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Luis Nassiff


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Luís Nassif no seminário de lançamento do programa Brasilianas.org, da TV Brasil
Nascimento24 de maio de 1950 (62 anos)
Poços de CaldasMinas Gerais,
 Brasil
Ocupaçãojornalista
Luís Nassif (Poços de Caldas24 de maio de 1950) é um jornalista brasileiro. Foi colunista e membro do conselho editorial da Folha de S. Paulo, escrevendo por muitos anos sobre economia neste jornal. Nas composições que faz dos possíveis cenários econômicos, não deixa de analisar áreas correlatas que também são relevantes na economia, como o sistema de Ciência & Tecnologia.

Índice

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História

Sua primeira experiência jornalística foi aos treze anos de idade, editando o jornal do Grupo Gente Nova, de Poços de Caldas. Aos quinze, fez estágio no Diário de Poços, durante o período de férias escolares.
Depois de se formar no segundo grau, em 1969, na cidade de São João da Boa Vista, passou no vestibular para a ECA[1] e começou a trabalhar profissionalmente em 1º de setembro de 1970, como estagiário da revista Veja. Foi efetivado no início de janeiro de 1971. Em 1974 tornou-se repórter de economia da revista. No ano seguinte, ficou responsável pelo caderno de finanças.
Em 1979 transferiu-se para o Jornal da Tarde, na qualidade de pauteiro e chefe de reportagem de economia. Lá, criou a seção "Seu Dinheiro", primeira experiência de economia pessoal da imprensa brasileira, e o caderno "Jornal do Carro".[1] Em 1983 mudou-se para a Folha de S. Paulo, onde no fim do ano criou a seção "Dinheiro Vivo" e participou do projeto de criação doDatafolha.
No início dos anos 1980 organizou com a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional São Paulo, um seminário com todas as subseções da OAB, que resultou na primeira grande campanha pelos direitos do consumidor, a dos mutuários do Sistema Financeiro da Habitação.
Nessa mesma década, foi um dos apresentadores do programa "São Paulo na TV", ao lado de Paulo Markun e Sílvia Poppovic, umas das primeiras experiências de produção independente na TV aberta brasileira. Produzida pela editora Abril, era veiculado na TV Gazeta de São Paulo, canal 11 VHF.
Em 1985 criou o próprio programa na TV Gazeta de São Paulo chamado "Dinheiro Vivo". Em 1987, a partir do programa, nasceu a Agência Dinheiro Vivo, de informações de economia e negócios. Em 1986 ganhou o Prêmio Esso, categoria principal, com a série de reportagens sobre o Plano Cruzado.
Em 1987 saiu da Folha, retornando em 1991 como colunista de economia. Em 2006 o seu contrato não foi renovado. Apesar de ter havido afirmações de que Nassif havia sido demitido pelo jornal por fazer lobby por meio de sua coluna,[2] Otávio Frias Filho, diretor de redação da Folha de S. Paulo, declarou que a saída do jornalista foi decisão tomada em conjunto.[3]
Iniciou em 2007 uma série de artigos sobre os bastidores da Veja, em que critica, sob sua óptica, o jornalismo desta revista nos últimos anos.[1] Por alguns desses artigos, foi processado pelo editor da revista e condenado pela justiça, em 25 de fevereiro de 2010, a pagar uma indenização de 100 mil reais, com possibilidade de recurso.
Foi comentarista econômico da Rede Bandeirantes de Televisão e da TV Cultura de São Paulo.[3] Também atuou no rádio, como um dos apresentadores do Jornal Gente, na Rádio Bandeirantesde São Paulo, ao lado de José Paulo de Andrade e Salomão Ésper Atualmente trabalha em projetos próprios da Agência Dinheiro Vivo e apresenta o programa "Brasilianas.org" na TV Brasil, rede que faz parte da empresa estatal Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), criada em 2007 pelo governo Lula e comandada pela pasta de Franklin Martins. Pelo trabalho, Nassif recebe o equivalente a um salário de 55 mil reais mensais por meio de sua empresa, contratada sem licitação. Segundo Nassif, a dispensa da licitação ocorreu em função de sua notória especialização,[4][5] em conformidade com o estabelecido pelo artigo 24 da Lei número 8.666/93.[6] Com base no que consideram um alinhamento de Luís Nassif às políticas do governo Lula, jornalistas da chamada "grande imprensa" levantaram a suspeição de favorecimento na contratação[7][8]
Nassif é primo do ator Armando Bógus. Também é compositor, bandolinista e pesquisador de choro.[9]

