Um pouquinho de ficção não faz mal a ninguém?...


Vamos que eu esteja planejando uma campanha insidiosa contra alguém. Assim sendo, autorizo um de meus repórteres a publicar uma ficha falsa na capa do Viomundo. Desconfio que seja falsa ou sei que é falsa. Mas sei, também, que se sair na capa de meu jorn… digo site, ganha um ar de credibilidade. Depois eu sempre posso alegar que não foi possível comprovar que a ficha é verdadeira, nem falsa. O importante é que a ficha atinja o grande público, fique impressa fotograficamente no cérebro de alguns milhares de eleitores.
Mais tarde a mesma ficha, mesmíssima, é distribuída a milhares de internautas em correntes que trazem o alerta:
Ela vai governar o Brasil ?
***Ao reenviarem apague meu endereço, como fiz a quem me enviou***
***E não deixe de enviar aos seus contatos***
Isso acrescenta à campanha um certo ar de “conspiração do bem”. É preciso guardar segredo, caso contrário seremos vítimas deles.
Ah, sim, e é preciso acrescentar alguma prova definitiva, fotográfica. Quem sabe isso:
Arte bem acabada, texto simples e direto.  Junto, aquela ficha que saiu no jornal.
Agora, em nossa novelinha ficcional, chegou a hora de provocar o assunto, fazer com que ele ingresse no dia-a-dia dos eleitores.
O que faço eu? Provoco a  vítima da campanha insidiosa a falar sobre o assunto. Mesmo que ela negue, tenho pela negação o assunto em pauta.
O eleitor que recebeu o e-mail fica com a pulga atrás da orelha: a candidata diz que é mentira, mas eu recebi aquele e-mail de um amigo e agora faço parte da corrente secreta do bem.
O ciclo se fecha com os comentaristas da internet, que invadem os blogs tentando associar o nome da candidata a codinomes que ela teria usado ou de fato usou noutros tempos.
Ou promovendo outro candidato como “o candidato do bem”, do Brasil que “pode mais”.
Ah, essa minha imaginação!!!

Leilão é mantido e 2 grupos vão disputar Belo Monte

Cai liminar que impedia a disputa, marcada para terça-feira; estatais de energia lideram os dois consórcios

Dois consórcios disputarão o leilão para construir a hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), marcado para a próxima terça-feira. 



A obra está orçada em R$ 19 bilhões. 


A inscrição foi feita ontem, depois que caiu a liminar que suspendia a operação – o Ministério Público vai recorrer. 


O primeiro consórcio, o Norte Energia, será liderado pela Chesf, subsidiária da Eletrobrás, com participação de 49,98%. 


Queiroz Galvão e Gaia Energia ficaram, cada uma, com 10,02% do grupo, que conta ainda com Galvão Engenharia, Mendes Júnior, Serveng, J Melucelli Construtora, Contern Construções e Cetenco Engenharia. 


No segundo grupo, o governo incluiu duas subsidiárias da Eletrobrás – Furnas e Eletrosul. Juntas, terão 49% da participação. 


O consórcio, chamado Belo Monte Energia, conta ainda com Andrade Gutierrez, Vale, Neoenergia e Companhia Brasileira de Alumínio. 


A Eletronorte, outra subsidiária da Eletrobrás, entrará como sócia estratégia do vencedor.

Datafraude



Datafolha mostra Marina à frente de Ciro pela 1ª vez, mas diferença entre os 2 está dentro da margem de erro

Pesquisa Datafolha realizada nos dias 15 e 16 mostrou José Serra (PSDB) com 38% das intenções de voto entre 28% de Dilma Rousseff (PT). É a primeira enquete após o lançamento da candidatura tucana, no sábado passado. No fim de março, Serra e Dilma tinham, respectivamente, 36% e 27%. A oscilação está dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais.

Pela primeira vez Ciro Gomes (PSB) aparece numericamente atrás de Marina Silva (PV), embora do ponto de vista estatístico ambos estejam empatados.

Quando Ciro Gomes não figura no quadro de candidatos – há ainda dúvidas se o PSB vai lançá-lo oficialmente-, a diferença entre Serra e Dilma se alarga um pouco. O tucano fica com 42% ante 30% da petista. Marina Silva vai a 12%.

A avaliação de Luiz Inácio Lula da Silva continuou a melhor entre os presidentes eleitos pelo voto direto, apesar de ter oscilado negativamente: 73% acham a administração do petista ótima ou boa; na pesquisa anterior, eram 76%.


