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O jogo sujo da desimformação

O jogo perigoso da desinformação
Por Luciano Martins Costa 

Os três principais jornais de circulação nacional, que ainda definem a agenda institucional no país, fecham a semana com uma proeza digna de figurar na longa lista de trapalhadas da imprensa, cujo troféu mais lustroso é o caso da Escola Base. Por uma dessas ironias da história, no dia 22 do mês que vem completam-se vinte anos do noticiário que inventou um caso de pedofilia numa escola infantil de São Paulo, e o roteiro se repete perversamente.

A morte do cinegrafista Santiago Andrade, atingido na cabeça por um rojão de alta potência durante manifestação no Rio de Janeiro, tem todos os ingredientes para se tornar uma versão revista e ampliada desse que foi o marco do jornalismo espetaculoso e irresponsável no Brasil.

Os ingredientes para uma grande farsa estão reunidos: os dois jovens que foram identificados como autores do homicídio são compulsoriamente representados por um advogado que ganhou dinheiro com a defesa de milicianos e – colocados no grande liquidificador da mídia –, produzem uma sucessão de declarações que, a rigor, não poderiam ser incluídas num inquérito. E tudo que dizem – ou alguém diz que disseram – vira manchete.

Na sexta-feira (14/2), o alvo do noticiário é uma lista de doadores que contribuíram para a realização de uma festa, no dia 23 de dezembro do ano passado, intitulada “Celebração da Rua – Mais Amor, Menos Capital”. O evento foi realizado na Cinelândia, no centro do Rio, com coleta de doações em benefício de moradores de rua e vítimas das enchentes, juntando militantes de todos os tipos, inclusive professores e ativistas contra a Copa do Mundo. Os jornais citam vereadores, um delegado de polícia e até um juiz do Tribunal de Justiça, insinuando que eles estavam apoiando o movimento chamado Black Bloc.

Nessa corrente de declarações, suposições e especulações, a imprensa já afirmou que os atos de vandalismo que acompanham a onda de protestos no Rio de Janeiro têm o dedo do deputado Marcelo Freixo, do PSOL; depois, o Globo citou uma investigação que acusa o deputado e ex-governador do Rio Anthony Garotinho, do PR, de incentivar a violência.

Um exemplo desse jornalismo de fancaria: o título publicado no domingo (9/2) pelo portal G1, do grupo Globo: “Estagiário de advogado diz que ativista afirmou que homem que acendeu rojão era ligado ao deputado Marcelo Freixo”.

O fundo do poço

do Tijolaço - Ser assessor de Comunicação – agora elevado a status de Secretário – de Governo não é fácil

[...] em circunstância alguma

Não venham com essa de que Helena Chagas caiu por causa dos "blogs sujos". Caiu porque vivia noutro planeta.

