Ninguém contesta


Serra se diz amigo de Maria da Conceição e insinua identidade de valores e projetos com a esquerda progressista que ela simboliza; ninguém contesta. 


Serra diz que não tem nada contra Lula; ninguém contesta. 


Serra diz que seu adversário é a Dilma –não o governo que ela representa, a Dilma pessoa física-; ninguém contesta. 


Serra diz que é amigo de Lula, vai até melhorar o que ele já fez; ninguém contesta. 


Assim, assim, uma hora o eleitor passa a acreditar que Serra, Conceição, Lula, Che Guevara, Dolores Ibárruri, Giuseppe Garibaldi e Simon Bolívar são uma única e mesma pessoa e que a única figura destoante dessa eleição é a Dilma. Ou quem de direito entende que a disputa já começou, que há uma luta política decisiva sendo travada em cada declaração, em cada gesto e que Serra é o estuário do conservadorismo nativo a ser desmascarado ou a mídia demotucana nem precisará gastar o arsenal de fraudes para emplacar a vitória da coalizão demotucana na sucessão de Lula.

O afago de Serra à direita truculenta

Os tucanos passaram os últimos 7,5 anos criticando a criação de ministérios e a contratação de servidores públicos pelo governo Lula. Mas, seu candidato e da oposição a presidente da República, José Serra (PSDB-DEM-PPS), já prometeu criar dois ministérios: o da pessoa com deficiência e agora o da segurança pública.

Este último ele prometeu em entrevista ao programa do José Luiz Datena, da Rede Bandeirantes de TV. Para ser objetivo, eu tenho que reconhecer que sobre segurança o candidato da oposição não tem nenhuma autoridade para falar, já que em 15 anos de tucanato, São Paulo não avançou nessa questão. Isso nem novidade é, porque esse Ministério da Segurança ele já prometeu na campanha de 2002 quando perdeu a eleição ao Planalto para o presidente Lula.

A única novidade agora é a linguagem chula e agressiva, que lembra a direita, sobre a repressão. O enfrentamento que ele propõe e outros termos que usou no programa são nomes bonitos ou de impacto para simplesmente dar ordem para matar suspeitos ou bandidos. Essa dureza que ele promete no combate aos bandidos é de fácil apelo popular, mas não resolve a questão da segurança. Apenas soa como música em programas de rádio e TV popularescos, para as chamadas "bancadas (parlamentares) da bala" e para a direita mais truculenta e reacionária.

Nós, paulistas, conhecemos os discursos dos ex-governadores Paulo Maluf (PP) e Orestes Quércia (PMDB), e depois Fleury Filho (PMDB, agora PTB) e  Geraldo Alckmin (PSDB), sobre mais polícia, mais ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) na rua, mais repressão. E sabemos seu resultado: zero em matéria de segurança. Mas, são políticas que deixaram milhares de mortos pela polícia, o que faz com que a retórica de Serra sobre direitos humanos - ele alternou e também a usou no programa da Band - seja só para constar em seu currículo.

Quando ele fala em “engaiolar” seres humanos, ele os está tratando como animais. Tivemos assim, nessa entrevista, um bom exemplo do que vem por aí na campanha tucana: explorar o medo dos cidadãos que eles não protegeram durante 16 anos de um São Paulo governado por tucanos. Ou, ao longo de 28 anos, se contarmos desde o governo Franco Montoro a partir de 1983. São 16 ou 28 anos de fracasso nas políticas de segurança tucanas e que eles -  seu candidato e o tucanato paulista - agora procuram esconder.

