O vale tudo da GmCdoB - Grande mídia Corrupta do Brazil -

José Dirceu diz: 
Para quem ja viveu em ditadura não existe excesso de liberdade.

Aí a GmCdoB capitaneada pela inVeja, Rolha de São Paulo, Globoells e Restadão mancheteiam :
José Dirceu, PT, Lula e Dilma Rousseff criticam excesso de liberdade da imprensa
Corja!!! 
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O vendedor de balões

       

    Era uma vez um velho homem que vendia balões numa quermesse.
    Evidentemente, o homem era um bom vendedor, pois deixou um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos ares, atraindo, desse modo, uma multidão de jovens compradores de balões.
    Havia ali perto um menino negro. Estava observando o vendedor e, é claro apreciando os balões.
   Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou um azul, depois um amarelo e finalmente um branco. Todos foram subindo até sumirem de vista.
   O menino, de olhar atento, seguia a cada um. Ficava imaginando mil coisas...
   Uma coisa o aborrecia, o homem não soltava o balão preto. Então aproximou-se do vendedor e lhe perguntou:
   - Moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros?
   O vendedor de balões sorriu compreensivo para o menino, arrebentou a linha que prendia o balão preto e enquanto ele se elevava nos ares disse:

  - Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz subir.

Um abismo chamado educação…


O nome do jogo é qualidade. A batalha do ensino, que define o futuro dos meninos, vai ser decidida dentro da sala de aula

