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Dilma entre a cruz e a espada

Dilma entre dois fogos

A saída não está numa ponta (só negociação congressual) nem na outra (ignorar o Congresso e partir para o confronto na rua). Porém, numa aproximação das duas. A presidente precisa negociar, sim. Mas tem que sair do Palácio e fazer o debate, usando a força que vem das ruas, dos movimentos sociais. A direita pode enforcar-se na corda de sua arrogância.

Bom para Dilma e o país será ela dar corda para a grande mídia e o Psdb se enforcar. Leia mais>>>



O programa de governo da oposição

O programa de governo de governo de Arrocho Neves, Blablarina e a GAFE - Globo, Abril, Folha, Estadão -, é o programa CARACU, ondeles entram com a cara e o povo brasileiro com o resto.
É isto que eles pensam.
Mas, vão cagar fora do penico outra vez.


Economia: esta é a receita da oposição para o Brasil

Austeridade é um fracasso completo, em toda a Europa, afirma Joseph Stiglitz.

O economista - Prêmio Nobel - adverte que a Europa está indo pelo mesmo caminho que o Japão e aponta que alguns países já estão vivendo uma depressão. Leia mais


Análise política, por Marcos Coimbra

A oposição e mídia
Hoje terça-feira (19), com o início da propaganda eleitoral na televisão e no rádio, entraremos na etapa final da mais longa eleição de nossa história. Começou em 2011 e nossa vida política gira em torno dela desde então. A batalha da sucessão de Dilma Rousseff foi iniciada quando cessou o curto período de lua de mel com as oposições, no primeiro ano de governo. Talvez em razão do vexame protagonizado por José Serra na campanha, o antipetismo andava em baixa.

Tucanos em pânico

Pesquisas internas do tucanato apontam queda expressiva da rejeição à presidente em São Paulo. E como desgraça nunca anda só...a vantagem de Aécio Neves em Minas Gerais cai vertiginosamente.

Um dos cabeça da campanha presidencial do PSDB já falou:

"...do jeito que as coisas vão, ela será reeleita no primeiro turno. Campos é uma decepção completa. Vai ser derrotado no próprio terreiro".

Outro cabeça completou: "...a gente que também se cuide. Senão acontece o mesmo com aqui em Minas."



Aécio Neves: “Está na hora de deixarem na mão de quem sabe!'


  • Fazer aeroporto para família
  • comprar a imprensa mineira e nacional também
  • Mentir descaradamente e ter o apoio da mídia venal
  • Prometer aos banqueiros, agiotas, rentistas e Cia entregar o patrimônio que restou do entreguismo de fhc
E,...depois cito outras sacanagens desse santinho do pau-oco

Oposição na contramão

O post: A involução tucana , publiquei sem conhecer o texto abaixo:

"Antes de Charles Darwin, houve uma espécie de anti-Darwin que imaginou algo como uma “involução” das espécies, em vez da evolução darwiniana. Georges de Buffon (1707-1788), naturalista francês, pensava, entre outras coisas, que o macaco era um homem degradado, e o jumento a degradação do cavalo." Por Mouzar Benedito.

Nossa oposição descente, descende de Georges Buffon. 

Está explicado porque são um bando de bufões!  

Oposição piada pronta está com medo de Raúl Castro implantar o comunismo na Granja do Torto

É inacreditável, se não se estivesse lendo e ouvindo não daria mesmo para acreditar na exploração político-eleitoral que estão fazendo com o fato de estar hospedado na Granja do Torto, residência de campo da Presidência da República, o presidente de Cuba, Raul Castro e comitiva, em visita ao Brasil para participar de uma Cúpula da CELAC, o grupo composto por países do Caribe (Cuba e Antígua e Barbuda), América Central (Costa Rica), América do Sul (Equador) e China.

O Brasil já teve presidentes que, ao invés do Palácio da Alvorada, preferiram morar no Torto, como João Goulart, o Jango (1961-1964) e o último general-ditador, João Baptista Figueiredo (1979-1985). Agora, com a exploração que a oposição está fazendo pelo fato de Castro e comitiva estarem hospedados lá, a atitude é tão retrógrada que, se não se tomar cuidado, dá a impressão de se estar vivendo 50 anos atrás…

Mas temos aí toda a direita em pé de guerra com o fato. O líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy (BA), considerou o tratamento concedido pelo governo brasileiro a Castro “absolutamente extravagante” e anunciou o envio de requerimento ao Itamaraty para questionar quanto está sendo gasto para hospedar a comitiva cubana e os motivos que levaram ao convite. E mais: adiantou que o PSDB vai até convocar o chanceler Luiz Alberto Figueiredo para dar explicações na Comissão de Relações Exteriores da Câmara.




