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Não há chance para o lado progressista que não passe pelo PT e por Ciro

A política é tão excitante quanto o sexo e a guerra e não menos prazerosa e perigosa. Com uma grande vantagem, na guerra a pessoa só morre uma vez, mas na política é possível morrer e ressuscitar várias vezes - 
***
Janine: Fico preocupado com as negativas, estes dias, de líderes petistas a uma composição com o Ciro.
Fique claro: não há chance para o lado progressista, na eleição, que não passe pelo PT e por Ciro.
Pesquisa da Vox Populi, de que tomei conhecimento almoçando em Ouro Preto, diz que o candidato “indicado por Lula” terá 22% dos votos. É bem mais do que Ciro. Portanto, não penso que se trate necessariamente de apoiar Ciro.
Mas pode ser que sim.
Ciro nunca fez déficits, tem imagem impoluta, atacou o PMDB desde muito tempo, tem propostas progressistas para a economia e foi lealíssimo aos governos petistas.
Em deferência a eles, adiou suas ambições presidenciais.
Lembro que, na primeira conversa que tive com Lula, em 1999 ou 2000, ele me disse que o PT não precisava sempre ser cabeça de chapa nas coligações de que tomasse parte.
Precisa haver muita conversa entre aliados. -
Juntos, ganhamos.
Divididos, perdemos.

Eleição 2018: Sem ilusões

A corja do STF restringiu o foro privilegiado para deputados e senadores, que bem ou mal são escolhidos por nós cidadãos. Eles contudo continuarão com seus privilégios intocados. Na prática criminalizam a política para continuarem roubando descaradamente.

Mafiosos de toga.

Dito isto, vamos a eleição deste ano:

Alguém ainda acredita que essa máfia permitirá que Lula seja candidato?

Se acredita, também acredita em mula-sem-cabeça.

Vamos ser práticos, pragmáticos.

Lula não será candidato.

O que fazer?

Lutar pela liberdade dele e o PT registrar a candidatura.

Quando os bandidos cassarem a candidatura do ex-presidente, o que o partido deve fazer?

Minha opinião:
O PT deve trabalhar para eleger o maior número possível de parlamentares (deputados federais e senadores), e formar a chapa Ciro/Haddad.

Acredito que no momento é o melhor para o país. É por pensar no Brasil e no povo que defendo esta ideia.

Respeito a opinião de todos, mas não levo a sério a opinião de quem enxerga apenas o próprio umbigo.

Pronto, falei!

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***

Eleição presidencial 2018

Quem será o próximo presidente do Brasil, ninguém sabe. 

O que existe é especulação e torcida, só. 

Tem quem acredite que sequer eleição haverá.

Agora, quem é o vencedor da eleição desde já?

Essa é fácil responder: Lula!

  • Se ele for candidato (não acredito que a máfia jurídica permita) ganha fácil
  • Se ele bancar a chapa Ciro/Haddad, também ganha fácil
Tem várias outras possibilidades, mas preferi citar destacar apenas estas duas acima. 


Quanto a possibilidade remosta do candidato eleitor for um adversário?

Lula será vencedor do mesmo jeito.

Politicamente, esta eleição ele já ganhou. Esteja preso ou livre, seja eleito, eleja quem escolher ou não. 

Ele é o cara desta eleição e de muitas outras que vierem, enquanto vivo ele estiver.

Lula Lá!
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Lula/Ciro 2018, por que não?


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Briguilina: 

Eu falei faz tempo. Defendi a chapa Lula/Ciro. Continuo pensando do mesmo jeito. Desde já Lula e Ciro assumem a chapa e colocam nas ruas. Caso a máfia jurídica impeça a candidatura de Lula, então Ciro assume a cabeça de chapa e a frente progressista escolhe um nome para ser vice dele, que pode ser ou não do PT. O mais importante será o programa que devem apresentar ao país.
***

Ricardo Kotscho - por que ninguém fala do candidato Ciro Gomes?


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Escreveu-me o leitor Pedro Paulo Silva, às 21h38 de segunda-feira, em comentário publicado no Balaio sobre a matéria “Faltam só oito meses. Dá tempo para inventar um candidato?”.
“Kotscho, adorei sua leitura política do Brasil, mas uma pergunta me intriga: você não acha Ciro Gomes um candidato preparado para assumir as rédeas do país?”.
A mim também intriga a ausência do nome do ex-governador do Ceará e ex-ministro dos governos Itamar Franco e Lula, duas vezes candidato a presidente, no noticiário e nas análises sobre a eleição de 2018.
É como se ele não existisse, embora seja o candidato mais cotado do campo progressista, chegando a 13%, no último Datafolha, caso Lula não possa concorrer.
Marina Silva, ex-senadora e ex-ministra de Lula, também duas vezes candidata a presidente, é outro nome que aparece com bons índices, mas não pode mais ser considerada de esquerda, desde que apoiou Aécio Neves em 2014, e depois sumiu de cena.

