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Terrorismo

O povo americano comemorou, com festas nas ruas, o assassinato, a sangue frio, por 40 homens fortemente armados, de um adversário político, abrigado em território estrangeiro invadido pelas tropas ianques, trucidado, desarmado, na presença da filha de 12 anos. Seu esconderijo foi conseguido, segundo fontes oficiais, graças à tortura de prisioneiros políticos em prisões americanas, situadas fora de seu território.

Cadáver
Ninguém acredita no governo dos Estados Unidos desde que seu presidente (o anterior) mentiu, acusando Saddam Hussein de deter armas de destruição em massa. Hoje não se crê, sequer, que Bin Laden haja morrido.

Crime sem corpo
Por que os americanos não têm coragem de mostrar fotos do cadáver de Bin Laden? Porque ele foi espezinhado pelas tropas de 40 militares altamente treinados, que o mataram, quando podiam, tranquilamente, tê-lo prendido e submetido a julgamento?

Mentira
Todos vimos que a morte de Bin Laden foi vista pelo presidente Obama, ao vivo, em seu gabinete, ao lado do ministério. Agora, outra mentira. Dizem que ele não viu o trucidamento, a sangue frio, do adversário desarmado. Só se fechou os olhos na hora da execução.

Temor
Os americanos deixaram de festejar o assassinato depois que se aperceberam de que vinganças terríveis poderão advir para seu território e seus compatriotas da parte dos órfãos, viúvas e vítimas do Exército americano. Não só os filhos de Bin Laden. Também os que estão sendo massacrados no Iraque, na Líbia e no Afeganistão. Viram que outras torres poderão cair, por conta do ódio que suscitam no mundo, por sua brutalidade, seu desrespeito aos direitos humanos, sua insubordinação às leis internacionais.

Terrorismo

Depois do ato terrorista patrocinado pelos EUA no Paquistão contra o terrorista Osama Bin Laden, é bom que os responsáveis pela entrega do Nobel da Paz a Barak Obama, pensem seriamente em conceder nobre honraria in memoriam ao sr. Adolfo Hitler...

por Alon Feuerwerker

[...] alguns instantes para compreender

Consta que mesmo no finzinho do Terceiro Reich, com o exército soviético às portas de Berlim, os escalões superiores do nazismo guerreavam entre si pela sucessão do führer caído, ou prestes a cair.

Vista retrospectivamente, foi uma exibição da irracionalidade que acompanha o alheamento nas situações extremas de derrota. Acontece também nas grandes vitórias, como euforia incontrolável.

Mas esse diagnóstico da irracionalidade dos candidatos a herdeiro de Adolf Hitler em abril/maio de 1945 é análise em retrospectiva, coisa sempre facílima de fazer. O produto do trabalho do engenheiro de obra feita nunca apresenta problemas. É sempre perfeitinho.

Até a Segunda Guerra Mundial não havia o hábito de responsabilizar criminalmente governantes de países derrotados no campo de batalha. O Tribunal de Nuremberg foi uma novidade.

E a cúpula nazista confiava em duas variáveis para ganhar a condescendência anglo-americana.

A possibilidade de a guerra prosseguir, agora entre o Ocidente e a União Soviética. E a suposta necessidade de os aliados precisarem de um Estado alemão para administrar a população e o território.

Como se sabe, os cálculos dos nazistas estavam errados. No fim, quem não se suicidou morreu na forca ou pegou cadeia pelo resto da vida, ou quase.

O Tribunal de Nuremberg talvez seja o símbolo mais explícito da ética das guerras. Quem as ganha costuma ganhar também o direito de narrá-las conforme a conveniência. E de fazer o juízo sobre os atos dos beligerantes.

É cruel mas é assim. Nenhum líder aliado da época pagou pela decisão de, no fim do conflito e com a Alemanha já militarmente condenada, bombardear cidades alemãs que não podiam ser consideradas alvos militares strictu sensu.

É aliás uma ferida aberta na história alemã. Motivo de evocação periódica ali de nacionalistas e neonazistas.

O objetivo era quebrar a moral da população e reforçar a inevitabilidade de os alemães se renderem incondicionalmente.

