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A Folha errou o escambau

É safadeza mesmo

A Folha errou, por Luciano Coutinho

No primeiro dia deste mês, a manchete desta Folha foi a reportagem "BNDES suavizou exigências para socorrer amigo de Lula", na qual o jornal afirma que o banco contornou norma interna que impediria conceder empréstimos para empresa cuja falência tenha sido requerida.

A matéria insinua que o objetivo seria dar tratamento privilegiado à empresa São Fernando Energia e a seu acionista José Carlos Bumlai por conta de uma suposta relação com o ex-presidente Lula.

Não houve nenhuma flexibilização de normas internas do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A operação referida pela Folha foi feita na modalidade indireta, em que o BNDES atua em parceria com bancos credenciados.

Nesse caso, a análise do crédito e o risco de inadimplemento (pagar os valores devidos caso o mutuário não o faça) são assumidos pelos agentes repassadores, que foram BTG e Banco do Brasil. Em particular, cabem aos agentes atestar que fizeram a análise cadastral, o que incluiu identificar e avaliar processos judiciais e apontamentos que ameacem a solvência do postulante final.

O jornal tentou fazer crer que a operação seria irregular em razão da suposta existência de uma norma interna que vedaria financiar uma pessoa jurídica contra a qual exista um pedido de falência. O normativo em questão, contudo, tem sua finalidade ligada intimamente à etapa de análise de crédito, que, repita-se, nas operações indiretas não cabe ao BNDES, mas aos repassadores da operação.




A Folha não tinha nenhum indício de que teria havido tráfico de influência, mas tentou por dias encontrar algo atípico na operação. Não encontrou nada, mas nem assim deixou de levar sua insinuação à frente.
O jornal também ignorou o contexto em que os financiamentos ao grupo ocorreram. O primeiro, em 2008, aconteceu em um período de crescimento do setor, quando o BNDES e outras instituições financeiras apoiaram dezenas de empreendimentos semelhantes.
Nas operações da São Fernando Açúcar e Álcool, todos os procedimentos foram observados, as devidas garantias exigidas, o rating e o cadastro da empresa eram bons. O projeto foi concluído.

Em 2012, o financiamento indireto à São Fernando Energia ocorreu como parte da reestruturação do grupo, o que melhorou a posição de crédito do BNDES. Quando a empresa deixou de honrar com sua recuperação judicial, o banco não hesitou em pedir sua falência.

O erro da Folha foi grave, pois lançou uma suspeição indevida sobre o BNDES, que se espalha nas redes sociais e contribuiu para associar o nome do banco a operações policiais.

Para ser aprovado, um financiamento no BNDES passa pela avaliação de pelo menos duas equipes de análise e dois órgãos colegiados, num processo que envolve mais de 50 pessoas. Ingerências impróprias são virtualmente impossíveis.

O banco tentou em vão por 25 dias obter uma retratação da Folha. A concessão foi abrir este espaço de artigos, que não tem o mesmo impacto de uma manchete de domingo.

Embora a nova Lei de Direito de Resposta seja um avanço, optamos por não nos valer de seus mecanismos judiciais para restabelecer mais rapidamente os fatos para os leitores.

O BNDES não teme o debate e nem ser avaliado por suas opções estratégicas. Mas as informações precisam ser fidedignas para que a discussão seja justa.




LUCIANO COUTINHO, 69, economista e professor da Unicamp, é presidente do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Porto de Mariel é estratégico, a oposição foi contra


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Agora, depois do reatamento diplomático e econômico entre Cuba e Estados Unidos, o porto de Mariel próximo de Havana (Capital) mostra potencial para se transformar na mais rápida via de exportação para os EUA (a maior economia do mundo). O BNDES - Banco de Desenvolvimento Econômico e Social - financiou 800 milhões de dólares para ele ser construído. A Odebrecht Infraestrutura teve o apoio de mais de 400 empresas brasileiras. Durante a campanha eleitoral a presidência do Brasil ano passado o candidato do Psdb, Aécio Neves da Cunha criticou bastante a obra.

A resposta do Instituto Lula que o Jornal Nacional não leu

emprestimos



Jornalistas da revista ​Época e do Jornal O Globo já foram acionados judicialmente por danos morais praticados contra o ex-presidente Lula, em reportagens que divulgam mentiras e manipulam documentos oficiais. O ex-presidente Lula, a exemplo de outros dirigentes mundiais de expressão, atua com muito orgulho para abrir mercados internacionais para o nosso país e nossas empresas, sem receber por isso nenhuma remuneração. Não há ilícito nessa atividade em favor do Brasil e da geração de empregos em nosso país por meio da exportação de serviços e de produtos, como faz por exemplo, a Rede Globo, que desde 1982 exporta novelas para Cuba. O ex-presidente Lula jamais interferiu em decisões do BNDES, nem isso seria possível, dado ao rigor dos procedimentos da instituição, e como devem saber os profissionais das Organizações Globo, que têm um antigo e importante relacionamento societário com a subsdiária BNDESPar. Também não há ilícito na contratação de palestras do ex-presidente, como fizeram desde 2011 dezenas de empresas, inclusive a Infoglobo  O único crime que ressalta na matéria da revista Época é o vazamento ilegal do sigilo de documentos transferidos ao Ministério Público.