Eleição presidencial 2018

Bastidores:
Circula em Brasília o burburinho de conversas muito sérias entre dirigentes do PDT e Rede com vistas a caminharem juntos na eleição presidencial de 2018. Mas, desde logo existe um problema que todos consideram inconciliável. Marina não abre mão de ser cabeça da chapa, Ciro idem. 

Conclusão: os partidos podem até se coligar mas, um não será vice do outro.
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O PT terá que cair na real e apoiar Ciro Gomes

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse que "o PT terá que cair na real" e apoiar a candidatura do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) à Presidência em 2018; em um balanço do primeiro turno das eleições municipais, Lupi lembra que o "PDT está maior que o PT" e manda um recado: "A candidatura de Ciro é irreversível"; Ciro tem buscado uma aproximação com o eleitorado do PT e tem dado demonstrações públicas de apoio a Lula e à ex-presidente Dilma Rousseff; segundo Lupi, Lula não descarta a possibilidade do partido apoiar outra candidatura; "Sinto o Lula com muita vontade de abrir"





247 - O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse que "o PT terá que cair na real" e apoiar a candidatura do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) à Presidência em 2018. Em um balanço do primeiro turno das eleições municipais, Lupi lembra que o "PDT está maior que o PT" e manda um recado: "A candidatura de Ciro é irreversível", em entrevista à Folha de S.Paulo.

Ciro tem buscado uma aproximação com o eleitorado do PT. O potencial candidato do PDT tem dado demonstrações públicas de apoio a Lula e à ex-presidente Dilma Rousseff.

"Segundo Lupi, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva –potencial candidato do PT em 2018– não descarta a possibilidade do partido apoiar outra candidatura. "Sinto o Lula com muita vontade de abrir. Ele acha que o PT precisa recuar para se reconstruir", diz.

O presidente do PDT diz que "mais do que o PT, a grande derrotada da eleição é a Marina Silva", cujo partido, a Rede, teve fraco desempenho na disputa. "Cadê a Marina? Cadê a Rede?"

Ainda segundo Lupi, Ciro está "todo feliz" e tem se dedicado às campanhas no segundo turno, sendo Osasco e Ribeirão Preto os principais Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o PDT elegeu 332 prefeitos no Brasil, crescimento de quase 10% em comparação a 2012. O PT elegeu 255 prefeitos neste primeiro turno. O PDT elegeu 3.749 vereadores, contra os 2.797 do PT.

Lupi rechaça ainda a tese de que Ciro não tem visibilidade nacional para a corrida presidencial. "Ele concorreu há 14 anos. É nacionalista e relativamente conhecido."

Pergunta ao PT de Fortaleza

O que o Partido está esperando para declarar apoio ao prefeito Roberto Cláudio (PDT) neste segundo turno?







Falta apenas um voto para Dilma derrotar o golpe

Dois senadores já admitem rever voto pelo impeachment
Em meio à crise política que atinge o governo interino de Michel Temer, que, em 19 dias desde a posse, já teve que afastar dois ministros flagrados em grampos telefônicos tentando barrar a operação Lava-Jato, os senadores Romário (PSB-RJ) e Acir Gurgacz (PDT-RO), que votaram pela abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, admitem agora a possibilidade de rever seus votos no julgamento final, que deve ocorrer até setembro. A virada desses dois votos, caso se concretize e os demais votos se mantivessem, seria suficiente para evitar a cassação definitiva da petista. O Senado abriu o processo de impeachment com o apoio de 55 senadores e, para confirmar essa decisão no julgamento de mérito, são necessários 54 votos.

Romário não descarta que os novos acontecimentos políticos provocados pelos grampos do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, mudem seu voto. O senador do PSB votou pelo afastamento de Dilma, mas diz que “novos fatos” podem influenciar seu voto no julgamento definitivo.

— Meu voto foi pela admissibilidade do impeachment, ou seja, pela continuidade da investigação para que pudéssemos saber se a presidente cometeu ou não crime de responsabilidade. Porém, assim como questões políticas influenciaram muitos votos na primeira votação, todos esses novos fatos políticos irão influenciar também. Meu voto final estará amparado em questões técnicas e no que for melhor para o país — disse Romário ao GLOBO ontem.

No PSB de Romário, no Senado, cresce a tese em defesa da realização de novas eleições. Esse argumento, de nem Temer nem Dilma, pode ser usado para reverter votos contra Dilma na Casa. Entre os líderes dos partidos aliados de Michel Temer, há uma preocupação com os erros sucessivos e que as crises políticas afetem a votação do impeachment.

O PT vai usar, na defesa de Dilma na comissão do impeachment, a conversa de Machado com o senador Romero Jucá (PMDB-RR), em que o então ministro do Planejamento diz que a aprovação do impeachment de Dilma poderia “estancar a sangria”. A interpretação é que o objetivo do impeachment era interromper as investigações da Lava-Jato, que atinge vários integrantes da cúpula do PMDB.

Já Acir Gurgacz assegurou a seu partido, segundo o presidente do PDT, Carlos Lupi, que mudará sua posição e votará contra o impeachment desta vez. Por conta disso, o Diretório Nacional do PDT adiou ontem decisão sobre uma punição disciplinar aos senadores do partido. Ainda de acordo com Lupi, o senador Lasier Martins (PDT-RS) pretende manter seu voto favorável ao afastamento de Dilma.

