por Zé Dirceu

A hipocrisia e o cinismo sem fim dos EUA
Através de um porta-voz da Casa branca, lá vem os Estados Unidos de novo com a história de que estudam impor sanções contra o governo da Síria, em resposta aos "ataques brutais" contra as manifestações de opositores do regime do presidente-ditador Bashar al Assad, no poder há 11 anos (desde 2000).
A justificativa, mais uma vez vem embalada no pretexto de defesa da vida de civis. Grupos de direitos humanos dizem que as forças de segurança - na verdade, pistoleiros da repressão comandada por Assad - mataram mais de 350 civis desde o início dos protestos em Deraa, no dia 18 de março pp.

Pelo menos 1/3 destas vítimas, aliás, morreu nos últimos 4 dias, com o recrudescimento da rebelião que se alastrou para a Capital, Damasco, e por todo o país, e que o ditador, agora,  passou a combater, com tanques de guerra.

Os EUA nunca tiveram antes a preocupação com os direitos humanos dos opositores, ou de "salvá-los" nos 11 anos em que Assad governa com mão de ferro o país, nem nos 30 anos (1970-2000) em que seu pai Hafez al-Assad foi ditador na Síria.

Ambos conduziram regimes que, se não eram aliados e nem amigos próximos dos EUA, também não eram opositores que incomodavam. Como se vê, então, o comportamento dos Estados Unidos e da Europa - esta, também, indiferente à sorte dos sírios até agora - não passa de um atestado contundente de que ambos só estão interessados nos seus negócios e aliados estratégicos (vejam nota).

O demolidor de mitos

A poesia do Poeta de Meia-Tigela se alicerça sobre os escombros da mitologia lhe incutiram ao longo dos anos mas que ele preferiu escrafunchá-la nesse seu mais recente livro. O livro tem como título "Concerto nº 1nico em mim maior para palavra e orquestra. Poema". Ainda tem um subtítulo "Combinação de realidades puramente imaginárias". Fica assim o leitor, logo de início, encafifado com essa volúpia verbal que parece não dizer nada mas termina por dizer tudo.

O primeiro mito que ele destrói é o seu próprio nome sacralizado na pia batismal e referendado no cartório de registro civil. Como não foi nome da sua escolha, ele então mudou para Poeta de Meia-Tigela. Só há um momento do livro em que aparece seu nome oficial: Alves de Aquino. Mesmo assim, o primeiro não aparece. Após esse desfazimento da veste antiga, ele começa fustigando Shaskepeare no seu "Sonho de uma noite de verão", e tange Dante das profundas dos infernos às delícias do paraíso no mesmo itinerário do poeta Virgílio no momento do seu resgate. Isso tudo levando a tiracolo Antônio Conselheiro e a procissão de seus beatos. E pode não ser nada disso, mas sugere.

Meia Tigela é um poeta semiótico. E quem não é? Mas no caso dele os signos verbais são transformados em não verbais através da desconstrução que opera sobre metáforas cansadas de tanto uso. Ele dilapida conteúdos, destrói fórmulas e endoida leitores.

Não é bobo, no entanto, esse poeta de tigela e meia. Chamou logo para prefaciar seu livro o professor Sânzio de Azevedo, maior conhecedor da Literatura Cearense e exímio desmontador de formas e fórmulas poéticas. Por isso que o professor Sânzio ficou "Antes dos Versos", diante da parafernália literária que Tigela derramou ao longo das 343 páginas do livro que a Expressão Gráfica Editora teve coragem de editar. Afinal, nem Osman Lins tanto ousou.

Para posfaciar esse seu libelo poético, ele conseguiu a adesão de Nilto Maciel, guru dessa mais recente geração de escritores cearenses. Nilto o classifica, acertadamente, logo no título, de "Vampiro". Depois verifica que para ler esse "Concerto" é preciso participar da brincadeira, do jogo que o poeta instaura. Para entrar nesse jogo é preciso entender de brinquedos verbais. Nesse comportamento lúdico, Nilto Maciel, diferentemente de Sânzio de Azevedo, deixou de lado a forma para mergulhar no conteúdo, fez muito mais uma análise no nível da metáfora. É aí que constatamos, como diz o crítico, que essa desconstrução tigeleana começa da mitologia grega e vem ao horóscopo dos jornais atuais.