*Roberto Requião: a nova Geni

Confusão e criminalização de uma atividade pública fundamental
Alguns críticos estão querendo transformar o BNDES em uma nova Geni. Na ânsia de criticar a instituição chegam a cometer erros graves. Um deles me chamou atenção em particular, porque tem sido muito citado nas audiências públicas que participo no Senado Federal.
Estou me referindo aos empréstimos externos do BNDES. Os empréstimos para apoiar exportação de serviços e equipamentos são absolutamente comuns no mundo. Nossos concorrentes inclusive usam esse instrumento de forma muito mais agressiva e em volumes muito maiores do que o Brasil, sem nenhuma contestação interna. E mesmo no Brasil, eles já existem há quase 40 anos. Mas inesperadamente se transformou em algo “pecaminoso”, para alguns, para alegria dos países concorrentes do Brasil. Ainda não consegui entender a razão. Mesmo porque as explicações para esse suposto “pecado” são notadamente precárias.
Uma crítica, em particular, me assustou pela precaridade, mas de tão repetida, contaminou alguns parlamentares e virou tema de debates recorrentes no Congresso Nacional. Eu me refiro à diferença entre a taxa de juros Selic e a taxa de juros dos empréstimos externos do Brasil.
Estranhamente, os críticos estão fazendo confusão entre empréstimos em dólar e em real. Até outro dia, era de conhecimento comum que as taxas de juros em diferentes moedas são sempre diferentes por dois motivos muito simples: (1) sempre existe expectativa de alterações nas taxas cambiais e (2) a conjuntura econômica diversa em cada país faz com que a política monetária deles não seja igual a cada momento. Ou seja, as leis do mercado fazem com que as taxas de juros em moedas diferentes sejam sempre diferentes.
Portanto, os empréstimos em dólar feitos pelo BNDES aos importadores de produtos brasileiros, por seguirem em termos gerais as regras de mercado, só podem ter taxas de juros inferiores à Selic, pois as taxas de juros do dólar hoje são extremamente baixas. São baixas porque o Banco Central dos EUA, diferentemente do nosso, faz grande esforço para manter o desemprego baixo.
Como mostraremos a seguir, é certo que isso não implica em si em subsídio por parte do governo brasileiro nem aos exportadores nem aos países importadores de nossos bens e serviços.



Resposta do BNDES à revista Era


"Os 2 milhões da montadora Caoa para o operador de Pimentel", "Época" manipula grosseiramente informações para tentar lançar suspeitas sobre o BNDES em negócios com os quais o Banco não tem qualquer relação. A reportagem não se sustenta, simplesmente porque o BNDES não concedeu financiamento para a Caoa.

O texto relata que o BNDES concedeu um crédito de R$ 218 milhões para a fábrica da Hyundai no Brasil, e a partir daí faz, no mesmo parágrafo, menções ao suposto relacionamento da Caoa com o governo, supostos benefícios recebidos pela empresa e pagamentos que teriam sido feitos pela Caoa a firmas do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, investigado na operação Acrônimo. A verdade é que o BNDES não concedeu financiamento para a Caoa. Procurado pela reportagem da revista, o BNDES explicou de maneira clara que a Caoa e a Hyundai são empresas distintas, e o financiamento do BNDES foi para a Hyundai, não para a Caoa. O crédito para a Hyundai foi, inclusive, objeto de release e está disponível para consulta por qualquer cidadão no site do Banco. http://bit.ly/1SRugpx

A manipulação feita pela revista fica mais evidente na ilustração usada como material de apoio ao texto. Com o título "As empresas de fachada teriam recebido mais de 2 milhões", a matéria menciona o crédito do BNDES para a Hyundai e dá a entender que os recursos para o pagamento das tais "empresas de fachada" teriam sido provenientes do Banco, o que é totalmente falso.

O BNDES lamenta a publicação por "Época" de mais uma reportagem com acusações falsas ao Banco e reitera que seus procedimentos de concessão de crédito são técnicos e impessoais, sendo analisados por mais de 50 pessoas e passando por órgãos colegiados.



Briguilina da noite

Dependesse dos tucanos e do pig, o BNDES e as empreiteiras só poderiam emprestar (a juros baixinhos) a Rede Globo e fazer doação (?) ao iFHC.

Corja!

Lula faz queixa disciplinar contra Procurador

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O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, fez queixa disciplinar contra Anselmo Henrique Cordeiro Lopes. Na reclamação Lula apresenta postagens do procurador nas redes sociais manifestando simpatia a candidata Marina Silva (Psb) no primeiro turno e de Aécio Neves no segundo turno.
O procurador é autor de um pedido de explicações ao Instituto Lula, ao BNDES e à construtora Odebrechet para apurar suspeitas de tráfico de influência.




José Dirceu: Precisamos avançar, não recuar!

Wagner Bittencour, vice-presidente do BNDES,  disse ontem no XXVII Fórum Nacional, organizado pelo ex-ministro do Planejamento João Paulo Reis Velloso, que o banco vai financiar fortemente os setores de logística, de transporte, geração de energia e de petróleo e gás nos próximos anos. Veja matéria no Valor Econômico. A continuidade da participação do BNDES no financiamento da infra-estrutura do país, da energia, petróleo e gás é condição para a retomada do crescimento.
O país precisa, para continuar crescendo, se apoiar nesses setores — ao lado do nosso mercado interno, um dos maiores do mundo, e das exportações. Precisamos avançar e não recuar. Fazer cada vez mais dos bancos públicos instrumentos do desenvolvimento, reduzir o custo financeiro. Precisamos de mais concorrência e reforma bancária, de reforma tributária progressiva. Precisamos taxar grandes fortunas, heranças e movimentação financeira. Precisamos criar um Eximbank nacional e uma Secretaria de Comércio Exterior, a exemplo dos EUA com seu poderoso Escritório de Comércio Exterior, o United States International Trade Commission.