Cuba tem eleições, sim. Veja como é o sistema


Tem gente que diz que em Cuba não tem eleição. Tem, mas existe diferença de sistema político e há um processo de escolha essencialmente ligado às comunidades locais. Ontem, 8 milhões de cubanos de um total de 8,46 milhões aptos a votar foram às urnas escolher seus representantes nas eleições municipais.
Pouca gente se dá ao trabalho é de entender como funciona o sistema eleitoral cubano para formar uma opinião antes de simplesmente repetir o discurso da mídia. Por isso, posto acima o vídeo com entrevista da presidente da Comissão Eleitoral Nacional, Ana Maria Machado.
Na eleição de domingo, 15 mil delegados nos 169 municípios do país foram eleitos pela população. Eles são eleitos, mas também podem ser destituídos pelos eleitores. É importante ressaltar que o voto em Cuba não é obrigatório e mesmo assim o comparecimento às urnas é sempre superior a 90%.
Os delegados eleitos agora têm um mandato de dois anos e meio e definem quem serão os candidatos à Assembléia Nacional. Este parlamento por sua vez elege, entre seus integrantes, o Conselho de Estado e o seu presidente, que é chefe de Estado e de Governo.
Ter informação é fundamental para poder formar opinião.

Lágrimas de crocodilo

O chanceler Celso Amorim está em Teerã, dando curso à estratégia de Luiz Inácio Lula da Silva para a crise em torno do programa nuclear do Irã. A posição do Brasil é conhecida. Somos a favor de os iranianos terem direito de dominar a tecnologia atômica, para fins pacíficos. É bastante razoável. Os povos devem mesmo possuir a prerrogativa da autodeterminação, quando em paz.

É tão razoável que todo o mundo concorda. Onde está a dificuldade? Nas garantias que a Organização das Nações Unidas (ONU) exige, e que Teerã recusa dar. É um jogo de gato e rato, no qual os iranianos desfilam no fio da navalha. Indo e vindo. Buscando a cada passo “comprar” tempo.

E vem uma dúvida, também razoável. Para que exatamente o Irã busca mais tempo? Se o programa nuclear de Teerã é pacífico, como aposta o Brasil, e se é o que as grandes potências exigem do Irã, onde está a dificuldade?

Quando os Estados Unidos e o Reino Unido ocuparam o Iraque, verificaram que Saddam Hussein não detinha mais armas atômicas, químicas ou biológicas. Então por que o presidente iraquiano recusou as inspeções internacionais que poderiam atestar a falsidade das acusações e neutralizar o argumento formal para a invasão?

Há três hipóteses na obstinação suicida de Hussein.

A mais benigna é caracterizá-lo como um estúpido, um lunático que fez o país dele retroceder à dominação colonial em troca de nada. Ou em troca apenas do orgulho de resistir a uma inspeção da ONU.

No segundo caminho, algo mais verossímil, o sunita Saddam não desejava que o xiita Irã tivesse exata noção da fragilidade militar de Bagdá. Inclusive para não desequilibrar o precário equilíbrio político no Iraque do Partido Baath, onde a ditadura da minoria sunita dava as cartas na relação com a maioria xiita.

A terceira, conectada à segunda e mais realista, tem a ver com a política interna iraquiana. A possível existência de armas de destruição maciça era apenas secundariamente uma ameaça para fora: ela apontava prioritariamente para dentro, para controlar a oposição. Pelo medo.

Em qual das três trilhas é possível encontrar a melhor explicação para a estratégia hoje do governo islâmico de Teerã?

Tudo bem que Mahmoud Ahmadinejad possa recolher força política da retórica antiamericana e antissionista, mas o exemplo de Saddam Hussein não encoraja esticar a corda além de um certo ponto.

Uma variável nova é os Estados Unidos estarem ocupados demais no Iraque e no Afeganistão, sem fôlego momentâneo para a terceira frente. Raciocínio arriscado, pois a esta altura o Pentágono já deve ter as equações para Barack Obama decidir caso necessário. Se não as tem, prepara aceleradamente. Já ronda até o noticiário.

O segundo cenário é menos provável, pois ao contrário do que diz a propaganda dos aiatolás o Irã não está ameaçado territorialmente por nenhum país vizinho ou dos arredores. Desde que, naturalmente, ele próprio não deseje varrer ninguém do mapa ou interferir militarmente na vida alheia.

