Foi uma marolinha mesmo
"O Departamento de Economia do Bradesco, dirigido por Octavio de Barros, considera que a recessão no Brasil começou em outubro e acabou em abril deste ano. No segundo semestre de 2009, a economia crescerá, em termos anuais, 4%. E em 2010, a economia crescerá 5%". Diante disso, J.Serra está num dilema: perde para a Dilma ou para o Ciro? O que será menos doloroso? Talvez perder para o Ciro, pois apanhar de mulher é feio. E no final, foi uma marolinha mesmo.
Caindo a máscara
O que é legal, nessa brigalhada sem fim dos políticos, é que a gente fica sabendodas sacanagens de todos eles, inclusive daqueles que se julgam melhores que os demais: Heloisa Helena sonega impostos, Arthur Virgílio mantém um aspone no exterior por nossa conta, Cristovam Buarque teve a mulher nomeada pelo Agaciel Maia etc etc.
Palavrão
Bolinho de feijoada
A saga do dólar
Tempo não de espetáculo de crescimento do país, mas de crescimento do espetáculo do próprio presidente. Na posse do trono, em janeiro de 2003, o dólar valia R$ 3,38. Na despedida de 2010, ensaia valer R$ 2,00 redondão.
O dólar perde gás em todas as moedas, neste rescaldo do pós-crise. Depois de forte e paradoxal revalorização no último trimestre de 2008, mundo em estado de choque, aqui no Brasil, a moeda americana disparou feito rojão de vara em quermesse paroquial.
Esteve abaixo de R$ 1,60 antes da crise, lá em agosto. Chegou a ficar acima de R$ 2,50 em outubro. Agora, acomoda-se abaixo de R$ 1,90 - como que praticando a chamada taxa efetiva real da banda cambial de mercado. Taxa agora bitolada entre R$ 1,80 e R$ 2,10 - até 2011.
Pré-sal
O fundo do pré-sal começa a tomar forma
1. SERÁ ADMINISTRADO POR UM COMITÊ E FICARÁ FORA DO ORÇAMENTO.
É medida fundamental para assegurar que os recursos não serão desviados para outros fins, como tem sempre ocorrido em sucessivos governos. A educação e a saúde conseguiram alguns avanços dos anos 90 para cá por conta do direcionamento de verbas para o setor. De lá para cá, todos os fundos criados acabaram sendo desviados para cobrir despesa correntes e deixar o Banco Central confortável para praticar taxas de juros absurdas.
2. A PRIORIDADE SERÃO INVESTIMENTOS EM EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Há uma visão estreita no país, de separar o bom gasto (investimento) do mal gasto (despesa corrente). É evidente que as despesas correntes precisam ser submetidas a um bom gerenciamento. Mas, para efeito de responsabilidade de Estado e desenvolvimento de país, gastos em educação, inclusão social, tecnologia são mais relevantes até que investimentos - já que o Estado pode se valer de parcerias público-privadas para completar a necessidade de recursos.
O risco que existe é o da substituição de recursos - algo que ocorreu com a IPMF (Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira). Aproveitou-se o recurso novo para reduzir as dotações orçamentárias para o setor.
A ideia de comitê gestor do fundo firmar convênios com estados e municípios é um dos pilares da modernização do federalismo brasileiro. A forma veio do SUS, ganhou força com a Bolsa Família e, depois, com o PAC Saneamento e com o Plano Habitacional. A União provê os recursos, a regras do jogo e a regulação. Estados e municípios se organizam e implementam os programas. Divide-se o mérito das obras - principal mola propulsora da ação política no país.