Meia Tigela dilapida velhas construções à moda Alcides Pinto, Carlos Emílio Correira Lima e Gerardo Melo Mourão. Ao mesmo tempo reconstrói a seu modo a terra arrasada, inclusive fustigando a alienação ortográfica a que se submetem escritores tradicionalistas. Modifica a grafia dos vocábulos, dando-lhes uma forma mais convincente que aquela que eles oficialmente portam. Quando ele escreve "abissurdo" está bem mais próxima a grafia do seu som, do que na versão dicionarizada. O mesmo acontece com "iguinora" e com outras palavras dos poemas. Fica então patenteada sua vocação motivadora de signos. Desconstruir arbitrariedades verbais é dar uma função metalinguística inovadora às palavras.

A partir dessas desconstruções, pode-se pensar enganosamente que a função de sua poética é apenas deletéria daquilo que por aí está posto. Ledo engano de quem assim pensar. Meia Tigela tem o domínio dos versos nas suas feições mais tradicionais. No segundo movimento de seu "Concerto", quando ele trata de "Os prisioneiros", é impressionante o seu domínio do soneto clássico. "Achando pouco tal demolição", seu estro se volta para a confecção de sonetos clássicos de forma decassilábica até em rimas ABBA, ABBA CDC DCD como em "De virtude", um poema lapidado à beira da perfeição. É aí onde o leitor precisa parar e se extasiar com a eloquência do poeta.

Até sua depressão é eloquente. Afinal, é no seu momento de melancolia quando entra em cena o vampiro enfadado de dar conselhos. É então que todo um vocabulário é posto de oitiva para servir à tristeza: "merencório", "penseroso", "esquizofrênico", "misantropo", "anacoreta", "tartamudo", "macambúzio", "encabulado", "abirobado", "atarantado", "azarado", "songamonga", "mocorongo", "nefelibata", "rastaquera", "sotrancão", "estercorário" e por aí vem uma desvampiragem escorrendo pela eloquência de uma autoestimada zerada. Essa insônia constipada que vê a porta mas não vê a chave, se esvai pelas frechas e contamina o leitor, levando-o também a essa "vidinha solidã".

Esse livro do Poeta de Meia-Tigela é tão contaminador que o próprio autor a certa altura de sua trajetória criou um compartimento chamado de "Mantenha Distância". Depois ainda prega o aviso: "Este poema está temporariamente programado para não receber chamadas". Mais adiante ele chega a suplicar: "Leitor amigo, por que insistir em ler? Quando bastaria me olhasses adentrolhos?" Essa tentativa de afastar a aproximação do leitor da sua poesia é pura ciumeira. Depois da obra pronta, beirando a perfeição, o poeta se narcisa, se enamora do que fez, à sua imagem e semelhança, convence-se de que criou uma bela obra de arte e agora não quer dividir o prazer de possuí-la com seu concorrente leitor. Isso tudo mostra que esse Poeta de Meia-Tigela é poeta de muitas tigelas e meias.

A intimidade precisa ser bem cuidada

Os tempos mudaram, é verdade, mas a idéia de um casal (jovem ou velho),com compromisso 
sério ou nem tanto, ser displicente com aparência na intimidade é muito triste. De modo 
geral, tanto homens como mulheres, no início de seus relacionamentos, costumam dar aquela 
caprichada" no visual. Eles não poupam esforços para ficar mais atraentes. Nessas horas vale 
tudo: roupas íntimas novinhas, depilação em dia, perfume, sabonete cheiroso. É o momento 
do investimento.

As mulheres não fogem a regra, até as que podemos definir como mais desencanadas querem 
no fundo sentir-se atraentes.
Batom, rímel, lingerie ousada, sapatos de salto, perfumes, qualquer coisa é útil quando se 
está interessada em alguém.
O gostoso disso é que somos todos iguais. Afinal, a preocupação com a estética faz parte do 
jogo 
da sedução.
Com o tempo, à medida que aumenta a intimidade,  a relação vai perdendo a cerimônia e 
diminui 
a preocupação do casal com a estética.