Autor: Fernando Brito

É viver de sobressaltos, a apagar incêndios, a equilibrar ética profissional com o sigilo e a disciplina que implicam estar no centro de decisões políticas.
E não deixar que nada disso tire você do foco que a comunicação deve ter para que seja instrumento de realização do projeto administrativo- político-social daquele Governo.
Quando um governo é odiado, espancado e sitiado pelos interesses da mídia empresarial, tudo piora em grau exponencial.
Digo isso em razão da notícia de que a Secretária de Comunicação da Presidência, Helena Chagas, será, finalmente, substituída no cargo. 
Se Helena Chagas entendia que a Globo, Folha, Estadão e outros grandes veículos da imprensa mereciam atenção especial, estava correta e não fazia mais que sua obrigação profissional em fazê-lo.
Da mesma forma estaria certíssima em destinar aos veículos com mais audiência parcelas maiores do volume de publicidade. A chamada “mídia técnica” é uma imposição da qual podemos até não gostar, mas devemos seguir se queremos fazer corretamente comunicação publicitária.
Franklin Martins o fez e ninguém – a não ser a grande mídia, que não quer a sua parte, quer tudo – o contestou. Mas o contestou, essencialmente, por propor os mecanismos regulatórios que a atividade empresarial de comunicação está obrigada numa democracia e que assim é pelo mundo afora.
Ninguém, a não ser os beleguins jornalísticos dos interesses patronais que se apressam a dizer que qualquer investimento em comunicação fora da grande mídia é subvenção a “cumpanheiros”, como se referem pejorativamente àqueles que não fazem do governo progressista um saco permanente de pancadas.
Em 1989, eu e meu amigo Ricardo Kotscho, assessores de imprensa dos então candidatos Brizola e Lula, fomos a um debate no Sindicato dos Jornalistas aqui do Rio.
E, naqueles tempos ainda ingênuos do jornalismo da democracia, nos perguntaram porque tratávamos diferente os pedidos de jornalistas da TV Globo e de pequenos jornais.
Eu disse com todas as letras – está registrado no livro “Jornalistas pra quê? – Os profissionais diante da ética” – que podíamos e devíamos tratar os profissionais de imprensa com os mesmos critérios, mas que não iria ser hipócrita de dizer que os veículos de comunicação podiam ser tratados de forma igualitária, até porque tínhamos o dever político de tentar ocupar os melhores espaços de comunicação.
É uma tolice – pior, uma redução à língua falada pelos executivos da grande mídia – dizer que Helena Chagas caiu por não concordar com a concessão de publicidade aos blogs de esquerda – que eles chamam de “sujos”, como faz O Globo, hoje.
Não há nenhum, entre eles, que reivindique nada além de receber, se for o caso, publicidade pelas mesmas regras que todo o mercado atua, que é receber em função de seu volume de acessos e da adequação ao público que se pretende atingir.
Nada além do que faz o Google, que não discrimina, embora pague uma miséria, porque fica com a parte do leão da receita publicitária. Mas não recusa publicidade a blogs, como este, que beiram os 3 milhões de acessos mensais, metade deles únicos.
A conversa é outra.
Helena Chagas caiu por incapacidade de fazer o que este governo precisa, sob pena de morte, fazer: enfrentar a onda avassaladora de desinformação e terrorismo político-econômico que a mídia levanta contra ele.
Isso quer dizer abrir guerra aos jornalões e à Globo?
Não, de forma alguma.
Mas significa contraditar, polemizar, esclarecer e mobilizar a opinião pública e não achar que simpatia e amizades pessoais com “repórteres especiais” e editores resolvem o problema de comunicação de um governo de esquerda.
Ou que abobrinhas de “marquetagem” servem para dissolver problemas reais, cujo enfrentamento está, em grande parte, na área de comunicação.
Um exemplo, recente e estarrecedor foram suas declarações, há poucos dias, sobre as manifestações anti- Copa e o fato de terem se tornado violentas.
Disse Helena Chagas à Agência Estado:
“Questionada pela reportagem em Davos no fim de semana, a ministra Helena Chagas, chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, admitiu que “não sabia” dos detalhes sobre como esse plano será adotado. Mas indicou que, para promover a paz, uma pomba seria solta em cada jogo para simbolizar a necessidade da realização da Copa em condições pacíficas.”
Francamente, mais que uma bobagem, isso indica o mundo da Lua em que vive a titular da Secom.
E é de lá, e por isso, que ela caiu.
Caiu, aliás, faz muito tempo. Todos sabem que ela já não se encaixava nos rumos presidenciais há meses.
A única injunção política da queda de Helena Chagas é ela ter permanecido lá até agora.
Um governo não escolhe – ou não deveria escolher – seus colaboradores por considerações de ordem pessoal e nem mesmo de ordem profissional, apenas. Certamente não se quer questionar nenhuma das duas em Helena Chagas.
O problema é que este governo, para sobreviver e vencer, precisa do embate político. Civilizado, democrático, republicano e diria até cortês, porque cortesia e civilidade nunca fazem mal a ninguém.
Talvez seja ela, inclusive, a menos errada neste processo.
Minha finada avó sempre me recriminava quando eu esperava algo que a natureza de alguém não lhe permitia dar.
- Meu filho, se laranjeira não dá limão o problema é seu, não da laranjeira.
Pois é: é na comunicação que este Governo precisa escolher se vai ser espremido como uma laranja pela mídia ou arder como um limão em suas feridas.

O capitão-do-mato e a imprensa bandida

O magistrado e a imprensa bandida

Os três principais diários brasileiros de circulação nacional registraram com zelo a mais recente manifestação do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, que viaja pela Europa em férias oficiais, com direito a diárias e cobertura regular da imprensa. Desta vez, o ministro se queixa da Folha de S. Paulo, que publicou entrevista com o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que foi condenado na Ação Penal 470 mas não pode começar a cumprir sua pena porque o presidente do STF não deixou o mandado assinado. De quebra, atira para todo lado, ao se referir a uma tal “imprensa bandida”.

O noticiário em torno do magistrado ganha contornos de chanchada, aqueles velhos filmes feitos na “Boca do Lixo”, em São Paulo, tal o conjunto de falsos improvisos e dramas capazes de fazer rir.

Observe-se, por exemplo, como o ministro aparece sempre em situações de aparente casualidade, fazendo compras numa loja de departamentos típica da classe média, sentado na poltrona da classe econômica de um avião e caminhando pelas ruas como um cidadão comum. É preciso muita comunicação entre assessor de imprensa e repórteres para criar esse clima de improviso.
Registre-se que os correspondentes e enviados especiais dos jornais estão sempre um passo à frente, esperando-o nos embarques e desembarques, estão informados de que ele chegará em tal lugar a tal hora, e podem contar que ele terá uma frase de efeito para assegurar um lugar de destaque na edição seguinte.