Para crescer não bastam o ajuste fiscal, que além de preservar direitos trabalhistas deveria ser distribuído desigualmente — que paguem os que têm maior riqueza e renda –, e a dobradinha juro alto-superávit. É preciso uma estratégia de desenvolvimento e de reformas que viabilize os investimentos públicos e privados.

BNDES libera R$ 41,8 milhões para projeto de coleta seletiva e inclusão social de catadores

O BNDES liberou na última quarta-feira (3) R$ 41,8 milhões para o município de São Paulo ampliar o nível de reaproveitamento dos resíduos sólidos e promover a inclusão socioprodutiva dos catadores de materiais recicláveis. Os recursos devem beneficiar 1.500 catadores.

A meta do município é universalizar a coleta seletiva domiciliar e elevar o aproveitamento dos resíduos sólidos dos níveis atuais de 1,6% para 10%, o que deverá gerar uma quantidade de resíduos muito superior à capacidade das cooperativas de triá-los.

Prefeitura de São Paulo prevê a mecanização dos processos de triagem para expandir a capacidade atual, além de promover a unificação da comercialização do material reciclável. O objetivo é desenvolver instrumentos para distribuição dos resultados das centrais de triagem em benefício dos catadores.

Além disso, será promovido o aprimoramento da relação com cooperativas, que formalizarão contratos de prestação de serviços e receberão o pagamento pelos serviços ambientais prestados. Estão previstos, ainda, investimentos em projetos de educação ambiental e em programas de inclusão socioeconômica dos catadores.

Apoios anteriores
Esta é a sexta operação do tipo aprovada pelo BNDES desde 2012. Além do apoio a São Paulo, já foram contratadas operações semelhantes com o Distrito Federal (R$ 21,3 milhões), Rio de Janeiro (R$ 22 milhões), Curitiba (R$ 26,3 milhões), Porto Alegre (R$ 9 milhões) e Sorocaba (R$ 5 milhões).




Zé Dirceu: economistas agem como fossem professores de Deus

O tempo passa e as certezas econômicas se esvaem. Começando pela decantada defasagem de preços da gasolina e do óleo diesel baratos -  ontem uma realidade, hoje passado.
Com a queda do preço do petróleo no mercado internacional nossa gasolina ficou mais cara e nosso óleo diesel idem. A Petrobras, que antes perdia, agora ganha bilhões ao mês.
Nesse quadro um  pouco de humildade faria bem aos economistas e articulistas de nossa mídia. Portam-se – e escrevem – geralmente como se fossem professores de Deus. Particularmente os que escrevem sobre economia, sejam economistas ou não. O ex-ministro e ex-deputado Delfim Neto é uma das poucas exceções, ao lado dos economistas Luiz Gonzaga Belluzzo e Amir Khair.
Agora a moda é desenhar um futuro sombrio, começando por 2015, para nossa economia. Demoraram mas hoje não tem mais como esconder a grave situação da economia mundial. Reconhecem que até a América Latina vai mal das pernas, como não podia deixar de ser com a maioria dos seus países dependendo de duas ou quatro matérias primas; muitos de apenas duas; e alguns exclusivamente do turismo e do envio de dólares dos imigrantes.
Muitas certezas e incertezas no mundo
Há muita incertezas no mundo mas, também, algumas certezas. Uma economia como a nossa, que depende apenas 14% do comércio exterior – aliás, como a dos Estados Unidos – pode e deve buscar exportar mais. Principalmente capital, tecnologia e serviços.
Mas, seria uma estultice apostar nosso crescimento apenas no comércio mundial. Outra coisa é priorizar a integração regional onde temos todas as vantagens comparativas e um mercado igual ao nosso (pelo menos em população, 200 milhões de habitantes), próximo de nós e ávido para crescer e se integrar com nossa economia e investimentos.
Mas, falta audácia e prioridade. Falta-nos um banco para financiar os avanços na integração regional, industrial e econômica em geral. Integração que para se dar pode e deve começar pela legislação tributária e ambiental.
É em nosso mercado interno e nos investimentos na infraestrutura econômica e social, então, que devemos apostar: nos investimentos em energia, petróleo e gás; na distribuição de renda; nas reformas tributária e urbana; nas reformas política e do Estado; numa revolução educacional e científica; e no aumento geral de nossa produtividade e competitividade.
Só aqui querem reduzir papel dos bancos públicos
Fazê-lo apoiados em políticas ativas como a cambial e a comercial. Conscientes de que somos parte de um mundo onde impera o protecionismo e a administração do câmbio e  onde os governos e bancos centrais emitem moeda aos trilhões para salvar seus bancos e empresas.
Só aqui querem reduzir o papel dos bancos públicos – começando pelo BNDES – e se escandalizam com o superávit zero esse ano.
Nossos economistas e articulistas agem – e escrevem – como se no mundo todo os governos não operassem com déficits e fazendo jorrar dólares aos trilhões para desesperadamente evitar a estagflação que os apavora.
Economistas e articulistas tupiniquins passam ao largo do fato de que governos em toda parte desvalorizam suas moedas e se protegem, controlam os organismos internacionais e as finanças com as quais procuram determinar e controlar as políticas de desenvolvimento de todos países sem exceção – inclusive as do Brasil.
Um pouco de humildade e realismo, sem esse pessimismo mórbido, faria bem ao debate das saídas e dos desafios do pais nos próximos anos.