O difícil é entender que se isso faz parte da vida para que tanta propaganda, métodos e 
produtos para melhorar a aparência? Será que é só para dar conta dos "sem-compromisso"? 
Pouco provável. A intimidade que traz conforto para o espírito, sentimento de proteção 
e mais um monte de coisas boas para o relacionamento, pode também ser a grande vilã 
em muitos relacionamentos.
A maioria das mulheres quando deixa uma relação estável precisa refazer sua gaveta de 
roupas íntimas. Em geral, só tem peças gastas e sem charme. Com os homens é a mesma 
coisa. Será que é preciso esperar uma separação para que eles começam a dar importância 
para aparência, comprar roupas novas e entrar em dieta? Apesar de estranho, a intimidade 
faz os casais perderem o pudor, até que passam a ficar em casa de qualquer jeito. Aceitar 
que isso acontece passa a significar uma prova de amor, mas não é.

De alguma forma, os casais se esquecem do que faziam antes para agradar o companheiro. 
Esquecem dos banhos intermináveis, de escovar os dentes toda hora para ficar com o hálito 
fresquinho e de andar sempre cheiroso. Quem acha que pensar nisso é bobagem pode acabar 
levando um grande susto. Com medo de ofender, nem sempre o parceiro fala o que pensa. 
Aí um dia, sem mais nem menos  recebe um comunicado: "Fui".
Para quem acha que vale a pena mudar o final do filme é bom estar sempre pronto para uma 
alteração de roteiro. Para isso, seguem algumas dicas:
 
• Relação nenhuma sobrevive a bafo de onça, chulé, cecê e outras coisitas mais: A higiene 
pessoal tem que estar sempre em dia. Vale a pena gastar com sabonete, desodorante, pasta 
de dente e etc. Afinal, nesse roteiro, nada tem hora para acontecer.

 
• Roupas íntimas sempre em dia. Alças, calcinhas ou cuecas: largas, manchadas, encardidas, 
judiadas ou sem combinar devem ser jogadas no lixo. Só para lembrar, dizem as más línguas 
que os homens detestam lingerie bege.

 
• Se trocar de roupa para ficar em casa: Não vista a mais velha, furada ou super larga! 
Coloque uma confortável, mas que lhe caia bem. Imagine que um ex ou uma ex-namorada 
pode a qualquer momento tocar a campainha. A última coisa que qualquer um ia querer ouvir 
é: "Nossa, ainda bem que não deu certo".
 

• Preserve a sua intimidade: Usar o banheiro os dois ao mesmo tempo só se for para tomar 
banho junto ou passar creme no corpo, para as outras coisas o melhor é fechar a porta.
 
• Quem usa camiseta ou pijama para dormir cuidado, com o tempo o que era uma graça fica 
um terror: Mulheres com mais de 30 anos de pijama com motivo infantil ou homem com o 
pijamão xadrez não estão livres de receber um PT (Perda Total) do companheiro. Não 
precisa cair no sexy, as lojas estão cheias de pijamas confortáveis e modernos. De resto, é 
sempre bom lembrar: Para que dure, uma relação precisa além do amor e respeito de uma 
boa pitada de sal. Use bem a intimidade e divirta-se!

Cultura

[...] aquilo que é nosso

A partir de amanhã, o seminário Cultura em Debate, promovido pela Prefeitura Municipal de Fortaleza, discute perspectivas e realidades em torno do patrimônio material e imaterial da cidade
Ao falarmos em patrimônio da cidade ou do Estado, logo associamos o termo a prédios antigos, lugares históricos e edificações tombadas. Contudo, pouco se sabe, de fato, o que é um bem tombado, qual a importância de se eleger patrimônios locais e quais os critérios utilizados na escolha desses lugares, pessoas ou práticas

Diante das significativas mudanças que a cidade de Fortaleza vem sofrendo, em função, sobretudo, da escolha da Capital como uma das sedes da Copa 2014, este aparenta ser um momento crucial para discutir a importância de se preservar o que é nosso, aquilo que conta a história da nossa sociedade. 