Sobra o terceiro. O sonho de um Irã dotado de armas nucleares transformou-se em vetor de poder interno. E aí mora a complicação maior. Como recuar em ordem, sem assinar o recibo da derrota humilhante? Sem abrir um flanco político talvez fatal?

A aposta brasileira é ser o avalista desse recuo. Se acontecer da maneira como quer Lula, ele terá nas mãos um troféu para exibir nas nossas eleições. Dirá como enfrentou os Estados Unidos, como se opôs às sanções, e também como isso permitiu chegar a uma solução pacífica para a crise.

Importará menos, para efeito de retórica, que o Brasil tenha contribuído para os americanos alcançarem o objetivo principal deles: fazer o Irã recuar do projeto de potência nuclear. Se acontecer, Lula arrastará as cartas no palco interno.

E se não acontecer? Lula poderá dizer que pelo menos tentou. Que não se dobrou ao império. E, afinal, as eventuais sanções não serão contra nós, nem as possíveis bombas cairão aqui.

Custo zero. Não faltarão tampouco as habituais lágrimas de crocodilo.

Santa Zita

Foi durante 40 anos criada de uma família nobre na cidade italiana de Luca.


Distribuía aos pobres o pouco que lhe sobrava do salário recebido. 


Sua santidade foi reconhecida ainda em vida, e confirmada por grande número de milagres. 


É padroeira das empregadas domésticas e patrona de Luca.

Vamos estar com Ciro nessa eleição e no futuro


Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília
O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, coordenador da campanha de Dilma Rousseff ao Planalto, disse nesta segunda-feira (26) ter a “convicção” de que o deputado federal Ciro Gomes (PE-PSB) vai apoiar a candidatura da ex-ministra caso ele próprio não dispute as eleições. Garcia minimizou as declarações do deputado de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “está perdendo a humildade” e de que Dilma seria menos preparada do que o candidato do PSDB à sucessão presidencial, José Serra.
“O presidente Lula tem muito apreço pelo Ciro, sobretudo pelo trabalho que ele desempenhou no nosso governo, pela lealdade que ele teve nos momentos mais difíceis pelos quais o governo passou. Algum desentendimento não vai abalar essa convicção de que nós vamos estar juntos com o Ciro agora nessa eleição e vamos estar no futuro”, afirmou.
Garcia enfatizou que Ciro Gomes é jovem e terá tempo para crescer na política caso o partido dele decida desistir de ter candidatura própria à Presidência da República. Na última quinta-feira (22), reunião de líderes do PSB indicou que o futuro da pré-candidatura do deputado será decidido na terça-feira (27). A tendência é que o partido decida apoiar a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, em vez da candidatura própria com Ciro.
“Ciro é jovem. Ele mesmo disse hoje que daqui 20 anos ele terá a idade que muitos candidatos têm hoje. Ele é uma expectativa para a política brasileira que não vai de maneira alguma diminuir por esse episódio.Ele disse que vai votar na Dilma se não for candidato e isso é que me interessa.”

Objetivos do milênio



Em 2000, a ONU – Organização das Nações Unidas, ao analisar os maiores problemas mundiais, estabeleceu 8 Objetivos do Milênio – ODM, que no Brasil são chamados de 8 Jeitos de Mudar o Mundo.
Juntos nós podemos mudar a nossa rua, a nossa comunidade, a nossa cidade, o nosso país.
A REDE BRASIL VOLUNTÁRIO, que congrega centros de voluntariado de todo o Brasil, consciente da importância desse projeto, criou este site para estimular debates e propiciar o conhecimento e o engajamento de todos os interessados em participar de ações, campanhas e projetos de voluntariado que colaborem com os ODM.
Aqui você encontra exemplos de como muitos já estão contribuindo para que o Brasil alcance esses objetivos. Para mais informações sobre os 8 Jeitos de Mudar o Mundo, entre em contato com o PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento pelos sites www.pnud.org.br ou www.odmbrasil.org.br .