVO?


Decide-se hoje a sorte do projeto ficha-limpa,  na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.  A dúvida é saber se o líder do governo, Romero Jucá, pedirá vistas, apresentará emenda ou simplesmente mobilizará as bancadas oficiais para ausentar-se ou votar contra. Qualquer das quatro  hipóteses impedirá que a proposta venha a ser votada imediatamente pelo plenário e suba à sanção presidencial ainda a tempo de valer para as eleições de outubro. Ficaria para 2012, desmoralizada e sujeita a mudanças  capazes de desfigurar ainda mais o texto apoiado por 1 milhão e 600 mil eleitores.

Senadores como Demóstenes Torres, presidente da CCJ, e Pedro Simon, insistem na aprovação imediata  e mostram-se dispostos a enfrentar Romero Jucá, mas o que deve pesar mesmo na decisão da maioria é o interesse do governo. Mais propriamente, do presidente Lula. Há quem suponha que, embalado pelo sucesso de sua incursão no plano internacional, o primeiro companheiro  tenha deixado instruções para os senadores do PT votarem como quiserem, na Comissão de Constituição e Justiça e depois, no plenário.  Trata-se de um bom sinal, para os defensores do ficha-limpa, em especial diante da informação de que, aprovado, o Lula  não vetará o projeto. 


A decisão que vier a ser tomada exprimirá a sintonia ou a separação  do Senado com a opinião pública. Fosse feito um plebiscito e 99% da população apoiariam a proibição de cidadãos condenados pela Justiça candidatarem-se a cargos  eletivos.

Eleição 2010: Não há como fugir do debate plebiscitário


O cientista político Emir Sader é um dos principais pensadores da política de esquerda no Brasil.
Em entrevista ao Jornal do Comércio, de Porto Alegre, ele analisa o cenário eleitoral deste ano e sustenta que não há como fugir do debate plebiscitário entre a candidatura de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), a partir das gestões do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e do petista Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010).
Ele argumenta que, num cenário de avaliação entre as duas gestões, a eleição acabará sendo decidida com os votos dos setores populares que, amparados pelas políticas sociais, melhoraram suas condições de vida e tiveram acesso a bens fundamentais.
Forte crítico da administração tucana, acrescenta que o plano de Serra é chegar ao governo para implementar um pacote econômico com duro ajuste fiscal, repetindo a fórmula do PSDB.
Em contraposição, como colaborador na formatação do plano de governo de Dilma, Sader informa que, além da manutenção da política econômica, as diretrizes do programa serão educação, habitação e saneamento básico. “O pré-sal vai ser a grande fonte para fazer isso”, acrescenta.
A reportagem e a entrevista é de Paula Coutinho e Gisele Ortolan e publicada pelo Jornal do Comércio, 17-05-2010.
Leia a entrevista Aqui

O G1/PiG, os sepulcros caiados e os argueiros

Sepulcro caiado representativo do PIG
O G1, da família Marinho, noticiou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou em R$ 53,2 mil o Instituto Sensus por ter divulgado pesquisa eleitoral antes do prazo legal (a regra eleitoral estipula o prazo de cinco dias para a divulgação, a contar do registro das informações no TSE; o Instituto Sensus divulgou com antecedência de 24 horas, em 13 de abril).

Vale lembrar que a pesquisa, divulgada no dia 13 de abril, apontava empate técnico entre o pré-candidato tucano José Serra (32,7%) e a petista Dilma Rousseff (32,4%). A multa foi pedida pelo PSDB.

Na verdade, o Sensus havia feito o registro da pesquisa no dia 5 de abril, mas cometeu um erro material ao indicar o Sindicato de Trabalhadores em Concessionárias de Rodovias (Sindecrep) como a entidade que encomendou os serviços, quando na verdade queria se referir ao Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada de São Paulo (Sintrapav).

