do Leitor

Fernando Henrique está errado. No Brasil não há oposição. Todos os partidos, inclusive o PT adotam uma posição social democrata.


Não temos no Brasil nem um partido sequer que defenda os interesses do povo. Não temos nem um partido sequer que entre os interesses do partido e do povo escolha os interesses do povo.

Temos uma corrupção endêmica, que fica impune. Todos os nossos políticos se julgam donos do Brasil e defendem seus interesses pessoais em detrimento do povo.

Precisamos de partidos comprometidos com a justiça social e o bem estar do povo a começar do mais humilde.
por Laguardia 

Segurança

[...] Onde estudam os filhos deles?

Tragédias como a do Realengo despertam nas pessoas a necessidade compulsiva de fazer alguma coisa. É absolutamente legítimo. É instinto de autoproteção. Acontece, porém, que se essa “alguma coisa” demora demais o debate corre o risco de perder foco.

Uns defendem que a resposta adequada para as mortes é uma nova campanha pelo desarmamento. A premissa é matematicamente lógica. Se não houver armas de fogo em circulação não haverá como matar alguém com uma arma de fogo.

Todo determinante de matriz nula é zero.

Fica para o leitor julgar o realismo e a efetividade da proposta. Mas, e até lá? O que fazer enquanto houver armas em circulação? Nada?

Há uma agenda anterior, na esfera da segurança pública. Como ainda existem armas de fogo em circulação, há também necessidade de prevenção e defesa contra criminosos e candidatos a criminosos munidos de armas de fogo. Parece lógico?

No dia do massacre escrevi que o país precisa e vai encontrar recursos para fazer das nossas escolas um lugar mais seguro para nossas crianças.

Eu disse “mais seguro”, não “completamente seguro”. Não há solução que elimine 100% a chance de uma chacina como no Realengo. Mas isso não deve servir de pretexto para omissão.

Em situações extremas é sempre prudente e didático partir de um ângulo pessoal. Sou um pai como qualquer outro. Se tenho o direito de exigir para meu filho uma escola onde ele esteja razoavelmente protegido, por que negar o mesmo direito a todos os pais e mães deste país?

Ainda mais agora. Quanto malucos não ficaram morrendo de inveja da súbita fama alcançada pelo covarde que atirou nas crianças no Rio?

Ao longo do fim de semana, os especialistas procuraram convencer-nos de que nada há a melhorar no terreno da segurança, de que tudo foi uma fatalidade. Aumentar a vigilância nas escolas seria ineficaz, e até prejudicial. Será?

É a mania de achar que se você não tem o ótimo deve desistir de ter o bom.

O ótimo, como se sabe, é o pior inimigo do bom.

Tendo a desconfiar dos especialistas. Respeito mas desconfio. Gostaria de saber onde estudam os filhos deles.

Aposto que não é em escolas onde qualquer um entra sem ser incomodado, e carregando revólveres e balas numa sacola.

Nossos especialistas correm o risco de ficar como algumas autoridades da educação, que gastam dinheiro do povo a rodo para martelar que as escolas públicas vão cada vez melhor.

Mas matriculam seus filhos e netos em boas escolas particulares. Daquelas em que ninguém passa pela portaria sem um bom motivo e sem provar que não é ameaça.

por Carlos Chagas


A HISTÓRIA NÃO TEM PRESSA

Vivemos de modismos. De idéias pré-concebidas. Por que, por exemplo, determinar 100 dias como primeiro prazo para o julgamento de um governo ou de uma governante? Por que não 102 ou 110, ou 200, 500 ou 800? Dirão muitos que a vida é assim. Os casamentos são contados por bodas de prata, de ouro e até de diamante. As guerras, por décadas ou séculos. As religiões, por milênios.

Senão  insurgir-se, Dilma Rousseff deveria dar de ombros para a cascata de análises, interpretações e diagnósticos apresentados pela mídia  no fim de semana, a respeito de seu desempenho na presidência da República. Afinal, a data que interessa mesmo é a de cada dia, com ênfase para o último  de seu mandato.