Fernando Dantas – O Estado de S.Paulo

No próximo governo, a parte mais importantes da política social pode ser a que vai tratar de educação. Uma das principais explicações sobre por que o crescimento econômico nesta década tem sido tão favorável aos pobres – a renda do trabalho da base da pirâmide cresce muito mais rápido do que a do topo – é a redução das desigualdades educacionais no Brasil. Que, ainda assim, permanecem gigantescas.
Para manter e acelerar essa melhora, o novo presidente terá de investir bem mais na qualidade da educação no ensino básico. Até agora, o avanço tem sido mais na escolaridade média, medida em anos de estudo, e não no nível de aprendizado dos alunos.
Pode parecer surpreendente que um País com qualidade sofrível de ensino na rede pública esteja reduzindo diferenças educacionais ao ponto de estreitar a diferença de renda entre ricos e pobres. Mas o especialista Naércio Menezes, professor e coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper, garante que é isso mesmo:
“Quando colocamos quase todas as crianças no fundamental – um processo iniciado na década de 90 – e elas começaram a chegar em maior número ao ensino médio, e a se matricular no ensino superior, a desigualdade começou a cair. Isso ocorreu mesmo sem melhora efetiva da qualidade da educação, só pelo acesso.”
O efeito da escolarização no mercado de trabalho pode ser medido, explica Menezes, pela redução dos diferenciais de renda associados à educação. Quando a qualificação é escassa, o seu preço sobe. No Brasil, esses diferenciais são muito grandes, revelando que ainda persiste um abismo de diferenças educacionais.
Ainda assim, o “prêmio” salarial pelo diploma universitário começou a recuar a partir de 2005, e o relativo ao ensino médio já encolhe desde 2002 – não por coincidência, momento muito próximo do início da redução mais intensa da desigualdade da renda do trabalho nos últimos anos. Segundo Naércio, o único diferencial educacional que ainda está crescendo é o da pós-graduação.
O impulso educacional na redução da desigualdade deve continuar nos próximos anos, por inércia, à medida que sucessivas gerações cheguem ao mercado de trabalho com um nível cada vez maior de anos médios de estudo (hoje está por volta de 7,5 anos, para a população de 15 ou mais de idade).
Esse é um efeito, porém, que pode diminuir, na proporção em que o País vá completando o trabalho de universalizar a educação básica. Dessa forma, o ataque à má qualidade do ensino público será cada vez mais importante. A boa notícia é que os especialistas já começam a enxergar a luz no fim do túnel também no front da qualidade, embora os avanços sejam muito tênues.
O economista Fernando Veloso, especialista em educação do Ibmec, no Rio, acha que, como no caso da política macroeconômica, há uma linha de continuidade na política educacional de Fernando Henrique Cardoso e de Luiz Inácio Lula da Silva. Ela consiste basicamente na montagem de um amplo sistema de avaliação de escolas.
O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), um exame de avaliação de Português e Matemática no ensino fundamental, existe desde 1990. Foi em 1995, porém, que o Saeb passou por uma reformulação metodológica que o tornou comparável ano a ano – o que permite avaliar a melhora ao longo do tempo.
“Foi uma mudança fundamental”, diz Veloso. Ainda no governo Fernando Henrique, foram criados o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)e o Provão, para avaliar as universidades (descontinuado durante o governo Lula, que estabeleceu um outro sistema de avaliação do ensino superior).
No início do prmeiro mandato de Lula, o enfoque na avaliação pareceu ameaçado, mas ele foi retomado ainda em 2005, com Tarso Genro como ministro da Educação, quando foi criada a Prova Brasil, um exame censitário (para todos os alunos) que avalia o ensino de Português e Matemática na 4ª e 8ª séries do fundamental em todas as escolas públicas urbanas do Brasil (com mais de 20 alunos nas séries avaliadas).
Com a chegada de Fernando Haddad ao Ministério da Educação, em julho de 2005, a opção pela avaliação como eixo da política educacional cristalizou-se. Em 2007, o sistema se sofisticou com a criação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), um indicador divulgado a cada dois anos que classifica todas as escolas públicas da Prova Brasil. No caso, combinando o resultado neste exame com a “taxa de rendimento escolar” (que leva em conta a aprovação e a evasão).
O Ideb também estabeleceu metas anuais de melhora, até 2021, para cada escola pública, cada município e cada unidade da Federação. O objetivo mais geral é que o Brasil chegue em 2022 ao nível médio atual de qualidade de educação dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a maioria dos quais é rica. O Ideb prevê suporte federal para as redes e escola com piores resultados.
Todo esse arcabouço de avaliação de qualidade de ensino, e mais o teste internacional Pisa – no qual o Brasil é comparado com um grupo de países, basicamente os da OCDE, e tem ficado nas últimas colocações -, tiveram o desagradável mérito de revelar em detalhes o quadro lamentável da educação brasileira. Como explica Menezes, as avaliações mostraram queda da qualidade de ensino entre 1995 e 2001, mas que pode ser explicada basicamente pelo ingresso no sistema educacional de contingentes que estavam fora. “Quando o pessoal é absorvido, começa a haver um melhora”, adverte.