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Prêmios

Luís Nassif foi vencedor do Prêmio de Melhor Jornalista de Economia da Imprensa Escrita do site Comunique-se nos anos de 2003, 2005 e 2008, em eleição direta da categoria. Também recebeu o Prêmio iBest de Melhor Blog de Política, em eleição popular e da Academia iBest.[10]

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Condenações

Em outubro de 2002 o jornalista foi condenado a três meses de detenção e ao pagamento de dez salários mínimos por publicar uma nota no jornal Folha de São Paulo sobre uma ação movida pela empresa Mendes Júnior contra a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF), na qual afirmava que a ação era "uma das mais atrevidas aventuras contra os cofres públicos". Para a juíza Érika Soares de Azevedo Mascarenhas, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, responsável pela condenação, "pela forma como o texto foi redigido" é manifesta a "intenção inequívoca de difamar". Segundo ela, "a matéria é vaga, carente de esclarecimentos ao leitor, e com considerações pessoais que extrapolam o limite da crítica". O Ministério Público e o jornalista alegaram que não houve dolo, sem efeito.[11]
Em 25 de fevereiro de 2010 o jornalista foi condenado pela 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, juntamente com o Portal iG, a indenizar o diretor da revista Veja,Eurípides Alcântara, devido a uma série de quatro artigos em seu blog nos quais Nassif afirmou que Eurípides Alcântara seria "o contato direto de Daniel Dantas com a Veja", e que isso seria decorrente de "um acordo operacional" entre a revista e o Grupo Opportunity. Por maioria, a turma julgadora entendeu que ficou "nítido" o abuso contra o diretor da revista; segundo o desembargador Carlos Teixeira Leite Filho, "o apelado Luis Nassif, autor das palavras, não só admitiu, como as reiterou, pelo que, após refletir sobre seu significado, têm-se o suficiente para bem identificar a intenção de menosprezar e agredir moralmente o apelante [Eurípedes]". A indenização foi estabelecida em 100 mil reais (R$ 50 mil para cada um dos réus); a decisão ainda pode ser recorrida.[12]

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Obras

  • O Menino do São Benedito e Outras Crônicas (2001, Ed. Senac, São Paulo, 456 pp.) - 126 crônicas com as reminiscências e impressões pessoais de Nassif sobre diversos temas, como a infância em Poço de Caldas, MPB, esporte e o país.
  • O Jornalismo dos Anos 90 (2003, Ed. Futura, 320 pp.) - analisa a cobertura da imprensa em diversos episódios como o impeachment de Fernando Collor, o caso da Escola Base, o do Bar Bodega e outros.
  • Os Cabeças-de-Planilha (2007, Ed. Ediouro, 312 pp.) - analisa a economia nos governos de FHC e traça um paralelo entre a Política do Encilhamento de Rui Barbosa e o Plano Real comPedro Malan e Gustavo Franco.

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Discografia

  • Roda de Choro Nosso Choro (1996). Gravadora RGE CD (acompanhado pelo grupo Nosso Choro, formado por Zé Barbeiro (violão), Miltinho de Mori (cavaquinho e arranjos), Stanley (Clarinete), Bombarda…).[9]

Lampião era gay e pedófilo?

