Google Chrome

Para quem curte uma alternativa mais rápida aos navegadores comuns, o Google disponibilizou a versão 10 do Google Chrome. 

O Browser, que promete ser 66% mais rápido que a versão anterior, traz um novo motor de browser e aceleração por hardware. Além disso, há a sincronização de senhas. 

O download é aqui:

A dieta da cerveja

1 - Beba uma garrafa de cerveja antes de cada refeição. Isso reduzirá seu apetite ao mínimo, e você comerá menos.

2 - A cerveja é elaborada a partir de vegetais e outros elementos como: lúpulo, levedura, malte, etc. Em que outros alimentos você tem a oportunidade de comer tantos vegetais?

3 - A cerveja contém 95% de água; portanto, a cerveja é um alimento hidratante.

4 - A cerveja pode ser acompanhada de castanhas (de cajú, do Pará, etc), amendoins, amêndoas, nozes, avelãs, etc. Tudo isso é de origem vegetal e com uma percentagem elevada de fibras alimentares e , como se sabe, fibras alimentares são saudáveis.

5 - A cerveja contém conservantes, logo... conservam você. Conservantes fazem você parecer mais jovem.

6 - Uma caixa de cerveja pode fornecer toda a sua necessidade diária de calorias e carboidratos. Não é prático isso?

7 - Se você beber porções iguais de cerveja clara e cerveja escura... isto é uma dieta balanceada. Saudável, portanto.

sou minoria pra valer, triplamente minoria – negro, homossexual e trostskista

Vestígios dos anos 80


Depois de uma bem-sucedida cirurgia dentária, recebo a recomendação de repouso. Nada de movimentos bruscos, nada de esforço, nada de reportagem na rua.

OK. Escolho o escritório aqui de casa para o descanso forçado. E acabo de achar, esquecida na gaveta, uma daquelas velhas pastas – com folhetos e anotações da época de Faculdade. Nada relacionado ao estudo. 1987, 1988, 1989… Foram anos intensos, por causa da militância política. Além de Jornalismo, cursei História, na USP. E logo mergulhei naquele emaranhado de tendências e pequenos grupos que pareciam acreditar na iminência da revolução socialista.

A Convergência Socialista-CS (que depois viraria PSTU) era uma tendência do PT: grupo trotskista, com uma dúzia de militantes (barulhentos) na USP. Entre eles o Wilson, que costumava brincar com sua condição: “sou minoria pra valer, triplamente minoria – negro, homossexual e trostskista”.

Também havia a turma de “O Trabalho” (antiga Libelu, outra facção trostkista), a DS (trotskista também), os “igrejeiros” (esquerda católica), o PPS (tendência “basista” do PT, não confundir  com o atual partido de Roberto Freire), a Articulação (setor majoritário do PT),  o PCdoB (que no movimento estudantil atuava sob o nome de “Viração”). Fora os independentes e “anarquistas”.

Era um cipoal de siglas que confundia e afastava os estudantes “comuns” dos debates. Confusão geral. Divertido. Mas era preciso ter paciência. O que me incomodava era a distância entre discurso e realidade. Nas assembléias, gastava-se mais tempo com debates sobre a solidariedade aos “guerreiros tamis” (facção que lutava pela independência do Sri-Lanka), do que para tratar das questões da Universidade. Por isso, eu não me identificava muito com nenhuma das tendências. Tinha simpatia pelo  Brizola, mas o PDT inexistia em São Paulo. Acabei -me aproximando ( por afinidades pessoais e pela moderação no discurso, o que me agradava) da turma do velho PCB! Sim, na época ainda havia o velho PCB – alinhado com a União Soviética.

A “base comunista” na USP devia contar com uns doze ou 15 militantes – incluindo gente de quem sou muito amigo até hoje, como o jornalista Rogério Pacheco Jordão e o economista Demian Fiocca. Mas também havia o Pedro Puntoni (hoje professor de História na USP), a Silvia Lins (também professora), o Andre Goldmann ( filho do ex-governador tucano Alberto Goldmann, que na época estava no PCB), a Marcela, a Claudia, a Valéria.  A Monica Zarattini (que eu encontraria muito tempo depois como fotógrafa do “Estadão” – onde continua até hoje) era a coordenadora da “base”.