— O Acir vai votar contra (o impeachment), ele mandou por escrito — disse Lupi.

Procurado, Gurgacz afirmou que ainda não tem posição fechada:

— O que eu coloquei é que a admissibilidade (do impeachment) era uma necessidade, porque a população estava cobrando a discussão. O mérito é outro momento, estamos avaliando. Entendo que não há crime de responsabilidade fiscal por causa das pedaladas (fiscais), mas a questão é mais pela governabilidade, pelo interesse nacional.

O Diretório Nacional do PDT expulsou ontem o deputado Giovani Cherini (RS) por ter votado a favor da abertura do processo. Apesar de também terem apoiado o afastamento de Dilma, outros cinco deputados receberam uma punição praticamente simbólica, a suspensão por 40 dias.

Parecer da Comissão de Ética do PDT apontou como agravantes do caso Cherini o fato de ele ter supostamente feito campanha contra a orientação partidária, ter tentado virar outros votos no partido, e ter dado declarações a favor do impeachment.

Foram suspensos os deputados Sérgio Vidigal (ES), Flávia Morais (GO), Mário Heringer (MG), Subtenente Gonzaga (MG) e Hissa Abrahão (AM).

— O fechamento de questão é uma coisa, a decisão sobre quem não cumpriu é outra. É legítima qualquer decisão (do diretório)— disse Lupi, irritado, ao rebater crítica de um integrante do partido, que defendia a expulsão dos seis deputados, já que o PDT havia fechado questão contra o impeachment.
do O Globo

Duas imagens desmontam uma farsa

A passeata de domingo (a favor do golpe) que segundo o Datafolha - 500 mil pessoas participaram.
Abaixo uma imagem da manifestação (Contra o golpe) que segundo o Datafolha 90 mil pessoas participaram. 
Sei que palavras e números não convencem coxinhas. Imagens convencerá?

Ciro Gomes o plano B de Lula e Dilma, ou seia

...PDT, o plano B de Lula e Dilma?




A presidenta Dilma Roussef foi à reunião do Diretório nacional do PDT na semana passada e recebeu um caloroso beijo na mão do presidente da legenda, o carioca Carlos Lupi. Dilma, filiada do partido nos tempos de Brizola, saiu da legenda para participar mais ativamente do governo Olívio Dutra, no Rio Grande do Sul. E filiou-se ao PT.

Mas, Dilma, nunca foi uma petista autêntica. E nem mesmo o fato de ter se tornado presidente pelo partido lhe deu a condição de se tornar uma liderança importante na legenda.

Dilma precisa de Lula para tudo que diga respeito ao PT.

E quando foi escolhida pelo ex-presidente para ser sua candidata em 2010, teve de superar preconceitos de todas as ordens.

Enquanto Dilma falava nos encontros do partido, as piadas sobre sua inabilidade discursiva corriam soltas. Alguns dirigentes a imitavam com galhardia.

Mas como o PT foi perdendo força no percurso dos governos Lula e Dilma, não havia o que fazer. O jeito sempre foi engolir Dilma e o seu estilo e jeito de fazer política.

Mas o que isso tem a ver com ida de Dilma ao encontro do Diretório Nacional do PDT?

Dilma há alguns anos vem lançando sinais ao partido de que um dia pode voltar à sua antiga casa. Os sinais mais fortes foram dados quando seu ex-marido, o advogado Carlos Araújo, se filiou ao partido e buscou articular uma recuperação da sigla para a ala histórica, mais trabalhista e menos pragmática. O que acabou levando a entrar em rota de colisão com Carlos Lupi.

Araújo é um crítico do PT. Em entrevista ao Terra Magazine em 2012, ele dizia:

“Eu sempre tive uma visão muito crítica do PT. Uma coisa é a liderança do Lula, que é incontestável, mas o PT hoje é muito mais uma força eleitoral do que uma força política. Não diria que é uma falsa esquerda, mas as divergências dentro do partido são tão grandes que está virando de tudo um pouco. Eu digo até que virou um PMDB de esquerda, infelizmente”.

Dilma não pensa muito diferente de Araújo. Evidente que um não fala pelo outro, mas quando ele deu essa entrevista em 2012, o sinal amarelo acendeu no PT e nos círculos de amigos mais próximos de Lula. Era um sinal de que se o ex-presidente buscasse voltar ao cargo, Dilma poderia enfrentá-lo por outro partido. Naquele momento Dilma tinha altos índices de popularidade.

Lula, porém, nunca aceitou que sua candidatura fosse colocada e operação de Araújo na retomada do PDT foi um fracasso.

Mas a entrada de Ciro Gomes no PDT muda as coisas. Lupi continua mandando no partido, mas agora a sigla tem uma pessoa com força para disputar eleitoralmente a presidência em 2018. E isso pode lhe fazer abrir um pouco mais de espaço para que o PDT seja menos refém de seus desejos.