Para Getúlio Vargas, foi 24 de agosto de 1954, mesmo tendo ele permanecido por 15 anos variadíssimos, numa primeira etapa, e três anos e meio de incompreensões, no segundo.

Juscelino Kubitschek preferiu ressaltar os 50 anos em 5, no começo, para no final fixar-se na data futura que não chegou, de  3 de outubro de 1965, quando voltaria ao poder.  Jânio Quadros jamais imaginou que 25 de agosto de 1961 seria o fim, muito menos João Goulart, de que tudo terminaria no 1 de abril de 1964. Dos generais-presidentes, note-se apenas a seqüência de seus mandatos com dia certo para transmitirem o poder, exceção de Costa e Silva que adoeceu antes. Para Tancredo Neves o destino não deixou um dia sequer, para José Sarney um ano lhe foi surripiado. Fernando Collor imaginou vinte anos, defenestrado em dois e meio, ao contrário de Fernando Henrique, que era para ser julgado depois de  quatro anos e burlou seus julgadores, estendendo o prazo para  oito. O mesmo tempo concedido ao Lula, de olho em  mais oito, ainda que  sem prazo certo para iniciar o retorno.


Essas considerações se fazem por conta da evidência de que a análise da ação  dos presidentes da República não deve ser medida em dias, meses ou sequer anos. A História não tem pressa e não comporta açodamentos, ainda que se apresente pródiga em surpresas.  Dilma pode ter ido bem nos primeiros 100 dias, mas quem  garante que seguirá  assim nos seguintes?  Melhor aguardar.

Inflação

[...] Não é apenas no Brasil que ela cresce nos primeiros 3 meses de 2011.

Na Venezuela, 6%

Na Argentina, 5,6% .

No Paraguai 4,8%.

No Uruguai, 3,6%.

Na Bolívia, 3,9%.

No Brasil, 2,5%. 

Na Colômbia, 1,8%.

No Peru, 1,5%.

No Chile e no Equador, alta de 1,3%.

Twitter

[...] permitira anúncios segmentados

O serviço de microblog, Twitter, informou durante um evento na cidade de Nova Iorque – Estados Unidos, que adicionou um novo recurso em sua plataforma que permite as empresas segmentarem seus anúncios por regiões. As informações são do site AdvertisingAge.
Especialistas acreditam que este recurso deveria estar incluso desde o lançamento do serviço, uma vez que diversas empresas comercializam suas mercadorias em apenas algumas regiões – fazendo com que muitos destes anúncios sejam visualizados por consumidores localizados em lugares fora da área de cobertura.
Inicialmente o serviço está disponível apenas para 210 cidades nos Estados Unidos, e outras 100 espalhadas por diversas regiões do mundo. Entretanto, a companhia revela que pretende expandir para mais regiões nos próximos meses.

FHC

[...] a Ofélia da política brasileira, mostra outra vez, novamente, de novo rsss que é errando que ele continua a errar