Lembro bem que, em 1987, eu era diretor do Centro Acadêmico na História, e organizamos um seminário sobre os “70 Anos da Revolução de Outubro”. Pau puro. Os trotskistas dominaram os debates – com críticas (merecidas) ao burocratismo do Estado soviético. Na mesa, um dos debatedores era o velho Zarattini (pai da Mônica), militante histórico, a quem tínhamos convidado porque ele era do PCB (anos depois, entraria no PT).
Diante de tantas críticas à URSS, Zarattini respondeu com uma frase dura e típica: “a pior forma de anticomunismo é o anti-sovietismo”. Fez-se silêncio no auditório.  Parecia um argumento fora do tempo. E era. Cinco anos depois o bloco socialista ruiria.
Por essas e outras, o PCB não era lá muito popular entre os estudantes. Rogério e Demian, certa vez, foram procurar um veterano “dirigente” do partido para decidir a linha política a ser adotada nos embates do movimento estudantil. A resposta do “dirigente”, típica do velho partidão:  “olha, na USP nossa linha é muito clara, o nosso aliado principal é… o reitor”. Balde de água fria na cabeça dos jovens militantes. Como dizer isso aos estudantes que queriam reivindicar, cobrar, brigar, mudar tudo?

He, He. Um partido assim não podia durar muito tempo.

Estadistas Globais

Com o fim da guerra fria, os presidentes já não são defensores de ideias e posições estratégicas na geopolítica internacional. 

A globalização apequenou os dirigentes nacionais em agendas locais, sobretudo comerciais. 

A globalização ainda não produziu os estadistas globais que o mundo precisa. 

O estadista global precisa perceber a necessidade de ir além do comércio, deixar de ver as fronteiras de seu país como um problema alfandegário e migratório e entender seu papel na arquitetura do futuro mundial.

O presidente Barack Obama e a presidente Dilma Rousseff estão entre os poucos com condições de olhar para o mundo como estadistas globais, e não apenas como líderes de seus países. Ambos têm biografia comprometida com valores e princípios, com bandeiras de luta. Têm ideias e sentimentos dos problemas mundiais. Além disto, como negro e como mulher, cada um deles tem uma gênese biopolítica diferente dos seus antecessores. O que lhes permite sentimentos e posições novas em relação ao futuro.

Por estas razões, a visita do presidente Obama ao Brasil e seu diálogo com a presidente Dilma nos permitem esperar um fato histórico, e não apenas mais um simpático gesto diplomático. De início já se percebe a grandeza de ambos ao lembrarmos que é a primeira vez que um presidente americano vem ao Brasil, antes de o colega brasileiro ir aos EUA.
Mas para ter uma marca histórica, será necessário que os dois presidentes transformem o encontro em uma reunião de cúpula de dois estadistas globais, definindo agenda comum para os problemas do mundo.

A proliferação de armas de destruição em massa e o terrorismo devem estar entre as principais preocupações desta agenda; aspectos comerciais não podem ser esquecidos, mas os problemas mundiais vão além. Os dois presidentes precisam colocar na agenda pelo menos três outros temas: a luta contra a pobreza, lembrando a fala da presidenta Dilma de que "mundo rico é mundo sem pobreza"; a subordinação da economia ao equilíbrio ecológico; e a defesa dos direitos humanos.

Roosevelt e Truman, já no espírito do estadismo da guerra fria, lançaram o Plano Marshall pela reconstrução da Europa; Kennedy, ainda no espírito da guerra fria, lançou o Alimentos para Paz e diversos programas de apoio ao desenvolvimento econômico de cada país subdesenvolvido. Obama e Dilma devem ir muito além, adaptando-se às exigências do mundo global no século XXI. Não mais unilateralmente vindo dos EUA e não mais apenas de desenvolvimento econômico de cada país. 
 

 Cristovam Buarque é Professor da UnB e Senador pelo PDT-DF

Como Dilma Rousseff "vê" o mundo

Em apenas três meses, a presidente coloca uma marca própria na condução da política externa e elege a China como o maior desafio diplomático do governo