A partir de amanhã, pesquisadores, autoridades públicas e membros da sociedade se reúnem no “Seminário Fortaleza Cultura em Debate”, encontro cujo tema central será o patrimônio: planejamento urbano, políticas culturais de incentivo, educação patrimonial para a sociedade e desenvolvimento socioambiental são alguns dos assuntos postos em pauta. O evento, promovido pela Secretaria de Cultura de Fortaleza, a Secultfor, acontece no auditório do Centro Cultural Dragão do Mar.

Gestão popular
Um dos temas em questão durante o evento será a importância da participação popular. Sobre isso, desde abril de 2008, uma lei que normatiza os mecanismos de proteção ao patrimônio de Fortaleza considera imprescindível a atuação da sociedade para a preservação dos bens. 

Assim, os cidadãos não apenas têm o dever de mantê-los, mas também o direito de fazer pedidos de tombamento. Para o mestre em Patrimônio Cultural pelo Programa de Especialização em Patrimônio (PEP/Iphan), João Paulo Vieira Neto, mais do que o tombamento por decreto, são necessárias ações que sensibilizem a população, promovendo o que se entende como uma educação patrimonial.

“Ao invés de envolver as populações nos processos, o poder público, geralmente, age de forma isolada. Isso causa um problema porque, algumas vezes, se impõe aos cidadãos a importância de um bem que não é sequer conhecido por eles. É necessário, portanto, que se faça uma consulta para que as pessoas possam indicar quais os bens que devem ser preservados”, diz.

João Paulo é um dos integrantes da segunda mesa redonda do evento “História, Memória e Educação Patrimonial”, que se inicia às 14h de amanhã. Coordenador do projeto Historiando, João Paulo foi requisitado pela Prefeitura para prestar consultoria acerca de dois museus comunitários que o governo municipal pretende criar, no Titanzinho e no Projeto Vila do Mar. 

O Historiando deverá justamente formar os cidadãos em noções de educação patrimonial, sensibilizando-os a gerir os museus de suas comunidades. O projeto é conhecido, entre outros, por ter-se envolvido no movimento popular que culminou no tombamento da Estação Rodoviária da Parangaba. A Estação seria destruída para a construção do Metrofor, mas foi mantida por pressão dos moradores do bairro. Segundo João Paulo, o fator preocupante das mudanças impostas pela Copa é a pressa em cumprir os prazos, que dificulta a consulta popular. “As obras estão com um prazo tal que não entra no cronograma perguntar para a sociedade a relevância dos bens que serão destruídos ou danificados no processo”, alerta o pesquisador. 

Valor do povo
Outro assunto importante na pauta do debate será a reflexão acerca dos bens imateriais. Para o ex-coordenador da Coordenação de Patrimônio Histórico-Cultural da Secultfor, André Aguiar, a divisão de patrimônios em materiais e imateriais já não comporta as estruturas e os fenômenos sociais, que devem ser resguardados pela sociedade. Em Fortaleza, o único bem imaterial tombado é a celebração religiosa da Igreja de São Pedro, conhecida como Igreja dos Pescadores, no Mucuripe.

Durante o seminário, André participa da última mesa “Políticas públicas e preservação do patrimônio cultural”. Nela, o pesquisador deve comentar as experiências das quais participou enquanto coordenador da CPHC e discutir o que atualmente tem sido seu projeto de doutorado: o tombamento da paisagem do Titanzinho. 

Ainda sobre isso, João Paulo, do Historiando, ressalta uma perspectiva importante: “Muitas vezes, protege-se bens das elites em detrimento dos populares. Casas de sobrado ao invés das casas operarias, igrejas em detrimento dos terrenos de umbanda. Certas comunidades podem não ter construído edificações imponentes, mas possuem ricas tradições, que merecem a preservação total”.

O evento segue durante todo o dia de amanhã e continua no dia seguinte. O prazo das inscrições encerra hoje. Para mais informações, basta consultar o site da Secultfor http://www.fortaleza.ce.gov.br/cultura . 

