Dilma, Serra, Marina e Plínio terão seu primeiro confronto direto em debate na TV

Na preparação para o primeiro confronto direto da campanha presidencial, os principais adversários, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), passaram os últimos dias treinando estratégias para que hoje, no debate da Rede Bandeirantes, as suas próprias biografias não se transformem em armadilhas.
No caso de Dilma, a ordem é dosar sua associação com o presidente Lula para que ela não endosse a tese do rival, de que é "fruto de marqueteiro" e não tem ideias próprias. Com o intuito de não ficar à sombra do governo Lula, a petista foi orientada a enfatizar propostas para um próximo mandato.
Dilma vai também explorar o que sua equipe define como "pontos fracos" do tucano quando governou São Paulo: educação e segurança pública. Uma das estratégias será lembrar graves problemas de segurança no Estado e citar dados da Organização Mundial da Saúde indicando que a taxa de homicídios virou "epidemia".
Para Serra, o fundamental no confronto é evitar que sua atuação no governo Fernando Henrique Cardoso se transforme em fato negativo quando indicadores da administração tucana sejam confrontados com os do governo Lula.
A orientação da campanha de Serra é evitar o confronto e buscar o debate de propostas. A estratégia é mostrar que o tucano tem mais ideias e mais experiência para governar e um clima de enfrentamento não seria favorável ao candidato.
No sábado e no domingo, Serra se reuniu à noite em seu escritório para discutir o debate com os marqueteiros Luiz Gonzalez e Woile Guimarães, o estrategista Felipe Soutello, a coordenadora da campanha na internet, Soninha Francine, e o sociólogo Eduardo Graeff. Também estavam no grupo colaboradores da época do Palácio dos Bandeirantes, que levaram dados da gestão.
A tática de Marina Silva (PV) também será evitar acusações e confrontos pessoais. Sua estratégia é mostrar que as propostas de política econômica de Serra e Dilma estão ultrapassadas, do ponto de vista do desenvolvimento sustentável. A candidata do PV chama os concorrentes de "crescimentistas", que ignoram as possibilidades de uma nova economia, com fontes de energia alternativa.
Já Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) participa do programa na confortável posição de franco atirador. 


Malu Delgado, Julia Duailibi - O Estado de S.Paulo

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Minha Casa, Minha Vida muda o mapa imobiliário do Rio de Janeiro

Isabela Bastos – O GLOBO

O paraíso das construtoras perdeu o posto. Após pelo menos 20 anos liderando o ranking de licenciamentos de empreendimentos imobiliários na cidade, a Barra da Tijuca — epicentro dos Jogos Olímpicos de 2016 e notório canteiro de obras desde os anos 80 — cedeu lugar para as zonas Norte e Oeste no interesse do mercado, segundo levantamento da Secretaria municipal de Urbanismo (SMU) sobre os projetos protocolados no primeiro trimestre de 2010.
Com a ajuda do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, as áreas de planejamento 3 (Zona Norte) e 5 ((Santa Cruz, Bangu, Campo Grande e Realengo, na Zona Oeste) ultrapassaram a Barra, o Recreio e Jacarepaguá em volume de metros quadrados e em número de unidades habitacionais licenciadas, respectivamente.
Segundo o levantamento, nos primeiros três meses de 2010, a AP 3 licenciou 460.590 metros quadrados, contra 317.303 no mesmo período do ano passado, um crescimento de 45%. Já a AP 4 (Barra da Tijuca e Recreio) aparece em segundo, com 343.592 metros quadrados, enquanto no ano passado figurava no topo do ranking, com 366.667 (uma queda de 6,29%). A AP 5, que ficou em terceiro nos dois anos, registrou contudo um crescimento substancial, com 268.328 metros quadrados licenciados no primeiro trimestre de 2010, contra 152.793 no mesmo período do ano passado, ou seja, houve um acréscimo de 75,6%. Continua>>>

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Janis Joplin - Cry Baby

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Tucanos temem debandada de aliados

Receio da campanha de Serra é que dificuldades na arrecadação de recursos esvazie candidatura

