Pré-sal será poupança de longo prazo


O fundo a ser constituído com as receitas resultantes da partilha na exploração do petróleo do pré-sal será uma poupança de longo prazo que o governo aplicará em ativos no exterior – seja em títulos do Tesouro americano ou em projetos empresariais de retorno garantido – e em projetos de investimentos no Brasil. Ele deverá ser administrado por um conselho de ministros e uma parcela do rendimento das aplicações é que comporá o orçamento da União a cada ano, com aplicação prioritária em educação e projetos de proteção social.

Embora algumas das principais definições da política de exploração da área do pré-sal já estejam bastante avançadas – a participação minoritária da Petrobras em todos os blocos que forem licitados e a sua função como operadora em absolutamente todos os casos – falta muito a decidir sobre as questões mais institucionais. Provavelmente, caberá ao presidente da República escolher que áreas serão destinadas exclusivamente à Petrobras e quais serão objeto de licitação. É provável, também, que seja criado um conselho de assessoramento do presidente para orientá-lo nessas decisões, mas, por enquanto, nada disso já está posto no papel.

Também não está claro como o governo lidará com o fato de a estatal ser uma empresa de capital aberto, com ações negociadas em bolsa de valores. Sabe-se, até agora, que esse aspecto foi minuciosamente analisado pela área jurídica do governo, que não viu nenhum impedimento legal para que a Petrobras seja a empresa escolhida para operar toda a exploração, da pesquisa à produção de petróleo e contratada diretamente pela nova estatal – que será criada para administrar as reservas do pré-sal – para explorar e produzir petróleo onde não houver licitação.

O governo está convencido que esse modelo, de viés estatizante, não afastará os investidores privados dos negócios do pré-sal. Como assegurou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, as grandes empresas de petróleo do mundo estão mais interessadas em ter acesso aos milhões de barris de óleo do que propriamente ser donas dos blocos. Quanto à disponibilidade de recursos para tanto investimento, fontes graduadas do governo informaram que a Petrobras garantiu que esse não será um problema, sem explicar como.

Há, de fato, o risco de os projetos andarem em ritmo bem mais lento do que se imagina, ao aumentar o espaço da estatal, mas como disse uma fonte que participa das discussões, o governo está ciente desse risco.

No início das discussões sobre o pré-sal, a tendência era uma participação mais aberta às empresas privadas. Só mais recentemente é que as opiniões do grupo encarregado de elaborar uma proposta convergiram para uma presença estatal mais forte.

Os argumentos que pesaram para a redefinição do modelo foram estratégicos, geopolíticos e econômicos. Trata-se da maior reserva descoberta no mundo nos últimos 30 anos, que atrai interesses dos fundos soberanos da China, dos países árabes, entre outros, e, por ser um mercado imperfeito, de oligopólios, um maior controle do Estado é, argumentam essas fontes, uma postura defensável. O risco de abrir demais seria o da Petrobras não ter nenhum papel no pré-sal, “de entrar na concorrência e perder tudo”, comentou um técnico do governo.

Caberá à Petrobras, também, comercializar o petróleo recebido pela nova estatal. A Petrosal, como tem sido chamada extraoficialmente, ficará com uma parte do óleo explorado nos blocos do pré-sal. Cada contrato, seja por meio de leilão ou diretamente com a Petrobras, estabelecerá um percentual a ser destinado à nova estatal. Ela receberá em petróleo, não em dinheiro, por uma questão estratégica, segundo explica essa fonte.

Uma possibilidade era a de que o pagamento fosse feito em dinheiro, mas o governo vê mais vantagens em receber sua parte em barris de petróleo. Isso lhe garante poder para definir se o óleo será destinado para o mercado doméstico ou para o exterior, se será exportado como óleo bruto ou como produto derivado (gasolina, diesel) e permitirá a escolha dos parceiros comerciais. Se o pagamento fosse em dinheiro, caberia à empresa controladora de cada bloco dar o destino que bem entendesse ao petróleo explorado. No modelo a ser adotado pelo governo, a nova estatal receberá em barris de petróleo, mas delegará à Petrobras a atribuição de comercializá-los.