Claudio Dantas Sequeira – Istoé

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NOVO OLHAR
Dilma muda a maneira de ver o papel do Brasil no mundo
Em menos de três meses de governo, a política externa é a área em que a presidente Dilma Rousseff mais tem deixado a sua marca. Embora ainda seja cedo para apontar rupturas definitivas, várias posições tomadas indicam um olhar próprio de Dilma sobre o papel do Brasil no mundo. A ênfase na defesa dos direitos humanos, o abandono do antiamericanismo e a obsessão por compreender melhor a China caracterizam o novo governo, que também se mantém mais distante dos apelos “bolivaristas” da América Latina. A mudança já surpreende a comunidade internacional e tem até irritado alguns parceiros da gestão Lula. Na segunda-feira 7, um almoço oferecido pela embaixada brasileira em Genebra à dissidente iraniana Shirin Ebadi, prêmio Nobel da Paz de 2003, deixou furioso o governo de Mahmoud Ahmadinejad. O gesto foi interpretado como uma afronta. Teerã teme que o governo brasileiro mude seu voto na ONU e passe a condenar o regime dos aiatolás. “A presidente Dilma chegou à conclusão de que é incompatível termos uma política de direitos humanos dentro do País e outra diferente lá fora”, justifica um assessor do Planalto. Isso explica por que o Itamaraty não pensou duas vezes ao apoiar as sanções do Conselho de Segurança contra o governo do ditador líbio Muamar Kadafi, chamado de “companheiro e irmão” pelo ex-presidente.
Marco Aurélio Garcia, assessor internacional da Presidência, que também trabalhou para Lula, evita comparações. “É normal que a presidente, tendo sido vítima da repressão militar, dê mais destaque à questão dos direitos humanos”, afirma Garcia. Mas ressalta que o Brasil já havia participado ativamente da criação do Conselho de Direitos Humanos da ONU em 2006. Os afagos feitos por Lula a Ahmadinejad, no entanto, deixaram a impressão de que o Brasil seria cúmplice dos abusos contra a oposição naquele país e até simpatizante de seu programa nuclear. Essa postura acabou prejudicando a articulação brasileira por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. A saída, agora, segundo fontes diplomáticas, é marcar distância em relação ao Irã.
A área de direitos humanos não é a única a sofrer a intervenção pessoal de Dilma. A presidente já mandou o chanceler Antonio Patriota dizer em Washington que não haverá mais “componentes ideológicos” na relação com os EUA. A visita do presidente Barack Obama no dia 19 servirá para pôr fim ao antiamericanismo que caracterizou a gestão de Celso Amorim. “A relação ganhará um novo impulso com o encontro de Obama e Dilma”, diz Garcia. Além de intensificar o volume de comércio bilateral, os dois governos devem atuar juntos em terceiros países, especialmente em nações africanas. A aproximação, é claro, não significa alinhamento. Ninguém espera, por exemplo, que o Brasil se alie aos EUA contra a China na questão cambial. Para o Itamaraty, tudo o que se refere a barreiras comerciais seguirá sendo tratado exclusivamente no âmbito da OMC.
O maior desafio da política externa para Dilma chama-se China. Se por um lado o Brasil tem superávit de US$ 5 bilhões, a pauta de exportação ainda é concentrada em commodities. E, para mudar essa dinâmica, a presidente acha que é necessário mudar a relação de “balcão de negócios” para um diálogo político estratégico com a China. Para isso, a presidente, que visitará aquele país em abril, autorizou o aumento do número de diplomatas na embaixada brasileira em Pequim, dos atuais dez para 23, igualando-a aos níveis das representações em Buenos Aires e Washington. Será aberto um terceiro consulado, na região de Cantão, e haverá cursos de capacitação no Itamaraty. Como sinal dos novos tempos, o chanceler Patriota, que já serviu na China, voltou a tomar aulas particulares de mandarim, duas vezes por semana.
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Carro

...MATA TANTO QUANTO O CIGARRO

Ainda sujeita a aumentar, a estatística do Carnaval revela o abominável número de 189 mortos em acidentes de trânsito, em todo o país, além de 2.152 feridos em 3.563 acidentes. Descontada ou acrescida pela imperícia e a irresponsabilidade de motoristas, ou somada ao lastimável estado das estradas, a conclusão óbvia é de que carro mata. Caminhões e ônibus, também. São máquinas mortíferas.


Quem fuma é submetido às maiores discriminações e humilhações, ficando para outro dia a evidência de que na juventude fomos expostos  à mais espetacular das propagandas, capaz de induzir-nos ao vício. Não havia um herói ou uma mocinha que não fumasse nas mais diversas situações,  na tela dos cinemas.

Ao comprar um maço de cigarros, somos obrigados a levar, também,  execráveis imagens de gente sem perna, com feridas à mostra, estatelada em leitos de hospital, com as entranhas de fora  e mais horrores idealizados pela fúria dos não-fumantes.

Cigarro  mata? Mata. Mas se é para adotar medidas radicais contra o fumo, que se fechem as fábricas, que se proíba o seu funcionamento e a comercialização de seu produto. A isso, porém, não chegam nem  chegarão os adversários do cigarro, quando autoridades. Ou as fábricas não contribuem com fabulosas taxas e impostos para os cofres públicos, além de grandes doadoras  em todas as campanhas políticas?

O raciocínio precisa continuar: carro mata, e em certos períodos  mais do que o cigarro.

Por que, então, ao  saírem das montadoras, os automóveis, caminhões e ônibus  não são obrigados a ter incrustadas em seus pára-brisas imagens de desastres horrorosos, como alerta dos riscos a que estarão correndo motoristas e passageiros?

