E-mails

[...] ferramenta permite agendar o envio

Alguma vez você já pensou em como seria mais fácil se pudesse agendar o envio de um email para um determinado horário? Ou até mesmo um envio para você mesmo, te lembrando de alguma atividade? Pois este site oferece um serviço gratuito que realiza esta tarefa a partir de uma interface online.

Tudo é muito simples. Você só precisa se inscrever no serviço e a partir daí, escrever a sua mensagem, definir o destinatário e acertar a hora exata do envio. Dá inclusive pra programar que uma mensagem seja enviada sempre em um mesmo horário de um mesmo dia, lembrando o usuário de alguma atividade importante. O serviço funciona com qualquer servidor de email, e é possível cadastrar quantos remetentes você quiser.

Economia

[...] inflação começará a cair este mês

A presidente Dilma Rousseff acredita que a inflação mensal, medida pelo IPCA, começa a ceder em maio, mantendo-se em patamares baixos nos três meses seguintes. Isso, na avaliação do governo, dará fôlego ao Banco Central (BC) para melhorar as expectativas dos agentes econômicos, que vêm se deteriorando desde o início do ano.
A presidente sabe, no entanto, que apesar da queda do IPCA entre maio e agosto a inflação acumulada em 12 meses poderá superar os 6,5%, o limite superior do intervalo de tolerância do regime de metas. Em conversas reservadas, Dilma tem dito que a inflação de 2011 não é “culpa” deste governo. “O mercado vê Dilma como um governo de oito anos [de Lula] e quatro meses. Para ela, seu governo tem quatro meses”, diz um assessor.
Dilma aproveitou a reunião do Conselhão (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), na semana passada, para harmonizar o discurso do governo. Tanto ela quanto os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Antônio Palocci (Casa Civil), além do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, salientaram em suas apresentações a preocupação prioritária com a inflação.
O propósito foi mostrar ao mercado que o governo está unido. Em seu discurso, Dilma reconheceu que os preços subiram no Brasil por causa de “choques internos adversos na produção de bens como alimentos in natura e etanol”, além das pressões internacionais. Insistiu em afirmar que a economia crescerá de forma acelerada em 2011, mas fez isso apenas para não adormecer o “espírito animal dos empresários”.
Falando publicamente sobre o tema pela primeira vez neste governo, Palocci fez questão de ressaltar que o ataque à inflação é “sem dúvida uma prioridade que não devemos abandonar”. O ministro, seguindo acerto feito com a presidente, não fala publicamente sobre política econômica, a não ser quando autorizado, mas na convivência diária com ela tem tratado do tema. A “nova” política, focada mais na inflação e menos no câmbio, está mais à sua feição.
No discurso feito no Conselhão, Palocci chamou a atenção para a necessidade de o governo desenvolver o mercado privado de títulos de longo prazo, uma forma de reduzir a dependência das empresas do crédito subsidiado do BNDES. Dois dias depois, a mesma preocupação constava da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom), o que também revelou afinidade entre Palocci e Tombini.
O novo ambiente fez o BC mudar sua estratégia. Agora, a autoridade monetária recorrerá mais à taxa básica de juros (Selic) e menos a medidas macroprudenciais para combater a inflação. Na prática, Tombini se sente mais encorajado a perseguir a inflação com o instrumento convencional de política monetária – os juros. Não vai fazer isso de uma só vez, mas gradualmente, dado o elevado grau de incerteza da economia mundial. O BC rendeu-se também ao fato de que, depois de recorrer a medidas macroprudenciais, os bancos centrais de vários países emergentes voltaram a elevar juros – entre as duas últimas reuniões do Copom, 11 países emergentes fizeram isso.
Definidas as correções da política econômica, a presidente Dilma considera maio o mês do verdadeiro início do seu governo. É neste mês que ela pretende anunciar as iniciativas que, na sua acepção, marcarão a gestão, diferenciando-a da do seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. “O governo começa, em maio, a ter a cara da presidente”, sustenta um assessor.
Na semana passada, Dilma lançou a primeira de cinco iniciativas prioritárias do governo – o Programa Nacional de Ensino Técnico e Capacitação Profissional (Pronatec), voltado para a formação de mão de obra. Ela pretende divulgar, também este mês, e por essa razão vem cobrando pressa do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante, o programa que concederá 75 mil bolsas a brasileiros interessados em estudar Ciências Exatas no exterior.
Uma terceira iniciativa, esta uma promessa da campanha presidencial, é lançar, se possível em maio, o Programa de Erradicação da Pobreza.
Dilma faz seus ministros e assessores correrem contra o relógio para enviar ao Congresso, ainda este semestre, propostas de mudança no regime tributária. Embora não ambicione fazer uma reforma ampla, a presidente quer, com as novidades, dar agilidade à devolução de créditos tributários, beneficiar micro e pequenas empresas, estimular as exportações, combater a guerra fiscal e desonerar os investimentos e a folha de pessoal, estimulando o aumento do emprego formal. “Há cerca de R$ 15 bilhões em créditos tributários a serem devolvidos às empresas. Isso é pior do que o câmbio [apreciado]“, diz um auxiliar de Dilma.
Além da reforma dos tributos, a presidente vai lançar, também em maio, o fórum de gestão e competitividade, um canal permanente de interlocução com o setor privado para discutir a criação de mecanismos que tornem a máquina pública mais ágil e eficiente e menos onerosa. O principal interlocutor de Dilma nesse fórum será o empresário Jorge Gerdau, criador e líder do Movimento Brasil Eficiente.
Cristiano Romero