Dilma não foi à toa a essa reunião do PDT. E isso não tem só relação com o fato de a sigla ter adotado posição anti-impeachment. O recado claro era que de há pontes possíveis com o partido e com Ciro.

E engana-se quem acha que Dilma pode vir a trair Lula nesta operação. O ex-presidente sabe de toda a movimentação e tem conversado muito com Ciro.

Lula não tem vontade de ser candidato novamente ao Palácio, mas pode vir a sê-lo. E neste caso, Ciro poderia vir a ser o seu vice. Mas Lula também começa a achar que pode ser a vez de Ciro. E neste caso, o PT ofereceria um vice a ele. Que pode ser alguém do sudeste, como o atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, caso este não venha a se reeleger.

Nesta operação, a ida de Dilma para o PDT seria algo para depois do governo.

Mas uma tese que volta e meia ganha força é a de que se a crise se aprofundar e o PT vier a ser engolido por ela, Dilma deveria mudar de partido ainda durante este mandato e buscar construir uma nova base para governar. Atraindo setores que hoje estão na oposição, como o PSB.

O próprio Ciro já tratou do assunto. E alguns ministros também falam disso em conversas reservadas.

Independente de qual cenário vai se impor, o PDT deve ganhar filiações importantes de candidatos no país inteiro. A perspectiva de poder com Ciro e o acordo com o governo permitem àqueles que estavam insatisfeitos com o PT, por exemplo, pularem do barco, sem dar um cavalo de pau.

O PDT que parecia morto ressurge das cinzas. E pode vir a se tornar uma sigla forte. A conjuntura parece ser mais favorável ao partido do que a qualquer outro neste momento.

E isso tem a ver com a perspectiva de candidatura de Ciro, mas muito mais com os movimentos de Lula e Dilma.

por Renato Rovai



Entrevista de Cid Gomes ao Diário do Nordeste






Para o ex-governador do Ceará a presidente Dilma Rousseff deveria se desfiliar do PT e não participar da eleição presidencial de 2018.

Dilma Invocada (personagem criado para dizer o que a presidente tem vontade de dizer mais a liturgia do cargo não permite) aconselha Cid e Ciro Gomes a se desfiliarem do PDT e abandonarem a política, em definitivo.

Leia a entrevista na íntegra Aqui



Mimichel traíra Temer fez escola

Ex-petista, o senador Cristovam Buarque (DF) disse ao blog estar com saudades do tempo em que Lula o demitiu do posto de ministro da Educação por telefone. O PDT, sua atual legenda, submete-o a uma descortesia maior. “Eu tinha a pretensão de disputar a Presidência da República, mas essa pretensão foi cassada.” Cristovam atribui a “violência” a Carlos Lupi, presidente do PDT. “O Lupi me rifou completamente. Ele resolveu que o candidato do partido será Ciro Gomes. Tenho saudades da demissão por telefone porque, comparada com isso, era mais digna.”
Depois de amargar um quatro lugar na corrida presidencial de 2006, atrás de Lula, Geraldo Alckmin e Heloisa Helena, Cristovam se diz equipado para 2018. “Gostaria de participar. Estou preparado. Tenho proposta. Tenho viajado pelo país. Estava animado para disputar uma prévia. Mas o Lupi não permitirá que haja prévia séria no PDT.” A irritação do senador cresceu depois que ele viu uma entrevista de Ciro na tevê.
“Ciro disse que não tem vontade de ser presidente nem quer ser candidato. Declarou que está com uma vida muito boa, que recebe um salário monstruoso. Na entrevista que assisti, ele disse que não disputaria com ninguém no PDT. Se o partido quiser pedir para que seja candidato, ele vai pensar. Se tiver disputa, ele não participa. Nada de prévias.”
Segundo Cristovam, Lupi transformou o PDT num cartório. “Todos os diretórios estaduais são nomeados por ele. Não tem eleição interna. Lupi controla tudo. Ele diz quem vai ser candidato em cada Estado. Tem o poder de vetar.” A despeito de tudo, Cristovam hesita em mudar de partido.
“Trocar de legenda é algo muito dolorido. Fica uma marca ruim para quem muda muito. O próprio Ciro, que já está no sétimo partido, carrega essa marca. Tem hora que a gente sente que está sendo empurrado para fora do partido. Eu me sinto sendo empurrado para fora. Não mudaria de partido para ser candidato. Mudaria se um partido sério quisesse chamar um grupo de pessoas, inclusive a mim, para disputar qual seria o melhor projeto para o Brasil.”
Para Cristovam, a movimentação de Lupi desrespeita a biografia de Leonel Brizola. “Estou irritado com esse negócio de dizerem que impeachment é golpe. Não é golpe. Lupi, sim, dá um golpe na história ao comparar-se com o Brizola da época da campanha da legalidade.”
O senador prossegue: “A legalidade do Brizola era contra os tanques de guerra cercando o Congresso. Ele carregava a metralhadora lá no Rio Grande do Sul. Agora não tem nada disso. Se Lupi levar adiante a ideia de expulsar do partido quem votar no impeachment, independentemente do meu voto, estarei com essa pessoa.”
Cristovam diz supor que Lupi lhe feche as portas por conta de suas “posições independentes e críticas em relação ao governo”. Considerou “extemporâneo” o ingresso de Ciro no PDT. “Não sei o que ele pensa. Qual é a proposta dele? Não é um quadro que me entusiasme. Uma das coisas que deixaram o Lupi furioso comigo foi que eu disse que o PDT está tão ruim que nem a entrada do Ciro consegue piorar.”
by Josias de Souza 