por Beatriz Mendes

Imagine não saber que Vinicius de Morais foi um artista boêmio. Ou que Manuel Bandeira sofria de uma forte tuberculose e que Raul Seixas era viciado em álcool e drogas. São essas características que dão à personalidade de uma figura pública pequenas pitadas de humanismo e de proximidade com seus fãs. Por vezes, essas marcas são essenciais para que as obras deses artistas sejam compreendidas e cedem certo grau de comicidade à sua biografia – como a clássica imagem atribuída a D. João VI, sempre carregando uma gorda coxa de frango em uma das mãos.
Dificilmente alguém se recusa a reconhecer a importância desses relatos da vida das celebridades. Entretanto, a publicação de biografias não autorizadas às vezes gera atritos entre o autor e as famílias desses artistas, que não querem ter a intimidade de seu parente – e também a sua própria – revelada à população. No Brasil, por conta de processos judiciais, essas obras podem ser até mesmo recolhidas das livrarias – uma ação que fica na linha tênue entre o respeito à privacidade e a afronta à liberdade de expressão.
De acordo com a biografia, Lampião seria gay e viveria um triângulo amoroso com Maria Bonita e o também cangaceiro Luiz Pedro
Recentemente foi a vez da vida de Lampião ser foco de polêmicas. Em novembro do ano passado, Aldo Albuquerque, juiz da 7ª Vara Cível de Aracaju, expediu uma liminar – a pedido de Expedita Ferreira, filha do cangaceiro – suspendendo a publicação do livro Lampião mata sete, no qual o juiz aposentado Pedro de Morais defende a tese de que Virgulino Ferreira da Silva, o famoso Rei do Cangaço, seria homossexual. “Não chega a ser nem um capítulo do meu livro, mas eu questiono o assédio dele aos meninos do cangaço e o fato de eles serem tão próximos”, explica Morais, em entrevista à CartaCapital. Albuquerque manteve a ordem de proibição em ação divulgada no último dia 11.
O juiz de 67 anos conta que seu trabalho não foi o primeiro a tratar do assunto. Segundo ele – que se diz um aficionado por Lampião desde criança -, o historiador e antropólogo Luiz Mott já havia abordado a suposta homossexualidade do cangaceiro. “O professor já falava sobre isso 30 anos atrás. Tem uma tese na Sorbornne que cita esse lado feminino de Lampião. Todo mundo aqui no nordeste sabe que ele era um exímio estilista e gostava de plumas, paetês e perfumes franceses”, defende-se.
Mas não é só a orientação sexual do Rei do Cangaço que foi abordada. Pedro de Morais também colocou a fidelidade de Maria Bonita à prova. “Maria Bonita foi um personagem criado pela literatura de cordel. Todos sabem que existia um triângulo amoroso entre ela, Lampião e Luiz Pedro. Estácio de Lima, o maior defensor do cangaço no País foi o primeiro a dizer isso”.
Para Morais, sua biografiade Lampião foi a primeira a ser proibida no País porque é sincera. “Todo mundo tratou do mito. O que eu fiz foi falar sobre Lampião, o bandido”, argumenta. O juiz afirma, ainda, que o fato de ele ter afirmado que o Rei do Cangaço era gay não é justificativa suficiente para a proibição. “Eu falei que ele era um facínora, bandido, ladrão, cruel e nunca houve problema algum. Inclusive, a família até respeita a divulgação desses fatos. Agora eu digo que Lampião era gay e as pessoas proíbem o meu livro? Eu acho que esse pessoal é muito preconceituoso”, dispara. Continua>>>