O mesmo valeu para as bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki. Elas tiveram dupla utilidade para os Estados Unidos. Evitaram o imenso custo material e humano que significaria guerrear pela conquista territorial do Japão. E mandaram um recado para a União Soviética.

Eis por que a dúvida retórica sobre se Nagasaki e Hiroshima foram o último ato da Segunda Guerra ou o primeiro da Terceira. Que, como se sabe, não chegou a acontecer do jeito temido.

Os limites éticos e legais à brutalidade nas guerras são coisa recente. Têm um efeito, pois certos procedimentos, brutais ao extremo, hoje carregam risco bem maior de consequências desagradáveis para quem comete.

Mas a essência da ética nas guerras continua a mesma: vale mesmo no fim das contas é ganhar.

Quando Barack Obama venceu a eleição americana uma parte dos analistas cometeu certo erro primário. Entendeu que a eleição do negro democrata era a senha para a retirada da superpotência.

Mas Obama é presidente dos Estados Unidos para defender o interesse nacional dos Estados Unidos, ainda que numa situação nova.

Os Estados Unidos estão em guerra contra movimentos de origem islâmica, aliados a outros de raiz antiamericana mas laica, que pretendem extirpar a presença e a influência de Washington do Oriente Médio, e do mundo muçulmano em geral. E do mundo em geral.

A missão de Obama é ganhar a guerra, não capitular. Nem fazer um bom acordo de retirada. Se não trabalhar para cumprir a missão será ejetado da cadeira. Simples assim.

Cada um faz seu cálculo. Calcula se é melhor confrontar ou compor. No Egito, por exemplo, a Fraternidade Muçulmana parece inclinada à segunda hipótese.

O presidente dos Estados Unidos tem a missão de ganhar as guerras em que os Estados Unidos estejam metidos. É o comandante-em-chefe.

Eis uma verdade simples, que deve ter ficado bem clara nos últimos dias aos protetores e amigos paquistaneses de Osama Bin Laden.

Uma verdade que o próprio teve pelo menos alguns instantes para compreender, na plenitude.

A lei

[...] do Talião deve prevalecer numa sociedade dita "civilizada"?

BARACK OBAMA IGUAL A ERNESTO GEISEL?

Por Carlos Chagas
Os episódios recentes no Paquistão e na Líbia lembram com clareza aquilo que o jornalista Elio Gaspari publicou em livro, a respeito da reação do general Ernesto Geisel ao ser informado de que um grupo de subversivos chilenos havia sido morto pelas forças de segurança, ao tentar entrar no Brasil: “Tem que matar mesmo, não é?”

No caso, matar sem julgamento, em especial nos países onde não há pena de morte. Qual a diferença entre o tonitruante general-presidente e o ameno Barack Obama, para quem  justiça foi feita com o assassinato de Osama Bin Laden?

Ambos justificaram as mortes sem sentença judicial por conta do execrável comportamento de subversivos e terroristas, uns explodindo as Torres Gêmeas, quartéis, navios e embaixadas, outros seqüestrando, assaltando bancos e matando.

Abre-se o século sob discussão que vem de tempos imemoriais: deve o poder público adotar as mesmas táticas dos adversários postados à margem da lei? Prevalece na Humanidade o Talião, aquele do “olho por olho e dente por dente”?

Torna-se difícil explicar  às famílias de centenas de milhares de vítimas que o Estado tem limites, quando constituído para gerir a sociedade organizada segundo princípios justos e democráticos. Não sendo assim, prevalecerão  a barbárie, a vontade e os interesses do mais forte.

Assistimos, na mesma semana, a execução sem julgamento de Bin Laden e, não muito longe, na Líbia, o bombardeio dos palácios de Kadaffi, onde morreram um filho e netos do ditador. E pela ação dos mesmos, afastado o eufemismo de que foram aviões da Otan a atacar Trípoli. Eram americanos, da mesma forma como os helicópteros utilizados no Paquistão.

Seria bom meditar na evidência de que Barack Obama e Ernesto Geisel possuem muito mais semelhanças do que diferenças.

por Carlos Chagas


MUNDO SEM LEI

Saber quem nasceu primeiro, se o ovo ou a galinha, faz muito tornou-se discussão diletante e inócua. A verdade é que os dois existem, num moto contínuo onde um sai do outro.