Detalhe: embora tenha recebido regularmente suas diárias como se estivesse a serviço, por conta de palestras que proferiu na França, o presidente do STF encontra-se oficialmente em gozo de férias, mas a cobertura é de chefe de Estado.

Também há muita comicidade nos diálogos, ou melhor, nas falas do ministro, sempre recheadas de expressões fortes e pontuadas por um mau humor digno do Seu Madruga, o irritadiço personagem da série televisiva “Chaves”. Se o observador isolar a severidade que as carrancas do magistrado tentam induzir em suas manifestações, o conjunto apresentado pela imprensa ganha ares de comédia popular.

Mas jornalistas não deveriam aceitar a imputação geral de “imprensa bandida”.

Roteiro de chanchada

Roberto Amaral - a velha imprensa e seus complexos, velhos e novos

A grande mídia - família - entende - e defende - que o Brasil não deve ter projetos geopolíticos e estratégia de projeção 

“Esse é o Brasil fazendo um jogo estratégico de longo prazo no Caribe” Julia E. Sweig, dietora de estudos latino-americanos do Conselho de Relações Exteriores. The New York Times International Weekly.
“O Brasil não pode querer ser maior do que é” - Luiz Felipe Lampreia, ex-ministro das Relações Exteriores, governo FHC.
A liberdade de imprensa – ampla, geral e irrestrita – é um valor da democracia brasileira; conquistada pela dor dos que lutaram contra a ditadura, enquanto  empresários do ramo colaboravam com a repressão, publicando textos laudatórios da ditadura, maquiando o noticiário televisivo, denegrindo a resistência, fornecendo viaturas e abrindo seus arquivos fotográficos aos esbirros. Faz parte, hoje, a ampla liberdade de imprensa, do patrimônio moral de nosso povo.
Dito isso, permito-me algumas observações sobre a imprensa brasileira. Brasileira? Aí surge o primeiro problema, de método e de fundo. O que é uma empresa jornalística brasileira? Tentemos decifrar a esfinge deitando o olhar, como convém, para os EUA. Podemos afirmar que o  The New York Times é um típico  jornalão norte-americano, pois está  a serviço dos interesses  tanto do capitalismo internacional, o grande norte, quanto dos interesses geopolíticos dos EUA. A divergência, quando se dá, é restrita ao pontual, e não é maior do que a distância entre democratas e republicanos.
Relativamente às políticas do Pentágono ou da CIA, por exemplo, a discrepância estanca na forma ou na avaliação dos métodos, jamais na condenação dos objetivos. Pode haver, e há, conflitos diante da política deste e daquele governo, preservada a defesa dos interesses estratégicos (militares acima de tudo, econômicos e políticos) dos EUA no mundo. Em outras palavras, as políticas de Estado são respeitadas, sem quebra de independência, pois a dependência essencial diz respeito aos interesses do capitalismo, nos EUA e no mundo, no mundo liderado pelos EUA. Mesmo os jornalistas liberais partem do princípio de que aquele pais é singular e deve exercer sua liderança no mundo que ele mesmo moldou a partir da segunda Guerra.
Se essas premissas forem aceitas, podemos afirmar que a imprensa dos EUA é aquela que, mesmo em conflito com a política deste ou daquele governo, está comprometida com os interesses supremos do país, e entre eles sobrelevam os interesses estratégicos e geopolíticos.

Transparência - lei de acesso

Dos cerca de 139 mil pedidos de informação, mais de 102 mil foram atendidos sem necessidade de recurso.
Se você lê a grande imprensa, vai dar com a seguinte manchete:

Falta de transparência: Lei de acesso teve só um recurso atendido

O mais nojento é que a matéria desmente a manchete, mas o que fazer?

Assim caminha a decadente grande imprensa brasileira.

O exemplo acima você encontra no O Globo de hoje.

Nova e antiga mídia

O antigo mecanismo de transmissão de mensagens e mobilização social não se comportou como de costume, mas o efeito do novo misturado com o antigo foi muito superior. Os Indignados (em grande parte classe média) tem se apoderado destas redes como o novo meio de comunicação e divulgação de ideias e atividades, enquanto desenvolvem uma atitude hostil em relação à boa parte da imprensa convencional, que acusam de, no mínimo, conivência com o poder econômico e político do qual emana a crise contemporânea.