Medo de Raul Castro implantar comunismo na Granja?

O líder do DEM, então, deputado Mendonça Filho (PE), está assustadíssimo. Para ele a deferência concedida ao dirigente cubano demonstra que “a Granja do Torto está se tornando a embaixada da ditadura (cubana) no Brasil”. E o do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), foi acometido do mesmo trauma: “É o DNA do PT, de aparelhar a coisa pública para uso ideológico”. Para ele o episódio prova o alinhamento político petista com o governo da ilha de Cuba.

Interessante é que quando dois outros presidentes estiveram na Granja do Torto, ambos dos Estados Unidos, Ronald Reagan durante o governo Figueiredo, e George W.Bush, durante o governo Lula, esse pessoal não teve a menor preocupação. qual a explicação para ter agora?

É puro eleitoralismo da oposição demo-tucana e da sempre linha auxiliar do PPS. Eles não tem o que fazer. Qual a diferença entre o presidente Castro e comitiva se hospedarem na Granja do Torto, ou ficarem num hotel – que aliás custaria muito mais caro em todos sentidos? Repetimos: essa reação descabida é pura exploração barata com objetivo eleitoral. E falta do que fazer da oposição.
da equipe do blog do


Paulo Moreira Leite - Pode?




Retrato com retoques

Depois de culpar Lula-Dilma por todos anunciados fiascos da Copa, oposição diz que brasileiros anônimos garantiram o sucesso. Pode?
É bom reconhecer que há poucas coisas perfeitas na vida. Uma delas é abraçar as crias depois de uma longa ausência. Outra, é almoçar na casa da mãe. Ou desfrutar da companhia de amigos verdadeiros.
Após estas considerações, cabe analisar os números finais da Copa do Mundo. Leia a opinião de 2209 visitantes estrangeiros ouvidos pelo DataFolha:
  • 92% dos visitantes elogiaram o conforto e a segurança
  • 76% aprovaram o transporte até os estádios
  • 95% disseram que a recepção foi boa ou ótima.
  • 83% elogiaram a organização

Mesmo lembrando que a Copa não foi um evento sem problemas, há outras notícias boas.
Alvo de muitos fantasmas usados para atemorizar visitantes, o Rio de Janeiro recebeu 900 000 turistas contra 90 000 previstos. Eles deixaram 4 bilhões de reais na cidade, contra 1 bi de previsão.
Obrigados a encontrar um discurso para enfrentar uma situação inesperada, nossos profetas do pessimismo completaram um ano de atividade ininterrupta, desde os protestos de junho de 2013, com sorrisos amarelos.
Passada a fase da autocrítica, é preciso explicar o que aconteceu, o por quê. Na falta de explicação melhor, a moda agora é dizer que o sucesso da Copa se deve aos “brasileiros.” Assim, no genérico. Os 200 milhões de brasileiros garantiram a Copa das Copas porque são simpáticos e acolhedores. Descobrimos essas virtudes anteontem? 
Vamos combinar: a finalidade desse discurso é fingir que não havia oposição a Copa, movimento que se expressou num esforço permanente para impedir os jogos e criar um ambiente de desordem, sufoco e desmoralização Apelos ao boicote eram ouvidos nos melhores jantares, nas melhores famílias. Inclusive em inglês com legendas.
A Copa ocorreu contra a vontade dessas pessoas. Foi fruto do esforço da grande maioria da população, que não só queria assistir aos jogos e participar de um evento que marca a cultura de nossa época. Estava decidida, acima de tudo, a defender imagem de seu país.


Foram os adversários da Copa que transformaram o Mundial numa luta política – e perderam.

