Cuidado, seu cérebro está sendo bombardeado

Aniquilar, controlar ou assimilar o inimigo, esta é a G4 - guerra da quarta geração -.

A quarta guerra mundial já começou. 
Enquanto você descansa, enquanto você consome, enquanto você goza os espetáculos oferecidos pelo sistema, um exército invisível está se apoderando de sua mente, de sua conduta e de suas emoções. 
Sua vontade está sendo tomada por forças de ocupação invisíveis sem que você suspeite de nada. 
As batalhas já não se desenrolam em espaços distantes, mas em sua própria cabeça. 
Já não se trata de uma guerra por conquista de territórios, mas de uma guerra por conquista de cérebros, onde você é o alvo principal. 
O objetivo já não é apenas matar, mas fundamentalmente controlar. 
As balas já não se dirigem apenas a seu corpo, mas às suas contradições e vulnerabilidades psicológicas. 
Sua conduta está sendo checada, monitorada e controlada por especialistas. 
Sua mente e sua psicologia estão sendo submetidas a operações extremas de guerra de quarta geração. 
Uma guerra sem frentes nem retaguardas, uma guerra sem tanques nem fuzis, onde você é, ao mesmo tempo, a vítima e o algoz. Continua>>>
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Minha Presidente

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(Rubens Nóbrega) Jornal “Correio da Paraíba”


VOTO em DILMA para o Brasil seguir mudando e continuar melhorando

tudo o que LULA vem fazendo nos últimos sete anos, dez meses e dois

dias, um tempo que já tirou 28 milhões de brasileiros da miséria e

colocou outros 36 milhões na classe média.

Isso tem a ver com o fato de o governo que DILMA ajudou a fazer ter

investido mais de R$320 bilhões em transferência de renda, enquanto que

em oito anos de FHC-Serra o governo do PSDB-Democratas só chegou a

pouco mais de R$134 bilhões.

O Brasil de hoje é melhor e pode mais inclusive porque de 1995 a 2002

0 FHC-Serra baixou o índice de pobreza do Brasil de 38,6% para 38,2%

(queda de 0,6 pontos percentuais), mas o LULA-DILMA pegou aqueles

38,2% e reduziu para 25,3 em apenas quatro anos (até 2008), ou seja, uma

queda de 12,9 pontos percentuais.

Mais: a pobreza extrema, que baixara de 17,3% em 1995 para 16,5% em

2002 (no FHC-Serra, queda de 0,8 p.p.), com LULA-DILMA, em apenas

quatro anos (até 2008), já havia baixado 8,8% (queda de 7,7p.p.).

Além disso, a renda per capita mensal dos 10% mais pobres saltou de

R$34 em 2001 para R$58 em 2008 (crescimento de 70,6%), enquanto a

renda per capita mensal dos 10% mais ricos, que em 2001 era de R$2316,

em 2008 atingia R$2566 (crescimento de 10,8%). Significa que entre 2001

e 2008 a renda dos mais pobres cresceu 6,5 vezes mais do que a renda dos

mais ricos. Só no Brasil de LULA-DILMA...

VOTO em DILMA também porque ela é do governo que aumentou o

salário mínimo de 56 dólares (no tempo de FHC) para quase 300 (na

cotação que fechou a semana). Com LULA, chegamos a R$510 (45% dos

quais comprometidos com a cesta básica); com FHC, a R$200 (e 64% de

comprometimento com a cesta básica).

VOTO na DILMA do governo que criou o Fundeb e transferiu R$5 bilhões

de complementação para estados e municípios em 2009. Não voto no Serra do
governo que criou o Fundef e só transferiu R$431 milhões para estados e
municípios até 2002.

Do mesmo modo, VOTO na DILMA do governo que transferiu R$33,7

bilhões para a Saúde, enquanto no governo FHC, do qual Serra foi Ministro

da Saúde, essa transferência foi três vezes menor, por volta dos R$11,8

bilhões.

VOTO na DILMA do governo que já liberou R$10,7 bilhões em crédito para

o Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf), mesmo programa

em que o governo FHC-Serra não passou dos R$2,3 bilhões.

VOTO em DILMA porque no governo LULA, do qual ela foi peça-chave, o

crédito habitacional bateu e passou a casa dos R$80 bilhões. Em todo o

governo FHC, do qual Serra foi peça-chave, o dinheiro para financiar casa

própria parou em R$24 bilhões.

Não vou deixar de votar na DILMA do governo que pegou o Risco-Brasil

em quase 3 mil pontos (final do governo FHC-Serra) e baixou para menos

de 200.

Não vou deixar de votar na DILMA do governo do “analfabeto” LULA que

já fez 45 extensões universitárias e construiu 214 escolas técnicas
federais.

Vou bem votar no Serra do governo do intelectual e pós-doutor Fernando
Henrique Cardoso, um zero absoluto em ampliação do ensino público superior e
tecnológico de segundo grau? Vou nada!