Não há inocentes na imprensa, Luciano Martins Costa

A leitura de jornais já foi no Brasil, em tempos não muito distantes, uma das mais gratificantes atividades para os espíritos curiosos. Abrir um diário era como escancarar uma janela para o mundo. Apesar de encontrar interpretações da realidade com as quais eventualmente não concordasse, o leitor ou leitora tinha a convicção de que, mesmo as parcialidades que lhe impunha a imprensa, buscavam sua legitimação num esforço de objetividade. Assim, o conservadorismo do Estado de S. Paulo e a ligeireza do Globo podiam ser comparados à afoiteza impertinente da Folha de S. Paulo e à austera obsessão do Jornal do Brasil pela acuidade, e podia-se perceber o valor simbólico de seus conteúdos.

José Dirceu: é grave a crise da mídia

Na Folha de S.Paulo no fim de semana (ontem), a ombusdman Suzana Singer, criticou seu jornal por ter eliminado mais cadernos (agora, o Equilíbrio) ou tê-los encaixado em editorias que sobreviveram e demitido dezenas de jornalistas. Mas ela reconhece que também os grupos Estado e Abril (este iniciou as degolas na 6ª feira pp.), mais o jornal Valor Econômico, seguem o mesmo caminho. O Valor, por sinal, é uma sociedade dos grupos Folha e Globo.


É a crise e a tentativa de conciliar a mídia impressa com o avanço da internet gratuíta. Suzana lembra que este caminho do enxugamento foi seguido lá fora, por jornais norte-americanos. Assim, embora fale en passant sobre Abril, Valor e mídia lá fora, ela termina fazendo uma radiografia da crise que vive a imprensa. A Secretaria de Redação da Folha justifica a Suzana as demissões com o fato de a receita publicitária estar crescendo menos que a inflação.

Na verdade, em toda a imprensa escrita - além do fracasso da maioria das publicações da Abril - o arrocho no Estadão, Valor, Folha, emissoras de TV e rádios, indica que o problema é estrutural e que não há saídas fáceis. Por enquanto nossos jornalões/mídia em geral estão seguindo a receita burra de cortar despesas, despedir, diminuir o tamanho dos jornais e o espaço das noticias, tratando os leitores com pouco respeito, comprometidos com seus próprios interesses e linhas editoriais.

Ricardo Noblat: a imprensa e Lula , bons aliados


Jose Campos de Jesus, leitor
Será que os jornalistas brasileiros não tem outro assunto a não ser o Lula?
Lula é assunto permanente da imprensa brasileira porque está na crista da política brasileira desde que foi candidato a presidente da República pela primeira vez em 1989. Antes, como líder metalúrgico, já era notícia. Depois virou notícia obrigatória.
Que outro político foi candidato cinco vezes consecutivas à presidência da República? Perdeu três, ganhou duas.
Que outro político fez seu sucessor na presidência?
O general Ernesto Geisel fez. Mas não era político.
Dilma foi eleita porque Lula pediu para que votassem nela.
E Dilma continua sob o tacão de Lula porque ele disse que sairia de cena ao fim do seu governo e não saiu. Nem sairá. Coitada da Dilma!
Lançou Dilma candidata à reeleição. Mas se o destino conspirar a seu favor, será ele o candidato a presidente em 2014. É o que deseja.
De resto, Lula tudo faz para chamar nossa atenção. Ontem, por exemplo, se comparou a Lincoln. E para variar, bateu duro na imprensa.
Como ignorá-lo? E para que ignorá-lo? Para que seus seguidores nos acusem de sabotagem?
Apanhamos porque falamos dele. Apanharíamos se não falássemos.
Lula e a imprensa são grandes aliados. Os dois lados sabem disso. Mas fingem ignorar.

O suicídio da imprensa brasileira

A imprensa brasileira está sob risco de desaparição e, de imediato, da sua redução à intranscendência, como caminho para sua desaparição.

Mas, ao contrário do que ela costuma afirmar, os riscos não vem de fora – de governos “autoritários” e/ou da concorrência da internet. Este segundo aspecto concorre para sua decadência, mas a razão fundamental é o desprestígio da imprensa, pelos caminhos que ela foi tomando nas ultimas décadas.

No caso do Brasil, depois de ter pregado o golpe militar e apoiado a ditadura, a imprensa desembocou na campanha por Collor e no apoio a seu governo, até que foi levada a aderir ao movimento popular de sua derrubada.

O partido da imprensa – como ela mesma se definiu na boca de uma executiva da FSP – encontrou em FHC o dirigente politico que casava com os valores da mídia: supostamente preparado pela sua formação – reforçando a ideia de que o governo deve ser exercido pela elite -, assumiu no Brasil o programa neoliberal que já se propagava na América Latina e no mundo.

Venderam esse pacote importado, da centralidade do mercado, como a “modernização”, contra o supostamente superado papel do Estado. Era a chegada por aqui do “modo de vida norte-americano”, que nos chegaria sob os efeitos do “choque de capitalismo”, que o país necessitaria.