Como predadores sem escrúpulo, que mudam de pele conforme a paisagem, em determinadas situações a Copa era combatida com argumentos à direita. Em outros lugares, à esquerda. O importante é que não ocorresse. Se ocorresse, teria de ser um fiasco.
Não duvide: para boa parte dessas pessoas, o desempenho fraco da Seleção nos gramados serviu de consolo – e não de tristeza. Elas não suportariam uma boa atuação. Temiam uma classificação melhor – a tal ponto que não perdiam uma oportunidade para dizer que os juízes beneficiavam o Brasil, esquecendo das inúmeras vezes em que nosso time foi prejudicado.
Se Aécio Neves não tivesse deixado tantas demonstrações escritas de seu apoio a Felipe Scolari, o esforço para transformar Dilma Rousseff em assistente técnica da derrota teria sido ainda mais descarado.
Uma copa elogiada, por baixo, por mais de 80% dos visitantes estrangeiros, não é um carnaval que caí do céu, nem um reveillon na avenida Paulista. Envolve uma ação articulada em 12 cidades e dezenas de obras de infraestrutura que, sabe-se hoje, estavam muito mais avançadas do que se anunciou – mais uma vez, para tentar afastar a população da Copa, criar desanimo e desconfiança.
O elogio aos “brasileiros,” neste genérico, também é uma tentativa bisonha de encobrir o papel do Estado brasileiro neste sucesso. Governantes e prefeitos que assumiram suas responsabilidades, muitos deles filiados a oposição, foram sacrificados na hora do reconhecimento. 
E aí está a imagem retocada da imagem que fica para a história.
Depois de culpar antecipadamente Lula-Dilma por um fiasco que anunciavam como inevitável, tenta-se fingir que eles não deram a menor contribuição para os aplausos da platéia. Pode?

Contra a ruína, por Jânio de Freitas

A Copa e o "oportunismo eleitoral"

Já está digerida e absorvida grande parte, talvez a maior, do choque emocional com a vergonheira oferecida pela seleção. Variados são os sinais em tal sentido. Desde a inundação de piadas a respeito até a quase nenhuma reação à indigna conduta de Felipão e de Carlos Alberto Parreira na entrevista conjunta, com as considerações que representaram, a um só tempo, descarados autoelogios e, mais do que desrespeito, deboche com a frustração sentida e doída no país todo.
 
Diante da pouca duração demonstrada pela ira de uns e pelo abatimento de outros, quem contava com o desastre da seleção como fator favorável aos oposicionistas, caso sobretudo dos aecistas, passa a ter agora a frustração que a derrota, lá no fundo, não lhes causou. Nos últimos dias, o próprio Aécio Neves tem proclamado: "O governo quis se aproveitar da Copa, agora vai pagar"; "quem tentou explorar a Copa eleitoralmente vai se dar mal".
 
Pobre Aécio, então. Foi o candidato que, enquanto a seleção avançava, vestiu a camisa do time, com o escudo comprometedor da CBF, assim se fez fotografar até com a mulher recém-parturiente e mandou para Redações suas fotos de exploração eleitoral da Copa e da seleção. Há bastante campanha, ainda, para suas declarações recuperarem o pudor.
 
Para os dirigentes do futebol brasileiro não há tal oportunidade. Nem mesmo com a esperada aprovação, prevista para os próximos dias, da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (fiscal, no caso, refere-se às obrigações financeiras do esporte organizado com o Estado --impostos, INSS e outros). Em sua forma original, esse projeto do deputado cearense André Figueiredo dava aos clubes anistias a granel. Emendas do fluminense Otavio Leite e de outros deputados substituíram o calote consentido por até 25 anos para pagamento parcelado, e possível responsabilização judicial de dirigentes descumpridores das obrigações do acordo ou vindouras.
 
Já é um regramento dos clubes para uma dívida de bilhões, que ninguém sabe a quanto vão de fato: a contabilidade dos clubes não é confiável. Até porque fazê-la assim tem sido a primeira cobertura para a conexão entre cofres de clubes e enriquecimento de dirigentes. Mas o primeiro passo não impede a criação de mais endividamentos provenientes do grande problema do futebol: a grande corrupção.
 
Hoje, a contratação normal de um jogador é engrandecida, por mais que ele ganhe, pelo que outros vão ganhar, com menor ou maior dose de ilegitimidade. Quem propõe o negócio, quem o discute, quem o autoriza como presidente, ou diretor, ou superintendente, ou técnico, e os empresários e agentes são, em grande número, potenciais recebedores de altas importâncias. O grosso, por baixo da mesa e dos impostos. Salários de jogadores, feitas tais transações, também são passíveis de distribuição de quotas mensais.
 
Daí a incessante compra e venda de jogadores constatável nos clubes. Daí, também, os altos valores das transações em geral inconciliáveis com a qualidade do contratado. Do número e do valor das compras e vendas faz-se o rombo financeiro dos clubes, multiplica-se a exportação de jogadores e aprendizes, promissores ou não, e o futebol brasileiro se arruína.
 