Num instante em que a oposição roda como parafuso espanado em busca do discurso perdido, Fernando Henrique Cardoso sugere um caminho.
Para ele, "enquanto o PSDB e seus aliados persistirem em disputar com o PT influência sobre os ‘movimentos sociais’ ou o ‘povão’, falarão sozinhos".
Acha que a oposição precisa redirecionar seus esforços para conectar-se com a nova classe média, içada da pobreza pelo crescimento econômico dos últimos anos.
Deve-se à repórter Daniela Lima a revelação do receituário de FHC, hoje o principal –talvez o único— ideólogo da oposição.
Em notícia pendurada na manchete da Folha, ela antecipa o teor de um artigo escrito por FHC, presidente de honra do PSDB.
O texto será veiculado no próximo número da revista “Interesse Nacional”, que circula nesta quinta (14). Estará disponível também na web.
Conforme noticiado aqui, no final de semana, o desempenho de Dilma Rousseff nos primeiros 100 dias de governo alterou o conceito que FHC fazia dela.
Durante a campanha, ele a apelidara “boneca de ventríloquo”. Nos últimos dias, passou a reconhecer, em privado, que Dilma o surpreendeu positivamente.
No texto que virá à luz em dois dias, FHC revela o receio de que a nova presidente se mostre mais sedutora à classe média do que Lula:
"Dilma, com estilo até agora contrastante com o do antecessor, pode envolver parte das classes médias. Estas [...] mantiveram certa reserva diante de Lula".
Para se contrapor a Dilma, tenta ensinar FHC, as legendas de oposição terão de alterar o modo de agir, modernizando-se.
Ele escreve que essa classe média tão almejada não participa da vida política do país como no passado.
Acompanha o desenrolar dos fatos em lugares onde os partidos praticamente inexistem. As redes sociais da internet, por exemplo. FHC anota no artigo:
“Se houver ousadia, as oposições podem organizar-se, dando vida não a diretórios burocráticos, mas a debates sobre temas de interesses dessas camadas".
Ele insinua no texto que, em vez de buscar os culpados de seus infortúnios em terrenos vizinhos, a oposição deve olhar para o próprio umbigo:
"Uma oposição que perde três disputas presidenciais não pode se acomodar e insistir em escusas que jogam a responsabilidade no terreno ‘do outro'."
Ex-presidente da República por dois mandatos, FHC realça num pedaço do artigo o cativeiro a que os aliados o condenaram nas últimas disputas presidenciais:
"Segmentos numerosos das oposições de hoje aceitaram a modernização representada pelo governo FHC com dor de consciência".
O texto é até delicado. Em verdade, não houve dor de consciência, mas vergonha. FHC e seu legado foram trancafiados no fundo do armário.
FHC deu ao seu novo artigo o mesmo título de um velho texto que escrevera na década de 70: "O papel da oposição".
Naquela época, ele se opunha à ditadura militar. "Diante do autoritarismo era mais fácil fincar estacas em um terreno político", comparou.
Considerando-se o nanismo de ideias que infelicita a oposição, o texto de FHC ganha a aparência de um oásis em meio ao Saara.
Porém, a peça perde-se em equívocos rudimentares. O primero deles é a premissa de que Lula não se conectou à classe média.
Lula ultrapassou esse cercadinho já na eleição de 2002, quando bateu José Serra. Reforçou os laços em 2006, ano em que moeu Geraldo Alckmin.
Outro equívoco é o de considerar que Dilma pode se achegar a esse nicho do eleitorado. Tomada pela primeira rodada de pesquisas, ela já chegou lá.
Para desbancá-la, a oposição depende de uma competência que ainda não foi capaz de exibir e de eventuais tropeços de Dilma.
De resto, a chamada nova classe média credita sua ascenção social à Era Lula. Daí a popularidade que rendeu a ele a reeleição e a “construção” da sucessora.
Só os especialistas ainda enxergam no processo evolutivo as digitais de ex-gestores como Itamar Franco e o próprio FHC.
Num ponto, o ex-presidente tucano tem razão. Ao envergonhar-se de seu legado, os “amigos” da oposição permitiram que Lula se apropriasse do passado, reciclando-o.
Difícil pedir ao “ex-povão” que recorde agora que a estabilidade econômica traz na sua gênese o Plano Real, que FHC costurou como ministro de Itamar.
Muito difícil emplacar a tese de que Lula apenas manteve conquistas que o petismo rejeitara no passado. Coisas como a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Dificílimo convencer os 'neo-incluídos' de que o Bolsa Família não é senão a versão aprimorada de programas de transferência de renda nascidos lá atrás.
Não há debate em rede social capaz de devolver à oposição o passado que ela própria permitiu que passasse.
Como escreve FHC, oposição que perde três eleições presidenciais não achará escusas no terreno do outro. Deve o infortúnio à sua própria incompetência.
No mais, a reiteração da divisão interna do PSDB e o derretimento do DEM revelam uma oposição convencida de que é errando que se aprende... a errar.
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Evangelho


Naquele tempo, Jesus foi para o monte das Oliveiras. De madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Levando-a para o meio deles, disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?”


Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: 

“Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão.

E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio, em pé. Então Jesus se levantou e disse: 
“Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?” 

Ela respondeu: 
“Ninguém, Senhor”. 

Então Jesus lhe disse: 
“Eu, também, não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais”.