Vida que segue...
Brasil 247: Greenwald consegue documentos inéditos sobre Moro e Dallagnol e anuncia a #VAZAJATO
Vida que segue...
Jornalismo com J maiúsculo
A piada do século
Folha exalta transposição do Velho Chico
Não demora e será publicada outra reportagem especial dando a paternidade da obra ao candidato da Globo, Alckmin, Maia, Meirelles?...
Reunião de pauta, por Tom T. Cardoso
Pitacos a um jornalista recém formado, por Tom T. Cardoso
- Oi Tom.
- Opa.
- Acabei de me formar em jornalismo.
- Bacana.
- Pode me dar algumas dicas rápidas por aqui no Facebook?
- Sim, claro.
- Que Deus o abençoe.
- Primeira dica, anote aí.
- Sim.
- Deus não abençoa ninguém.
- Por que?
- Porque ele não existe.
- Não?
- Não. E mesmo que ele existisse, você não poderia acreditar nele.
- Não posso?
- Jornalista não acredita em instituições.
- Deus é um instituto?
- É, por ai. Qual o último livro que você leu?
- Crime e Castigo. Faz tempo.
- Quanto tempo?
- Foi no começo da facu, numa viagem de ônibus para Poços de Caldas.
- Quanto tempo dá de ônibus até lá?
- Quatro horas.
- Você leu Crime e Castigo em quatro horas?
- Sim. Sou amarradão nessa autora.
- Autora?
- Sim, a Agatha Christie. Ela é top.
- Cara, pode voltar a acreditar em Deus.
- Posso?
- Pode.
- Obrigado, mestre.
*Nilson Lage - parem de inventar "o povo brasileiro". Não é nada disso que vocês estão dizendo
Nilson Lage - jornalista, Doutor em linguística, Mestre em Comunicação, Bacharel em letras, foi professor da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro e da UFF - Universidade Federal Fluminense e desde 1992 ensina na UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina -.
O [Groubo] anda lendo
A edição online de O Globo, dizendo que “pessoas ligadas à gestão brizolista” contestaram as acusações de um certo Pedro Novis sobre propinas da Odebrecht na construção do Sambódromo, “afirmando nas redes sociais que Novis mentia e não ocupava posição de destaque na empresa, e que a obra tinha como principal empreiteira a Mendes Júnior”.Como prova, apresenta um balanço de 1985 da empresa, onde ela fala de sua participação na obra e o senhor Pedro Novis assina como um de seus diretores.As “pessoas ligadas à gestão brizolista” que contestaram a acusação foram, na verdade, este blog – que o Globo não vai citar o nome, não é? – em um post que o jornal tenta desqualificar.Não há razão para me corrigir.Novis publica seu currículo na Bloomberg com a informação de que ingressou na Odebrecht em 1985 (veja a imagem ao lado) e assina o tal balanço neste mesmo ano, como um dos últimos diretores citados. A obra do Sambódromo terminou em março de 1984.Portanto, não há razão para desdizer o que afirmei: que ele mentia ou apenas estava “repetindo o que recebeu de orelhada”, pois não estava na empresa durante a obra.Depois, afirmo que “a empreiteira líder da construção, em prazo recorde, foi a Mendes Junior, não a Odebrecht, como pode ser visto no portfólio da empreiteira. Se a Odebrecht foi subempreitada ou se responsabilizou por alguma parte da obra, não recordo, mas não era a coordenadora do projeto.”Portanto, também não se disse que a Odebrecht, através de sua subsidiária CBPO, não participou da obra, mas que não era a coordenadora do projeto. Coisa que, ampliada nos detalhes, vê-se na própria imagem usada por O Globo, onde está lá a plaquinha da Mendes Júnior, com seu logotipo inconfundível.O que posso afirmar, com certeza, é que a Odebrecht fez uma mega-obra no Rio de Janeiro: o parque gráfico de O Globo, e no período em que Pedro Novis era o presidente do Grupo Odebrecht. Evidentemente, não posso dizer se ali houve propina ou lavagem de dinheiro, não o posso afirmar apenas “de orelhada”, por ouvir falar. Muito menos se houve alguma “ajuda” de Fernando Henrique Cardoso na concessão de um empréstimo de quase R$ 300 milhões (em valores de hoje) dado à obra pelo BNDES.E posso, ainda, sentir orgulho de ter participado das últimas duas décadas da trajetória de um homem que, de tão destemido e reto, 13 anos após sua morte, continua despertando o ódio do império Globo, que volta e meia revira o passado para atingir sua memória, porque sabe que ela é uma bandeira contra o poder opressivo que ele representa.Inclusive valendo-se da simples palavra de um bandido, um corrupto e corruptor, que, graças às distorções de um processo doentio de delação premiada, ganha a liberdade e o gozo de sua fortuna ao preço, para ele barato, de tentar enxovalhar a história de um herói brasileiro.
Dama de um jornalista à beira de um ataque de nervos
Reginaldo Rossi
Ficava sussurrando junto ao meu ouvidoMentiras misturadas com o seu gemidoE eu acreditava na sua palavraLeviana!