Biografia de Millôr Fernandes

[...] escrita por de próprio punho



  • 1924 Nascido Milton Fernandes, no Meyer, em 16 de agosto. Ou em 27 de maio? Ou em 27 de maio do ano anterior? Há desencontros de opinião na família. Na carteira de identidade: 27-05-1924. Meu amigo, Frederico Chateaubriand, sempre repetia, quando se falava que alguém estava “muito moço”, isto é, aparentava menos que a idade que tinha: “Idade é a da carteira”. Isto é, não adianta ter qualquer esperança contra a cronologia. No meu caso talvez a carteira esteja (um pouquinho) a meu favor.
  • 1925 Morto meu pai. Nessa idade a orfandade passa impressentida. Mas a família – mãe com quatro filhos – cai de nível imediatamente.
  • 1931 Entrada para a Escola Enes de Sousa, no mesmo Meyer, educandário dirigido por Isabel Mendes, mestra extraordinária que mais tarde receberia a homenagem de ter o colégio batizado com o seu nome. Enes de Sousa, só fui saber quem era muitos anos mais tarde, nas memórias de Pedro Navas. Um abolicionista, se é que isso existe.
  • 1934 Morta minha mãe. Sozinho no mundo tive a sensação da injustiça da vida e concluí que Deus em absoluto não existia. Mas o sentimento foi de paz, que durou para sempre, com relação à religião: a paz da descrença.
  • 1934 a 1937 O período dickensiano, vendo o bife ser posto no prato dos primos, sem que o órfão tivesse direito. A família dispersa, os quatro irmãos cada qual pro seu lado, tentando sobreviver.
  • 1938 15 de março: início da profissão de jornalista.
  • 1938 a 1942 Liceu de Artes e Ofícios, onde um dia um professor deteve a massa dos alunos que desciam as enormes escadarias e, no meio de todo mundo, advertiu-me para que eu nunca mais zombasse de um colega. “As pessoas podem perdoar que você bata a sua carteira mas jamais perdoarão isso.” Aprendi.
  • 1941 Descubro, aos 17 anos, que não me chamo Milton, mas Millôr. Acho bom, não mudo, e o nome logo ’pega’.
  • 1943 Começam os anos gloriosos da revista ’O Cruzeiro’, que um grupo de meninos levaria dos estagnados 11.000 exemplares tradicionais a 750.000.
  • 1944 Com tio Viola, chefe da gráfica ’O Cruzeiro’, responsável por minha entrada no jornalismo. Viola, nome da família pelo lado italiano, teve recentemente uma possibilidade de glória. Eu vi o Papa João Paulo I dizer na televisão: “Todos os Violas do Brasil são meus primos.” Mas morreu logo depois.
  • 1946 A vida era bela e não sabíamos. Ou sabíamos? Aqui, Péricles Maranhão, autor da figura mais popular no humor brasileiro de todos os tempos: ’O Amigo da Onça’. Canhestramente faço o ’amigo’ da foto.
  • 1948 Na foto com Walt Disney, no estúdio dele, em Hollywood. Foto cuidadosamente posada. Nessa época eu ainda acreditava que Disney sabia desenhar. Só mais tarde, lendo sua biografia, aprendi que até aquela assinatura bacana com que ele autentica os desenhos é criação da equipe.
  • 1949 Comecei a programar viagens fora do país. Primeiro em países da América do Sul, depois Estados Unidos. Deixei a Europa pro fim. Ainda era um acontecimento, viajar.
  • 1950 O sucesso de ’O Cruzeiro’ faz os jornalistas virarem notícia. Na redação, entrevista para o rádio, uma espécie de televisão da época, muito melhor, porque sem imagem.
  • 1951 Viajo bastante pelo Brasil, coisa que sempre gostei de fazer, mas de carro, única forma de sentir as tremendas distâncias.
  • 1952 Faço questão que o ministro brasileiro me batize nas águas do Rio Jordão, em Israel. Cada um tem o São João Batista que merece.
  • 1953 Vice-campeão mundial de pesca ao atum na Nova Escócia. Nunca tinha pescado em minha vida e nunca peguei um peixe. Uma longa história que não cabe aqui.
  • 1954 Compramos por Cr$ 2.700 um apartamento no Rio, num lugar mais ou menos distante, chamado Vieira Souto. Quando a granfinada soube, correu atrás de mim e o lugar virou ’status’, o metro quadrado mais caro do mundo. Hoje a portaria da minha casa é o centro de prostituição – na sua quase totalidade exercida por travestis – da cidade. E de qualquer maneira a janela do meu apartamento, no quarto andar, é o local ideal para um sociólogo amador.