Mais ainda, por que não proibir, como proibiram a propaganda de cigarros, também a propaganda desses carrões, inundando  nossas telinhas e atormentando  nossa paciência, sem falar nos anúncios em jornais, revistas e sucedâneos? O carro  mata? Então que se adote, diante dele, as mesmas providências tomadas contra o cigarro.

Só para terminar: todos os dias somos surpreendidos com novas iniciativas contra o fumo e os fumantes. Havia hotéis, no mundo inteiro, com andares exclusivos para não fumantes. Agora virou. É proibido fumar na maioria dos hotéis, mesmo nos quartos pelos quais pagamos a hospedagem.  No Japão, impede-se que se fume parado na rua. Os japoneses precisam aspirar fumaça andando. Em Nova York ficou pior: é proibido fumar até no Central Park.

Vamos fazer votos para  a Humanidade, um dia desses, não proibir  que se beba água. Porque  água também mata. Que o digam os afogados...
Carlos Chagas

Algumas declarações de Cid Gomes

- Kassab, o novo partido e a futura fusão com o PSB:
 “O risco é ele tomar gosto pelo novo partido e depois não querer fundir, né?”
- A hipótese da fusão
“Olha, é natural que um partido queira crescer. O objetivo de todo partido é chegar ao poder. O crescimento pode se dar pela eleição ou por adesões, dificultadas hoje pela legislação. Sobre essas notícias, só quero registrar uma preocupação: a gente precisa crescer, mas crescer mantendo os quadros que a gente fez”.
- O risco de defecções:
 “[...] Eu não tenho muita informação sobre quem acompanharia o Kassab nesse novo partido. Mas tenho conhecimento de que esse projeto, essa ideia, da forma como está sendo tocado, está criando constrangimentos para duas lideranças de São Paulo, a Erundina e o Chalita”.
- A relação custo-benefício:
 “Esse crescimento [do PSB] não pode ter o custo de a gente perder alguém. Não sei se estou sendo ingênuo... Não sei qual é o projeto do Kassab”.
- A eleição miunicipal de 2012:
 “Ele [Kassab} não pode mais ser candidato em 2012. Mas eu acho que o Chalita é um extraordinário nome para a prefeitura de São Paulo. É o melhor que o partido tem. Então tem de ter cuidado”.
- Conversou com Kassab? Não, não.
- Falou com Eduardo Campos? 
Sobre isso, não. Sinceramente, não.
- As pendências
“Recebi uma circular do vice-presidente do partido, o Roberto Amaral, explicando que havia conversas [com Kassab]. Mas ele colocava que havia pendências partidárias, políticas e jurídicas. Falava do governador de Santa Catarina, inclusive [Raimundo Colombo, do DEM]. A circular foi para todos os presidentes de diretórios estaduais. Foi nessa condição que eu recebi.
- O início do governo Dilma
“Ela está correta, dando muita visibilidade à questão fiscal. No lugar dela, faria o mesmo. Eu já previa isso. É o primeiro momento, o instante de arrumar a casa”.
- A presença do PSB no governo
“No começo eu defendi que a gente tivesse uma participação maior. Não pela chantagem, que é muito comum na política, mas pela estratégia de reconhecimento ao partido. Independentemente disso, sempre defendi que deveríamos apoiar o governo. Enfim, foi o possível”.
- A ideia de levar Ciro Gomes ao Senado em 2014, a despeito da incompatibilidade do irmão com o trabalho na Câmara
“São duas casas completamente diferentes. Começa pela composição: o Senado tem 81; a Câmara, 513. Na Câmara, só para falar, coisa que o Ciro faz com muita qualidade, pois tem muito conteúdo, você entra na fila e tem de esperar seis meses. No Senado, você pode fazer pronunciamento todo dia. O Senado tem um índice de votação, apreciação e análise de matérias muito superior.
- A viagem aos EUA à custa da Grandene, empresa que usufrui de incentivos do governo cearense
“Olha, todos os governadores do Ceará, nos últimos 20 anos, deram benefícios à empresa Grandene. Então, não há nenhuma excepcionalidade agora. E todos deram porque a Grandene é o maior empregador do Estado, 45 mil pessoas. Segundo: esses benefícios não são autorizados pela pessoa do governador, mas por um conselho, com critérios técnicos. Terceiro: disseram que a Grandene fez doação para minha campanha. Fez nessa e na anterior, pois o proprietário [Alexandre Grandene] tem uma relação comigo de mais de 15 anos. Aliás, doou para todos os candidatos com chances. Agora, sobre minha vida pessoal, você vai me perdoar, mas eu não vou falar nada. Não faço nenhuma declaração.