Eu VOTO na DILMA do governo que criou o PROUNI, aquele programa que

botou pra dentro da universidade mais de 500 mil alunos de baixa renda, que
paravam de estudar no ensino médio e não prosseguiam porque não tinham a
menor condição nos tempos de FHC-Serra.

Jamais votaria no candidato de um governo que privatizou mais de 200
estatais brasileiras (patrimônio avaliado em mais de R$3 trilhões), vendidas
por menos de R$300 bi e, mesmo assim, esse dinheiro até hoje não conseguem
explicar para onde foi.

VOTO mesmo é na DILMA do governo que herdou de FHC-Serra uma taxa de juros
de 25% ao ano e baixou para 8,75% seis anos depois. Que fez o mesmo e melhor
com a inflação (medida pelo IPCA): baixou de 12,5% em 2002 para 4,3% em
2009. E a inflação acumulada, que nos anos FHC-Serra (1995-2002) somou
100,6% e nos anos LULA-DILMA (2003 até 2009) juntava não mais do que 45%?

VOTO com gosto é na DILMA do governo que, sem câmbio artificial, sem um
dólar valendo um real, fez as exportações brasileiras saltarem de US$60
bilhões no tempo de FHC-Serra (crescimento de 39% em 8 anos) para US$153
bilhões em 2009 (crescimento de 155% em 7 anos).

Eu quero é que continue com DILMA o governo de LULA, que nos tirou de um
déficit da balança comercial de US$8,7 bilhões, acumulado pelo governo
FHC-Serra entre 1995 e 2002, e o transformou em superávit de US$237 bilhões
(2003-2009). E o que a gente tinha guardado no cofre para enfrentar as
crises que estouravam lá fora e antes de Lula derrubavam tudo aqui dentro,
da Bolsa à confiança do povo no futuro?

Em dezembro de 2002, quando FHC nos aliviou de sua presença no governo, o
Brasil estava altamente vulnerável, com apenas US$16 bilhões em caixa. Com
LULA, em janeiro deste ano as reservas líquidas internacionais passavam dos
US$241 bilhões.

Por essas e outras, eu acredito é na rapaziada e no Brasil de LULA e DILMA,
que criou 9,7 milhões de empregos formais entre 2003 e 2009, contra apenas
1,7 milhão de empregos formais criados em todo o período do governo
FHC-Serra, de 1995 a 2002.

Graças a LULA-DILMA, a taxa de desemprego de 10,5% em dezembro de 2002
chegou a 6,8% em dezembro de 2009 e o Brasil, que crescia 2,3% ao ano entre
95 e 2002, passou a crescer 5,3% ao ano entre 2004 e 2008 e pode crescer até
7% este ano.

São números que explicam em parte porque a renda per capita do povo
brasileiro pulou de US$2.859 em 2002 para US$ 9.300 em 2009 e em 2010 pode
ultrapassar a barreira dos 10 mil dólares.

Tem mais, muito mais. Mas vamos parar por aqui que o espaço está acabando e
ainda preciso dizer uma coisa muito importante. VOTO em DILMA porque quero
um Brasil mais justo, mais feliz e mais próspero para todos e todas, aí
incluídos os meus familiares, em especial os meus filhos e netos.

OBS: Todos os dados citados foram extraídos de estatísticas do Banco
Central, IBGE e Ipea – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, além de
comparativos do livro “O Brasil de Lula e o de FHC”, do economista José
Prata Araújo.
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O Brasil merece a continuidade do governo Lula em lugar da ferocidade dos eleitores tucademos