Ao notar o lapso, o instituto levou novo formulário de registro à Justiça Eleitoral, isso no dia 9 de abril. Todavia, 6 entre os 7 ministros do TSE entenderam que o registro não se consolidou no dia 5 de abril, mas somente quando o nome do sindicato que encomendou a pesquisa foi corrigido.

Fácil perceber que o TSE não multou o Sensus por ter cometido algum erro metodológico, manipulado resultados ou agido de má-fé, mas em função de negligencir o prazo de cinco dias entre o registro e a divulgação da pesquisa.

Em que pese tais circunstâncias, vejam o título malicioso que consta na matéria veiculada no Portal G1 (ver clicando aqui): Instituto Sensus é multado em R$ 53 mil por erro em pesquisa eleitoral.

Onde está o erro, cara-pálida? Ora, o TSE não afirmou que houve erro na pesquisa, mas antecipação de um dia na divulgação do seu resultado! Erro, se ocorreu, foi em relação a data da divulgação, não envolvendo a pesquisa em si.

E qual a razão para tamanha desfaçatez na elaboração de um frontispício tão desconectado com a realidade (e com o próprio corpo da matéria)? Parece-me óbvio: desconstituir a pesquisa do Instituto Sensus, que apontava empate técnico entre Serra e Dilma (quando os outros institutos de pesquisa, como o DataFolha, indicavam ampla vantagem do candidato tucano).

Conforme o Novo Testamento (Bíblia Sagrada, Mateus 23.7), Jesus dirigiu-se aos fariseus, comparando-os aos sepulcros caiados:

“Ai de vocês, escribas e fariseus, hipócritas! Pois são semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos mortos e de toda a imundícia”.

Pois as Organizações Globo e os demais membros do PiG (Partido da Imprensa Golpista) estão agindo, conforme demonstra de forma cabal a matéria em testilha, como sepulcros caiados. Por fora, são faustosos. Mas pelo seu interior só se encontra imundícia.

Aliás, já que o blog hoje está imerso em reflexão religiosa, mais um versículo bíblico merece ser endereçado ao PiG:

“E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho; estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão” (Mateus 7.2-5).

Nos olhos da grande mídia empresarial há uma enorme, uma gigantesca trave, melhor, uma penca de traves! Esses falsos do PiG não reúnem legitimidade para apontar eventuais argueiros no olho do governo Lula ou da candidatura de Dilma.


Postado por Charles Leonel Bakalarczyk

O papagaio, a calcinha e a pernambucana

Uma pernambucana, antes de ir para seu cursinho pré-vestibular,
passava por uma  rua que tinha um papagaio em cima do muro...
Um dia, quando ela passava por  essa rua indo a caminho do curso, o
papagaio grita:
- Pernambucana tá de calcinha preta!
E, por incrível que pareça, o papagaio acerta na mosca.
A menina continua e  pensa que foi apenas um golpe de sorte.
No outro dia, indo de novo, o papagaio grita mais uma vez:
- Pernambucana  tá de calcinha branca!
Novo acerto e dessa vez a menina fica meio assustada com a situação,
mas acha que o papagaio tarado teve sorte novamente no palpite.
No terceiro dia,  no mesmo trajeto, o papagaio denuncia:
- Pernambucana tá de calcinha vermelha!
Ela dessa vez FICA indignada com a adivinhação do papagaio.
No outro dia,  resolve sair sem calcinha, só pra testar.
O papagaio não falha:
- Pernambucana tá de calcinha cabeluda!
Irritadíssima, ela toma uma decisão drástica.
No dia seguinte passa sem calcinha e depilada.
Vai passando, e o papagaio não diz nada.
Ela já ia virando a esquina, crente de que havia tapeado finalmente o
penoso, quando  ouviu o grito:
- Ê Pernambucana!
Ela se volta, impaciente:
- O que é papagaio?
- Passou no vestibular, foi?
 

A VIDA É RESUMIDA EM 5 GARRAFAS