Lucro do BNDES reduz a zero a campanha contra os bancos públicos

do Blog do
Os números do BNDES divulgados nesta semana provam o quanto a campanha contra os bancos públicos, acionada sobretudo neste ano eleitoral, não passou de mais uma marola da oposição. Infundada, sem razão de ser, negócio puramente ideológico…
Entre janeiro a setembro deste ano, o lucro do BNDES, de (51,4% no período, mais que dobrou  se comparado ao mesmo período de 2013. Foram R$, 7,399 bi de lucro agora, o 2º maior da história do banco público em nove meses. Só no 3º trimestre deste ano, o lucro subiu 18,7%. Além disso, o BNDES contou com uma baixa inadimplência (0,07%) e uma boa qualidade dos financiamentos. Nada menos que 99,8% dos créditos do banco estão classificados entre os níveis de risco AA e C.
Subiu, também, para 11,82% a rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio do BNDES – acima dos 10,15% registrado no mesmo período de 2013. Querem mais? A carteira de operações de crédito do banco de fomento chegou a R$ 618,1 bi no fim deste 3º trimestre, registrando um avanço de 14,2% se comparado com o mesmo trimestre do ano passado. Outros bancos também divulgaram o resultado obtido no período. O BNDES superou todos eles, seguido do Banco do Brasil com crescimento de 12,3%, pelo Itaú (10,2%), Bradesco (7,7%) e Santander Brasil (5,6%).


Bancos públicos são fundamentais para o país
Vejam que o lucro trimestral do BNDES reduz a nada as críticas da oposição ao papel dos bancos públicos. Fora a inadimplência que é baixinha no maior banco de fomento do continente. Lembrem-se que o BNDES foi um dos alvos prediletos da oposição – do candidato tucano Aécio Neves e de Marina Silva também – nestas eleições presidenciais. Um desserviço da oposição, desinformando o país sobre o papel do Banco e a necessidade de expandi-lo, ao invés de reduzi-lo.
Precisamos, inclusive, tratar do aumento dos juros da TJLP do Banco. E incluir em seu objetivos e ação o financiamento das exportações e importações do país para criarmos um verdadeiro Eximbank a exemplo dos EEUU, Japão e outros países como a China e a Alemanha que financiam suas exportação de capitais, serviços e tecnologia.
O que esses números mostram – e a oposição finge não saber – é que a capitalização pela União dos Bancos Públicos foi decisiva para evitar que o Brasil vivesse o mesmo cenário da Europa – lá, um  cenário de recessão, brutal desemprego, perda direitos trabalhistas e sociais, queda da renda e perda de bens familiares. 

Dilma fez bem não ir a Carta Capital

Mino Carta: 'Temos de tapar os ouvidos ao rentismo'

Ontem na entrega do prêmio "As empresas mais admiradas do Brasil" realizado por Mino Carta (Carta Capital), a ausência da presidente Dilma Roussef foi muito criticada. 

Mas, por que e para que a presidente perder tempo com conversas, sarameleques com a classe empresarial brasileira?

O que eles querem?...

Até eu sei de cor.

Dinheiro, dinheiro e mais dinheiro para investir no mercado financeiro, e com o fluxo de caixa e juros recebidos investir um pouco. 

Comem numa ponta e na outra também.

Vejam o que disse o empresário Abílio Diniz:

"...Temos muito a reivindicar, temos muito a exigir. Temos direito a pedir que diminua as incertezas. Pior ou melhor que seja o futuro, tire as incertezas da frente".

As incertezas para a matilha empresarial é Dinheiro subsidiado, ponto final.

Bem fara Dilma se usar o dinheiro do orçamento e dos bancos estatais (Bndes, BB, CEF, Banco do Nordeste etc) para investir na infraestrutura. E se, sobrar algum emprestar a iniciativa privada.

Pedro Porfírio: a verdade sobre o porto de Mariel


"Se o porto de Mariel será de grande importância para o socialismo cubano, foi o capitalismo brasileiro que mais ganhou até agora".

Marcelo Odebrecht, engenheiro, presidente da construtora brasileira do porto cubano,em 9 de fevereiro de 2014.

Em sua deliberada má fé, Aécio Neves e alguns manipuladores da direita costumam dizer na maior cara de pau que o governo brasileiro está construindo um porto para Cuba só para ajudar o governo cubano, como se estivesse desviando dinheiro para a ilha que derrotou o império com a sua revolução invicta.

Os idiotas da fauna obscurantista podem até se compensarem psicologicamente quando repassam essa mentirada pela internet. Mas o tucano, que não é um idiota, mas pretende enganar os menos informados, exerce o mandato de senador e já foi até presidente da Câmara Federal.

Ele sabe que o BNDES não pode repassar um centavo para governos estrangeiros: quem a ele recorre é a empresa nacional que vai ganhar em dólares em obras por dezenas de países.

Foi o que explicou didaticamente o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, em audiência na Comissão de Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados, em 27 de maio deste ano.