Fique por dentro
Bens de Fortaleza
Muitos fortalezenses desconhecem os bens materiais e imateriais da cidade. Na Capital, os decretos de tombamento começaram na gestão de Maria Luiz Fontenele, em 1986. Atualmente, há ao todo 15 patrimônios tombados em caráter definitivo e 13 provisórios. Dentre os mais conhecidos estão o Estoril, da Praia de Iracema, e a Ponte dos Ingleses. O que muitos não sabem é que os espelho de água das lagoas da Messejana e da Parangaba também são tombados, além do riacho Papicu e de suas margens.

Patrimônio em debate
Amanhã
8h às 9h30 – Mesa 1: Planejamento Urbano e Política Cultural: Avanços e Perspectivas, com Paulo Ormindo de Azevedo (Arquiteto, Professor da Universidade Federal da Bahia) 

9h45 às 11h15 – José Ramiro Teles Beserra (Arquiteto, chefe do escritório técnico de restauração Icó e Aracati) 
11h15 às 12h – Intervenções do público

12h às 14h – Almoço 

14h às 15h30 – Mesa 2: História, Memória e Educação Patrimonial, com João Paulo Vieira Neto (Mestre em Patrimônio Cultural e Coordenador do Projeto Historiando – Fortaleza)

15h45 às 17h15 – José Ricardo Oria Fernandes (Doutor em História da Educação pela Universidade de São Paulo e consultor legislativo da Câmara dos Deputados em Educação e Cultura)

17h15 às 18h – Intervenções do público 

Mayara de AraújoRepórter

Rio

[...] o filme cujo rabo balança o cachorro
Ao longo dos anos, o Rio de Janeiro e como conseqüência o Brasil, foram tratados pelo cinema internacional com uma visão recheada de caricaturas e estereótipos. Carlos Saldanha, é um carioca que parece se incomodar muito com esse fato. O incômodo de Saldanha é facilmente notado em Rio, a nova animação do diretor, que estreou mundialmente em Abril.
Em "Rio", Saldanha mostra um Brasil real, um Rio de Janeiro que, não fala espanhol, tem cientistas competentes, maravilhas naturais, um espetacular carnaval que não gira em torno dos atributos físicos femininos, pessoas simpáticas, boa culinária, crime organizado e favelas. Acredito que essa qualidade do filme acabou se tornando o seu ponto fraco, pois os demais elementos do filme acabaram ficando em segundo plano. É aquele velho ditado. Em "Rio" o cachorro não balançou o rabo. O rabo acabou balançando o cachorro.
O roteiro deixa muito a desejar em emoção e se tornou muito previsível. O que falta de clichês no "background" da história da arara azul, sobra no roteiro. Alguns vão dizer que isso não chega a ser um defeito pra avaliar um filme infantil. Eu concordaria se esse problema em Rio não fosse tão acentuado. Fica claro que, o que norteou o roteirista foi a preocupação exagerada em mostrar o Rio de Janeiro.
Forçaram tanto a barra que o ponto fundamental da trama é a necessidade dos bandidos atravessarem a Marquês de Sapucaí pra chegarem a um aeroporto, como se não houvesse uma alternativa. A questão é que a Sapucaí tinha que ser mostrada.
Esta gafe do roteirista, em colocar a Marquês de Sapucaí como rota única pra um destino carioca, contrasta completamente com o que o filme tem de mais forte, a fidelidade ao real. Por isso não pegou bem.
Além do mais, Shrek e Madagascar mostraram que é possível fazer cinema infantil com roteiros interessantes. E se me perguntam se vale a pena assistir? Claro que vale. É um filme leve, com boas músicas, algumas boas piadas e tecnicamente quase impecável. Faltou apenas o cachorro balançar o rabo.

O exemplo de Bush

Barack Obama viu que, se não fizesse guerra, como seu antecessor, perderia a eleição. Está bombardeando até o palácio de despachos do presidente da Líbia, por não ser submisso às ordens de Washington.