A partir de 2003, nota-se algum avanço, mas lento e concentrado nos níveis iniciais do fundamental, refletindo-se nas avaliações da 4ª série. Mais recentemente, o Ideb também mostrou sinais positivos na 8ª série, mas a melhora da qualidade do ensino médio tem sido mínima.
O grande desafio para o próximo governo, segundo Veloso, é aprender a utilizar o mapa das avaliações para se chegar a uma qualidade superior de ensino. Uma dificuldade adicional para o governo federal é que, devido à estrutura federativa do Brasil, a educação básica é atribuição de Estados e municípios, e há muitos limites ao que Brasília pode fazer de forma centralizada.
Para o especialista, o governo federal pode atuar incentivando e financiando inovações, avaliando e disseminando informações sobre experiências de sucesso e criando um arcabouço institucional que permita maior autonomia na gestão escolar.
A ideia é que o sistema de avaliações irá paulatinamente emitindo sinais sobre o que dá certo ou não nas dezenas de milhares de escolas brasileiras. A partir dessa base de informações, escolas, cidades e Estados, com o eventual apoio de Brasília, buscarão copiar e adaptar para si as soluções mais bem sucedidas reveladas pelo sistema de avaliação.
Na verdade, esse é um processo que já começa a acontecer. A ideia de oferecer bônus por desempenho de professores, por exemplo, espraiou-se pelos Estados de São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais e a cidade do Rio de Janeiro.
Um exemplo bem concreto de como um bom projeto pode replicar-se são as escolas de ensino médio em tempo integral em Pernambuco, uma iniciativa do empresário Marcos Magalhães que se transformou em política pública. Agora, a secretária de Educação do município do Rio, Claudia Costin, resolveu adotar uma iniciativa parecida a partir de 2011, o chamado Ginásio Carioca, para o segundo segmento do fundamental, que vai da 5ª à 8ª série.
Tanto no caso de Pernambuco quanto no projeto do Ginásio Carioca há características, como cargas horárias de ensino elevadas e bônus por desempenho a professores (combinados com maior cobrança de resultado), que já se provaram eficazes nos Estados Unidos, em escolas voltadas a alunos de famílias carentes, que já chegam à sala de aula com uma imensa defasagem criada pelo ambiente familiar. Outra característica das duas experiências brasileiras é o trabalho em tempo integral dos professores, raro no País.
Os especialistas apontam diversos outros gargalos e problemas na trajetória de melhora da qualidade da educação no Brasil. Uma questão fundamental, principalmente para os alunos das famílias carentes, é a creche. Outro, a pré-escola. Já está amplamente comprovado, particularmente pelo trabalho de James Heckman, prêmio Nobel de Economia, que a intervenção para reduzir as defasagens educacionais é tão mais eficaz quanto mais prematura ocorrer.
Em termos quantitativos, o Brasil tem feito progressos nessa área. O porcentual de crianças de 4 e 5 anos na pré-escola subiu de 40% para 75% desde a década de 90. Menezes nota que é animador o fato de que, em Estados do Nordeste como Piauí e Ceará, aquele proporção chega a 90%.
Veloso observa, entretanto, que os estudos de Heckman indicam que não basta ter creches, que muitas vezes não passamde “depósitos de criança”. É preciso uma intervenção bem planejada, com professores treinados para estimular crianças pequenas.
A lista de pendências na educação brasileira é grande, e inclui questões como a repetência, a qualidade dos professores, os cursos de pedagogia (excessivamente teóricos, na visão de Veloso e Menezes)e, no ensino superior, uma definição mais clara da estratégia – Ricardo Paes de Barros, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nota que o Pró-Uni, que distribui bolsas para pobres em universidades privadas, e a expansão da rede de universidades públicas, onde ricos têm mais facilidade de ingressar, são iniciativas quase contraditórias.
Existe ainda a questão dos gastos totais em Educação, que atingiram 4,7% do PIB em 2008, num grande avanço em relação aos 3,9% de 2005. Essa proporção deve aumentar, com a recente retirada dos gastos de educação da esfera remanejável pelo esquema da Desvinculação de Recursos da União (DRU).
Apesar da extensa e difícil agenda, há um relativo otimismo quanto às perspectivas da educação no Brasil, baseado exatamente na continuidade de política pragmáticas e orientadas por resultados, que prevalece desde a década de 90.
Menezes nota, porém, que ainda há muita gente na área de Educação que é contrária à cultura de avaliação, de indicadores e de comparar escolas. O maior risco, para ele, “é retroceder a uma política exclusivamente de demandas fáceis, como aumentar gastos com educação e salário de professores”. Isso não significa ser contra essas políticas, mas sim ter claro que a melhora da qualidade da educação está intimamente ligada à melhora da qualidade do gasto com educação.

