Goldman de olho na abstenção

enviado por Stanley Burburinho

Alberto Goldman acaba de dar sua contribuição para que a eleição do dia 31 tenha uma abstenção menor: mudou a data do Dia do Funcionário Público. Originalmente, cairia no dia 28, uma quinta-feira. 
Num decreto publicado hoje no Diário Oficial, Goldman transferiu “as comemorações do Dia do Funcionário Público” para segunda-feira, dia
11.

Na verdade, Goldman evita, assim, o superferiadão que ameaçava atrapalhar a vida de José Serra em São Paulo: afinal, a eleição já cai no meio do feriado de Finados. Se juntasse o tal Dia do Funionário Público com Finados daria quase uma semana de dolce far niente para os 650 000 funcionários públicos e seus familiares.

Oficialmente, Goldman justifica a transferência como “conveniente para o servidor público e para a Administração Estadual”.

http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/eleicoes-2010/decreto-de-goldman-evita-superferiadao-em-sp-no-meio-da-eleicao/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+radar-on-line+(Lauro+Jardim)
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Itamar Franco e Aécio não caem na do José Serra não

Itamar aconselhou:
Serra seja mais Serra, e menos marketeiro. 

Aécio aconselhou:  
Serra defenda as privatizações [privatarias] que você e FHC patrocinaram. 
Tudo a ver com a charge
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Urariano Motta - Carta para o jovem eleitor brasileiro



Eu estava sem saber o que escrever nesta quarta-feira, ainda de ressaca das eleições do último domingo. Estava  como na canção de Zeca Baleiro
“Mais sem graça/
Que a top model magrela/
Na passarela/
Eu tava só/
Sozinho!/

Mais solitário/
Que um paulistano/
Que um canastrão/
Na hora que cai o pano/
Tava mais bobo/
Que banda de rock/
Que um palhaço/
Do circo Vostok...”


O sentimento interno era de quarta-feira cinzenta, embora o sol no jardim, no céu azul,  fizesse e faça um absurdo contraste entre a paisagem física e o que vem dentro do peito.  Com tanto canto de pássaro, com tantos sininhos que passam a anunciar sorvete, pra quê sofrer, ou como lembrava Vinícius, “pra quê sofrer / Se há sempre um novo amor / Em cada novo amanhecer”? Nem precisava dizer, mas sou obrigado, porque ao escrever tenho que ser claro, mais límpido e vivo que o sol agora na rua: estava triste, sem explicação ou norte para o comportamento eleitoral de parte dos jovens no último domingo. Chateado, para dizer o mínimo, porque esperava uma votação majoritária, eloquente, expressiva, para a candidata Dilma

Para quem já foi professor de jovens, e de muitos deles ou quase todos de área de risco, porque todo jovem sempre está em área de risco, material ou de angústia... Se me entendem,  para quem tem filhos na idade dos 20, ou que acompanha os conflitos a ponto de explosão dos filhos de  amigos que não adotaram a tática da conformação... Se me entendem, foi como uma traição dentro de casa, dentro do coração, para um bem muito precioso, tão ou mais importante que a vida. O dado objetivo, exterior, de cumprimento de dever eleitoral, cheio de pesquisas e números não nos atinge. Mas as pessoas em quem mais acreditamos, os que vêm depois de nós neste barco e jornada, sim.      
Eu não quero ver você cuspindo ódio / 
Eu não quero ver você fumando ópio, pra sarar a dor /
Eu não quero ver você chorar veneno...”


Zeca Baleiro nos vem porque no domingo o ouvimos muito, quase como uma premonição do que viria. “O melhor futuro este hoje escuro”, ouvíamos, apesar da onda do mar a bater no arrecife, no sol da tardinha. Já na jovem caixa do supermercado, já nas notícias dos filhos nas salas de aula, vinham notícias de que Dilma não era majoritária. Por quê? Quando chegaram os resultados finais, para nosso espanto descobrimos que jovens classe média, jovens evangélicos, outros jovens, pegaram outro rumo. Por quê? Onde foi que erramos?