Pelo que disse Dilma Rousseff, depreende-se que o governo descobriu, de uma só vez, o estado em que está o futebol brasileiro, por obra financeiramente oportunista de centenas ou milhares de dirigentes, e a importância do futebol para a significação internacional do país. Se a descoberta se destinar à busca de resultados, nenhum início seria mais eficiente do que o cerco --investigatório, legislativo e administrativo-- do lado degradante dos negócios do futebol.

Aécio Suárez mostra os dentes

No futebol, costuma-se distinguir uma ‘falta necessária’ de uma ‘falta desnecessária’. A falta é tida por ‘necessária’, por exemplo, quando o zagueiro perde a bola e deixa o atacante rival na cara do gol. Troca-se o risco do cartão pela esperança de que o cobrador erre o chute ou o goleiro feche a trave.
A falta é ‘desnecessária’ quando se caracteriza pela maldade gratuita. Nesses casos, ainda que o juiz não flagre, a infração expõe o transgressor ao julgamento instantâneo da arquibancada.
Na Copa do Mundo, nenhuma falta foi tão desnecessária quanto a dentada que o uruguaio Luiz Suárez cravou, traiçoeiramente, no ombro do italiano Chiellini. O juiz deixou barato. Mas a execração do craque dentuço foi unânime e universal.
Pois bem. Nesta quarta-feira, Aécio Neves deu uma de Suárez. Desferiu uma mordida no recato dentro da grande área da peleja sucessória. Mostrou os dentes ao comemorar, diante de câmeras e microfones, o drible que dera em Dilma Rousseff, atraindo para sua coligação o governista PTB, partido do presidiário Roberto Jefferson.
Aécio reagia a um comentário de Dilma. Discursando horas antes na convenção do PSD de Gilberto Kassab, que confirmou a adesão à sua reeleição, a presidente da República criticara os políticos que firmam acordos por “conveniências” e não por “convicções”.
“É muito importante assumir e cumprir compromissos na política, isso é inegociável”, dissera Dilma, abespinhada com o fato de que alinhavara o apoio do PTB num almoço com a cúpula da legenda. Posara para fotos ao lado de personagens duros de roer, como Fernando Collor. E, no fim das contas, não levou o tempo de propaganda eletrônica do agora ex-aliado.
“Lealdade é uma das bases da política feita com grandeza”, queixou-se Dilma perante os convencionais do PSD, legenda nascida de uma costela do DEM. “Não é subordinação cega, é respeito mútuo e zelo pela palavra empenhada. Engana-se quem acha que essa espécie de esperteza funciona. Ela tem vida curta. Na vida política, não podemos prescindir do respeito e da civilidade”
Poucas vezes a questão de meios e fins foi tão presente como nessa fase em que os candidatos ao amor da República trocam caneladas na disputa pelo tempo de publicidade eleitoral no rádio e na tevê.
Dilma falou em “política feita com grandeza”, “convicções”, “respeito” e “civilidade” num dia em que, cedendo à chantagem do PR do mensaleiro Valdemar Costa Neto, passou na lâmina o pescoço do ministro dos Transportes, César Borges. É um “acinte”, atacou Aécio. É “a mercantilização da política.”
De fato, aumentar a vitrine eletrônica devolvendo ao PR o acesso às arcas dos Transportes é um abracadabra para a caverna de Ali-Babá. Mas como qualificar o conselho de Aécio aos silvérios do governo senão como outro acinte?
Submetido à frase do candidato mais bem-posto da oposição —“Eu digo para eles: façam isso mesmo, suguem mais um pouquinho e depois venham para o nosso lado”— o eleitor olha ao redor e fica tentado concluir que a eleição virou uma loteria sem prêmio.
Troca-se a ilusão de que é possível começar tudo de novo pela convicção de que o voto é apenas um equívoco incontornável que se renova de quatro em quatro anos. Não chega a ser uma sucessão presidencial. No máximo, muda o chefe dos vampiros. No mínimo, nem isso.
by Josias de Souza
por Kiko Nogueira no DCM 

boneco aecio
“Vamos conversar?”