Grave, mesmo, é verificar como a nação tecnologicamente mais poderosa do planeta desvirtuou-se  a ponto de seu governo autorizar, estimular e promover, através de suas avançadas estruturas da ciência e da  inteligência, a morte da lei e dos princípios democráticos inerentes à sua própria existência.

Osama Bin Ladem era um assassino monstruoso, algoz de centenas de milhares de vítimas, fanático. Se quiserem, o filho predileto de Satanás. Merecia ser caçado pela eternidade. Para isso serviu, melhor do que tudo, o aparato econômico e militar dos Estados Unidos.

Mas executar o bandido sem julgamento, depois de preso, já com a decisão tomada de dar-lhe um tiro na cabeça – convenhamos, trata-se da inversão dos valores que diferenciam uma nação civilizada de um aglomerado de trogloditas. Foi no que se transformaram os senhores dos Estados Unidos  ao determinar o assassinato do inimigo número um da Humanidade.

Que nazistas e stalinistas assim agissem, demonstrou a História sua condenação perpétua. Mas aqueles  que se apresentam  como baluarte da democracia e da liberdade, de jeito nenhum. Levá-lo a julgamento num tribunal de Nova York constituía solução ética e lógica. Mesmo prevendo-se sua inexorável condenação à pena capital.

Sinal dos tempos travestidos que vivemos foi a reação da sociedade americana às primeiras notícias do desenlace do episódio: jovens e velhos nas ruas, urrando como animais, festejando a morte  já anunciada de Bin Ladem como quem celebra a conquista de um campeonato de futebol.

Ficou óbvia, neste início de século, a transformação do poder público em poder celerado. Dirão alguns ingênuos e outro tanto de truculentos que tinha de ser assim mesmo. A palavra de ordem era “fazer justiça”, como disse o presidente Barack Obama. Que tipo de justiça ele não explicitou. Jamais, porém, a justiça devida ao ser humano, mesmo o mais vil de todos, prerrogativa decorrente de instituições que a civilização aprimorou através dos tempos. Até  um criminoso como Bin Laden dispunha  do direito a uma sentença, assim como  o governo de Washington, da obrigação de encaminha-lo a um julgamento imparcial.

O argumento ouvido de áulicos e sabujos dos atuais  detentores do poder mundial  é de que se Bin Laden não fosse logo eliminado serviria de mártir para a banda podre do islamismo, provocando manifestações, atentados e, depois de condenado e executado,   peregrinações ao seu túmulo. Por essas razões os russos sumiram com o cadáver de Adolf Hitler e os próprios americanos tentaram por décadas esconder os restos  mortais de Che Guevara. Não adiantou nada.

Está o mundo estarrecido, ainda que com medo de demonstrar, diante da negativa dos mais elementares direitos do homem, por decisão dos governantes da  nação imperial.  Assistimos um sofisticado esquadrão da morte e seus mentores  agindo como detentores absolutos da ciência do Bem e do Mal. Tratou-se apenas de um exemplo, entre tantos  registrados desde que o terrorismo assumiu proporções inimagináveis. Igualaram-se aos terroristas, no entanto, os responsáveis pelo assalto à cidadela onde se escondia o adversário. Não há evidências nem depoimentos de que os comandos americanos mataram Bin Ladem em defesa  própria, no meio de um tiroteio. Entraram para matar. Tanto que já sabiam o que fazer com o defunto: joga-lo no  mar, para que dele não restasse o menor vestígio.

Está o mundo sem lei, quando um dia imaginou-se que sem ela não haveria salvação. Não há  mesmo.

Razão alguma existiria para esse espetáculo de vergonha encenado no Paquistão, como da mesma forma nenhum argumento justificou a carnificina tantas vezes promovida  pelos irracionais  chefiados por Bin Laden. O resultado é que agora parte  do Islã   julga-se na  obrigação de prosseguir na matança e na revanche capaz de gerar no Ocidente  mais ódio,  mais vingança e menos lei. Regride a Humanidade, sabe-se lá até que ponto, valendo  voltar ao mote inicial deste desabafo: importa pouco  saber quem nasceu primeiro, se o ovo ou a galinha...

EUA

A nação terrorista, torturadora e falida.