A expectativa agora, escolhido o esboço final da política de exploração dessas reservas, é que o presidente Lula bata o martelo nos projetos de lei que deverão ser enviados ao Congresso tão logo este retorne do recesso, no início de agosto, e que definirão o marco regulatório, a criação do fundo e a constituição da nova empresa estatal.)

Corruptos e hipócritas

Em política tudo é relativizado de acordo com as circunstâncias. Se partirmos da análise fria, técnica e sob o aspecto puramente etimológico do termo, haveremos de ver - e isso é cristalino - que o PMDB se enquadra perfeitamente nesse conceito. Entendo até que este já seja estigmatizado.

O PMDB virou, há muito tempo, saco de pancada para a mídia e imprensa (PIG). E isso tem servido para anunciar as ilicitudes cometidas pelos que se detém a criticá-lo. O DEMO e o PSDB são um exemplo do que estou falando. São corruptos e acima de tudo hipócritas. Veja SP e RS, por exemplo.

Se hoje o PMDB aderisse às ideias dos demotucanos, MÍDIA E OPOSIÇÃO seriam até capazes de inocentar o Sarney e dizer que ouve exageros e que tudo não pasou de um mal entendido. E o Sarney passaria a ser paparicado pela Globo como sempre foi e o PMDB o partido que enfrentou a Ditadura (que a Globo apoiou) e lutou pela redemocratização do País.

Não sou filiado a nenhum partido. Já fui do
PDT. Hoje sou LULA e serei Dilma amanhã. O PMDB e o Sarney não prestam. Mas não dou os dois pela demagogia dessa imprensa e oposição apodrecida.

Faça como Lula

Copiado do Blog

Dia da Avó


Tantas vezes sem conta
O meu pranto de criança
Enxugou com perseverança
Acalentou-me docemente
No colo macio e acolhedor
Por amor simplesmente
Dos milhões de arranhões
Com beijos afáveis
As feridas curou
A criança traquina
Dos castigos maternos
Você livrou
Com doces e guloseimas
Mimou alegremente
Os brinquedos quebrados
Consertou rapidamente
E as doces lembranças
Ainda trago comigo
Da infância vivida
E a avó tão querida.

Remédio caseiro

Um sujeito vai ao médico para exames de rotina. O médico, depois de
ver o histórico clínico do paciente, pergunta:
- Fuma?
- Pouco.
- Tem que parar de fumar.
- Bebe?
- Pouco.
- Tem que parar de beber.
- Faz sexo?
- Pouco.
- Tem que fazer muito, mas muito sexo. Isto irá ajudá-lo!
O sujeito vai para casa, conta tudo a mulher e, imediatamente, vai pro
banho. A mulher se enche de graça e esperança, se enfeita, se perfuma,
põe roupa
especial e fica na espera. O sujeito sai do banho, começa a se
arrumar, se vestir, se perfumar e a mulher, surpresa, pergunta:
- Aonde é que você pensa que vai?
- Não ouviu e entendeu o que o médico me disse?
- Sim, mas, aqui estou eu prontinha ... O sujeito:
- AH, NEIDE, NEIDE, NEIDE...
LÁ VEM VOCÊ COM MANIA DE REMÉDIO CASEIRO!

Fisiologismo do PMDB

Marco Antônio Leite da Costa


No Congresso Nacional, entre outros indicadores de grandeza, encarna os grandes males da política ou apenas seus membros se aproveitam com mais eficiência das regras que facilitam a perpetuação da corrupção e do fisiologismo. A resposta não é tão simples. Se o PMDB desaparecesse por decreto da noite para o dia, a corrupção e o fisiologismo, irmãos siameses, continuariam a permear a atividade política no Brasil. Vale à pena ler a definição da Wikipédia:

"Fisiologismo é um tipo de relação de poder político em que as ações políticas e decisões são tomadas em troca de favores, favorecimentos e outros benefícios a interesses individuais. É um fenômeno que ocorre freqüentemente em parlamentos, mas também no Poder Executivo, estreitamente associado à corrupção política. Os partidos políticos podem ser considerados fisiologistas quando apóiam qualquer governo independentemente da coerência entre as ideologias ou planos programáticos". Se alguém souber de algum partido político brasileiro que, mesmo não apoiando nenhum governo, não faça "troca de favores" em circunstância alguma, que escreva seu próprio verbete na Wikipédia. Ele pode ficar na letra "P", de pureza, ou "U", de utopia. Mas, se alguém conhecer algum partido que faça isso tudo com mais desenvoltura, constância, eficiência e na maior cara de pau, que escreva também seu verbete.