Segundo o presidente do BNDES, não houve empréstimo ao governo cubano e sim para uma empresa brasileira, no caso, o Grupo Odebrecht. Ele lembrou que o BNDES é impedido por lei de emprestar dinheiro para empresas ou governos estrangeiros. "O BNDES libera recursos apenas para empresas brasileiras que tenham sido encarregadas de realizar um serviço no exterior. Nossa relação é com a empresa nacional, para gerar empregos no Brasil."

Luciano Coutinho lembrou que o investimento foi feito na exportação de serviços de engenharia e que esse tipo de mercado é muito disputado. Destacou que, na América Latina, o Brasil responde hoje por quase 18% da exportação de serviços de engenharia para a região, perdendo apenas para a Espanha, e à frente dos Estados Unidos e da China. "Prestamos serviços a países como Argentina, Venezuela, República Dominicana, Cuba, Peru e Equador", informou o presidente do BNDES aos deputados.

Num mercado muito disputado, o Brasil é o oitavo maior exportador de serviços de engenharia do mundo. A China desembolsou entre 2008 e 2012 um total de US$ 45,2 bilhões; os Estados Unidos, 18,6 bilhões; a Alemanha, US$ 15,6; e a França, US$ 14,6 bilhões, enquanto o Brasil financiou US$ 2,24 bilhões, ficando atrás ainda da Índia, do Japão e da Inglaterra.

Cuba paga em dia, segundo construtora brasileira: "a exportação de serviços suporta hoje 1,7 milhão de postos de trabalho no Brasil".

O presidente da Odebrecht, Marcelo, foi mais além. Sua empresa, que tem serviços em23 países e emprega 200 mil pessoas, está muito feliz com Cuba, onde o porto, com um custo enxuto inferior a US$ 1 bilhão (lá não rola propina: não faz muito, em 2011 o ministro Alejandro Roca pegou 15 anos de cadeia por ter recebido um jabá de uma empresa chilena de sucos).

Os pagamentos estão sendo feitos rigorosamente em dia, como escreveu no site 247: o risco de inadimplência apontado por alguns críticos não pode ser contaminado pelo viés ideológico; "para quem está questionando os riscos quanto ao pagamento, é importante saber que a ocorrência de calotes não está relacionada a alinhamentos ideológicos: os maiores "defaults" recentemente enfrentados pelo Brasil vieram dos Estados Unidos e do Chile".

Ao ponderar que em 2013, a Odebrecht Infraestrutura faturou US$ 8 bilhões no exterior, o presidente do grupo, que completou 60 anos de serviços de engenharia este ano escreveu:

"O BNDES não investiu em Mariel. O BNDES financiou as exportações de cerca de 400 empresas brasileiras, lideradas pela Odebrecht, no valor equivalente a 70% do projeto. Se o porto será de grande importância para o socialismo cubano, foi o capitalismo brasileiro que mais ganhou até agora.

País que não exporta não cresce, não adquire divisas e não se insere na economia internacional. A exportação de serviços suporta hoje 1,7 milhão de postos de trabalho no Brasil, na interação com vários setores produtivos. Promove a inovação e estimula a capacitação de mão de obra altamente especializada.

Entretanto, lemos e ouvimos que o financiamento brasileiro gera empregos no exterior; que os contratos são sigilosos, talvez para encobrir negócios escusos; que drena recursos da nossa infraestrutura; e que o TCU (Tribunal de Contas da União) não fiscaliza.

Nada disso é verdade.

Primeiro: o financiamento à exportação gera empregos no Brasil, porque não há remessa de dinheiro para o exterior. Os recursos são desembolsados aqui, em reais, para a aquisição de 85% dos bens e serviços produzidos e prestados por trabalhadores brasileiros (os demais 15% são pagos à vista pelo importador).

Segundo: informações como o valor, destino e objeto do financiamento sempre foram públicas, como pudemos ouvir e ler em todos os meios que trataram de Mariel. As únicas informações que não são públicas são as usuais das operações bancárias, como o valor do seguro, eventuais contragarantias e as taxas que compõem a operação.

Nos financiamentos feitos pelos chineses, alemães, americanos, enfim, por todos os países, essas informações também são confidenciais. Não foram o Brasil e Cuba que inventaram essa regra.

Terceiro: os recursos que financiam exportações não concorrem com os destinados a projetos no Brasil e são providos por fontes diferentes. Os números falam por si: em 2012, o BNDES destinou cerca de US$ 7 bilhões para apoiar o comércio exterior e US$ 173 bilhões para o mercado interno.

O porto de Cuba não impediu a construção de nenhum projeto no Brasil. Aliás, até ajudou.

Por meio da exportação de serviços, como a de Mariel, a Odebrecht se capacita e gera resultados que aplica aqui, como fez no terminal de contêineres da Embraport, em Santos. É o maior do Brasil e foi construído pela Odebrecht, simultaneamente a Mariel, com investimento próprio de R$ 1,8 bilhão".

Já Mauro Hueb, diretor-superintendente em Cuba da Odebrecht, destacou em outra entrevista:

"É importante ressaltar que US$ 800 milhões foram gastos integralmente no Brasil para financiar exportação de bens e serviços brasileiros para construção do porto e, como consequência disso, gerando algo em torno de 156 mil empregos diretos, indiretos e induzidos, quando se analisa que a partir de cada US$ 100 milhões de bens e serviços exportados do Brasil, por empresas brasileiras, geram-se algo em torno de 19,2 mil empregos diretos, indiretos e induzidos". (Veja o vídeo em com 3 depoimentos a respeito).