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Ibop - Cid seria reeleito no primeiro turno

Se a eleição fosse hoje, o governador do Ceará, Cid Gomes seria reeleito no primeiro turno. 
Pesquisa do Ibop - instituto briguilino de opinião pessoal - divulgou pesquisa realizada nos dias 24/25 e 26. Os números são:
Cid Gomes [PSB] 60%
Lúcio Alcântara [PR] 26%
Marcos Cals [PSDB] 12%
Marcelo Silva [PV] 1%
Soraya Tupinambá [PSOL] 1%


O Ibop divulgará a margem de erro da pesquisa apenas na boca-de-urna.
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Doa-se um escândalo

Doa-se um escândalo. Está a disposição da inVeja, Rolha, Globoells e Restadão. Fiquem à vontade para expor e explorar em rádios, jornais, net e televisão...


AYRTON CENTENO
    É a doação do ano. Está à disposição de todos veiculos de comunicação um excelente escândalo. Em ótimo estado de conservação, quase sem uso. Ótima procedência, garantia de fábrica com reconhecida reputação na produção de escândalos de diversas modalidades, com direito a holofotes e alarme, porque escândalo sem visibilidade e alvoroço não tem graça. Acompanha um reboque porque quem compra o escândalo leva mais dois, três ou quantos quiser. Desempenho assegurado em qualquer plataforma: rádio, jornal, TV. Penalizado com a mídia, que anda matando cachorro a grito, pegando qualquer coisa para mimetizar em escândalo, proponho esta oportunidade imperdível.
    O escândalo fica um pouco fora de mão, no Rio Grande do Sul, mas vale a viagem. E o Brasil inteiro vai ficar de boca aberta para exclamar:
    “Isto sim é que escândalo!”
    Quem garante sua autenticidade é o Ministério Público Estadual. Não cavalga, portanto, palavra de ex-presidiário, estelionatário e receptador, um tipo de escândalo que anda por aí, convenhamos, de muito pouca classe. Já o escândalo gaúcho dispensa talento de ficcionista para ficar colando declarações aqui com fragmentos dali para tentar oferecer intelegibilidade às conspirações do aquário.
    Além do mais, é um escândalo flex. Opera por todos os lados: Executivo, Legislativo, Judiciário. Acha pouco? Então adicione a Polícia, o Ministério Público e a Imprensa. E até a Aeronáutica! Escândalo multiuso, com tração 4×4, trafega em qualquer terreno. Transita tanto pelas bordas do submundo do achaque e da proteção à contravenção quanto pelos salões palacianos onde o objetivo é violar sigilo e xeretar adversários políticos para garimpar, quem sabe, informações de alta octanagem eleitoral.
    Neste escândalo, turbinado tanto pela propina quanto pela arapongagem, o Executivo desempenha o papel de algoz e todos os demais são, quase sempre, as vítimas. O vilão pode estar na periferia de Porto Alegre extorquindo donos de bingo ou no centro do poder estadual espionando as vidas de políticos, procuradores federais, promotores de justiça, delegados de polícia, militares, jornalistas, advogados e empresários.
    Quem espiona é a Casa Militar. É um desvirtuamento torpe de um aparato, o Sistema de Consultas Integradas, direcionado para vasculhar segredos de opositores. E, em vários casos, até de suas famílias. O que inclui crianças… 
    É uma crise que bate à porta da governadora Yeda Crusius – a primeira e cataclísmica experiência de gestão tucana no Rio Grande do Sul. Em questão de duas semanas rolaram três cabeças coroadas do seu governo – o chefe da Casa Militar, o chefe do Gabinete de Segurança Institucional e, por último, o chefe do Gabinete da própria governadora. Mas o escândalo continua caminhando na sua direção. 
    “Polícia política” e “central de espionagem” são termos que o ex-ouvidor da Segurança Pública usa para definir as operações flagradas no coração do governo gaúcho. Aliás, ele classifica singelamente a governadora como “a mandante”. Existe algo mais apetitoso para uma mídia que gastou os últimos oito anos se esfalfando atrás de grampos sem áudio, fichas falsas e de um “Estado policial”? Além de um ex-ministro de Lula, de um senador da república e de cinco deputados, a espionagem alvejou muito mais gente. Nem o empresário Jayme Sirotsky escapou. 
    Presidente emérito do grupo RBS, Sirotsky é um dos notáveis da Sociedade Interamericana de Imprensa. Sabe-se lá o que representa quebrar o sigilo de um dos próceres da SIP, congregação de diuturna militância contra as ameaças, reais ou imaginárias, à liberdade de expressão? É ou não um escândalo supimpa?
    Porém, apesar de escândalo tão bem recomendado e apresentável está difícil negociá-lo. Será que silêncio tão embaraçoso – inclusive da honorável SIP, que costuma expelir moções de repúdio ao ouvir qualquer espirro de Chávez, aquele demônio – tem algo a ver com o fato da devassa ilegal de dezenas de vidas ilustres ser obra do PSDB? Estaria este pormenor na raiz das dificuldades no mercado da escandalização? Afinal de contas, é uma pauta preciosa. E preço não seria problema. Custaria apenas algum jornalismo.

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Porque Dilma

GILBERTO CARVALHO

Dilma, que tem, sobretudo, um coração sensível, pode levar adiante a reconstrução de nosso povo, para o bem da democracia plena e verdadeira
Porque queremos que esta nova luz que começou a brilhar no olhar de milhões de brasileiros, como sinal de afirmação humana e cidadã, continue a brilhar sempre mais.

Porque queremos que esta autoestima que se afirma no coração e na mente de um povo por tanto tempo humilhado e excluído se consolide e afugente para sempre o triste “complexo de vira-latas” que vitimou aqueles que diziam nos representar.

Porque sabemos que a chave e a questão mais profunda do atual debate eleitoral é esta: a emergência de uma nova consciência, de um novo posicionamento de milhões de pessoas mantidas até aqui cuidadosamente “em seu lugar”, destinadas apenas a reproduzir a riqueza e a reproduzir o pensamento, usos e costumes dos senhores e dos “formadores de opinião”.

O significado do governo deste presidente, que desconcerta tanto os seguidores dos velhos manuais, vai muito além do novo posicionamento do Brasil na comunidade internacional; vai muito além da implementação deste modelo econômico que nos permitiu crescer e ao mesmo tempo distribuir renda e retirar milhões da miséria.