Vale cultura

Marco Antônio Leite da Costa

O governo federal lançou o Vale-Cultura e vai tentar colocá-lo em prática dentro de um ano. A idéia, como todos devem ter lido, visto ou ouvido, é subsidiar através de renúncia fiscal o acesso dos trabalhadores a cinemas, teatros, shows, exposições, enfim. O valor (R$ 50,00/mês) não é muito, ainda mais considerando os custos dos produtos culturais no Brasil, mas já é alguma coisa. Se o instrumento vai dar certo ou não, se vai ter adesão em massa das empresas e da indústria cultural, só o tempo dirá.

Isso, é claro, levantou um debate na classe artística e entre alguns colegas de imprensa. O que é bom, pois é raro discutir o acesso à cultura pelos mais pobres para além da televisão.

Ouvi e li depoimentos reclamando que o "povão" iria torrar os 50 mangos em besteira, em livros de auto-ajuda, shows de brega ou forró, filmes blockbusters ou neochanchadas nacionais, enfim. Que deveria ser criada uma maneira do gasto ser feito apenas em produtos de "qualidade" ou da "cultura popular" dos estados. Ou seja, não deixar que se comprasse qualquer bobagem.

Tirando o lado elitista, preconceituoso e pseudo-paternalista desse tipo de declaração (já ouvi de muito empresário e fazendeiro, que faziam falcatruas trabalhistas, que retenção de remuneração serve para evitar que o peão se afunde na cachaça com o salário…), ela também inclui uma visão um tanto quanto distorcida da realidade.

Poderíamos discutir horas a fio sobre os mecanismos da indústria cultural que levam a um produto de massa se sobrepor e esmagar manifestações tradicionais e as conseqüências disso. Contudo, a preservação do patrimônio cultural tradicional não se resolve forçando o povão a consumir um baião tradicional a um tecnobrega, um grupo de cateretê a uma dupla sertaneja, um samba de raiz a um funk proibidão.

Também ouvi coisas do tipo: "esse povo precisa de um banho de Chico Buarque". Na opinião destes, de "cultura de qualidade". A clivagem entre o popular e o erudito (e a ignorância de fundir o erudito com o bom) é apenas parte dessa discussão. Esse tipo de pensamento, com a reafirmação de símbolos para separar "nós" da plebe, expressa mais preconceito de classe do que qualquer outra coisa. E, em um ímpeto quase jesuítico, a necessidade de catequisar vem à tona, para trazê-lo à nossa fé. Não que eles poderão entender tudo, mas poderão, pelo menos, deixar o estado de barbárie em que se encontram.

Nos grandes centros, o consumo da chamada cultura regional tradicional ganhou espaço entre os mais ricos e formadores de opinião. Virou cult. É em cima dessa análise que muitos querem resgatar, forçosamente, um passado "menos selvagem" em que a população de determinado lugar consumia esse tipo de arte da qual também gostamos. Sem se atentar que as coisas mudam, ou que a indústria cultural tem seus processos - que fazem ricos empresários que, ironicamente, bancam esses mesmos formadores de opinião.

Defender, propagar, incentivar as manifestações tradicionais é fundamental porque elas fazem parte de nossa identidade e ajudam a definir o brasil como Brasil. Mas sem desconsiderar as outras manifestações que ganharam visibilidade, também têm o seu valor e são queridas por muita gente. Bem, a discussão é bem mais complexa e não cabe em um post.

Ampliar o leque, dando mais possibilidades de escolha para a sociedade é uma coisa. Guiar o consumo cultural para preservar uma imagem que uma elite intelectual dos grandes centros tem de como deveria ser a cultura brasileira é outra.