A convenção do PSDB que sagrou o nome de Aécio Neves candidato à presidência teve o de sempre: discursos exaltados, abraços e juras de amor eterno, Fernando Henrique Cardoso, críticas ao PT, José Serra falando em união, Geraldo Alckmin sorrindo etc etc.
Mas houve pelo menos uma inovação que ficará para a crônica política como um dos símbolos do PSDB: bonecos em tamanho natural de Aécio, feitos de papelão, armados para os militantes tirarem fotos.
Foram colocados num saguão do Expo Center Norte, de acordo com assessores de Aécio que falaram ao jornal Extra, “como recurso para uma brincadeira”. A ideia era “fingir uma foto” e não “tapear as pessoas”.
Havia ao menos 5 mil correligionários. Algumas pessoas receberam 25 reais para comparecer, segundo o Estadão. Líderes políticos de São Paulo e de Minas fretaram ônibus.
Aécio, como Serra e FHC, não é chegado a esse tipo de contato pessoal. Um veterano de convenções do PSDB lembra que quem vai a um encontro desses quer cumprimentar a estrela do show, falar com ela, mostrar algum tipo de comprometimento. Ficaram na mão.
Há alguns precedentes. No mais famoso, em 2006, em pré-convenção numa churrascaria do Morumbi em que se decidia entre Alckmin e Serra para disputar a candidatura a presidente,  Serra, FHC, Aécio e Tasso Jereissati, então presidente do partido, abandonaram a festa e foram jantar no restaurante Massimo, no Jardins. Se existissem os bonecões na época, certamente estariam no lugar dos quatro. (Alckmin, aliás, acabaria saindo candidato).
O truque de mágica criado pela equipe de Aécio é sintomático. Nem com a torcida a favor, como era o caso do Center Norte, ele se dispõe a ter um contato mais próximo com algo parecido com povo. Alguém poderia chamar isso de demofobia.
Na véspera, estava num jantar com Andrea Matarazzo, coordenador de sua campanha. Na noite de sua entronização no Center Norte, não se sabe de seu paradeiro, apenas que era um lugar bem longe dali. Antes de ir para o lixo, os bonecos de cartolina viraram, compreensivelmente, uma piada na internet. O próximo passo é colocar um deles para governar.
Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

Saul Leblon

A "turma dos anos 90" e a pigarra da história

A convenção do PSDB  que oficializou  Aécio Neves como candidato  tucano, no último sábado, foi tão marcante que o  principal destaque ficou por conta do que não houve.
 
O partido adiou, mais uma vez,  o anúncio do  vice em sua chapa.
 
A 19 dias de esgotar o prazo para o registro das candidaturas, o problema de Aécio é saber quem desagrega menos.
 
Não é uma escolha  fácil.
 
O repertório vai  de um impoluto Paulinho ‘Boca’, da Força Sindical,  ao demo Agripino Maia, ou talvez o híbrido de  pavão e tucano, Tasso Jereissati , ambos, como se sabe, referências  de enorme apelo popular. Correndo  por fora, a opção puro sangue,  Aécio – Serra, reúne afinidades  equivalentes  à convergência entre o  fósforo e a pólvora.
 
O dilema não é novo no PSDB. O  ex-governador  José Serra viveu problema semelhante em 2010.
 
A indecisão quanto ao nome que o acompanharia na derrota para Dilma  começou justamente quando  Aécio tirou o corpo fora, recusando a vaga que hoje oferece ao rival.
 
Sem opções que agregassem voto, tempo de TV ou base no Congresso (caso, pelo menos, do marmóreo vice de Dilma, o peemedebista Michel Temer), Serra postergou a decisão até o limite final, para então protagonizar  o abraço de afogado com um jovem demo.
 
Tal qual emergiu, Índio da Costa (DEM-RJ) submergiria  para a eternidade do anonimato após a derrota.
 
A dificuldade com o vice é sintomática da representatividade dos aliados.
 
Mas não é o principal obstáculo  para ampliar o teto da candidatura conservadora.
 
Passada a fase alegre da postulação interna contra rivais destroçados,  Aécio  terá que dizer ao país a que veio.
 
Seu maior desafio  reside naquilo que fez  a convenção de sábado  parecer uma daquelas tertúlias típicas de  aposentados   gabolas.
 
O celofane da mocidade mineira talvez seja insuficiente para conter o cheiro de naftalina que irradia das imagens  sempre que a ‘turma dos anos 90’, integrada por Serra, FHC, Pimenta da Veiga, Agripino e assemelhados  se junta para renovar o formol do velho projeto.
 