Raymundo Costa – VALOR

O sinal amarelo acendeu na campanha do candidato do PSDB a presidente, José Serra: os tucanos temem o “estouro da boiada”, ou seja, a debandada dos aliados diante das notícias de dificuldades de arrecadação e de demonstrações de abatimento do candidato tucano, num momento em que pelo menos três pesquisas de opinião indicam que a candidata do PT, Dilma Rousseff, passou a liderar a disputa presidencial.
A preocupação dos tucanos e de seus aliados é agravada pelo centralismo da campanha de Serra, “encapsulada em São Paulo”, segundo um aliado próximo. Credita-se ao centralismo e à mania de Serra por segredos a publicação de uma informação errada sobre a arrecadação financeira de sua campanha, que estaria abaixo até do resultado de Marina Silva, a candidata do PV que até agora não escapou da faixa dos 10% nas pesquisas.
A arrecadação da campanha tucana, na realidade, está semelhante ou maior que a do PT, algo em torno dos R$ 15 milhões. O que foi divulgado, R$ 3,6 milhões, na realidade refere-se apenas a uma das contas autorizadas a captar doações. O número real aparecerá amanhã, com a divulgação anunciada pelo Tribunal Superior Eleitoral, mas o efeito da notícia sobre os aliados de Serra foi devastador. Pior ainda, a reação do candidato, que se mostrou preocupado com o caixa baixo da campanha, atitude considerada derrotista.
A campanha de Serra avalia que os aliados estão vendendo uma situação de desconforto nos Estados maior do que ela efetivamente é para tirar mais recursos da campanha nacional. Atribui os outros problemas ao fato de a campanha ter começado tarde, pois Serra decidiu sair candidato só no final de março. Além disso, as campanhas estaduais estariam mesmo mais caras do que foi inicialmente projetado.
Há diferentes graus de insatisfação dos candidatos aliados com a candidatura Serra. Na Bahia, por exemplo, a campanha de Paulo Souto ao governo estadual recebeu apenas 30 bandeiras da campanha nacional. Mas há queixas também de isolamento: os correligionários baianos não sabem o que acontece com a candidatura a presidente e o comitê nacional não parece muito preocupado com o que acontece no Estado.
O senador Jarbas Vasconcelos, que se candidatou ao governo do Estado por insistência de Serra, está insatisfeito com o PSDB, mas procura não responsabilizar Serra pela situação estadual. Para apoiar Serra, Jarbas se distanciou do PMDB majoritariamente governista. Mas só conta com três dos 17 prefeitos tucanos no Estado. Mas Jarbas é uma exceção: Serra já esteve duas vezes em Pernambuco, sua equipe de programa de governo também esteve no Recife para ouvir sugestões do pemedebista e tem recebido material da campanha nacional que não “deu para o gasto”.
Candidata a vice de Serra na eleição de 2002, a deputada Rita Camata decidiu disputar o Senado com a garantia de contar com todo o apoio da campanha federal. Até agora, ela só perdeu pontos na pesquisa, que liderava na pré-campanha e agora já aparece no terceiro lugar. Entre tucanos capixabas, avalia-se que ela está sendo “puxada” para baixo pelo candidato ao governo, Luiz Paulo Vellozzo Lucas.
A situação dos palanques regionais é outro problema que se atribui a Serra e ao atraso com que ele entrou na campanha. Um exemplo citado é o do democratas no Pará, que dispunham de uma candidata viável ao Senado, que o PSDB preteriu para tentar a reeleição do senador Flexa Ribeiro. A própria situação em Pernambuco é atribuída à falta de uma coordenação forte na campanha central tucana.
Na região Nordeste, Serra enfrenta um problema ainda maior: a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em casos como o do senador Tasso Jereissati (CE), que disputa a reeleição e aparece em primeiro lugar nas pesquisas, a candidatura nacional do PSDB acaba sendo um peso a mais. Em toda a região Nordeste “é pesado”, segundo a expressão de um senador, fazer campanha na oposição a Lula.
Em dia de Congresso cheio por causa do esforço concentrado de votação, a campanha presidencial ficou visível em Brasília. Num restaurante frequentado por políticos, o ex-deputado Moreira Franco, representante do PMDB no comitê de Dilma, encontra o deputado Abelardo Lupion (DEM-PR), um ruralista de primeira linha. “Soube que você está com Osmar (Osmar Dias, candidato do PDT ao governo do Estado). Do Osmar a Dilma é um passo”. Lupion, que pediu licença ao DEM para apoiar Osmar respondeu que esse era ainda um salto grande demais para ele. Mas contou que havia passado pela 2ª vice-presidência da Câmara, ocupada por ACM Neto, e esperava para ser atendido quando chegaram outros deputados do DEM para reclamar de Serra. “Esperem na fila. Lá dentro está o Rodrigo Maia (presidente do DEM). Depois é a minha vez”.

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Janis Joplin - Trust Me



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