No caso do porto de Mariel, a principal garantia é a sua própria receita. Toda a operação lá é gerenciada por uma empresa de Cingapura, que faz o mesmo em outros países do mundo. Segundo o diretor da Fiesp, como você verá no vídeo da Record, desde o tempo de FHC Cuba vem pagando os financiamentos brasileiros rigorosamente em dia. Nesses mais de 16 anos, o Brasil somou US$ 1,8 bilhão em investimentos em Cuba, sem nenhum problema registrado.


A oposição e o BNDES

Dilma em entrevista crítica oposição e elogia o BNDES




“Das mil maiores empresas, 783 têm financiamento do BNDES e representam 84% dos investimentos na indústria. Ele não é um banco qualquer, é um banco de grande porte e está sendo tratado com leviandade nessa campanha”
“O BNDES dá lucro, sim. No último ano foi de 5,5 bilhões de reais. O banco é focado em infra-estrutura e indústria e sem ele é muito difícil ter obra na área de energia elétrica, por exemplo"



“BNDES tem papel estratégico na estruturação de projetos de longo prazo e é uma temeridade a discussão da diminuição do papel dos bancos públicos. Política das campeãs nacionais é um factoide para carimbar algo errado, que beneficiaria esse ou aquele”

Marina mente sobre o BNDES

O BNDES é um dos principais instrumentos que o governo brasileiro dispõe para implementar sua política econômica. É o governo em exercício que escolhe as áreas prioritárias e as linhas de atuação do banco, que as executa por meio de um rigor técnico garantido por seu capacitado corpo funcional.




Para ficarmos em apenas dois exemplos: no governo Fernando Henrique Cardoso, o BNDES teve um papel fundamental nas privatizações e no governo Lula, respondendo à forte crise iniciada em 2008, expandiu o crédito à indústria e à infraestrutura.
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Blablarina mente sobre o BNDES

O BNDES é um dos principais instrumentos que o governo brasileiro dispõe para implementar sua política econômica. É o governo em exercício que escolhe as áreas prioritárias e as linhas de atuação do banco, que as executa por meio de um rigor técnico garantido por seu capacitado corpo funcional.

Para ficarmos em apenas dois exemplos: no governo Fernando Henrique Cardoso, o BNDES teve um papel fundamental nas privatizações e no governo Lula, respondendo à forte crise iniciada em 2008, expandiu o crédito à indústria e à infraestrutura.

É, portanto, absolutamente legítimo que o papel do BNDES seja debatido na campanha eleitoral. O próximo presidente terá a responsabilidade de manter ou modificar as prioridades do banco nos próximos anos, decisão que poderá afetar todo o financiamento ao setor produtivo brasileiro.

Mas esse necessário debate eleitoral seria mais proveitoso para o país se fosse lastreado por um correto diagnóstico por parte dos candidatos. Como corrigir rumos se não conseguimos entender a atual direção? Esse parece ser o caso da candidata do PSB à Presidência, Marina Silva. Senão, vejamos.




Nesta quinta-feira (25), em entrevista ao programa “Bom Dia Brasil”, da TV Globo, a candidata disse que “o que enfraquece os bancos é pegar o dinheiro do BNDES e dar para meia dúzia de empresários falidos, uma parte deles, alguns deles que deram, enfim, um sumiço em bilhões de reais do nosso dinheiro”. O número de imprecisões só dessa frase é impressionante.

Em primeiro lugar, o BNDES não “dá” dinheiro a ninguém, ele empresta. Isso significa que o banco recebe de volta, corrigidos por juros, os seus financiamentos. Sua taxa de inadimplência é de 0,07% sobre o total da carteira de crédito, segundo o último balanço, sendo a mais baixa de todo o sistema bancário no Brasil, público e privado.

Isso nos leva a outra imprecisão da fala da candidata. A qual “sumiço” de recursos ela se refere se o BNDES recebe o dinheiro de volta e obtém lucros expressivos de suas operações? O lucro do primeiro semestre, de R$ 5,47 bilhões, foi o maior da história do banco.

Em relação aos empresários “falidos”, talvez a candidata, em um esforço de transformar em regra a exceção, esteja se referindo ao caso Eike Batista. Se isso for verdade, temos mais uma imprecisão: seja por causa de um eficiente sistema de garantias das operações, seja porque grupos sólidos assumiram algumas empresas, o BNDES não sofreu perdas frente aos problemas enfrentados pelo empresariado.

Por fim, nada mais falso do que dizer que o BNDES empresta para “meia dúzia”. No ano passado, o banco fez mais de 1 milhão de operações, sendo que 97% delas para micro, pequenas e médias empresas.

Embora o BNDES não tenha a capilaridade dos bancos de varejo, a instituição aumentou seus desembolsos para as pequenas empresas de cerca de 20% do total liberado na primeira década de 2000 para mais de 30% no ano passado. Se retirássemos as típicas áreas onde os pequenos não atuam (setor público, infraestrutura e comércio exterior), os financiamentos para os menores representariam 50% dos desembolsos do banco.