Por mais que a palavra mudança seja evocada por entre cenhos franzidos, comissuras enérgicas e punhos  erguidos, não cola.
 
Não há pastilha Valda que conserte a pigarra da história.
 
A  esperança em um futuro crível  para a economia e a sociedade  é incompatível com a regressão  apregoada pelos defensores de um modelo  que, a rigor,  não dispõe mais de força nem de consentimento para se repetir.
 
Para entender o porquê  é preciso enxergar os ingredientes que fizeram o fastígio da hegemonia neoliberal no final do século XX.
 
A saber.
 
Três décadas de arrocho sobre o rendimento do trabalho nas principais economias ricas, facilitado pela ascensão industrial chinesa; um contrapeso de crédito farto ao consumo  –e em muitos casos, irresponsável, como se viu na gota d’água das subprimes e, finalmente, por sobre o conjunto, uma untuosa camada de mimos tributários que rechearam os cofres dos endinheirados , contribuindo para a superliquidez  que caracterizou a praça mundial  durante décadas.
 
Foi sobre essa base de Estado mínimo com desonerações para os ricos, renda e trabalho esfacelados, que se deu o auge e o colapso do modelo. Um movimento inscrito dentro do outro, como em uma sinfonia.
 
O arranjo  só não desafinou  antes, repita-se, graças à válvula de escape de endividamento maciço de Estados e famílias, propiciado pela desregulação  que liberou a banca de controles e permitiu a lambança do crédito lastreado em derivativos tóxicos.
 
Era tanto dinheiro que permitia viver hoje como se não houvesse amanhã.
 
Em vez de salários e direitos, créditos sobre créditos para famílias quebradas.
 
Em vez de arrecadar  mais dos ricos, tomar  emprestado deles  na  forma de endividamento público, para suprir a anemia fiscal de Estados obrigados a dar conta de  serviços não lucrativos, por isso não privatizados.
 
O endividamento público lubrificado, no caso brasileiro,  por um juro real superior a 10% ao ano durante o ciclo do PSDB (hoje é de 5%), supria os cofres dos governos  e alegrava o rentismo.
 
 A tentativa atual de 'limpar’  a implosão do modelo removendo apenas seus ‘excessos  na ponta do crédito  resulta no filme de terror  em cartaz na Europa.
 
Preservar  para cima, com arrocho para baixo, associando à seca do crédito cortes sobre direitos e salários, ademais da retração do emprego, significa  uma carnificina econômica e social.
 
No caso brasileiro há  o inconveniente adicional de que  –nos marcos do regime democrático--   essa operação  talvez não seja mais viável depois de 12 anos de governos do PT.
 
A ‘mensagem mudancista ‘  de Aécio está visivelmente emparedada nessa encruzilhada.
 
De um lado, ele precisa atender o camarote vip que encarna e que o patrocina.
 
Engajado em uma cruzada de preconceito belicoso  contra  Dilma e o PT, os endinheirados exige compromissos com medidas  heroicas .
 
Aquelas que Aécio prometeu tomar  --‘se der, no primeiro dia’, como afirmou  às papilas empresariais famintas, reunidas  num regabofe na casa do animador de eventos, João Dória Jr, (conforme a Folha 02/04).
 
A esperança  conservadora é a de que a baixa atividade decorrente de uma paulada imediata no juro, com consequente recuo do crédito e compressão  do salários real,  devolva  a  senzala ao seu lugar.
 
E o país aos bons tempos.
 
O trânsito ficaria menos carregado; os aeroportos recuperariam o velho charme .
 
Não só.
 
Um desemprego ‘funcional’  de 12,5%, como no ciclo do PSDB (hoje é da ordem de 5%), estalaria a chibata da redução do custo Brasil nas costas de quem tem 500 anos de familiaridade com o assunto.
 
Mais quatro anos, que diferença faz?
 
Novidades  no front sugerem talvez não seja tão simples assim rodar  o modelo original  no azeite do arrocho.
 
Um Brasil formado por dezenas de milhões de famílias antes apartadas na soleira da porta, do lado de fora do país,  agora cobra  a sua vaga no mercado e na cidadania.
 
No seleto clube  do juro alto  essa gente figura como estorvo.
 
No ciclo de governos do PT o estorvo tomou gosto da mobilidade social.
 
No cálculo político do candidato tucano a precaução recomenda que não se diga em público aquilo que se afirma na casa do animador do ‘Cansei’, Dória Jr.
 