Ciro pode ser a voz mais forte do anti-golpismo

por Fernando Brito
A melhor notícia para o embate político dos últimos tempos foi a decisão de Ciro Gomes de filiar-se ao PDT.
Ciro, ao contrário de Lula, tem liberdade completa de dizer o que quiser, sem a preocupação de que as críticas que o Governo Dilma (e o PT) merecem possam ser usadas para enfraquecer o Governo.
Se Dilma e Lula têm de moderar cara palavra até que se exorcize o fantasma do golpe “institucional” de Estado, Ciro pode usar as mais duras e verdadeiras, como, por exemplo, dizer que Eduardo Cunha é “um pilantra”.
Daí a dizer-se que é candidato a Presidente em 2018, vai uma distância quilométrica.
Se ela será transposta até lá é algo que não há pitonisa capaz de prever.
Ciro já mostrou que não é alguém que, simplesmente, dissentiu do centro conservador e passou a uma posição de esquerda que não é radical, mas não é também vacilante.
Tornou-se uma espécie de exceção às meias palavras e às hipocrisias que tomaram conta da política, com todos os ônus e os bônus que isso lhe causou.
Não tive muita convivência com ele durante o período em que, em aliança, Leonel Brizola o apoiou como candidato presidencial, em 2002.
Tiveram uma excelente relação, embora na reta final tenha havido algum compreensível mal-estar – embora não uma briga – por conta de uma ponderação de Brizola para que, ali nos últimos dias, Ciro anunciasse apoio a Lula já no primeiro turno, para evitar uma segunda eleição, que Brizola, escaldado pela experiência do segundo turno entre Lula e Collor, temia.
Além disso, a presença de Ciro dentro da direção do PDT significa que haverá um contraponto – e forte – á tendência de alguns dos integrantes da bancada pedetista a cruzarem – costeando, muitos já estão, há tempos – o alambrado para os verdejantes campos de Eduardo Cunha.
Ciro não tem medo de andar na contra-mão da mídia.
Só isso já o torna uma voz essencial.
Mais ainda porque a cúpula tucana assumiu a “descida do muro” e abriu o jogo do golpismo.

A bandeira de Brizola em boas mãos, por Rodrigo Vianna

Lula e Ciro
Ciro e Cid Gomes assumem o PDT
Ciro Gomes foi um leal combatente ao lado de Lula, nos tempos mais difíceis – quando parte do PT se enfiou debaixo da cama depois da denúncia do Mensalão em 2005.

Cid Gomes, irmão dele, teve a coragem de ir ao Congresso e cravar na testa de Eduardo Cunha: “achacador”!

Os dois têm uma trajetória controversa. Trocaram de partido várias vezes. Mas nos últimos 12 anos jamais trocaram de lado.

Cid e Ciro anunciaram o ingresso no PDT – que desde a morte de Brizola em 2003 perdeu força e identidade. Clique aqui para saber mais.

Está evidente que um dos dois será candidato a presidente em 2018. É mais um sinal de que a polarização PT/PSDB está encerrada.

Ciro (ou Cid?) pode até vir a ser o candidato apoiado por parte do bloco que hoje gravita em torno do lulismo. Mas o mais provável é que esse bloco se desfaça.

A próxima eleição (seja em 2018, ou antes disso se prosperar o golpe parlamentar contra Dilma) deve ser parecida com a de 1989: um quadro fragmentado.

O PSDB mesmo ameaça se estilhaçar. Há 3 projetos pessoais em disputa: Aécio pode ficar com a legenda tucana, Alckmin pode sair pelo PSB e Serra pelo PMDB (com apoio de Temer).

E a direita amalucada pode, sim, viabilizar uma candidatura de Bolsonaro ou Caiado – seguindo as pegadas da Frente Nacional na França e de outros grupos de tinturas fascistas mundo afora.

Pela esquerda, pode-se viabilizar uma nova frente – com partes do ex-PT, do PSOL e outras forças.

E ainda haverá espaço para candidaturas como a de Ciro/Cid.

Lula sobreviverá até 2018? Está fora do páreo? Hum, nada disso está definido.

Os tucanos apostam em “fechar” o PT, e esmagar Lula com apoio da Globo. Acham que assim chegarão ao poder. Podem ser surpreendidos pela história.



Um amigo que sabe das coisas costuma dizer: “não existe Salieri sem Mozart”. Uma referência ao músico invejoso que vivia às turras com o gênio Mozart na velha Áustria.

FHC e os tucanos são Salieri. Arrebentam-se de inveja do gênio que é Lula.

Se o lulismo se apagar, o tucanismo pode acabar-se junto.

