PIG sem limites
Imagine dialogo entre FHC e Heráclito Fortes
Suponha a seguinte conversa entre FHC e Heráclito Fortes (que nomeou sua filha funcionária-fantasma):
FHC - Caro Heraclito, preciso de um favor seu.
HF - Diga, meu presidente.
FHC - Minha filha quer ficar em Brasília e precisa de algum lugar aí para garantir seu salário. Poderia arranjar uma vaga para ela:
HF - Algum lugar específico?
FHC - Não. Pode ser até como assessora pessoal sua, sem o compromisso de vir diariamente ao Senado para não expô-la.
HF - Pois não, senhor presidente, aqui o senhor manda.
É um diálogo imaginário, porém verossímil. Se a conversa não foi assim, foi parecida. A única diferença do Sarney, é que não foi gravada - e a mídia quer o pescoço do Sarney, não a moralização dos costumes. Mas tentar incriminar FHC por isso é algo tão ridículo quanto essa criminalização da boquinha - à qual recorre o mundo político em massa.
Em vez de atacar a boquinha e discutir formas de eliminá-la, usa-se o vício para objetivos escusos: derrubar o presidente do Senado e transformar a casa em fator de instabilidade política.
UNE coerente
Pau de sebo
Espera Inútil
Guisado de carneiro
Ingredientes
- 1 kg de carneiro
- 80 g de toucinho
- 1 colher (sopa) de banha de porco
- 3 cebolas médias
- 2 alhos
- 1 ramo inteiro de salsa
- 1/2 folha louro
- 1/2 kg de batatas em quartos ou 1 kg de ervilhas
- cheiro verde
- água sal e pimenta a gosto
Sarney filhote do Lula
As gravações de vazados pela Polícia Federal em que a neta do senador José Sarney, o filho do senador e o próprio parlamentar discutem a contratação do namorado da neta no lugar de outro representante da família, irmão da moça, o qual saía do Senado, desenham um retrato acabado de como essa gente trata o espaço público. A saber, como se fosse o urinol da Fundação Sarney.
A família Sarney é temente a Deus. Todas as conversas em que se combinou o tráfico de influência do senador Sarney para garantir o cabide para o mancebo da moça terminam com a frase "Deus te abençoe". Ou talvez esse seja o apelido familiar do patriarca.
É certo que no Senado existem diversas outras divindades do mesmo tipo. Como não é incomum que senadores mantenham relações com indivíduos de índole semelhante à do que o filho de Sarney, é praticamente garantido que muitos também estejam sendo alvo de investigações, podendo-se conjecturar que também existam gravações de conversas dessas pessoas em que seus patronos senatoriais sejam mencionados em circunstâncias tão ou mais vexatórias quanto Sarney.
Alguns eventuais visitantes poderão protestar quanto ao parágrafo anterior, integralmente construído em torno de suposições. Interpretarão que as conjecturas levam areia ao caminhãozinho do descrédito do Senado.