Impunidade
Então, Kadafi deve ser fuzilado como Saddam Hussein, não o ex-presidente do Egito, porque apenas empobreceu seu povo e foi subserviente aos Estados Unidos?

Vidas
Engraçado é que antes de declarar guerra à Líbia, Barack Obama, de olho na reeleição, justificou sua intervenção pelo interesse de preservar vidas árabes. E as que estão sendo fuziladas por reis, xeques e prepostos árabes de Washington? Não devem ser preservadas? E as dezenas de milhões de iraquianos assassinados pela máquina militar americana, sob o pretexto mentiroso de que o presidente do país detinha armas de destruição em massa?

Divisão
Isto quando ora se sabe que no ano anterior à declaração da guerra, a Inglaterra já tinha assegurado pelo governo dos Estados Unidos sua participação no petróleo do país que seria invadido e quase totalmente destruído?

por Cesar Maia

ECONOMIAS DA AMÉRICA LATINA: BOLHA PODE ESTOURAR!

Trechos de artigo de Andrés Oppenheimer no La Nacion e Miami Herald.

1. Estudos publicados durante as reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM) em Washington confirmam o que o bom senso deveria ter ensinado aos economistas há vários meses: existe um perigo real de que o atual ciclo de crescimento econômico da América Latina talvez não dure muito se medidas urgentes não forem tomadas.

2. O clima das reuniões na semana passada em Washington foi de nervosismo em relação ao futuro econômico da América Latina. Um documento interno do FMI intitulado "Gerenciamento de riqueza na América Latina para evitar a crise”, datado do dia 7 deste mês, começa com um diagnóstico sombrio: diz que a região está numa fase de "vento duplo favorável persistente, com risco de acabar abruptamente".

3. Explica que grande parte da atual prosperidade da região se baseia em duas circunstâncias externas extraordinárias – uma abundante liquidez global, que resulta em grandes fluxos de capital para a região, e um aumento nos preços mundiais das matérias-primas devido à demanda da China - que possivelmente não vão durar muito tempo. "A intensidade incomum dessas condições externas favoráveis podem dar lugar a uma acumulação de vulnerabilidades e um risco maior de uma súbita mudança” disse o estudo.

4. "As condições externas favoráveis podem ocultar vulnerabilidades subjacentes nas contas fiscais, financeiras e externas, assim como gerar uma possível complacência e exuberância''. Isso significa que muitos dos países da região estão gastando mais do que deveriam, tem moedas supervalorizadas e não estão se preparando para o futuro. O documento interno do FMI reflete a opinião de seus autores, mas seu autor principal é Nicolas Eyzaguirre, diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI.

5. Outro estudo, da Brookings Institution e publicado no início das reuniões do FMI e do Banco Mundial, também reflete temores sobre o futuro da região. O estudo de 80 páginas, intitulado "Perspectivas econômicas latino americanas", diz que "hoje, o reaquecimento e as pressões inflacionárias estão aumentando, e muitos reguladores financeiros estão se perguntando se o crédito interno já não está crescendo de maneira excessiva". Ele acrescenta que "uma área de especial interesse" no Brasil e em outros países da região, são os excessivos créditos bancários aos consumidores, que possivelmente nunca sejam pagos.

6. Mauricio Cardoso, coautor do estudo da Brookings, disse que há crescentes indícios de que os fatores externos que haviam beneficiado a América Latina podem desaparecer, além de tendências preocupantes dentro da região. A China, cuja aquisição de matérias-primas tornou-se o grande motor de crescimento da América do Sul, acaba de anunciar que vai reduzir sua meta de anual de crescimento. Além disso, é possível que os Estados Unidos aumentem em breve as taxas de juros, algo que diminuirá capital para América Latina, acrescentou.

7. "Há que se poupar na época das vacas gordas", disse Cárdenas. "Ainda temos tempo, pois é provável que vejamos uma mudança das condições externas já no próximo ano".

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SEGUNDO TURNO NO PERU! OS AINDA INDECISOS VÃO DECIDIR!

1. Primeira pesquisa Ipsos-Apoyo deu 42% para Ollanta Humala e 36% para Keiko Fujimori. Os que votaram nos outros três candidatos responderam assim a pesquisa.