O governo FHC, que viria para instaurar uma nova era no país, fracassou e foi derrotado, sem pena, nem glória, abrindo caminho para o que a velha imprensa mais temia: um governo popular, dirigido por um ex-líder sindical, em nome da esquerda.

Frase da tarde


A boa imprensa, aquela que realmente conta, é refém apenas da verdade. Não cede ao dinheiro do anunciante nem aos gritos dos políticos, Eugênio Bucci

Pergunta da tarde:
Onde existe essa imprensa citada acima?

Neno Cavalcante: a prática e o jogo sujo


Nos tenebrosos tempos da ditadura militar-civil (de maus militares e civis piores, pois todos antidemocratas), havendo eleições legislativas (houve período de Congresso fechado), os políticos de posição crítica do regime quando ganhavam, não levavam. E uma das marcantes vítimas disso foi o pernambucano Jarbas Vasconcelos - atualmente renegando o próprio passado. Hoje, em democracia não ainda 100% absoluta, perdem-se nas urnas, não são capazes de retornar pelo voto, e ficam querendo derrubar o vencedor no grito.

Para tanto, armam uma rede de mentiras divulgadas de forma massificada, contando com a imprescindível cumplicidade dos jornais amigos e dos jornalistas amestrados. Felizmente tem muita gente que raciocina e não cai nessa.

"Analistas" da chamada "grande imprensa" brasileira estão criticando Dilma Rousseff por recusar-se a seguir a vontade vinda lá do Reino Unido de mudar a nossa política econômica e substituir o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Prefiro não dizer nada sobre essa estranhíssima posição desses setores da mídia. Apenas peço que invertamos os papéis: quando é que iríamos ver a imprensa inglesa, por exemplo, fazer com coro com autoridade brasileira que se intrometesse?

A sinuca de bico que a imprensa se meteu


Na pesquisa do Datafolha sobre confiança nas instituições, os resultados são reveladores da sinuca em que a mídia partidarizada está se metendo.
O percentual de pessoas que "confiam muito" despencou quase 10 pontos., caindo de 31 para 22%. O período de queda coincide com a cobertura do julgamento do "Mensalão".

O percentual daqueles que "confiam um pouco" oscilou levemente para baixo: caiu de 51 para 50%.

Enquanto que a taxa daqueles que "não confiam" de jeito nenhum subiu de 18 para 28%, que é um percentual maior do que os que "confiam muito".

Analisando, poderíamos dizer que, aproximadamente, só um a cada cinco brasileiros confia plenamente na imprensa. A ampla maioria ou não confia (um a cada três) ou confia com reservas (um a cada dois).

Como as perguntas estão no contexto de uma pesquisa sobre aprovação política pode-se considerar que a desconfiança com relação á imprensa é em relação à cobertura política. Mas este dado precisaria ser melhor explicitado.

O desempenho da imprensa é pior do que o da Presidência em todos os níveis, ficando acima apenas de "Congresso" e "Políticos".   
por Weden

Leandro Fortes e o porcalismo da folhinha

A Folha de S.Paulo tascou essa manchete dando conta de que Rosemary Noronha comprou um imóvel de 250 mil reais com 211 mil reais em espécie. Bom, para quem já foi acusada de levar 25 milhões de dólares numa mala para fora do país, esse carregamento em reais deve ter sido mesmo uma moleza.
"Rose carregou o dinheiro para quitar o negócio em sacos de supermercado, de acordo com o relato de uma pessoa que participou da transação e que fez o relato à Folha sob a condição de que seu nome não fosse revelado."
Vou repetir o essencial: "DE ACORDO COM O RELATO DE UMA PESSOA QUE FEZ O RELATO À FOLHA".
(Aliás, que texto maravilhoso)
Aí, os repórteres foram ouvir, claro, o dono do imóvel, o sujeito que vendeu o apartamento para Rose (adoro essa intimidade na reportagem):
"O pecuarista Amilcar Rodrigues Gameiro, que vendeu o apartamento a Rose em 2010, disse à Folha não se lembrar se o imóvel foi pago em espécie porque a negociação foi feita por um procurador. 'Não sei se foi em cheque ou dinheiro. O certo é que não levei esse dinheiro em espécie para o Mato Grosso. Seria muito perigoso'", disse.
Ou seja, jornalismo feito na base da fofoca e do vale tudo.
Quer dizer, não bastou enterrar o diploma do jornalista.
É preciso enterrar o jornalismo.

Comissão recomenda censurar ainda mais a imprensa

Depois de meses de investigação e pesquisa, a Comissão Leveson sugeriu a criação de um novo órgão independente para regular a imprensa britânica, após o escândalo das escutas ilegais praticadas por jornais do magnata australiano Rupert Murdoch. 

O juiz Brian Leveson, responsável pelo relatório, destacou que não é dever do governo ou do Parlamento regular o setor, mas que a Comissão de Queixas sobre a Imprensa (PCC, na sigla em inglês) fracassou em seu papel e que o sistema deve ser alterado. 