Então me chega um telegrama, na forma de email, do professor Otaciel Oliveira: “É preciso ter morado em Água Fria, saber o que foi o golpe de 64 e quem o patrocinou, e ler coisas que puxam pelo raciocínio. A juventude atual  tem a leitura como um passatempo". Isso mudou o meu dia, assunto e texto, porque exatamente ontem recebi a notícia de que Ivan, um grande amigo de infância, havia falecido, louco,   gordo e sem memória. O espaço não dá para contar a sua tragédia, mas uma breve informação sobre ele podem ver aqui Clique aqui
Recebi a notícia e fiquei sem espaço, calado até há pouco, até este minuto, porque não havia ambiente entre os jovens meus filhos, entre os jovens filhos dos meus amigos, para esta breve tragédia, de um jovem como eles destruído pelo golpe militar, no primeiro de abril de  1964. “Naqueles anos, um rapaz de futuro era um rapaz que gostava de ler, de perguntar, de argumentar. De futuro também era Ivanovitch. Dos seis filhos de seu Joaquim ele era o mais brilhante: gostava de matemática, de química, de física, de política, de filosofia, de romance, lia como um animal que tem fome de letras. E sempre a sorrir...”. Agora, com a mensagem do professor Otaciel, fiz o link, entre o que fomos e o que vemos, e por isso me reconcilio com Ivan e com o presente.

Eu não sabia até antes destas linhas o que dizer, o que queria dizer, o que ia dizer. Mas agora já não estou mais bobo que palhaço do circo Vostok. Porque digo enfim: não permitam, jovens, a volta daqueles tempos de  ódio, de destruição, tão bem representados na candidatura Serra. Não permitam, não permitiremos.
Agora posso me levantar em paz, porque, como canta Zeca  Baleiro, fazendo uma citação de Dolores Duran e Jobim:


Me dê a mão vamos sair/
Pra ver o sol!”