Instala-se assim um malabarismo de alto risco no picadeiro do circo conservador.
 
Aécio, ora assume  o estereótipo  de mineirinho afável, ora  tenta distrair  a plateia acusando  pecadores com o fogo dos savonarolas  de passado inflamável.
 
Enquanto isso, operadores de mercado que o representam  costuram  o peru recheado de arrocho servido nos regabofes  da plutocracia insaciável.
 
O principal personagem  dessas tertúlias é Armínio Fraga, espécie de ‘é com esse que eu vou lucrar até cair no chão’ da nação rentista.
 
O  prestígio não é obra do acaso.
 
Armínio carrega no currículo o feito de ter elevado a taxa de juro brasileira de 25% para  45%, em março de 1999.
 
O colosso se deu  quando esse quadro reconhecido como ‘nosso homem no Brasil’  pela alta finança  internacional  –Timothy Gartner, ex-secretário do Tesouro americano, sugeriu o seu nome a Obama para presidir  o Fed -- assumiu a presidência do BC brasileiro, no governo Fernando Henrique Cardoso.
 
Em declarações para o público mais amplo,  Armínio, que também possui cidadania americana, procura demonstrar serenidade e comedimento. Veste o figurino do Aécio afável e apregoa um caminho gradual, ‘sem choque’, para  recolocar as coisas nos eixos.
 
Nas entrelinhas do comedimento, porém,  ressoa o  ‘matador dos mercados’, que parece falar diretamente ao camarote vip do ‘Itaquerão’.
 
Na hipótese de uma extrema eficiência na lavagem cerebral  promovida pela mídia, a ‘turma dos 90’ pode até vencer em outubro.
 
Mas conseguiria governar emparedada nesse duplo torniquete,  entre o compromisso com a alta finança, de um lado, e a pressão ascendente de um Brasil que tomou gosto pela cidadania, de outro? 
 
Confira, abaixo, trechos das dubitativas respostas de  Armínio , em entrevista ao Valor, nesta 2ª feira:

Charge do dia

Quanta falta faz uma oposição de verdade
A que temos o que sabe fazer é justificar o injustificável, tipo:
à presidente 


Separados no nascimento

Aécio Neves & Eduardo Campos

Os dois concorrentes de Dilma ao Planalto, Eduardo Campos e Aécio Neves, são, na verdade, um só. Há gente que acredita que eles sejam a mesma pessoa, embora já tenham sido fotografados juntos.
Dilma, no final das contas, está combatendo apenas uma ideia, se é que podemos chamar assim.
Amigos há mais de uma década, Campos e Aécio são qualquer coisa, menos novidade. Representam tradições políticas enraizadas em seus estados, feudos que duram gerações.
Aécio é neto de Tancredo, que foi tudo na política mineira até morrer antes de tomar posse como presidente em 1985 (o pai, Aécio Cunha, foi deputado federal). Campos é neto de Miguel Arraes, dinastia de Pernambuco, que foi prefeito do Recife, deputado estadual, deputado federal e três vezes governador.
Estão no segundo mandato. Tanto um quanto o outro têm dificuldade para lidar com o Brasil fora de suas colônias. Campos e Aécio criticam o governo da mesma maneira. No atacado: o “inchaço dos déficits orçamentais”, a “inflação persistente”,  a “intervenção microeconômica” em setores como o preço da gasolina, a “censura” quando se menciona regulação da mídia, a “alta carga tributária” etc.
Eram — ou são — admiradores de Lula. Em 2010, Aécio disse que Lula era “um fenômeno, algo que, no futuro, os estudiosos, sociólogos e cientistas políticos vão analisar como algo que jamais aconteceu na história do Brasil”. Hoje não amacia. Campos, cujo PSB esteve na base aliada do governo até setembro, poupa Lula de críticas.
Embora Aécio tenho dito no Roda Viva que eles não são iguais e que as “diferenças vão surgir na campanha”, até agora pouco se viu de distinção. Trechos dos programas são praticamente os mesmos.
O de Aécio prega que “é urgente uma nova política industrial com foco no atendimento das pequenas e médias empresas”. O de Campos: “Nesse contexto, é preciso valorizar as pequenas e médias empresas”.
Sobre o Bolsa Família: “Nosso objetivo não é apenas garantir a cada família o direito a uma renda mínima, por meio do Bolsa Família, que buscamos ver assegurado na Lei Orgânica de Assistência Social como política de Estado”, diz o programa de Aécio. Campos: “É necessário, ainda, que a política de superação da pobreza se transforme em política de Estado”.
Agora, se Aécio ainda não encontrou seu vice, Eduardo Campos tem Marina Silva desde outubro de 2013. Mas, se alguém achou que isso faria alguma diferença, estão aí os fatos para atestar o contrário.
Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