Ele defendeu uma forma mais severa de regulação, respaldada por uma lei de imprensa. As propostas causaram divergência dentro do governo britânico. O primeiro-ministro David Cameron apoiou boa parte das conclusões do relatório, mas se mostrou cauteloso diante da criação de novas leis. Seu vice, Nick Clegg, por sua vez vê na mudança da lei a única forma de garantir a independência do novo órgão regulador. Leia mais>>>

Roberto Amaral: O Brasil real e a imprensa nativa: um desencontro marcado


-“A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação. E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo [Lula].
Maria Judith Brito, presidente da Associação nacional de Jornais
Em qualquer análise à nossa grande imprensa (ela prefere chamar-se de ‘mídia’), lamentável é a necessidade de repetir, cem vezes repetir e continuar repetindo, que o objeto de nossos ‘meios’ não é informar (já ninguém cobra isenção), mas manipular a informação, e fazê-lo de forma aética, porque escondida, negada, negociada. A grande imprensa, senhorial, travestida no papel de vestal, toma partido, distorce os fatos segundo seus interesses econômicos-políticos,  posando de imparcial. Aliás, penso que a questão de fundo já não é a manipulação, o partis pris, mas a insistência em apresentar-se como isenta, na tentativa de conquistar abono social para sua má conduta. Julga-se acima do bem e do mal, acima das leis e do Estado, mas, ao contrário da mulher de César, não é séria, nem parece ser séria.
 clássico, conhecido até pelos alunos dos primeiros períodos dos cursos de Comunicação Social (meus alunos pelo menos sabiam), o mecanismo de construção da realidade mediante a criação de ‘fatos’, pois, ‘real’ não é o evento assim como ocorreu, mas o evento narrado (a ‘notícia’), real ou não.
Entre nós, esse processo já virou prática cediça, e, uma vez conhecido,  a mais ninguém engana. Funciona assim: um órgão da auto-intitulada ‘grande imprensa’ veicula um texto criado em sua ‘cozinha’ a partir de simplesmente nada ou de  ilações, o que dá no mesmo, e nos dias imediatos, cada um à sua vez, os jornalões seguem repetindo aquela matéria já como se ela fosse uma ‘notícia’, e o ‘fato’, isto é a  matéria inventada, passa a ter vida. Em regra, ou a ‘denúncia’  é lançada por um jornalão e repicada na revistona, ou começa na revistona (é o caso recente) e termina nos jornalões. Termina, em termos. Pois essas matérias, de extrema falsidade, de um jornalismo que, se tivesse cor,  seria a marrom, não foram criadas como obra jornalística, mas simplesmente para alimentar ações políticas, de uma oposição sem capacidade de criar fatos, como docemente nos informa dona Maria Judith, com a alta responsabilidade de presidente da ANJ.  Aí,  então, eis o ritual,  um indefectível senador, sempre presente na mídia televisiva, aparece denunciando a ‘gravidade dos fatos apontados pela mídia’, e sua ‘denúncia’ volta a alimentar a mídia.
Quais são os fatos, desta feita?
A revistona em edição de setembro último, com base numa conversa que o Sr. Valério teria tido com uma terceira pessoa não identificada, afirma, em matéria de capa, que o ex-presidente Lula comandava o ‘mensalão’.  A ‘reportagem’, como previsto, vira notícia nos jornalões, nos quais é repetida sem nada lhe haver sido acrescentado, a não ser pelo Estadão (manchete), ao aduzir que o inefável Valério, em depoimento     que teria dado ao Ministério Público Federal (inquérito que não tem o mínimo trecho transcrito), teria citado Lula, Palocci e Celso Daniel, relembre-se, o prefeito de Santo André assassinado em 2002, fato volta e meia retomado pela mídia com lances de sensacionalismo. Segundo o jornalão paulista o Planalto teria pedido a ajuda dos cofres de Valério para calar pessoas que não identifica, as quais estariam fazendo chantagem contra quem não diz. A seguir, a pauta volta para a revista.