  • 1955 Cobertura jornalística de campanha eleitoral. Aí conheci um jovem e engraçado político chamado Jânio e um homem esquisitamente ético chamado Milton Campos. Glória das glórias: ganho o primeiro lugar num concurso de desenhos em Buenos Aires, junto com Steinberg.
  • 1956 Festival de Cannes, casamento de Grace Kelly. Este acontecimento até hoje rende mentiras por parte de muitos jornalistas. Guardo as minhas para momentos insípidos de conversação. 
  • 1957 Primeira exposição de desenhos no Museu de Arte Moderna, naquela época uma sala em baixo do Ministério da Educação. Melhor cenógrafo do ano. Por quê?
  • 1958 Um ano ou dois antes, não estou certo, nosso grupo implantava o frescobol em Ipanema. Me lembro que antes apareceu uma besteira chamada ’la pelote basque sans fronton’. Eu me auto-proclamei campeão do frescobol do posto 9. Mantive o título por muito tempo: quando alguém jogava melhor do que eu, eu dizia que ele era do posto 8.
  • 1960 Minha peça ’Um elefante no caos’ estréia depois de uma briga enorme com a censura, transformada num excelente espetáculo pela genial direção de João Bittencourt. Uma das poucas vezes que um diretor melhorou um trabalho meu.
  • 1961 Exposição de desenhos na Petite Galerie. Viagem ao Egito. Voltamos correndo com a renúncia de Jânio.
  • 1963 Uma “questão religiosa” me coloca em conflito com a tradicional ’ética’ dos ’Diários Associados’. Num discurso público, declaro: me sinto como um navio abandonando os ratos.
  • 1964 Preparando o lançamento de ’O PIF-PAF’, quinzenal que, em 1979, o serviço de informações do exército consideraria oficialmente como o início da imprensa alternativa no Brasil. Ainda bem, porque fecharam o jornal no oitavo número e eu fiquei devendo 21.000 cruzeiros. Meu valor na praça, então, era mais ou menos 500 cruzeiros mensais.
  • 1965 “Liberdade, Liberdade”, com Flávio Rangel. Um barato no meio do caos. Depois a censura proíbe. Como proíbe também, na íntegra, “Este mundo é meu”, com Sérgio Ricardo.
  • 1966 Cada vez me meto mais, profissionalmente, no teatro. Traduções, adaptações, originais. Representamos, no Largo do Boticário, a versão musical de “Memórias de um Sargento de Milícias”, só com atores negros. 
  • 1967 Topo fazer o ator ao lado de Elizeth Cardoso e o Zimbo Trio. Uma experiência inesquecível, que outras ocupações não me deixaram repetir.
  • 1968 O período efervescente do Pasquim. Parecia até que o país existia e que certa socialização, confundida com uma fugida fraternidade, era possível.
  • 1970 Sempre viajando pelo Brasil.
  • 1971 A “parada” com o sistema engrossa. Quase não publicamos nada inteligível e o teatro fica praticamente impossível.
  • 1972 Volto a me interessar por livros. Lanço ao mesmo tempo “A Verdadeira História do Paraíso” e “Trinta anos de mim mesmo”, um resumo de anos de trabalho, numa noite de autógrafos denominada “Noite da Contra-incultura”.
  • 1973 Promovido a cidadão mineiro, afinal, pela Câmara de Conceição-de-Mato-Dentro. 
  • 1975 Exposição na Graffiti. Fim da censura no ’Pasquim’.
  • 1976 Escrevo “É…”.
  • 1977 Na foto eu tenho a rara oportunidade de dar alguns esclarecimentos políticos a Mário Lago.
  • 1978 Um trabalho muito mais difícil do que podia parecer: a adaptação de “Deus lhe Pague”.
  • 1979 Aos poucos, venho descobrindo mais o Rio Grande do Sul, onde só tinha estado há muito tempo. Vou me agauchando.
  • 1986 Compro o primeiro computador, um XT a vapor, mesmo assim considerado por muitos uma extraordinária peça de ficção científica.
  • 1988 Comemoração de 50 anos de jornalismo. 25 de março, na casa de Técio Lins e Silva e Regina Pimentel.
  • 1996 Com Monique Duvernoy, Fernando Pedreira e Cora Ronai, em Auvers-sur-oise.
  • 1997 Com Cora Ronai e Ocimar Versolato, jantando na casa de Monique Duvernoy e Fernando Pedreira. 
  • 2000 Lançamento do saite “Millôr Online”, com festa no Copacabana Palace, Rio.