Este triste espetaculo do assassinato do terrorista Osama Bin Laden foi uma tentativa frustrada dos EUA tentar demonstrar força, poder. Quiseram dizer:
"Nós podemos tudo". 

Mas, na realidade o que fizeram foi escancarar a fraqueza e covardia que são único. Ninguém, nenhuma nação, povo, tribo etecetera chega as pés da corja yanque.

Paladinos da moral e ética, defensores da democracia, dos direitos humanos?...

Hipócritas-mor!

Repugnante um povo que admite a tortura. 

Não existe degradação maior, algo mais, nojento, abominável, horroroso, monstruoso que a tortura.

Um torturador é uma aberração humana.

Uma nação torturadora é uma aberração universal...

EUA uma carniça imunda que infesta, inpesta a humanidade com o mau cheiro que exala e se espalha pelo mundo atraves dos meios de comunicação.

Me envergonho de pertencer a mesma especie animal desta laia "civilizada"...

Terrorismo yanque

Oficialmente a Casa Branca ( home blood ) informou que Osama Bin Laden não estava armado e também não seO Fim da Caçada escondeu atrás de mulher alguma. 

O que significa: 
o terrorista Obama mandou executar covardemente o desarmado terrorista Osama.

Quando afirmo que os EUA é antes de tudo covarde, tem puxa-saco babão e entreguista que fica todo oriçado.

Corja!
   

A nação terrorista II

Osama foi o terrorista mais odiado e perseguido pelos norte-americanos...

Obama é o terrorista mais amado e protegido pelos norte-americanos...

Prestando atenção, a diferença é...uma letra morta.
Sponholz

Osama Bin Laden

[...] A biografia do líder terrorista mais odiado pelo EUA

Filho de um milionário saudita, foi o grande aliado do país na expulsão da forças soviéticas do Afeganistão na década de 80 do século passado. Desde então, Osama começou a financiar grupos islâmicos. Em 1993, seu nome esteve envolvido no primeiro atentado ao World Trade Center. Em diversos momentos, ele falava em guerra santa e, em um vídeo, conta como arquitetou o atentado às torres gêmeas.

Sucessão

[...] de Bin Laden

Bin Laden já estava isolado. 

O perigo está em seu provável sucessor, Aymán Al-Zawahiri, ideólogo da Al Qaeda, considerado o homem que radicalizou o finado líder terrorista nos anos 80 e o afastou das linhas menos violentas da “Yihad” do Afeganistão. Ele havia se envolvido no assassinato do Presidente Anuar el Sadat. Preso e torturado pela polícia egípcia, Al-Zawahiri delatou que a cabeça do magnicídio era um oficial do Exército egípcio, Isam Al-Qamari, que qualificou como “uma pessoa nobre no sentido estrito dessa palavra” em suas memórias. Três anos depois, foi posto em liberdade e se transferiu para a Arábia Saudita, antes de ir para o Paquistão e o Sudão. Desses países, comandou a Yihad Islâmica Egípcia, um grupo que realizou violentos ataques contra civis, provocando, com isso, seu virtual desaparecimento. Al-Zawahiri viajou para os EUA para arrecadar fundos para sua Guerra Santa, até que esse grupo se fundiu em 1998 com Al-Qaeda.

Pax americana

A ação militar americana que levou à morte de Osama Bin Laden reafirma: tentar entender as relações dos Estados Unidos com o Islã pelas lentes da simplificação pode levar a soluções óbvias, e erradas, para problemas complexos.


É antiga a expressão, e aqui cai bastante bem.

O terrorista mais procurado do mundo era hóspede de uma casa instalada num importante complexo bélico paquistanês. Pertinho dali, a principal academia militar do país.

Tipo morar em Resende, nas redondezas de Agulhas Negras.

É bem razoável supor que alguém graúdo sabia da presença de Bin Laden ali. O Paquistão tem bomba atômica, tem um poderosíssimo aparelho militar e de inteligência. Não é governado por amadores.

E é igualmente razoável supor que Bin Laden recebia proteção do entorno. De gente bem relacionada, ou bem posicionada.

As relações — ou infiltrações — da Al-Qaeda no establishment do Paquistão têm sido objeto de preocupação dos americanos. O megapesadelo é o Paquistão nuclear cair sob o domínio da Al-Qaeda.