Vai muito além dos benefícios sociais e de tantas conquistas obtidas pelas maiorias e minorias marginalizadas, levando mais de 30 milhões de brasileiros a ingressar na classe média.
Todas elas são, por certo, muito importantes e constituem base material que assegura o apoio ao presidente e a seu governo, mesmo após anos seguidos da mais dura e absolutamente livre crítica, muitas vezes infundada, desrespeitosa e eivada de vil preconceito.

Na verdade, o significado mais profundo do exercício do governo por este “sobrevivente da tribulação”, com todos os seus limites e erros, é esta ruptura que ocorre quando a população percebe que “um de nós” mostra ser possível ultrapassar muros antes intransponíveis.

Porque esta relação com um presidente que representa as maiorias não só por ter sido eleito mas por “ser um dos nossos” produziu no nosso povo um fenômeno inédito, de identificação que teve consequências de difícil avaliação.

Porque esta identificação não ficou apenas na simples contemplação, mas na assunção efetiva de um novo papel que as grandes maiorias passaram a exercer.

Essa gente começa a ocupar seu novo lugar e a exigir a vigência de uma democracia verdadeira, em que novos direitos são conquistados e partilhados, sem guerras, mas com muita firmeza.

Esse povo começa a pisar em terrenos antes proibidos, do Palácio do Planalto às poltronas dos aviões, dos supermercados e lojas de eletrodomésticos às universidades, teatros e cinemas… Essa gente começa a pensar com cabeça própria. E aí não tem volta.

É, de fato, muito difícil para a casa grande, particularmente para seus áulicos, admitir que a senzala se moveu e que não se sabe onde isso pode parar. Isso explica a raiva destilada em tantos textos de iluminados e donos da verdade… É justamente este processo do nosso povo, com o qual sempre sonhamos, e que apenas começa, que queremos ver continuar… E Dilma, que não tem um projeto pessoal, mas que se entrega a um projeto coletivo; Dilma, que tem toda a energia deste povo com quem passou a conviver; que tem grande competência, forjada em tantos anos de trabalho, e que tem, sobretudo, um coração sensível, pode levar adiante esta reconstrução de nosso povo e do nosso país.

Para o bem da democracia plena e verdadeira. Para o bem da paz social, do respeito aos direitos de todos e para a queda de tantos muros que até aqui separam irmãos. Por isso, Dilma!
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The Independent: Serra, enfadonho. Dilma, extraordinária!

Transcrevo artigo do jornal inglês The Independt
por Hugh O’Shaughnessy

A mulher mais poderosa do mundo começará a andar com as próprias pernas no próximo fim de semana. Forte e vigorosa aos 63 anos, essa ex-líder da resistência a uma ditadura militar (que a torturou) se prepara para conquistar o seu lugar como Presidente do Brasil.

Como chefe de estado, a Presidente Dilma Rousseff irá se tornar mais poderosa que a Chanceler da Alemanha, Angela Merkel e que a Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton: seu país enorme de 200 milhões de pessoas está comemorando seu novo tesouro petrolífero. A taxa de crescimento do Brasil, rivalizando com a China, é algo que a Europa e Washington podem apenas invejar.
Sua ampla vitória prevista para a próxima eleição presidencial será comemorada com encantamento por milhões. Marca a demolição final do “estado de segurança nacional”, um arranjo que os governos conservadores, nos EUA e na Europa uma vez tomaram como seu melhor artifício para limitar a democracia e a reforma. Ele sustenta um status quo corrompido que mantém a imensa maioria na pobreza na América Latina, enquanto favorece seus amigos ricos.
A senhora Rousseff, a filha de um imigrante búlgaro no Brasil e de sua esposa, professora primária, foi beneficiada por ser, de fato, a primeira ministra do imensamente popular Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ex-líder sindical. Mas com uma história de determinação e sucesso (que inclui ter se curado de um câncer linfático), essa companheira, mãe e avó será mulher por si mesma. As pesquisas mostram que ela construiu uma posição inexpugnável – de mais de 50%, comparado com menos de 30% – sobre o seu rival mais próximo, homem enfadonho de centro, chamado José Serra. Há pouca dúvida de que ela estará instalada no Palácio Presidencial Alvorada de Brasília, em janeiro.
Assim como o Presidente Jose Mujica do Uruguai, vizinho do Brasil, a senhora Rousseff não se constrange com um passado numa guerrilha urbana, que incluiu o combate a generais e um tempo na cadeia como prisioneira política.

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