Ciro reduz seu espaço no PSB


Eugênia Lopes - O Estado de S.Paulo
A pré-candidatura de Ciro Gomes (PSB-CE) à Presidência da República se avizinha da fase terminal. A cobrança do deputado para que o PSB entre de cabeça na corrida presidencial, que já era visto com reservas na cúpula do partido, ficou mais difícil de ser atendida após o deputado pressionar publicamente a legenda.
Em artigo postado anteontem em seu site, Ciro cobrou definição do PSB sobre sua candidatura à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva. "A nota do Ciro tem aspectos positivos. Mas ele foi injusto quando fez ressalvas em relação à condução do processo pela direção partidária", afirmou o vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral. "Time que tem craque tem de saber que craque não gosta de concentração. Ninguém vai conseguir controlar o Ciro. Ele é um radical livre", minimizou presidente do PSB de São Paulo, deputado Márcio França.
A Executiva Nacional do PSB reúne-se no dia 27 para bater o martelo sobre a candidatura de Ciro à Presidência e, consequentemente, tentar resolver o problema das alianças estaduais. "Entendemos a angústia do Ciro e a angústia dos Estados, que reclamam por uma postura mais clara do partido", disse Amaral.
Ele afirmou que, hoje, a candidatura de Ciro não tem recursos nem alianças partidárias. "Não basta decisão burocrática de lançar uma candidatura. É preciso que tenha condições. Tem que ser candidatura para disputar e não apenas para ser uma candidatura complementar ou para ajudar uma outra candidatura", disse o vice-presidente do PSB.
Integrantes da direção do partido não gostaram do "tom agressivo" de Ciro. A avaliação é que, no partido, o "ambiente piorou" para ele. O deputado pressionou o partido e, em tom de desabafo, subiu o tom das críticas em relação ao próprio PSB. No artigo, intitulado A história acabou?, Ciro perguntou: "O PSB é "um ajuntamento como tantos outros, ou a expressão de um pensar audacioso e idealista sobre o Brasil?".
A aliados, Ciro confidenciou que decidiu fazer o artigo como forma de lutar por sua candidatura. Argumentou que o PSB pode até desistir de lançar seu nome na corrida presidencial, mas quer deixar claro que a decisão não é dele. No texto, Ciro garantiu que não desistirá da candidatura e fez um desabafo: "A pouco mais de 60 dias do prazo final para as convenções partidárias que formalizam as candidaturas às eleições gerais de 2010, não consigo entender o que quer de mim o meu partido- o Partido Socialista Brasileiro." O PSB está dividido: parte é favorável ao lançamento da candidatura de Ciro, mas a maioria da cúpula do partido quer fechar aliança em torno da candidatura de Dilma Rousseff.

Santo do dia


Santo Aniceto, Papa e Mártir
(+ Roma, 166)
Nascido na Síria, foi Papa de 154, quando sucedeu a São Pio I, até 166, quando sofreu o martírio. Durante seu pontificado enfrentou com vigor a heresia gnóstica, que então devastava os meios católicos. Foi visitado certa vez pelo venerável São Policarpo de Esmirna, que apesar da idade avançada se deslocou do Oriente até Roma para esclarecer com o sucessor de Pedro um assunto controverso: qual deveria ser a data da celebração da Páscoa.

Minha Casa, Minha Vida está em dia


Ainda que acostumado às aberrações diárias dos jornalões brasileiros, às vezes, eu me surpreendo. Hoje é com a Folha de S.Paulo que numa pequena nota com o título "Em um ano, Minha Casa, Minha Vida atinge só 41% da meta" já diz tudo o que eles querem transmitir, ou fazer campanha, com a matéria. Como é que podem cobrar que um programa que se desenvolverá ao longo do tempo, esteja concluído da noite para o dia? O programa está perfeitamente em ordem, dentro do previsto e do programado. A menos que a Folha quisesse que estivesse concluído no dia seguinte ao lançamento.

Podem espernear à vontade. Tentar minimizar ao máximo o programa habitacional do governo federal, que não adianta. O Minha Casa, Minha Vida é simplesmente um sucesso. Aliás, já vimos algo muito semelhante a esse comportamento em relação ao Bolsa Família, chamado pelos tucanos de Bolsa Esmola. Sim, este mesmo que eles primeiro anunciaram que iam acabar se vencessem a eleição de presidente da República em outubro e agora  elogiam e prometem manter.

Em um ano de funcionamento o Minha Casa, Minha Vida assinou 408.426 contratos de financiamento para moradias. Depois de descerem a lenha no programa, a crítica agora é sobre os números: acham pouco a contratatação de 41% do 1 milhão de casas programadas para a primeira etapa. O que a Folha não disse é que 78% do contratado já está em obras, e que o programa contribui para o aumento do emprego e desenvolve também a pequena e média empresa.
Tucano tem obsessão por paralisar obra

Vamos só ver se a oposição deixa o Minha Casa, Minha Vida em paz, porque a obsessão dos tucanos neste ano é paralisar as obras do PAC e os programas sociais do governo. Tanto faz para eles se as pessoas vão perder o emprego ou se o país perderá dinheiro - vide as 13 obras do PAC paralisadas por um dos QGs dos tucanos, o Tribunal de Contas da União (TCU).

É preciso compreender, também, o aspecto social do programa. Trata-se de casas com água e esgoto, asfalto, áreas de lazer e social, transporte. Em outras palavras, o social e o econômico numa mesma moeda que está sendo alavancado, entre outros itens, pela confiança que os brasileiros têm no governo Lula.

É isso que oposição e muito menos a mídia compreendem. Desistam, elas jamais vão entender. Estão preocupadas em fazer política, mas esquecem que o povo não é massa de manobra e sente no bolso, no seu dia a dia, o que foram os oito anos de governo Lula e os oito anos de FHC.

Auxílio-reclusão


Aos mal informados ou mal intencionados: o auxílio-reclusão não foi iniciativa do PT ou do governo Lula. Foi votado e aprovado na Constituição de 1988, regulamentado em 1991, no governo Collor e é um direito previdenciário, que só pode ser exercido por quem contribuiu com o INSS. E o valor, algo em torno de R 900 não é para cada dependente e sim para toda a família. Apenas 2% dos presos no Brasil têm direito a ele. Entenderam? Não é bolsa-bandido ou algo parecido. Informem-se mais. 

Aproveito e pergunto ao filósofo de praia(?): José Serra pertencia à AP(Ação Popular), responsável pelo atentado terrorista no aeroporto Guararapes em 1966, em que morreram três pessoas. Qual foi a participação dele?
Marcos Tostes Simões 

Brasilia - DF