Os paquistaneses e os hoje alqaedianos combateram juntos, com apoio dos americanos, a ocupação soviética no Afeganistão. Os laços são antigos e quase naturais.

O fim da Guerra Fria rearranjou o jogo. E houve o 11 de setembro. E o Paquistão se equilibra no arame: é um importante aliado de Washington na guerra ao terror, mas também um foco de terrorismo potencial.

E não só potencial. O serviço secreto paquistanês é suspeito (uso “suspeito” para ser sutil) de ser uma organização terrorista. Que o digam os indianos.

A operação para liquidar Bin Laden olho no olho tem grande valor em si, mas deve também ser tomada como demonstração da vontade de guerrear da potência imperial. Sem o que potência nenhuma sobrevive.

É o que se passa na Líbia, mas com franceses e britânicos no papel de cabeças do império.

Trata-se da peculiar doutrina Obama de distribuir protagonismo imperial. Cada um no seu quintal.

E é divertido lembrar como a França guerreou na época contra a ideia bushiana de invadir o Iraque.

A teoria da disposição para o combate ajuda a explicar por que, afinal, o Iraque de Sadam Hussein acabou invadido e ocupado.
A aventura do Kweit não iria ficar por isso mesmo.

Potências imperiais podem quase tudo. Só não podem perder. Pois, quando perdem, seus governos caem. Ou acontece coisa pior.

Watergate foi Watergate, mas sem o Vietnã talvez o desfecho de Richard Nixon na Casa Branca fosse outro.

Depois de Nixon, houve Gerald Ford, nomeado pelos republicanos, e Jimmy Carter, eleito. Um democrata que perdeu o Irã e o Afeganistão. Quando tentou a reeleição foi mandado de volta para a Georgia plantar amendoim.

Por causa dessa regrinha, a eliminação cirúrgica de Osama Bin Laden vem a calhar para Barack Obama, mas também para os Estados Unidos diante da onda de revoltas e revoluções árabes.

Desde o começo, Obama preferiu não confrontar as rebeliões, mesmo quando voltadas contra aliados dele. É a política do estamos com vocês na luta pelas liberdades. Não somos aliados incondicionais de ditadores.

Desde que, naturalmente, os movimentos não se choquem com os objetivos estratégicos de Washington.

O mundo árabe é bem mais complexo do que a América Latina, mas a receita que se busca é a mesma. Transformações sociais e políticas, sim, desde que no contexto da pax americana.

Não por outro motivo Obama fez questão de nos apontar como exemplo para o mundo quando esteve aqui neste ano.
Alon Feuerwerker

por Carlos Chagas


O PERIGO DAS SOLUÇÕES MEDIEVAIS

A temperatura no planeta vai subir, se a razão estiver com Raul Solnado, aquele humorista português que logo depois da Revolução dos Cravos vaticinou a inevitabilidade de se  aguardar a conta do florista. Mais do que necessidade, era obrigação que os Estados Unidos caçassem Osama Bin Ladem de forma implacável, responsável  por um dos  mais aviltantes massacres da História. O problema é que os americanos não fizeram como os israelenses, que capturaram Adolf Eichmann, levaram-no a julgamento e, depois, à condenação capital. Preferiram repetir o episódio Che Guevara, que assassinaram depois de preso. Ajudaram a criar um mito que permanece até hoje.


Em vez de levar Osama para ser julgado em Nova York, optaram pela solução aparentemente mais simples: um tiro na cabeça, com o acréscimo de terem dado fim ao cadáver, jogado no mar. Assim, imaginaram seus estrategistas evitar a materialização de um suposto mártir para boa parte do mundo muçulmano, afastando peregrinações ao local da prisão, do julgamento ou à sepultura, na hipótese de uma inevitável resistência armada.

Enganam-se não apenas na interpretação do Direito, inscrito na sua  própria Constituição, mas também na previsão das reações. Acabam de criar outro mito, desta vez envolvido por imenso potencial de violência e de vingança a que se dedicarão milhões de seguidores do Corão. Não deixam dúvidas as  próprias instruções de Washington a cidadãos americanos que se encontram fora do país: devem ficar todos nos hotéis e residências,  sem sair às ruas. Mas por quanto tempo? A previsão é de explosões sem conta não só no Oriente Médio, mas em todos os continentes. Até de atentados em pleno território dos Estados Unidos.