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Brasil, nenhum passo atrás

O Brasil vive um dos melhores – senão o melhor – período econômico de sua vida republicana. Nunca fomos tão exitosos em todas as nossas iniciativas no campo produtivo: a agroindústria ocupando um lugar de destaque no cenário econômico, o comércio vendendo como nunca dantes, o desemprego apresentando números insignificantes, a inflação despencando a cada novo exercício, a infra-estrutura do país passando por notável ampliação e nosso território transformado em um canteiro de obras.
Não foi fácil para o presidente Lula, ao assumir o poder no início de 2003 e encontrar um país dilacerado pela decadência econômica, o sucateamento do parque industrial, a desmoralização das instituições e um descrédito internacional absurdo. A herança do governo de FHC era mais do que maldita: era quase impossível de ser administrada. Pois com talento político, competência gerencial e imensa serenidade, Lula e sua equipe domaram o monstro da convulsão social e econômica e deram partida a um projeto vitorioso de mudança nas bases da então combalida sociedade brasileira. Vínhamos de três quebras sucessivas, quando o Brasil foi à bancarrota e integrou o rol dos países desmoralizados perante o mundo desenvolvido e sem credibilidade perante os mercados internacionais, os investidores e, mesmo, frente à opinião pública mundial.
Mudamos para melhor, para muito melhor. Trocamos a desmoralização pelo prestígio. Deixamos a decadência econômica por um lugar de destaque entre os países que já estão desenhando o século XXI. Se éramos desacreditados sob a égide do governo dos tucanos, com o advento do governo Lula e o seu indiscutível sucesso, hoje somos a aposta certa dos que tem visão e descortino.
O governo do presidente Lula conseguiu a façanha de reativar nossa vida econômica sem reacender o processo inflacionário. Desmistificou a cantilena dos tucanos de que os salários eram geradores da inflação e, portanto, deveriam continuar achatados como nos oito anos de Fernando Henrique , Pedro Malan e José Serra. Lula mais do que dobrou o salário mínimo e nossa economia está distante milhares de léguas do menor sinal de aumento de preços e retorno dos tempos inflacionários do PSDB no governo federal. O presidente Lula, assessorado por Guido Mantega e Henrique Meirelles, tem assegurado política econômica firme e com sólidas bases para que o país siga adiante. Existe uma tranqüilidade do mercado e um nível de confiança da sociedade absolutamente impensáveis nos anos infames do tucanato.
O governo Lula mostrou que a economia pode e deve ir bem conjuntamente com uma sociedade atendida em seus reclamos mais legítimos e em suas necessidades mais evidentes. Essa foi e é a enorme diferença entre os governos do PT e o estilo demo-tucano de administrar: tudo deve girar em torno do objetivo de se governar pelo povo e para o povo, não subordinando a sociedade às metas econômicas emanadas de organismos internacionais como o FMI, mas, sim, das necessidades, anseios e reclamos de nossa população.
É impossível a construção de uma sociedade moderna, justa, democrática e lastreada por economia desenvolvida e pujante, sem que se administre o país com um projeto de Nação, com visão de Estadista e comprometimento com a boa governança. O presidente Lula modificou a face do Brasil, tornando-o mais moderno, mais justo, mais desenvolvido e mais democrático ao realizar tão complexa e necessária equação. Conseguiu angariar prestígio popular inédito com severidade na política econômica. Logrou comandar o maior e mais bem-sucedido processo de redistribuição de rendas sem esgarçar o tecido social ou provocar qualquer ruptura em nossa sociedade. Estabeleceu novos paradigmas na vida social e política, como o de que o Brasil pode e deve estender a mão forte do Poder Público para a cidadania carente, retirando quase 30 milhões de brasileiros da pobreza absoluta e elevando-os à nova categoria social, incorporando imensa massa consumidora à classe média. O humanismo do presidente Lula,coadjuvado por políticas econômicas e sociais realistas e sem vezo demagógico ou eleitoreiro, modificou profundamente as estruturas de nossa sociedade. O Brasil hoje é outro e mudou para muito melhor.
É o caso de se perguntar: qual a razão dos antecessores de Lula não terem operado tamanhas mudanças, tão necessárias para nosso país e seu povo? A resposta é dura, mas é simples: não quiseram, não criaram as condições necessárias, não se dispuseram a incluir socialmente os milhões de irmãos nossos que viviam às margens do processo produtivo, da vida social e política do Brasil. Não acreditaram na força do povo, prestando vassalagem às piores perversões de uma minoria elitista e reacionária, e perderam o bonde da história. Além de atrasarem por algumas décadas o progresso do país latino-americano mais vocacionado para se tornar uma superpotência. Mas isso é passado, e o Brasil é presente e futuro. Futuro, principalmente.
Quem apostar na decadência do país, ou no retrocesso social, quem achar que os brasileiros permitirão que sejam usurpadas as conquistas alcançadas durante os dois históricos mandatos do presidente Lula, estará cometendo grosseiro erro de avaliação. O futuro que se nos apresenta é espetacular e está sendo construído com garra, decisão política e trabalho duro.
Estamos vivendo um processo eleitoral onde é fácil identificar de que lado está a verdade. E por isso Dilma Rousseff teve impressionante e consagradora votação e caminha para a vitória no segundo turno da disputa presidencial. E tão fácil quanto, é enxergar imenso retrocesso nas práticas políticas de nossos adversários, fomentando mentiras, disseminando boatos e reescrevendo biografias com pura lama.
As forças do mal serão derrotadas, como o foram em 2002 e 2006 pelo presidente Lula e seus aliados. O Brasil não pode dar um passo atrás. O Brasil não quer voltar ao desemprego, inflação e endividamento externo. O Brasil não quer retroceder, retornar ao passado e renunciar aos seus melhores anos.

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Dois pesos, e quantas medidas?

Infeliz daquele que prega uma moral que não pratica!