Biografia de Dilma Rousseff

[...] A vida quer é coragem


O livro “A vida quer é coragem”, do jornalista Ricardo Batista Amaral, sobre a trajetória da cidadã, da ministra e, até então, da candidata à presidência da República, Dilma Rousseff, será lançado esta semana. Amanhã, no Rio de Janeiro, na Livraria da Travessa, e, na sexta-feira, em Brasília, no Bar Brahma.

Segundo o autor, as 336 páginas oferecem ao leitor uma “reportagem”. Sua narrativa foge da fórmula das biografias autorizadas, mas contempla a preocupação de contextualizar historicamente os momentos da história recente do Brasil.

Quem o ler verá que o livro, basicamente, abrange três fases da vida de Dilma Rousseff. Sua trajetória pessoal até ser convidada a trabalhar na equipe de ministros do governo Lula, seu papel no governo Lula e a campanha, seus bastidores e circunstâncias.

Senso de lealdade

Amaral ressalta ao longo do texto algumas características que, para ele, definem sua personagem: o senso de lealdade de Dilma Rousseff, tanto na vida pessoal, quanto na vida política; a capacidade de recomeçar do zero em vários momentos; e sua ligação profunda na luta contra a desigualdade.
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A contracapa do livro
O jornalista – que teve a oportunidade de conhecer de perto a presidenta, na condição de assessor de imprensa nos últimos meses da passagem de Dilma Rousseff pela Casa Civil, ao término do governo Lula, e, ainda, durante a campanha à presidência – não apenas recupera vários episódios da vida da futura chefe de governo, a primeira brasileira a ocupar o cargo no país, como também conseguiu reunir um vasto material fotográfico reproduzido em 32 páginas de imagens, muitas das quais inéditas.

Entre as imagens compiladas por Amaral, uma ganhou as páginas dos jornais e a blogosfera esta semana, antecedendo o lançamento do livro. Ela retrata a jovem Dilma Rousseff, em 1970, aos 22 anos, diante da Primeira Auditoria Militar (Rio). A militante foi levada aos juízes militares dez meses depois de ter sido presa por agentes militares do DOI-Codi de São Paulo, onde foi submetida a 22 dias de tortura. 

A obra foi publicada pela editora Primeira Pessoa, um dos selos da Sextante, a R$ 39,90.

por Zé Dirceu

Livro

A Biografia de Sarney

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A jornalista Regina Echeverria lançou o livro “Sarney – a biografia”, hoje no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. 
A obra tem 624 páginas e 168 entrevistas, além de arquivos e diários pessoais do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). 
“Sou uma contadora de histórias. Neste livro tive a feliz oportunidade e o desafio de escrever sobre um personagem diferente dos que estava acostumada”, diz a autora do livro. Para a obra, Sarney concedeu diversas entrevistas à jornalista, além de apresentar documentos e arquivos.

10 biografias

Que não estavam no scripit de 2010

1. Geisy Arruda
Vestida para causar, de Fabiano Rampazzo, conta como a estudante paulista fez de um quase linchamento o trampolim para a fama. Depois de ser expulsa em 2009 da faculdade por ter ido à aula de minissaia, ela posou nua, virou estrela de TV – e, segundo seu biógrafo, símbolo do feminismo.

2. Lady Gaga
Apesar do êxito, a vida pessoal de Lady Gaga permanece nebulosa. Lady Gaga – A revolução do pop tenta esclarecer mistérios sobre a cantora e explicar sua corrida ao estrelato.

3. Susan Boyle
A cantora que virou estrela pop mesmo perdendo um concurso na televisão ganhou neste ano três biografias, além de duas autobiografias, com a ajuda de redatores ventríloquos.

4. Fernando Torres
No livro Torres, el niño: my story, só editado no Reino Unido, o jogador de 26 anos narra um triunfo às avessas: antes da Copa do Mundo, era a esperança da seleção espanhola. Foi campeão, o.k., mas no banco de reservas.

5. Kim Kardashian
Kardashian konfidential conta a ascensão da modelo e de suas irmãs Kourtney e Khloe. As três são estrelas de um reality show. Kim virou símbolo da empresária astuta, pronta para derrotar as beldades concorrentes.

6. Justin Bieber
A biografia do astro de 16 anos não traz grandes revelações – talvez por falta de material. Além de descrever sua trajetória, o livro traz revelações “vitais”, como seu filme preferido e a importância da mãe em sua carreira.

7. Barack Obama
O jornalista David Remnick escreveu em menos de seis meses as 720 páginas de A ponte: vida e ascensão de Barack Obama. Isso com o presidente americano na metade do mandato. Cedo demais? “A história dirá”, disse Remnick a ÉPOCA.

8. Narciza Tamborindeguy
A socialite carioca conta em Ai, que absurdo! episódios recentes e surreais de sua vida: como um amigo rico lhe roubou um iPhone e o que fez para se livrar de uma goteira em sua cobertura.

9. Cleópatra
A historiadora Stacy Shiff virou best-seller com Cleopatra: a life. O livro retrata a rainha egípcia como a única mulher a ter um papel político fundamental na Antiguidade.

10. José Alencar
A jornalista Eliane Cantanhêde assina José Alencar, a saga de um brasileiro. Conta a trajetória do empresário mineiro que se tornou vice-presidente da República e luta há anos contra o câncer.