Numa palavra, precipitaram-se, optando pela solução medieval do assassinato. Ainda mais porque acompanhada de manifestações de euforia da multidão, em suas principais cidades, festejando nas telinhas a execução, mais do que a prisão. Como estarão reagindo  adeptos, simpatizantes ou meros espectadores do lado de Osama Bin Ladem? Tomara que não sobrevenham novos capítulos de carnificina, mas garantir, ninguém garante.

Terrorista

[...] número 1 mata um para atingir outros

Enio

A morte de Bin Laden

[...] a caminho da irrelevância

Osama bin Laden era um homicida que pretendia implantar no mundo um califado.
Surfou na profunda sensação de humilhação dos muçulmanos diante do desprezo ocidental e no desespero de milhões de muçulmanos diante da falta de resposta de governos locais — muitos dos quais, aliás, mantidos com apoio do Ocidente — às demandas sociais.
Eu me lembro de ter visto, pasmo, no Quênia, numa viagem em que visitei a cidade de origem de Barack Obama, a imagem de bin Laden estampada na lataria de matatus, os ônibus locais, como se fosse uma espécie de herói.
E olha que o Quênia não é exatamente um caldeirão de extremistas…
Tive a oportunidade, também, de visitar a universidade onde foram formuladas as ideias do talibã, na Índia, financiada pela Arábia Saudita. Bin Laden e os talibãs foram aliados de conveniência no Afeganistão: a matriz de pensamento de ambos era o wahabismo saudita, que prega a restauração moral e intelectual do islamismo de olho nas glórias do passado.
Os estudantes da escola eram de famílias muito pobres da Índia, que viam no internato a possibilidade de redenção numa sociedade altamente estratificada e sob as mudanças estonteantes causadas pela globalização, especialmente no meio rural. A escola era a “fuga” para a segurança, material e moral.
Em várias sociedades muçulmanas o cidadão comum encontra através das mesquitas ou do ensino religioso os serviços sociais que não lhe são oferecidos pelo estado, capturado em vários lugares por elites ocidentalizadas e corruptas.
Essas nuances todas, obviamente, foram desprezadas pela conveniente “guerra ao terror”, que justificou inclusive a invasão do Iraque, o mais secular dos países árabes, com o uso de uma falsa ligação entre Saddam Hussein e Osama bin Laden. Saddam abominava as lideranças religiosas e só mais tarde, depois da primeira guerra do Golfo, promoveu uma intensa campanha de construção de gigantescas mesquitas como forma de ampliar seu apoio interno.
Visitei a maior delas, em Bagdá, algumas semanas antes da invasão que derrubou o regime de Saddam.
Bin Laden foi morto quando caminhava para a irrelevância política, substituído por partidos ou movimentos influenciados fortemente pelo islamismo, no molde do que hoje governa a Turquia. A Irmandade Muçulmana, vista antes com horror por Washington — quando isso era politicamente vantajoso –, agora é tida como fator moderador no Egito e em outros países do Oriente Médio onde exerce alguma influência.
A médio prazo, a canalização político-partidária do descontentamento dos jovens árabes e muçulmanos mataria bin Laden por falta de oxigênio, especialmente porque os recrutas dele eram jovens de classe média radicalizados pela falta de oportunidades. São os mais inclinados a encontrar resposta para suas aspirações nas mudanças em andamento no mundo árabe.
Barack Obama fez o serviço antes, com isso dando um passo importante para garantir a reeleição em 2012. O sucesso da CIA diante de tantos fracassos anteriores e a discrição de Obama nas últimas horas colocam Obama no papel de moderado, diante dos “talibãs” republicanos.

States e comparsas exibem troféu Bin Laden

[...] pensam que amedrontam quem?

Quase uma década depois dos atentados às torres gêmeas e ao edifício do Pentágono, em 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos mataram Osama Bin Laden, a quem se atribuía a autoria desse e de outros crimes.

Os líderes dos países imperialistas fizeram declarações extasiadas. O ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, terrorista número um, que realizou dois mandatos à frente da Casa Branca, durante os quais o país mais poderoso do mundo agiu como gendarme internacional e suas forças armadas como facínoras, não só comemorou a “vitória”, como se achou no direito de “alertar” que a “luta contra o terrorismo não acabou” com a morte de Osama Bin Laden.