por Alon Feuerwerker

[...] alguns instantes para compreender

Consta que mesmo no finzinho do Terceiro Reich, com o exército soviético às portas de Berlim, os escalões superiores do nazismo guerreavam entre si pela sucessão do führer caído, ou prestes a cair.

Vista retrospectivamente, foi uma exibição da irracionalidade que acompanha o alheamento nas situações extremas de derrota. Acontece também nas grandes vitórias, como euforia incontrolável.

Mas esse diagnóstico da irracionalidade dos candidatos a herdeiro de Adolf Hitler em abril/maio de 1945 é análise em retrospectiva, coisa sempre facílima de fazer. O produto do trabalho do engenheiro de obra feita nunca apresenta problemas. É sempre perfeitinho.

Até a Segunda Guerra Mundial não havia o hábito de responsabilizar criminalmente governantes de países derrotados no campo de batalha. O Tribunal de Nuremberg foi uma novidade.

E a cúpula nazista confiava em duas variáveis para ganhar a condescendência anglo-americana.

A possibilidade de a guerra prosseguir, agora entre o Ocidente e a União Soviética. E a suposta necessidade de os aliados precisarem de um Estado alemão para administrar a população e o território.

Como se sabe, os cálculos dos nazistas estavam errados. No fim, quem não se suicidou morreu na forca ou pegou cadeia pelo resto da vida, ou quase.

O Tribunal de Nuremberg talvez seja o símbolo mais explícito da ética das guerras. Quem as ganha costuma ganhar também o direito de narrá-las conforme a conveniência. E de fazer o juízo sobre os atos dos beligerantes.

É cruel mas é assim. Nenhum líder aliado da época pagou pela decisão de, no fim do conflito e com a Alemanha já militarmente condenada, bombardear cidades alemãs que não podiam ser consideradas alvos militares strictu sensu.

É aliás uma ferida aberta na história alemã. Motivo de evocação periódica ali de nacionalistas e neonazistas.

O objetivo era quebrar a moral da população e reforçar a inevitabilidade de os alemães se renderem incondicionalmente.

O mesmo valeu para as bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki. Elas tiveram dupla utilidade para os Estados Unidos. Evitaram o imenso custo material e humano que significaria guerrear pela conquista territorial do Japão. E mandaram um recado para a União Soviética.

Eis por que a dúvida retórica sobre se Nagasaki e Hiroshima foram o último ato da Segunda Guerra ou o primeiro da Terceira. Que, como se sabe, não chegou a acontecer do jeito temido.

Os limites éticos e legais à brutalidade nas guerras são coisa recente. Têm um efeito, pois certos procedimentos, brutais ao extremo, hoje carregam risco bem maior de consequências desagradáveis para quem comete.

Mas a essência da ética nas guerras continua a mesma: vale mesmo no fim das contas é ganhar.

Quando Barack Obama venceu a eleição americana uma parte dos analistas cometeu certo erro primário. Entendeu que a eleição do negro democrata era a senha para a retirada da superpotência.

Mas Obama é presidente dos Estados Unidos para defender o interesse nacional dos Estados Unidos, ainda que numa situação nova.