Das cem maiores empresas que atuam no Brasil, 93 mantém relação bancária com o BNDES. Entre as 500 maiores, 480 são seus clientes. Como sustentar que o BNDES escolhe “meia dúzia” se o banco apoia quase todas as empresas brasileiras dos mais variados setores de nossa economia?

A candidata Marina lembrou recentemente que uma mentira repetida diversas vezes não a transforma em verdade. Isso também vale para o papel que o BNDES vem desempenhando nos últimos anos.

FÁBIO KERCHE, 43, doutor em ciência política e pesquisador da Fundação Casa de Rui Barbosa, é assessor da Presidência do BNDES. Foi secretário-adjunto e secretário de Imprensa da Presidência da República (governo Lula)

É a crise: BNDES tem maior lucro da história no primeiro semestre

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil

O lucro líquido registrado pelo Sistema BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no primeiro semestre deste ano foi R$ 5,47 bilhões, com aumento de 67,8% em comparação com o resultado do mesmo período do ano passado. Divulgado hoje (22), o lucro é o maior da história da instituição, superando o recorde anterior de R$ 5,3 bilhões em igual semestre em 2011. Contribuiu para o resultado do Sistema BNDES o desempenho da subsidiária de participações Bndespar, cujo lucro, de R$ 2,148 bilhões, ficou 236,4% acima do resultado dos seis primeiros meses de 2013.




Segundo a assessoria de imprensa do BNDES, o aumento do lucro líquido consolidado resultou de três fatores: alta de 31,8% da receita com dividendos e juros sobre capital próprio, totalizando R$ 2,634 bilhões no primeiro semestre dese ano, contra R$ 1,999 bilhão em 2013; melhora do resultado com derivativos, que subiu de R$ 187 milhões para R$ 657 milhões no acumulado janeiro a junho de 2014; e queda de 57,7% da despesa com provisão para perdas em investimentos (de R$ 795 milhões para R$ 336 milhões).

Adicionalmente, "o resultado de intermediação financeira do banco contribuiu com R$ 1 bilhão de aumento", disse à Agência Brasil o chefe do Departamento de Contabilidade do BNDES, Carlos Frederico Rangel. A expansão do resultado de intermediação financeira ficou em 19,3%, passando de R$ 5,025 bilhões no primeiro semestre de 2013 para R$ 5,994 bilhões em igual período de 2014.

Além do resultado apresentado pela Bndespar, o lucro líquido do Sistema BNDES foi composto pelos resultados do banco e da Finame (linha de crédito do BNDES que financia a produção e comercialização de máquinas e equipamentos nacionais). Enquanto a holding do Sistema BNDES teve lucro no semestre de R$ 2,994 bilhões, contra R$ 1,969 bilhão em junho de 2013, a Finame lucrou R$ 330,9 milhões, mostrando redução ante o lucro de R$ 443,9 milhões registrado em junho do ano passado.


É a eleição - estúpido!

Nos anos oitenta, a Abril defendia a Copa no Brasil

por Rodrigo Vianna

A dica veio pelo facebook. O Blog do Silvinho encontrou o texto publicado nos anos 80, na revista Placar.

Na época, a Abril não se preocupava em municiar a mais virulenta campanha, jamais vista, contra uma Copa do Mundo.

O artigo – que reproduzimos em tamanho original ao fim deste texto - era assinado por Juca Kfouri. E vejam o que ele dizia:

“o velho argumento de que é melhor construir escolas e hospitais é falso”.

Ou: “não há um só argumento razoável para que não sejamos nós os promotores da maior festa do esporte mundial”. 

O argumento de que não podemos sediar Copa porque Educação e Saúde não funcionam tão bem é falso. Já dizia a Abril dos anos 80. Quem raciocina por conta própria sabe que não há dinheiro do Orçamento federal no estádio do Itaquerão – por exemplo. É financiamento do BNDES. Financiamento que será pago.

Mais que isso: o dinheiro gasto com estádios e outras obras (25 bilhões de reais) não representa um mês de gastos com Educação!

No entanto, o Brasil foi envenenado – durante os últimos 2 ou 3 anos – com reportagens que davam a entender: “como fazer uma Copa, se a saúde pública não funciona bem?”

O governo Dilma (por covardia ou acomodação) não fez esse debate. E o Brasil vai pra Copa com milhares de pessoas acreditando no falso argumento.
Jamais vi alguém reclamar da “Sala São Paulo” (a luxuosa sala de concertos construída no meio da crackolândia paulista, voltada para o público da música clássica). Jamais vi reportagem contestando gastos com teatros municipais frequentados só pela elite do Rio ou São Paulo.

Daqui a 20 anos, estudiosos vão-se debruçar sobre esse período, e ficará clara a campanha violenta e descabida contra um espetáculo mundial.  

Por que a Abril era capaz de trazer artigos como o de Juca nos anos 80, e às vésperas da Copa de 2014 participa da vergonhosa campanha contra o mundial? Não há dúvidas: a direita brasileira  é capaz de qualquer coisa para voltar ao poder. É capaz de arrasar com a auto-estima do povo brasileiro. E quem deveria desmontar essa farsa, e comandar esse debate pelo outro lado, omitiu-se de forma também vergonhosa. O que me espanta é que ainda tenhamos mais de 50% de apoio à Copa.