Bem assim


Realmente, ao não promover a Copa do Mundo e as Olimpíadas, FHC fez o Brasil ter uma saúde e uma educação de Primeiro Mundo, não é mesmo, coxinhas?
Aliás, onde será que os tucanos(PSDB) enfiaram a grana que supostamente pouparam da Copa que não teve no Brasil??

Lúcia Orpham: Não é que ele não aceitou, ele não conseguiu trazer a copa para o Brasil, porque foi incompetente na elaboração das propostas a Fifa. Fez um papelão ao mandar uma brochura amassada sem a menor correção dos pontos turísticos brasileiros, mudando nomes de campos de futebol e propondo um orçamento totalmente inviável para realizar as reformas necessárias dos estádios e outras infraestruturas necessárias. Ou seja, como sempre fez tudo nas coxas esse boca de caçapa.
do

Oposição tem ojeriza de Povo

Demos e tucanos unidos contra a participação popular.
O deputado federal Mendonça Filho, líder do (DEMO) apresentou um projeto de decreto legislativo contra o decreto da presidente Dilma que cria os Conselhos Populares.
Os "Democratas" e bicudos são absolutamente contra uma Política Nacional de Participação Popular.
Para o PSDB/DEMO/PPS e Cia o povo só serve para votar...neles.
Se votar majoritariamente no PT, também não presta.

De fato a nossa oposição tucademo tem gostos iguais aos do general Figueredo:

"O cheirinho do cavalo é melhor (do que o do povo)".

Que o diga o guru econômico de Aécio Neves,  Armínio Fraga - o criador de cavalos puro sangue -.

Para quem não sabe, Armínio é aquele que acha que o povo tá ganhando demais - o salário mínimo tá alto demais -. Aécio Neves (PSDB) concordou e prometeu aos empresários adotar "medidas impopulares" - que significa: Diminuir o poder de compra do salário mínimo.

Imagine o que esse menino não faria se chegasse a presidir o Brasil - o que não tem nem perigo -.

O povo gosta do cheirinho do PT.

Por que a oposição não compara?

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu as realizações de seu governo e da presidenta Dilma, em palestra nesta quinta-feira (5), nos 10 anos da revista Voto, em Porto Alegre. O presidente lembrou, entre outras realizações, que em 11 anos, dobraram o número de estudantes universitários no Brasil – de 3,5 milhões para mais de 7 milhões de jovens – e que, embora muitos digam que isso foi apenas “esforço próprio”, houve um papel importante do governo nessa ampliação, com programas como Reuni (ampliação de vagas nas universidades federais), Prouni e Fies. “O povo se esforçou para aproveitar as oportunidades criadas nesse país.”
Baixe as fotos em alta resolução no Picasa do Instituto Lula.
O presidente reforçou que o Brasil não pode esquecer como ele era no passado, e como está hoje. Ele perguntou aos empresários: “alguém estava em 2002 melhor do que esta hoje?”. Para Lula, é necessário dizer, principalmente aos mais jovens, porque os que tinham oito, 10 anos quando começou o governo, não têm obrigação de saber como era o Brasil do século XX. “Se a gente não souber o que o Brasil era, não valorizamos o que temos hoje.”
Lula defendeu a realização da Copa do Mundo e que a população tem que debater mais o país, manter a autoestima e combater o mau humor. Lembrou também que  os brasileiros são os únicos a viajam para o exterior para falar mal de seu país. “A gente teima em achar que somos inferiores ao que somos.”
Ressaltou ainda que o Brasil conseguiu, por 11 anos seguidos, manter  a inflação controlada dentro da meta estabelecida e que o crescimento de 2,5% do PIB poderia ser maior, mas foi superior ao que os Estados Unidos, Europa ou México cresceram em 2013. Desde que começou a crise econômica em 2008, de acordo com a OIT, enquanto no mundo foram eliminados 62,5 milhões de empregos, o Brasil gerou 10 milhões de empregos, atingindo o menor desemprego da sua história, frisou.  “Chegamos em 10 anos em um patamar que muitos não imaginavam que teríamos chegado.”