Os Estados Unidos estão em guerra contra movimentos de origem islâmica, aliados a outros de raiz antiamericana mas laica, que pretendem extirpar a presença e a influência de Washington do Oriente Médio, e do mundo muçulmano em geral. E do mundo em geral.

A missão de Obama é ganhar a guerra, não capitular. Nem fazer um bom acordo de retirada. Se não trabalhar para cumprir a missão será ejetado da cadeira. Simples assim.

Cada um faz seu cálculo. Calcula se é melhor confrontar ou compor. No Egito, por exemplo, a Fraternidade Muçulmana parece inclinada à segunda hipótese.

O presidente dos Estados Unidos tem a missão de ganhar as guerras em que os Estados Unidos estejam metidos. É o comandante-em-chefe.

Eis uma verdade simples, que deve ter ficado bem clara nos últimos dias aos protetores e amigos paquistaneses de Osama Bin Laden.

Uma verdade que o próprio teve pelo menos alguns instantes para compreender, na plenitude.

Álcool anidro

[...] o Estado tem de intervir? Tem, veja porque 


A nossa imprensa, sempre dedicada a desinformar e a fazer “campanhas” contra a Petrobras não conseguiu, em semanas, fazer uma matéria tão esclarecedora quanto a que publicou ontem a agência Reuters.
Com base nos dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP, que monitora os preços do setor, o quadro fica escandaloso.
O preço do álcool anidro  – aquele que é misturado à gasolina por razões técnicas e ambientais – vendido pelas usinas de cana às distribuidoras subiu, entre 21 de janeiro e 20 de abril acumulou uma alta de 122 por cento. Passou de R$ 1,22 para R$ 2,72.
Com a alta, que tinha condições de processar álcool anidro – o processo é diferente da produção, pois há adição de cal virgem para reduzir a presença de água – correu para o que dava mais lucro.
Nesse período, o preço do anidro representou uma vantagem média de 65% sobre o hidratado.
Como o preço do anidro alto empurra para cima o preço da gasolina que o contém, mesmo a Petrobras não alterando o preço da gasolina em suas refinarias (que se manteve em R$ 1,05), o valor nas bombas subiu.
E se a gasolina sobe, o álcool hidratado sobe atrás porque, ficando mais cara a  gasolina sobe a sua demanda e, como para fazer mais anidro a sua oferta diminuiu.
E como a frota de carros – e de carros flex – aumentou e carro não anda sem combustível, a ponta da procura estava garantida.
Tudo, portanto, é um jogo de opções por preços. Menos o efeito disso na economia em geral e na do cidadão em particular.
Agora, o preço do álcool está baixando. Nas usinas, mas não nos postos.
E vai cair mais. Por isso, as distribuidoras  compram apenas o necessário à demanda de curto prazo, porque sabem que, amanhã, vão comprar mais barato. Nada de estoques, portanto.
O quadro que estamos vivendo hoje – com reflexos severos em toda a economia, como mostraram hoje os dados do IBGE, que estão no post anterior – é resultado da liberdade que as usinas têm de produzirem o quanto quiserem de cada produto (acrescente aí o açúcar, outra opção) e das distribuidoras de administrarem seus estoques ao bel-prazer das conveniências financeiras.
A m,edida provisória assinada por Dilma Rousseff, que passa a tratar o álcool como o que ele é (combustível) e não mais como outro produto agrícola qualquer dá poderes à ANP para entrar nessa roda.
Pode estabelecer cotas, controlar a produção  de cada produto processada, medir estoques das distribuidoras, limitá-los na safra  ou fixá-los volumes mínimos nos períodos em períodos críticos como os de hoje.
Embora a MP esteja em vigor, não se teve notícia de nenhuma ação da ANP.
E nós, que vergonha, dependemos que uma agência de notícias estrangeira se interesse em desvendar as razões do aumento de preço dos combustíveis. A nossa prefere ficar batendo na Petrobras, pressionando por um aumento de preço pela empresa e torcendo, torcendo muito, para isso fazer estourar a inflação e desgastar Dilma.