O povo brasileiro, por sua conta, resiste à campanha avassaladora. Quem quer resistir pode (e deve) ler os argumentos de Juca Kfouri, nos anos 80. Argumentos de quem tinha a chancela da família Civita para escrever o que escrevia. 
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Bico de tucano não fica vermelho

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Fernando Brito, via Tijolaço
O PSDB não dá para ser levado a sério. Perdeu completamente qualquer compostura e racionalidade na hora de criticar o governo Dilma. Só não é exposto ao ridículo porque a mídia brasileira também é ridícula e simplesmente repete o que as “notas oficiais” aecistas publicam no site do partido.
Depois do “mico aéreo” e do “mico da conta do restaurante”, agora o PSDB parte para o “mico cubano”, publicando – com farta reprodução nos jornais – um comunicado em que critica os empréstimos do BNDES às obras do Porto de Mariel, em Cuba e diz que os “recursos que vão para a ilha da ditadura castrista – e também para a Venezuela chavista e para outros países, notadamente os ideologicamente alinhados – são os mesmos que faltam para obras estruturantes no Brasil, em especial as de mobilidade urbana nas nossas metrópoles”.
Ontem [28/1eu tratei a sério disso, aqui, mostrando que o dinheiro é emprestado – tem sido pago em dia – para aquisições de mercadorias e serviços no Brasil. Mas tem limite a cara de pau.
Qualquer dia eu vou começar a imprimir e guardar as notícias das coisas que o governo tucano fazia e a posição “indignada” do PSDB sobre as mesmas coisas no governo petista. E esta é uma delas.
Fernando Henrique diretamente e o BNDES, sob seu comando, fizeram empréstimos a Cuba, aliás muito corretamente. Aqui está o memorando de entendimento entre Brasil e Cuba para financiar a compra de alimentos com recursos orçamentários – reparem, orçamentários, diretamente da União – por meio do Proex (leia-se Banco do Brasil) em US$15 milhões, firmado em 1998.
Mas foi comida, aí era humanitário? E o que dizem do financiamento a ônibus de turismo para a ilha de Fidel, como está consignado norelatório de atividades do BNDES do ano de 2000?
[...] o apoio do BNDES a exportações de ônibus de turismo e urbanos para Cuba somou cerca de US$28 milhões. Cabe destacar o financiamento concedido para a aquisição de 125 ônibus Busscar com mecânica Volvo, utilizados na dinamização da atividade turística desse país, no valor total de US$15 milhões”
Mas teve também para a “Venezuela chavista” de que fala a nota do PSDB:
“Projeto da Linha IV do Metrô de Caracas (Construtora Norberto Odebrecht S.A.) – Construção do primeiro trecho, com extensão de 5,5 km. O investimento total do projeto soma US$183 milhões, sendo o financiamento do BNDES de US$107,5 milhões, correspondentes a 100% das exportações brasileiras de bens e serviços e ao seguro de crédito às exportações.
Uai, igualzinho ao Porto de Mariel? E com a mesma empreiteira, a Odebrecht?
É verdade que os tucanos fazem uma ressalva: “Fosse o Brasil um país que esbanjasse dinheiro e com questões de infraestrutura e logística resolvidas, poderia até ser compreensível.”
Fico imaginando a cara de Aécio Neves diante de algum repórter que lhe perguntasse se no governo FHC podia-se emprestar dinheiro à Cuba e à Venezuela porque não existiam problemas de logística e infraestrutura no Brasil dos tucanos.
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Aos que, pateticamente, ficam contando os dedos de FHC para sugerir que a foto é montagem, outra, para ficarem cheios de dedos…
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do Escrevinhador - a diferença entre jornalismo e discurso panfletário

O Porto de Mariel, construído em Cuba em parceria com o Brasil, gerou polêmica nos últimos dias. O BNDES investiu US$ 802 milhões para o porto. Mais US$ 290 milhões serão destinados para a zona especial de desenvolvimento de Mariel.
A comentarista Rachel Sheherazade, apresentadora e comentarista do Jornal do SBT, fez duras críticas aos investimentos do governo. Jornalista brilhante, especialista em todos os assuntos, fez um comentário dura: “Parece que está sobrando dinheiro no Brasil, porque não tem limite a generosidade do governo com os estrangeiros”.
No final do comentário, a especialista em comércio internacional pergunta: “Por que financiar um porto em Cuba quando se os nossos portos estão sucateados e abandonadas?”
Heródoto Barbeiro, apresentador do Jornal da Record News, mais humilde, abriu mão de fazer comentários conclusivos e convidou para o programa um diretor da Fiesp, Thomaz Zanotto, para saber a opinião dos industriais.
Apesar de não serem tão sábios como a comentarista do SBT, os industriais têm interesses econômicos concretos e podem tecer avaliações sobre o assunto…  O diretor da Fiesp destacou que, o porto foi construído por empresas brasileiras, que forneceram também 80% dos materiais e equipamentos envolvidos na obra.
“Existe um interesse estratégico. O Brasil é um país sul-americano e tem bastante inserção na região. A inserção econômica do Brasil no Caribe ainda é pequena e pode melhor muito. E o porto é uma oportunidades para isso”, disse.
A sábia apresentadora do SBT, com seu discurso ideológico, precisa ter cuidado, para não passar a imagem de que é boneco de ventríloquo dos blogueiros “fofos” da Veja…
Heródoto Barbeiro, por sua vez, fez jornalismo e entrevistou um diretor da Fiesp, que apresentou informações relevantes sobre as vantagens para as empresas do Brasil investirem no porto.
Veja os vídeos: Aqui