A orquestra pode acabar nas mãos de um oportunista de direita?

Ou, num quadro menos pessimista, pode-se construir uma alternativa que não ponha em risco a soberania do país. Ciro e Cid representam essa possibilidade.

A bandeira de Brizola estará em boas mãos.
no Escrevinhador

A frase do dia


"Se quiserem nossa companhia, ótimo. Se não quiserem, antes só do que mal acompanhado"...
 Carlo Lupi - presidente do PDT em reunião do dirétorio nacional no Rio de Janeiro, sobre a possibilidade do governo federal retaliar o partido por ter votado contra o ajuste fiscal.


Mais alguns trechos do discurso:

  • Quem não nos quiser que anuncie à oponião pública por que não nos quer
  • Se não nos quer porque está fazendo uma opção pela direita, diga. Quem não nos quer porque entende que devemos ser punidos por defender o trabalhador, diga. Mas não seremos nós que vamos fazer o papel do ratos de porão de navio.
  • Não é ter ou não ter ministério. O ministério pode ser importante se ele for um instrumento para nós praticarmos as nossas políticas, não para saber pela imprensa que vão tirar direitos dos trabalhadores. Nosso papel não é esse
  • “Há um esgotamento do modelo de fazer política. O PT, na minha opinião, está esgotado no modelo, como instituição partidária. Ficou um projeto hegemônico. Muito poder pelo poder


  • Estamos num momento crucial. Temos que tomar um cuidado danado para não fazer coro com um discurso que está muito em voga hoje, que nós já vimos acontecer com o Getúlio, com o Jango, com o Brizola. É corrupção, corrupção, corrupção. E ninguém quer falar das deles. Existe maior corrupção do que a que fizeram com as empresas públicas no governo Fernando Henrique Cardoso? Existe maior corrupção do que a que fizeram com os bancos públicos privatizados de forma venal?
  • Não será o trabalhismo que vai jogar do mesmo lado do mar de lama, que deu em tiro e no suicídio. Nós vimos o que aconteceu com Getúlio. Depois do tiro no coração, virou um heroi. Não queremos ver nenhum brasileiro morto. Não queremos ver o sacrifício de ninguém individualmente para garantir uma democracia difícil.
Resumo: Discurso, um no cravo, outro na ferradura.

Fernando Brito: porque nunca entrei no PT e porque não chuto o PT na hora de dificuldades

Na véspera da eleição de 1989, quando a juventude ainda me permitia entrar num bar após um dia inteiro de trabalho, encontrei uma mesa de amigos jornalistas, petistas, e tivemos todas as provocações que se possa imaginar sobre quem passaria ao segundo turno para enfrentar Collor.
A certa altura, peguei a mão de um dos mais fortemente petistas, meu amigo Fernando Paulino, e lhe disse: “sabe qual é a diferença entre nós? É que metade do PT não irá com Brizola, se ele passar ao segundo turno e a metade que virá, virá rebolando, de salto alto.” E apertei-lhe a mão, prossegui: agora se o Lula passar, nós vamos segurar na mão dele nem que seja para irmos juntos para o inferno”.
Os fatos mostraram que foi assim e Brizola nunca faltou a Lula no momentos dos embates eleitorais decisivos. E, 2002, inclusive, isto foi causa de uma incompreensão amarga com Ciro Gomes, ao final do primeiro turno.
O PT, quase todo, não compreendeu o trabalhismo para além do discurso de turma do pré-vestibular, com aquela história de “Carta del Lavoro”.
A História, a porretadas práticas, abriu a cabeça de alguns, melhor assim. Aprenderam que a política se faz tanto com intenções quanto com concessões.  Com muitos erros no varejo e um grande acerto no atacado do processo histórico.
E tudo o que criticavam no velho Getúlio se desfez na imensa vontade que têm agora, de cantar para Lula a marchinha do Francisco Alves: “Bota o retrato do velho outra vez/ Bota no mesmo lugar/ O sorriso do velhinho faz a gente se animar” (Aliás, a patrulha era tanta que só transcreviam uma das estrofes, que dizia “trabalhar”, em lugar de “se animar”.)
Podemos e devemos discutir erros do PT, a sua natureza essencialmente udenista – que como todo udenismo se acaba como Greta Garbo no Irajá – mas não podemos deixar de ver que foi com Lula que, pela primeira vez em décadas – talvez com um pequeno momento de intervalo, na campanha das Diretas-já, que convenientemente se abortou por uma solução pessedista, com Tancredo –  o povo brasileiro se viu como coletividade e ao país como um esperança.
Igualmente, também não fecho os olhos à natureza do PT – não a de Lula – de expressão da classe média  à qual o movimento social, mais pela figura de seu líder operário, aderiu. Isso não é, em si, nem mau nem desinteressante, porque a esquerda no Brasil sempre teve – ainda bem! – uma adesão da classe média e dos intelectuais à imensa massa popular, expressa em seus escritores, seus músicos, seus poetas, que maravilha!
Virou moda, agora, descer a lenha no PT, inclusive por parte de gente que, com ele, viveu sua experiência de ser governo.
O PT merece, claro, boas pauladas ideológicas, a começar por sua “vocação civilizatória” neobandeirante, que crê (ou cria) que iria “civilizar” o Brasil com sua “modernidade inclusiva”.
Mas não vou fazer coro com a direita, no momento de dificuldades do partido, que não sabe para onde se volta e nem sabe o que vai fazer.
Se eu tivesse de dizer algo ao PT, diria: “beba história”.
É amargo, dói na garganta, nos deixa, paradoxalmente, sóbrios para agir com lucidez e loucos para sonhar .
E, como há 26 anos, há gente que vai segurar firme a mão de quem fizer isso e ficar firme.
Para desespero dos petistas “neoliberais”,  dizer que é preciso recolocar uma referência aos olhos do  povo brasileiro.
O que está em jogo é ele mesmo: o retrato do velho, outra vez.
É o que querem destruir.
É o que temos de defender.