Planejamento público

[...] as novas etapas

A próxima etapa do planejamento público - tanto no governo federal quanto em estados como Minas Gerais - será o foco no cidadão, em indicadores de resultados objetivos, de entrega do produto serviço público ao cidadão.
Para tanto, o grande desafio será o de definir os indicadores adequados de mensuração.
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No caso do PPA (Plano Plurianual) federal, haverá dois tipos de bases de dados.
O IBGE será o centro, com dados nacionais de expectativas de vida, condições de vida etc. Mas para dados objetivos setoriais, se recorrerá a bancos de dados específicos.
Por exemplo, para saúde, os dados do Datasus. Para a universalização da luz elétrica, IBGE e Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), com indicadores como o DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora).
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Ao preencher os programas, cada Ministério terá que apontar os indicadores, as metas a serem alcançadas, as fontes de consulta, informações sobre quem gera os dados, datas e níveis de referência etc. Mas sempre com o foco no resultado final para o cidadão.
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O Ministério distribuiu uma cartilha visando uniformizar o entendimento sobre o tema. A partir dos princípios gerais, pela primeira vez será possível se ter um plano estratégico rigoroso.
Para tanto, foram definidos alguns princípios básicos a serem incorporados a cada planejamento setorial:

• participação social como importante instrumento de interação entre o Estado e o
cidadão com vistas à efetividade das políticas públicas:
• incorporação da dimensão territorial na orientação da alocação dos investimentos;
• valorização do conhecimento sobre as políticas públicas na elaboração dos Programas Temáticos;
• foco na execução das políticas públicas, reforçando a necessidade de realizar as Iniciativas definidas no plano;
• estabelecimento de parcerias com os estados, os municípios, a iniciativa privada e a sociedade civil, visando à união de esforços para o alcance de objetivos comuns;
• foco na efetividade, entendida como desempenho quanto à transformação de uma realidade, que aponta mudanças socioeconômicas, ambientais ou institucionais necessárias e que deverão decorrer das políticas públicas;
• foco na eficácia, relacionada com a dimensão tática do plano, entendida como a incorporação de novos valores às políticas públicas e a entrega de bens e serviços ao público correto, de forma adequada, no tempo e no lugar apropriados;
• aperfeiçoamento das diretrizes para alocação orçamentária mais eficiente e priorização dos investimentos.
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Com os indicadores será possível avançar na reforma administrativa.
Como adverte Mirian Belchior, não se fará nenhuma mudança radical. O aprimoramento da gestão virá de forma fatiada, identificando os principais processos e aprimorando seu desempenho.
Quem diria tempos atrás que ninguém mais reclamaria das filas do INSS?, pergunta ela. A própria união da fiscalização da Receita e do INSS foi outro avanço relevante, assim como a implantação do processo de monitoramento do PAC.

Os Macrodesafios
O Manual orienta cada Ministério a definir um Macrodesafio. Cada um deles é desdobrado em vários Programas Temáticos. Debaixo de cada um deles, um ou mais Objetivos claros. Cada Objetivo precisa definir a forma de implementação, levando em contas aspectos políticos, sociais, econômicos, institucionais, tecnológicos, legais e ambientais. Essa descrição servirá de orientação para as ações do Estado.

As dimensões do planejamento
Dados os macrodesafios, o Plano se desdobra em Dimensão Estratégica, a visão de longo prazo do Governo. Dimensão Tática, caminhos exequíveis para o alcance dos objetivos, vinculando os programas temáticos necessários para atingir os objetivos propostos. Dimensão operacional, que é o desempenho da ação governamental no nível da eficiência, tratando da busca e otimização dos recursos e da qualidade dos produtos entregues.

Os Programas Temáticos
O PPA propõe 60 programas temáticos a serem desenvolvidos pelos diversos ministérios – isoladamente ou em conjunto. Por exemplo, debaixo do tema agricultura tem 1. Agricultura de Médio e Grande Porte. 2. Agricultura Familiar. 3. Agricultura irrigada. De energia, há os temas Combustíveis, Petróleo e Gás, Energia Elétrica, Energia Nuclear. Em Meio Ambiente, Biodiversidade, Resíduos Sólidos, Mudanças Climáticas.

Os indicadores
O exemplo de indicadores do setor elétrico é relevante. Tem o DEC, medido pela Aneel. Depois o FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora), também da Aneel. A Taxa de universalização do acesso à energia elétrica, do IBGE. A taxa de aproveitamento do potencial eólico, da Aneel. A taxa de participação das fontes primárias na matriz energética, também da Aneel. A taxa de importação da energia elétrica.