O Restadão diz que está sob censura e critica o judiciário. E de repente, não mais que direpente demite colunista que teve o atrevimento de elogiar Lula e defender o direito dos eleitores pobres votarem em quem quiser. Leiam abaixo a entrevista:
Terra Magazine – Maria Rita, você escreveu um artigo no jornal O Estado de S.Paulo que levou a uma grande polêmica, em especial na internet, nas mídias sociais nos últimos dias. Em resumo, sobre a desqualificação dos votos dos pobres. Ao que se diz, o artigo teria provocado conseqüências para você…
Maria Rita Kehl – E provocou, sim…
- Quais?
- Fui demitida pelo jornal O Estado de S.Paulo pelo que consideraram um “delito” de opinião.
- Quando?
- Fui comunicada ontem (quarta-feira, 6).
- E por qual motivo?
- O argumento é que eles estavam examinando o comportamento, as reações ao que escrevi e escrevia, e que, por causa da repercussão (na internet), a situação se tornou intolerável, insustentável, não me lembro bem que expressão usaram.
- Você chegou a argumentar algo?
- Eu disse que a repercussão mostrava, revelava que, se tinha quem não gostasse do que escrevo, tinha também quem goste. Se tem leitores que são desfavoráveis, tem leitores que são a favor, o que é bom, saudável…
- Que sentimento fica para você?
- É tudo tão absurdo…a imprensa que reclama, que alega ter o governo intenções de censura, de autoritarismo..
- Você concorda com essa tese?
- Não, acho que o presidente Lula e seus ministros cometem um erro estratégico quando criticam, quando se queixam da imprensa, da mídia, um erro porque isso, nesse ambiente eleitoral pode soar autoritário, mas eu não conheço nenhuma medida, nenhuma ação concreta, nunca ouvi falar de nenhuma ação concreta para cercear a imprensa. Não me refiro a debates, frases soltas, falo em ação concreta, concretizada. Não conheço nenhuma, e, por outro lado..
- …Por outro lado…?
- Por outro lado a imprensa que tem seus interesses econômicos, partidários, demite alguém, demite a mim, pelo que considera um “delito” de opinião. Acho absurdo, não concordo, que o dono do Maranhão (Senador José Sarney) consiga impor a medida que impôs ao jornal Estado de S.Paulo, mas como pode esse mesmo jornal demitir alguém apenas porque expos uma opinião? Como é que um jornal que está, que anuncia estar sob censura, pode demitir alguém só porque a opinião da pessoa é diferente da sua?
- Você imagina que isso tenha algo a ver com as eleições?
- Acho que sim. Isso se agravou coma eleição pois, pelo que lês me alegram agora, já havia descontentamento com minhas análises, minas opiniões políticas.
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Direitos iguais?

Clique para AmpliarAgora, depois da eleição o TRE de São Paulo, descobre que Tiririca é analfabeto e quer anular o voto de mais de hum milhão e trezentos mil brasileiros que o sufragaram nas urnas?... 
Alegam que é analfabeto. 
Ele pode trabalhar, pagar impostos, votar mas não pode ser votado. 
Que direitos iguais são estes que estão na constituição?...
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Marina ataca e ironiza José Serra e PV

Em reunião fechada com aliados, a candidata derrotada do PV à Presidência, Marina Silva, atacou ontem a gula de dirigentes do partido por cargos e afirmou que não vai "se apequenar´´ nas negociações do segundo turno.

Ela se mostrou irritada com a intenção do núcleo da campanha de José Serra (PSDB) de oferecer quatro ministérios em troca do apoio do PV.

Em tom de ironia, Marina criticou o fisiologismo de parte da cúpula verde, sugerindo que a oferta seria alta demais para alguns dirigentes de seu partido. "Quatro ministérios pro PV... Caramba! Do jeito que tem gente aí, basta pensar num conselho de estatal, já estaria muito bom. Certo? disse ela. 

A senadora reclamou do assédio a aliados e prometeu não curvar à "velha política", referindo-se à oferta de espaço no futuro governo. "Quem estiver oferecendo cargo não entendeu nada do que as urnas disseram. As pessoas que votaram na gente têm uma coisa de postura, de valores que foi identificada. Isso deve ser mantido como referencial", disse.

Ela afirmou que os 19,5 milhões de votos no primeiro turno aumentaram sua responsabilidade e insistiu que ela e seus apoiadores não podem "se apequenar". Continua>>>

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