O próprio presidente Obama fez afirmações no mesmo sentido, seguido pelos chefes de Estado das potências imperialistas europeias: Sarkozy, da França, a alemã Angela Merkel e o britânico Cameron.

O anúncio feito pelo presidente Obama em plena meia-noite de um domingo, em cadeia mundial de televisão, e o alarido dos meios de comunicação, parecem surtir alguns efeitos imediatos.

Milhares de pessoas foram aos portões da Casa Branca, com bandeirinhas dos Estados nas mãos para celebrar a “vitória”. Os temas cruciais da política externa, a crise econômica, os graves problemas sociais passam ao segundo plano. Mais uma vez o mundo é invadido por uma demagogia patrioteira pró-estadunidense e um falso discurso democrático. De novo a monstruosa máquina propagandística fomenta a idolatria da superpotência imperialista, apresentada como paladina das liberdades, da paz e da segurança no mundo.

Osama Bin Laden figurava como inimigo número um da política de segurança dos Estados Unidos, mas nunca foi efetivamente um polo de oposição a esta ou qualquer outra potência imperialista, nem um fator decisivo nas relações internacionais. E, desde que os Estados Unidos ocuparam o Afeganistão, o Iraque e passaram a exercer maior controle na fronteira afegã-paquistanesa, inclusive bombardeando sistematicamente o Paquistão com seus aviões não tripulados “Drone”, o terrorista não era mais que um símbolo. Agora morto, sua figura patética será usada à exaustão literalmente como espectro para amedrontar os covardes e promover a união de forças de direitistas e oportunistas em torno da esfarrapada bandeira do imperialismo norte-americano.

Osama Bin Laden nunca representou a luta antiimperialista, os povos árabes, nem mesmo o islã político com sua miríade de expressões. A Al Qaeda nunca foi e não é uma organização de luta pela justa solução dos graves problemas que afligem as regiões do Oriente Médio e da Ásia Central. Tampouco o terrorismo – que os ideólogos do imperialismo tentam identificar com a insurgência dos povos – é método de luta reconhecido e praticado pelas forças progressistas, de esquerda e antiimperialistas.

Bin Laden e a Al Qaeda foram paridos pelo ventre imundo dos Estados Unidos na luta antissoviética no Afeganistão, adestrados e financiados pelas agências de banditismo internacional, verdadeira rede de subsersão e contrarrevolução em cujo vértice está a CIA.

O discurso ensaiado e feito em uníssono pelos líderes das potências imperialistas (cujo braço armado, Otan, acaba de perpetrar um ato terrorista na Líbia, no qual mataram um filho e três netos do líder daquele país) de que a “luta contra o terrorismo vai continuar”, é uma indicação de que o mundo não ficará menos inseguro, instável e convulsionado com a morte de Bin Laden, como não ficou a partir das guerras de agressão ao Iraque e ao Afeganistão. 

Ao brandir o troféu Bin Laden, os Estados Unidos e seus aliados mandam uma mensagem de guerra. Não de paz, mas de recrudescimento de conflitos e novas ameaças aos povos, cuja emancipação nacional e social será o resultado histórico da luta antiimperialista conduzida de maneira consequente. 

Osama Bin Laden morto?

[...] e jogado ao mar pelos yanques por respeito ao islã?...

Sinceramente, tenho cá minhas dúvidas...

E duvido apenas pelo seguinte, se os terroristas americanos não conseguiram captura-lo com vida. Porque se tiverem conseguido prende-lo vivo...com certeza o Osama Bin Laden sofrerá as piores e mais monstruosas torturas que um ser vivo seja capaz de suportar. Os covardes dos States são especialistas nesta aberração.

Aí terei dó!

 

Terroristas torturam e matam outro

Há um detalhe sobre a morte do Osama Bin Laden que por enquanto está sendo muito pouco comentado.
Vejam a foto abaixo com atenção:
Não é necessário ter qualquer base técnica, cientifica para afirma:
Ele foi capturado vivo...
Torturado e morto!

O terrorismo vive

Barak Obama - presidente dos EUA - anunciou com alegria a morte de Osama Bin Laden. 