Juntos somos invencíveis, Dilma Roussef

A presidente Dilma Rousseff atacou os adversários na corrida presidencial e afirmou que não foi eleita “para tirar direito de trabalhador” ou “adotar medida ‘antipopular’”.
 
“O PDT conviveu e lutou ao longo de toda sua história contra o udenismo e o golpismo. Conhece suas artimanhas. Trabalhismo só nós temos. Só tem um grupo político, uma corrente no Brasil, que é capaz de combater o retrocesso, a volta atrás, o arrocho salarial, o desemprego, a recessão, que é o nosso lado”, afirmou Dilma, em discurso na convenção do PDT em Brasília para selar o apoio à sua reeleição.
 
“Nós somos capazes de avançar, somos capazes de aprofundar a distribuição de renda, garantir crescimento com estabilidade”, afirmou.
 
Dilma rebateu as críticas à política econômica e afirmou que o país manteve o nível de emprego mesmo com a segunda maior crise economia internacional desde 1929.
 
“Mantivemos o emprego crescendo. Só no meu período chegamos, até agora, a 4,9 milhões [de empregos criados], e certamente vamos chegar a mais de 5 milhões. É uma conquista inegável. Quando todos os países aumentaram o desemprego para estimular o crescimento, nós não combatemos a crise assim”, disse.
 
A presidente também afirmou que a inflação em seu governo e no do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi menor que nos dois mandatos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que governou de 1995 a 2002.
 
“Hoje tem uma campanha que diz sistematicamente que a inflação está sem controle no Brasil. Todo mundo sabe que a inflação é cíclica. Em junho, julho, agosto, ela sobe. Até fevereiro estaciona, depois dá uma caída. É o fluxo da inflação, há 15 anos acontece assim”, disse. “A inflação está sob controle e o país tem todas as condições de manter crescimento constante e contínuo a partir de agora.”
 
Oportunismo “do mais deslavado nível”
 
Em seu discurso, Dilma afirmou ainda que os adversários mostram um oportunismo “do mais deslavado nível” ao afirmarem agora que programas do governo, que antes eles criticaram, não são monopólio da atual gestão. 
 
“O povo do 'não vai dar certo', geralmente faz o seguinte: quando a gente lança o programa, eles falam 'não vai dar certo'. Aí fazemos o programa, e eles malham, dizem que não está dando certo. E agora sabe o que eles estão fazendo? Estão dizendo que o programa não é exclusivo de ninguém, que eles vão fazer também”, afirmou.
 
A presidente fez uma referência ao discurso dos presidenciáveis Aécio Neves (PSDB-MG) e Eduardo Campos (PSB), que têm prometido em suas declarações manter programas dos governos do PT, como o Minha Casa, Minha Vida, o Mais Médicos e o Bolsa Família.
 
“Mostra oportunismo do mais deslavado nível. Fizeram isso com o Mais Médicos. Falaram mal, mas agora que trouxemos para o Brasil 14 mil médicos, beneficiando 49 milhões de brasileiros que não tinham cobertura [...], agora dizem que o Mais Médicos não é monopólio de ninguém”, disse.
 
A presidente reafirmou que o Bolsa Família está “seguro” com o atual governo e que o programa foi feito por aqueles que têm vontade política. Exaltou ainda a redução da pobreza nos últimos 12 anos, mas disse que o fim da miséria é só o começo e prometeu reforçar programas como o Minha Casa Minha Vida para dar qualidade à população.
 