Sem citar fonte, como sempre, Veja, a inexcedível, ‘descobre’, na edição seguinte, que os chantageados seriam o ex-presidente Lula e o ministro Gilberto Carvalho. E volta o carrossel da irresponsabilidade jornalística: a ‘matéria’ inventada’ vira notícia reproduzida por Estadão,Globo e FSP, até o momento em que um hoje obscuro deputado pernambucano asilado em SP é filmado no protocolo do Ministério Público, em Brasília, pedindo abertura de inquérito contra o ex-presidente.
A propósito dessa manipulação grosseira que procurei descrever em poucas linhas, chega-nos em nosso socorro a jornalista Suzana Singer, a ombudsman da FSP, em sua coluna de 11 do corrente, acusando, com sua autoridade, a imprensa de servir de porta-voz do Sr. Valério, ao reproduzir,  sem critério e acriticamente,   os recados ameaçadores’ do operador do chamado ‘mensalão. Estariam, assim — as palavras são minhas–, o vetusto Estadão e seus colegões participando de uma chantagem?
Cedo a palavra à brava Suzana:
“É fundamental também deixar claro para o leitor que o empresário mineiro [Valério] não falou com a imprensa – a Veja não diz que o entrevistou, o Estado não publicou transcrições do depoimento e a Folha reproduziu os concorrentes”.
Eis o corpus delicti de nossa imprensa.
Onde mais estará a tragédia republicana? Em uma oposição sem rumo, nau soprada pelos ventos dos empresários da Comunicação, ou em uma mídia que assume o papel de partido político, renunciando ao seu ofício primário de informar? A essa altura ainda será possível (mesmo aos ingênuos de carteirinha) identificar o dever/direito de informar como a missão da imprensa,   ou isso é mesmo uma só balela, das muitas que nos pregam, como a ‘isenção’ da Justiça e do Estado na sociedade de classes?
A construção também se dá pelo inverso: a imprensa altera favoravelmente os fatos que lhe desagradam. Na cobertura das últimas eleições, construindo, como “o recado das urnas” a existência de uma oposição reanimada no Norte-Nordeste (manchete de O Globo, 30.10.2012), ou escolhendo como vitorioso o senador Aécio Neves, papagaio de pirata das vitórias do PSB. O mesmo O Globo, já antes, em 2010, dera exemplo primoroso dessa alienação ao garantir, em caderno especial, que o governo Lula havia sido um total fracasso, muito embora a realidade (Ora,  a realidade…) mostrasse o presidente com aprovação superior a 80%… Se não podemos mudar a realidade, dir-se-ão os editores do jornal, podemos pelo menos negá-la. Os veículos mais desapegados da realidade (falo da revista paulista e do diário carioca) parecem tratar seus leitores como aquele protagonista de ‘A vida é bela’, que ilude seu filho colorindo-lhe o mundo, para que ele não perceba o contexto em que está vivendo (a dura realidade de um campo de concentração).
Perguntará um rodriguiano ‘idiota da objetividade’: — Mas é possível os meios de comunicação desconsiderarem a opinião pública? Respondo-lhe: esse trabalho político-ideológico é apoiado em um tratamento da informação como um ‘produto’, que visa a um nicho específico do mercado; a família Marinho, por exemplo, oferece, por meio do ‘Jornal Nacional’ (TV Globo), do Globo, da Globonews e do Valor, diferentes produtos, cada um matizado em função do público-alvo. O jornal impresso atende a algo como 300 mil pessoas que partilham, grosso modo, de valores semelhantes àqueles esposados pela cúpula do partido, isto é, da imprensa. Cada um fala à sua militância.
Na vida real, todavia, não há como iludir os eleitores: o ex-presidente deixou o poder consagrado, enquanto seu antecessor posa como um rei no exílio; Dilma foi eleita e os partidos da base do governo ganharam em algo como 16 das 26 capitais em disputa, e, entre elas, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, e  Natal, Recife,  Fortaleza e São Luiz no Nordeste.
Às vezes é duro encarar os fatos.