Parafraseando Josias de Souza
Confira a baixo a frase original:
Políticos à venda existem em toda parte. Variam o preço e o cinismo. Nesses quesitos o Brasil revela-se um líder mundial
Briguilinks
A respeito mentiras que a revista istoé veicula na edição de hoje sábado (16/07) com o título "As mordomias ilegais da família de Dilma" assessoria da presidente...Leia mais>>>
Rir é o melhor remédio
Noivo escreve um poema para noiva um pouco antes do casamento, e recebe a responta da noiva também em forma de poesia...Leia mais>>>
A ditadura midijudiciária
"...quando a delação não for comprovada e for vazada para constranger, com o réu preso, com as contas bloqueadas e a família desesperada, quando for apenas para livrar o bandido da cadeia, para trocar personagens, contar narrativas mentirosas, citar fatos que não têm nada a ver, apenas para lavar o dinheiro pilhado, como algumas delas, evidentemente a pena precisa ser agravada e a delação até desfeita"...Leia mais>>>
Janio de Freitas também faz humor
Melhorar para o pior
Frase do Dia
Paulo Nogueira - O que um jornalista deve ter para fazer carreira, hoje, nas grandes organizações?
O código binário do jornalismo ordinário, de Marcos Carvalho
"Rio - Rio, 03/10/2015 - Policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói prenderam no fim da tarde de sexta-feira, 3, o vereador Douglas Borges, da Câmara Municipal de Macuco, na região Serrana do Rio, por suspeita na morte do ex-prefeito do município Rogério Bianchini. O crime aconteceu no dia 30 de abril deste ano".
Que jornalismo é esse?
Luis Nassif - Lula diz que Dilma pode cair e garante que pode ficar
Janio de Freitas faz quatro perguntas
na Folha de São PauloSe a retirada do "selo de bom pagador" do Brasil por uma das três empresas privadas que ganham fortunas dando ou negando esses selos justifica a tragédia escandalosa feita aqui, por que a concessão do selo em 2008 não mereceu escândalo positivo?Pode-se acreditar na seriedade da empresa que rebaixa, com o Brasil e a Petrobras, a confiança financeira merecida pelos bancos Itaú e Bradesco, ambos entre os bancos privados de maior lucratividade no mundo?A OAB deu um leve sinal de que agiria contra a interrupção, no Supremo, do julgamento sobre dinheiro de empresas nas campanhas. Pronto. O ministro Gilmar Mendes liberou o seu voto, retido há um ano e cinco meses. Pode ter tido outro motivo que não a delicadeza?Foram mulheres que iniciaram o movimento pela proibição de saias curtas ou justas e decotes panorâmicos na Câmara. Mas por que acabar com o que ainda haja de proveitoso por lá?
Janio de Freitas
Publicado originalmente na Folha de São PauloOs muitos convictos de que todo o vendaval de aparente moralização visa Lula, desde o processo do mensalão, devem estar reconfortados com a aprovação que lhes dá a Polícia Federal. O que não assegura, necessariamente, a exatidão da tese. Mas a PF levou tão longe o propósito de enquadrar Lula que acabou na situação original de ficar ela mesma sujeita às suas suspeitas.No pedido ao Supremo para tomar o depoimento do ex-presidente, a PF sustenta que ele "pode ter sido beneficiado [...] obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos" na Petrobras.Ministro da Justiça no primeiro mandato de Lula, Marcio Thomaz Bastos deu à Polícia Federal uma nova estatura. Em abertura para investigação de crimes do poder econômico, em liberdade investigatória, em qualificação técnica e em quadros. E em conceito da corporação e dos seus integrantes. Antigos e recentes funcionários foram beneficiados, em muitas dimensões, pela nova PF. Tal benefício foi possível, aplicando-se a concepção exposta pela PF ao Supremo e ao país, por vários fatores.Primeiro, haver um governo que nomeou um ministro disposto a fazer da PF e dos seus policiais o que, por diferentes motivos, nenhum antecessor fizera, desde o governo Jango. Segundo, ser um governo disposto a dar à PF e aos seus policiais o apoio e as condições materiais para a mudança de importância e de estatura que tiveram. Terceiro, sem o qual os dois anteriores seriam inúteis, dispor aquele governo de "uma base de apoio partidário" que aprovou os recursos e as medidas, diretas ou não, para dar à Polícia Federal e a seus quadros novo papel e nova estatura.Se a "base de apoio" para isso era "sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal", com "vantagens mesmo para o governo", a PF, como parte do governo, fica incluída na suspeita que lança.Outro trecho recusa a possibilidade de inexistirem, no governo, pessoas insuspeitas de conexão com negócios ilícitos na Petrobras. Sustenta a PF que "os indícios de participação devem ser buscados não apenas no rastreamento e identificação de vantagens pessoais por ventura obtidas pelo então presidente, mas também nos atos de governo que possibilitaram que o esquema se instituísse e fosse mantido".Está claro aonde a PF quer chegar: os atos de governo mencionados são as nomeações para a Petrobras. São frequentes os inquéritos de fatos graves ocorridos na PF –desaparecimento de grande quantidade de cocaína recolhida à polícia, engavetamento de inquérito, quadrilha de delegados, e outros. Na tese da PF, as nomeações dos autores de tais ocorrências, e outras feitas pelos demais governantes, implicaram o conhecimento da conduta que cada nomeado teria. Uma ideia estapafúrdia.Se a Polícia Federal não apresentar indícios e argumentos menos suspeitos de desejo e autoritarismo, o alto número de convictos de haver caça a Lula vai aumentar muito. Pior para as pretensões, em 2018, de Aécio, Alckmin, Serra e Temer.