Dilma agradeceu o apoio do PDT – que deve ser confirmado em votação nesta tarde – e disse que o partido, ao qual foi filiada, vai participar do núcleo de sua aliança. “Juntos, somos invencíveis”, disse.
por Bruno Peres e Rafael Di Cunto no Jornal Valor

30 anos do Proconsult: tentativa de roubar a eleição de Leonel Brizola

Depois de fraude descoberta, Brizola tomou posse como governador do estado do Rio

Há 30 anos, 'JB' revelou escândalo do Proconsult e derrubou fraude na eleição No retorno às eleições para governador, tentaram roubar os votos de Leonel Brizola 
Há 30 anos, uma tentativa de fraude na eleição para governador do Rio de Janeiro foi desbaratada graças ao trabalho das equipes do Jornal do Brasil e da Rádio JB. Com a ajuda de militares ligados aos órgãos de informação, tentou se evitar a vitória do esquerdita Leonel de Moura Brizola, favorecendo-se o candidato apoiado pelos militares, Wellington Moreira Franco. O esquema que ficou conhecido como "Proconsult" entrou na história como a primeira grande tentativa de fraude eleitoral através dos computadores.
O ano era 1982 e o país, debaixo do regime militar já há 18 anos, vivenciava a volta da eleição direta para a escolha dos governadores dos estados. No mesmo pleito, também foram escolhidos os deputados estaduais, deputados federais e um senador em cada unidade da Federação.
No Rio de Janeiro disputavam a cadeira de governador o candidato oficial do governo militar, Moreira Franco, representante do PDS (ex-Arena), partido de sustentação da ditadura militar que, à época, tinha na presidência da República o general João Figueiredo; o deputado federal Miro Teixeira (PMDB), herdeiro direto do então governador Chagas Freitas, mas que tentava passar a imagem de independente; o recém chegado do exílio (1979), ex-governador gaúcho, Leonel de Moura Brizola (PDT); a deputada federal, Sandra Cavalcanti (PTB), que iniciou sua vida política na UDN e no Lacerdismo; além do deputado federal cassado em 1976, Lysâneas Maciel, candidato pelo novato Partido dos Trabalhadores. 
Vivia-se a derrocada da ditadura, embora ela ainda fosse perdurar por mais alguns anos. Para evitar novos sustos nas urnas e tentar manter a maioria no Congresso, o governo militar criou o chamado voto vinculado. O eleitor era obrigado a escolher apenas candidatos de um mesmo partido. De deputado estadual a governador deveriam ser escolhidos políticos de uma mesma sigla, sob pena do voto ser anulado. Leia mais>>>

Um Brizola ministro? Tristeza da Globo



por Rodrigo Vianna
Se a presidenta Dilma confirmar nos próximos dias o nome de Brizola Neto (PDT-RJ) como novo Ministro do Trabalho, terá dado mais um sinal da recomposição de forças que vai colocando em prática desde o início de 2012 – o sinal mais claro foi tirar Jucá (e, portanto, “minar” o velho grupo sarneyzista que tinha a hegemonia no PMDB do Senado) da liderança do governo.

Antes de entrar nesse ponto, algumas informações sobre Brizola Neto. Ele não fala sobre a possível nomeação. ”A hora é de discrição”, diz-me um assessor. Quem tem falado, e muito, é “O Globo”. Claro, o jornal carioca lança balões de ensaio e armadilhas na tentativa de barrar a nomeação. Um Brizola no Ministério deve ser dolorido demais para a família Marinho.

O interessante é que o nome de Brizola tem o apoio das principais centrais sindicais brasileiras. A Força Sindical (que tem em Paulinho, do PDT-SP, o principal líder), a CTB (que tem ligações com o PCdoB) e a CUT já sinalizaram que apóiam o nome de Brizola Neto.

Conversei ontem com Artur Henrique, presidente da CUT. Ele foi cuidadoso, mas absolutamente claro: “Não cabe à CUT nomear nem indicar ministro, isso é com os partidos e com o Poder Executivo; mas temos simpatia, sim, pelo nome do Brizola Neto porque ele poderia adotar um novo perfil para o Ministério do Trabalho”.
Que perfil seria esse?

Artur diz que o Ministério, na gestão Lupi, virou um “grande cartório” para criação de sindicatos. Perdeu o papel de articulador das demandas trabalhistas. A CUT acha que Brizola poderia assumir essa função, por exemplo, coordenando Mesas Nacionais de Negociação – como a criada recentemente na área da construção civil.

“A atuação do Brizola Neto como secretário do Trabalho no Rio mostra que ele tem esse perfil. Além disso, pode ser um ministro que tenha interlocução com todas as centrais, e não com uma só”, espetou Artur, numa referência à relação preferencial de Lupi com a Força Sindical.

Esse blogueiro apurou que o Palácio do Planalto já consultou as centrais sobre o  nome de Brizola. E recebeu sinal verde.

O que falta? O PDT. Muita gente no entorno de Lupi teme que Brizola, chegando ao Ministério, imponha uma nova correlação de forças no PDT. Numa palavra: Brizola Neto no ministério viraria, de fato, a principal liderança pedetista, “engolindo” a turma de Lupi.

O ex-ministro (hoje “apenas” presidente do PDT) fez o partido lançar uma nota ontem, enviando um recado ao governo: oficialmente, não há veto “a qualquer companheiro”, mas a negociação terá que ser feita ”pela via institucional das instâncias partidárias”. Ou seja, Lupi quer ser ouvido. O fato é que ainda há resistências no partido. O embate deve ser resolvido até o fim dessa semana, início da próxima. 

Qual o significado político da possível nomeação de Brizola Neto?  Significa um aceno de Dilma para setores mais à esquerda que, desde o início do governo, têm recebido péssimos sinais do Planalto.