A consolidação do modelo
Definido o modelo, haverá um conjunto de oficinas temáticas visando transferir a metodologia para os demais ministérios. O Planejamento terá duas oficinas com cada um. Ao final da segunda oficina, já se terá o Programa Temático, os Objetivos, as Iniciativas e as Ações Orçamentárias. Depois, todos esses programas serão consolidados pelo Planejamento no PPA, de tal maneira a se ter em um único documento a orientação para todas as ações públicas federais.

Avanço do processo
Com essa etapa, consolida-se um processo de melhoria de gestão iniciado no governo FHC, com os programas Brasil em Ação e Avança Brasil, com as primeiras tentativas de organização racional do orçamento em projetos e programas, tentando eliminar a pulverização de verbas do orçamento público. Os erros foram sendo corrigidos, os princípios aprimorados. Hoje em dia, no governo federal e em Minas se chegou a avanços expressivos.




Câmbio

[...] taxa deveria estar a 2,90 ?

O câmbio brasileiro deveria estar hoje na casa de R$ 2,90 para atingir a taxa "ótima" real de longo prazo, definida como aquela que induz à alocação de recursos para os setores de maior produtividade da economia e leva ao desenvolvimento econômico, segundo estudo dos economistas André Nassif, do BNDES e da Universidade Federal Fluminense (UFF), Carmem Feijó, da UFF, e Eliane Araújo, da Universidade Estadual de Maringá.
      
2. O modelo desenvolvido pelos três indica que, no período de 1999 a 2010, os termos de troca (a relação entre preços de exportação e importação) e o diferencial entre os juros internos e externos são as variáveis mais importantes para explicar a tendência de sobrevalorização da taxa de câmbio. Os resultados do estudo mostram duas conclusões básicas: "Primeiro, a moeda brasileira ficou persistentemente sobrevalorizada por quase todo o período analisado; segundo, a taxa 'ótima' real de longo prazo foi atingida em 2004", ressaltam os economistas.
      
3. Em março de 2011, quando a cotação média do dólar ficou em R$ 1,659, a taxa nominal deveria estar em R$ 2,91 para voltar ao nível "ótimo".  Segundo Nassif, o índice de taxa real de câmbio de março deste ano aponta uma valorização de 79% em relação ao nível "ótimo" que teria sido atingido em 2004 - ano em que, diz ele, a economia brasileira registrou uma combinação dos melhores indicadores macroeconômicos do período analisado. Nassif ressalta falar em caráter pessoal, e não em nome do banco.
      
4. Texto completo do estudo em inglês: 56 páginas.

A lei

[...] do Talião deve prevalecer numa sociedade dita "civilizada"?

BARACK OBAMA IGUAL A ERNESTO GEISEL?

Por Carlos Chagas
Os episódios recentes no Paquistão e na Líbia lembram com clareza aquilo que o jornalista Elio Gaspari publicou em livro, a respeito da reação do general Ernesto Geisel ao ser informado de que um grupo de subversivos chilenos havia sido morto pelas forças de segurança, ao tentar entrar no Brasil: “Tem que matar mesmo, não é?”

No caso, matar sem julgamento, em especial nos países onde não há pena de morte. Qual a diferença entre o tonitruante general-presidente e o ameno Barack Obama, para quem  justiça foi feita com o assassinato de Osama Bin Laden?

Ambos justificaram as mortes sem sentença judicial por conta do execrável comportamento de subversivos e terroristas, uns explodindo as Torres Gêmeas, quartéis, navios e embaixadas, outros seqüestrando, assaltando bancos e matando.

Abre-se o século sob discussão que vem de tempos imemoriais: deve o poder público adotar as mesmas táticas dos adversários postados à margem da lei? Prevalece na Humanidade o Talião, aquele do “olho por olho e dente por dente”?

Torna-se difícil explicar  às famílias de centenas de milhares de vítimas que o Estado tem limites, quando constituído para gerir a sociedade organizada segundo princípios justos e democráticos. Não sendo assim, prevalecerão  a barbárie, a vontade e os interesses do mais forte.

Assistimos, na mesma semana, a execução sem julgamento de Bin Laden e, não muito longe, na Líbia, o bombardeio dos palácios de Kadaffi, onde morreram um filho e netos do ditador. E pela ação dos mesmos, afastado o eufemismo de que foram aviões da Otan a atacar Trípoli. Eram americanos, da mesma forma como os helicópteros utilizados no Paquistão.

Seria bom meditar na evidência de que Barack Obama e Ernesto Geisel possuem muito mais semelhanças do que diferenças.