2. (El Comercio, 25) Do total de entrevistados que apoiaram PPK- Pedro Pablo Kuczynski, 41% votarão agora por Keiko, enquanto que 20% por Ollanta Humala e 24% dizem que anularão o voto. Do grupo de entrevistados que no primeiro turno votaram em Alejandro Toledo, 37% dizem que agora votarão por Humala, 32% por Fujimori e 19% anularão o voto. Dos que votaram pelo ex-prefeito de Lima, Luis Castañeda 34% dizem votar em Keiko Fujimori, 24% em Humala e 21% anularão o voto.

3. Ipsos-Apoyo. Em Lima (quase 40% dos que votam), Keiko vence por 43% a 35%. No Interior (pouco mais que 60%), Humala vence por 43% a 35%\ Dos que não admitem mais mudar seu voto: Humala 37%, Keiko 30%. Indecisos 33% \ Crê que Lula financia Humala? 33% sim \ Crê que Chávez financia Humala 48% sim \ Crê que se eleito Humala se somará ao bloco de Chávez e Evo Morales? Sim 43%, Não 42%.

                                                    * * *

"AIP": PERU, CHILE, MÉXICO E COLÔMBIA CRIAM ORGANIZAÇÃO EM CONTRAPONTO À ALBA DE CHÁVEZ!
          
(Estado SP, 25)   Em 2 de maio, os presidentes de Peru, Chile, México e Colômbia vão oficializar em Lima a criação de um novo bloco econômico que vem sendo chamado de Área de Integração Profunda (AIP), ou "bloco do Pacífico".  A AIP reúne os países "liberais" da região, em oposição à Aliança Bolivariana para as Américas (Alba), mais à esquerda, cria do venezuelano Hugo Chávez. A AIP vai conectar 200 milhões de pessoas, 16 mil km de costa no Pacífico e mais de US$ 2,5 trilhão de PIB.  Ou seja, é um bloco que se aproxima das dimensões do Brasil, que tem aproximadamente 200 milhões de habitantes e US$ 2,2 trilhões de PIB. O AIP também é três vezes maior que a Alba. Os países participantes já mantêm acordos de livre comércio entre si, com a exceção de Peru e México. Todos têm tratados com os EUA, exceto a Colômbia. "A Alba é muito estridente, mas não traz muitos resultados práticos; já esse bloco pode ter resultados bem mais palpáveis", diz Shannon O'Neil, do Council on Foreign Relations. Paralelamente ao acordo que prevê a criação da AIP, os governos dos países do "bloco do Pacífico" deverão fundir as Bolsas de Valores de Bogotá, Lima e Santiago, criando o Mercado Integrado Latino-Americano (Mila). Com capitalização de US$ 600 bilhões, a Mila se tornará a segunda maior Bolsa de Valores da região, perdendo somente para a BM&FBovespa.

                                                    * * *

QUALIDADE DA INTERNET E PENETRAÇÃO DA BANDA LARGA: BRASIL EM 69º LUGAR ENTRE 166 PAÍSES!
                 
Brasil 4,68 Mbps. Média mundial de 8,61 Mbps. Em primeiro, Coréia do Sul: 33,54 Mbps. Segundo, Suécia: 27,23 Mbps-   
      
1. Índice de download domiciliar. Baseado em milhões de resultados de testes recentes do Speedtest.net, este índice compara e ranqueia a velocidade de download ao redor do mundo. O valor é a taxa de transferência média em Mbps nos últimos 30 dias, onde a distância média entre o cliente e o servidor é menor que 300 milhas (aproximadamente 482 km).
      
2. Conheça.
      
3. Entre as 50 cidades brasileiras -segundo, terceiro e quarto lugares-, Fortaleza (10,27 Mbps), Vitória (10,12 Mbps) Salvador (9,10 Mbps), na frente de Porto Alegre (5,93 Mbps) em 26º lugar e Rio (5,56 Mbps), em 33º lugar. São Lourenço em primeiro (11,51 Mbps). Conheça.