Reportagens pipocaram em rádios, jornais, tvs e principalmente na web comemorando a morte do " Terrorista ".

É, a nação terrorista matou e comemorou a morte de um inimigo. E continuará matando e comemorando a morte dos "inimigos", porque está é a natureza deles. Os yanques são antes de tudo covardes.Depois de tudo julgam-se - assim como a Alemanha nazista - uma raça superior.

É com tristeza que vejo muitos se iludirem com os "democratas" norte-americanos, heróis, paladinos da moral e ética universal, defensores dos direitos humanos.

Hitler, líder nazista  pregava e propagava a teoria que os arianos eram superiores a alguns - judeus, negros, ciganos etcetera...-.

Obama, líder norte-americano prega e pratica assassinatos porque julga que os EUA são superiores a todos os outros que sejam mais fracos que eles.

Quero ver eles invadirem, declararem guerra - bélica ou comercial - é a Russia ou a China.

EUA, nação covarde!

EUA, nação terrorista!

Ah, só uma coisinha. A morte do Osama Bin Ladem não me comove nadica de nada.  

Petróleo - Arábia Saudita promete elevar produção para garantir oferta mundial

Importantes campos de petróleo no Sul e no Leste da Líbia estão em mãos de opositores, constatam jornalistas que já começam a entrar no país em guerra civil. 
 
O controle dos poços compromete a exportação de gás e petróleo. 
 
Com seu território cada vez mais reduzido, o ditador Muamar Kadafi enviou milhares de soldados e mercenários num contra-ataque às rebeliões em cidades próximas à capital, Trípoli. E voltou a falar na TV, mas desta vez só por áudio. 
 
Ele ameaçou cortar o envio de petróleo se os protestos não pararem e a1ertou que os opositores estão influenciados pela al Qaeda, de Osama bin Laden.
 
Na corrida diplomática para frear Kadafi, a Suíça se apressou a congelar bens do ditador. 
 
Segundo o Itamaraty, todos os brasileiros que estavam em Trípoli já deixaram o país. 
 
Os que estão em Benghazi, onde milhares de pessoas se aglomeram no porto, devem embarcar hoje. 
 
Os conflitos fizeram o preço do petróleo encostar em US$ 120 ontem. Mas a cotação perdeu força após a Arábia Saudita prometer aumentar a produção de óleo para compensar a quebra na Líbia.

O terrorismo tem muitas faces

É terrorismo mesmo

O que aconteceria caso os narcotraficantes estivessem vendendo livros de Marx e Lênin em vez de cocaína, pregando a ditadura do proletariado em lugar de dominarem comunidades cada vez maiores no Rio de Janeiro, onde pensa o leitor que estariam as Forças Armadas? Claro que nas ruas, com todo o seu poderio, combatendo e esmagando a subversão.


Qual a diferença, se a antiga capital vive dias de guerrilha urbana explícita, com todo o horror e a bestialidade que mídia apresenta? Nenhuma, porque metralhar postos policiais em nada difere de explodir quartéis, como queimar ônibus e carros particulares é a mesma coisa do que incendiar viaturas militares.

Com todo o respeito, as Forças Armadas já deveriam estar ocupando bairros e subúrbios do Rio, intimidando com  sua presença a ação  do terrorismo. Invadir as bocas de fumo no alto das favelas difere em quê, das operações antes desencadeadas contra “aparelhos” no alto de edifícios?

À maneira dos paquidermes, o poder público arrasta-se no sentido de reconhecer a necessidade imperiosa de mobilizar Exército, Marinha, Fuzileiros e Aeronáutica. Já era para o presidente Lula ter dado a ordem, com base na Constituição, mesmo sendo o bandido de bermudas e sandálias havaianas fisicamente distinto dos subversivos do passado, de calças jeans, camisas pólo e sapatos sem cadarço.

A pedido das autoridades fluminenses a Marinha saiu na frente, oferecendo viaturas de  combate para a Polícia Militar invadir uns tantos morros. Falta pouco, mas é um parto perigoso, significando perda de tempo por parte do poder público  e ocupação de espaços,  pela bandidagem. O terrorismo tem muitas faces, mas Osama Bin Laden e Elias Maluco formam uma só pessoa.
por Carlos Chagas

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