Para ser jornalista tem de escrever mais do que o dono pensa


[...] Em meados dos anos 1960, meu pai era editorialista da Folha. O Brasil vivia uma ditadura militar. Presos políticos iniciaram uma greve de fome em São Paulo.
O dono da Folha, Octavio Frias de Oliveira, mandou que meu pai escrevesse um editorial no qual fosse dito que não havia presos políticos. Todos eram presos comuns. Meu pai recusou. O editorial saiu, escrito por um grande jornalista que a cada dia passava por meu pai e dizia, aflito: “Emir, já são x dias. Minha mulher tem muitos amigos entre os grevistas.” Meu pai foi colocado na geladeira imediatamente por Frias. Leia mais>>>

Paulo Nogueira: A Folha contra Cristina Kirchner


No Diario do Centro do Mundo
Vejo, na Folha, um ataque a Cristina Kirchner, presidenta da Argentina. Ela estaria, mais uma vez, ameaçando a “mídia independente”.
Bem, vamos deixar claro. Ninguém é a favor de ameaças à “mídia independente”, assim como ninguém é a favor da miséria e do câncer.
Mas de que independência a Folha está falando? Do governo? Certo: é importante. Vital. E, a rigor, a mais fácil: em democracias como a brasileira, você pode demonstrar coragem, aspas, facilmente com violentas críticas aos governantes.
E a outra independência, a que o leitor não vê? Reportagens da Folha que tenham algum tipo de delicadeza financeira – que envolvam, por exemplo, um credor da empresa – estão longe de serem independentes.
Dentro da Folha, elas são chamadas de “Operação Portugal”. Quem me contou foi o jornalista Nelson Blecher, que editou o caderno de Negócios da Folha. Quando havia reportagens complicadas, Nelson era um dos convocados para fazer as sempre bem-comportadas Operações Portugal. Nelas, o rabo da Folha estava devidamente preso, mas fora da vista do leitor.
Há anos aprendi que a verdadeira independência editorial de uma publicação em regimes democráticos, a real prova de bravura e destemor, está não nas páginas de política – mas nos cadernos de economia.
Repare a diferença no tom. Os artigos políticos são quase sempre contundentes. Rugem. As colunas de negócios são invariavelmente cor de rosa. Miam. Todas pertencem à mesma categoria da Operação Portugal.
O que motivou a ira da Folha foi uma cláusula que o governo argentino pretende colocar numa nova lei para regular a mídia.
Só para registrar: na Inglaterra está em curso uma nova legislação para a mídia. O escândalo do tabloide News of the World, de Rupert Murdoch, precipitou um debate sobre quais são os limites da mídia. O NoW invadia caixas postais de milhares de pessoas para obter furos e, com isso, vender mais.
Pode? Não. O que se viu na Inglaterra é que a auto-regulação da mídia simplesmente não funcionou. Interesses econômicos – vender mais, ter relevância a qualquer preço – podem se sobrepor aos interesses públicos. Empresas jornalísticas são negócios com fins lucrativos, e não instituições filantrópicas.
Ninguém, na Inglaterra, ousou dizer que o que estava em curso era uma tentativa de “calar a mídia independente”. A mídia está subordinada à sociedade, e não acima dela. Não poucos notaram, na Inglaterra, o baixo nível de muitas publicações – que deseducam em vez de educar, com uma massa sinistra de fofocas de celebridades e fotos de beldades seminuas.
No Brasil, a mídia não paga imposto no papel em que publica revistas de fofocas como Caras, Contigo e Quem, que fazem seus leitores crer que o importante é saber que ator de novela está saindo com que atriz.
É o chamado “papel imune”, isento de imposto pelo caráter supostamente educativo da publicação. Faz sentido? Talvez para jornais e revistas sérios. Mas para tudo?
O objeto específico do ataque da Folha a Cristina Kirchner é um trecho da nova legislação em que é afirmada a “questão de consciência”. É mais ou menos o seguinte: imagine que um jornalista receba uma ordem para escrever uma coisa que lhe cause repugnância. Ele poderia se recusar.
Em situações normais, a “questão de consciência” seria supérflua. Os jornalistas poderiam trabalhar em jornais e revistas com os quais se sintam identificados. Na Inglaterra, um jornalista de esquerda vai trabalhar no Guardian. Um conservador, no Times de Murdoch.
Mas e quando você tem uma brutal concentração de mídia como na Argentina? O grupo Clarín, fora o jornal do qual extraiu o nome, é dono de 240 emissoras de tv a cabo, 10 estações de rádio e quatro canais de televisão.
Tenho uma história pessoal a contar, neste campo. Por coincidência, ela ocorreu na própria Folha.
Em meados dos anos 1960, meu pai era editorialista da Folha. O Brasil vivia uma ditadura militar. Presos políticos iniciaram uma greve de fome em São Paulo.
O dono da Folha, Octavio Frias de Oliveira, mandou que meu pai escrevesse um editorial no qual fosse dito que não havia presos políticos. Todos eram presos comuns. Meu pai recusou. O editorial saiu, escrito por um grande jornalista que a cada dia passava por meu pai e dizia, aflito: “Emir, já são x dias. Minha mulher tem muitos amigos entre os grevistas.” Meu pai foi colocado na geladeira imediatamente por Frias.
Jornalista, para servir ao interesse público, tem que ser mais que uma máquina de escrever o que o dono pensa. Não é o que julgava o jornalista Evandro Carlos de Andrade, que ganhou de Roberto Marinho o posto de editor do Globo com uma infame declaração de que era “papista”, um servo do Papa Roberto Marinho, mas é o que motiva qualquer profissional que veja mais que cifrões pela frente.
Definitivamente, o ponto levantado por Cristina Kircher, o da “questão de consciência”, é mais complexo do que a Folha gostaria que fosse.

Fim da imprensa livre nos EUA?

Que dizem os babões dos EUA sobre a proibição de empresas de comunicação não poderem possuir um jornal e uma emissora de tv no mesmo mercado?...

Silêncio absoluto.

Fosse aqui no Brasil?...

" É o fim da liberdade de expressão"!

" É a ditadura petista calando a imprensa livre"

E por aí vai.

Corja!