O Brasil merece a continuidade do governo Lula em lugar da ferocidade dos eleitores tucanos. Por Mino Carta. Foto: Roberto Stuckert Filho
As reações de milhares de navegantes da internet envolvidos na celebração dos resultados do primeiro turno como se significassem a derrota de Dilma Rousseff exibem toda a ferocidade – dos súditos de José Serra. Sem contar que a pressa de suas conclusões rima sinistramente com ilusões.
Escrevi ferocidade, e não me arrependo. Trata-se de um festival imponente de preconceitos e recalques, de raiva e ódio, de calúnias e mentiras, indigno de um país civilizado e democrático. É o destampatório de vetustos lugares-comuns cultivados por quem se atribui uma primazia de marca sulista em relação a regiões- entendidas como fundões do Brasil. É o coro da arrogância, da prepotência, da ignorância, da vulgaridade.
É razoável supor que essa manifestação de intolerância goze da orquestração tucana, excitada pelo apoio maciço da mídia e pelos motes da campanha serrista. Entre eles, não custa acentuar, a fatídica intervenção da mulher do candidato do PSDB, Mônica, pronta a enxergar na opositora uma assassina de criancinhas. A onda violeta (cor do luto dos ritos católicos) contra a descriminalização do aborto contou com essa notável contribuição.
Ocorre recordar as pregações dos púlpitos italianos e espanhóis: verifica-se que a Igreja Católica não hesita em interferir na vida política de Estados laicos. Não são assassinos de criancinhas, no entanto, os parlamentares portugueses que aprovaram a descriminalização do aborto, em um país de larguíssima maioria católica. É uma lição para todos nós. Dilma Rousseff deixou claro ser contra o aborto “pessoalmente”. Não bastou. Os ricos têm todas as chances de praticar o crime sem correr risco algum. E os pobres? Que se moam.
A propaganda petista houve por bem retirar o assunto de sua pauta. É o que manda o figurino clássico, recuar em tempo hábil. Fernando Henrique Cardoso declarava-se ateu em 1986. Mudou de ideia depois de perder a Prefeitura de São Paulo para Jânio Quadros e imagino que a esta altura não se abstenha aos domingos de uma única, escassa missa. Se não for o caso de comungar.
A política exige certos, teatrais fingimentos. Não creio, porém, que os marqueteiros nativos sejam os melhores mestres em matéria. Esta moda do marqueteiro herdamos dos Estados Unidos, onde os professores são de outro nível, às vezes entre eles surgem psiquiatras de fama mundial e atores consagrados. Em relação ao pleito presidencial, as pesquisas falharam e os marqueteiros do PT também.
Leio nesses dias que Dilma foi explicitamente convidada por autoridades do seu partido a descer do salto alto. Se subiu, de quem a responsabilidade? De todo modo, se salto alto corresponde a uma campanha bem mais séria e correta do que a tucana, reconhecemos nela o mérito da candidata.
Acaba de chegar o momento do confronto direto, dos debates olhos nos olhos. Ao reiterar nosso apoio à candidatura de Dilma Rousseff, acreditamos, isto sim, que ela deva partir firmemente para a briga, o que, aliás, não discreparia do temperamento que lhe atribuem. Não para aderir ao tom leviano e brutalmente difamatório dos adversários, mas para desnudar, sem meias palavras, as diferenças entre o governo Lula e o de FHC. Profundas e concretas, dizem respeito a visões de vida e de mundo, e aos genuínos interesses do País, e a eles somente. Em busca da distribuição da riqueza e da inclusão de porções cada vez maiores da nação, para aproveitar eficazmente o nosso crescimento de emergente vitorioso.
CartaCapital está com Dilma Rousseff porque é a chance da continuidade e do aprofundamento das políticas benéficas promovidas pelo presidente Lula. E também porque o adágio virulento das reações tucanas soletra o desastre que o Brasil viveria ao cair em mãos tão ferozes.
P.S. Bem a propósito: a demissão de Maria Rita Kehl por ter defendido na sua coluna do Estado de S. Paulo a ascensão social das classes mais pobres prova que quem constantemente declara ameaçada a liberdade de imprensa não a pratica no seu rincão.

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Conversa de especialistas

Enquanto isso num boteco do Ceará dois amigos tomam umas e conversam sobre política e economia.
- Qual a "novidade" na seara econômica?
- A surpreendente desvalorização das ações da petrobras?
- Qual a surpresa, todos os agentes econômicos [bancos, corretores, especialistas, investidores etc], não estavam a par da situação da empresa?
- Estavam e estão!
- Então qual a surpresa?
- Marina Silva botou tucademo entreguista José Serra no segundo turno.
- Agora foi que embaralhou tudo, o que tem a ver alhos com bugalhos?
- Rsss...É simples, com a remotíssima possibilidade do privateiro ser eleito, que fazem os bandiqueiros, especuladores, agiotas nacionais e internacionais [com a cúmplicidade do PIG]? Desvaloriza a empresa para mais tarde [o que não acontecerá] "comprar" bem baratim como fizeram com todas que FHC cometeu o crime de lesa-pátria [Vale é simbolica], mas todas sem excessão fizeram parte da privataria tucademo.
- Ah, entendi. Mas, quando a Dilma ganhar como eles conseguirão ganhar dinheiro com ações da petrobras que eles mesmos desvalorizaram [28 bi, 7,5% do valor]?
- Mais simples ainda Ceará. São que estão comprando as ações que rebaixaram. Quando a Dilma for eleita acabam com os boatos, mentiras, calúnias, denúncias, difamação e injúrias e mostram a verdade. E a verdade é que a petrobras é uma grandiosa empresa, bem administrada e que tem uma das maiores reservas de petroleo do mundo para explorar, o pré-sal.
- Tem jeito não, quanto mais tem mais quer ter, a medida do ter nunca enche.
- É isso mesmo. Vamos beber mais uma e trabalhar para eleger a Muié.
- Vamos!
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O Aiatolá José Serra vai apedrejar a Soninha?

                   

A Soninha (que já foi da MTV, e era filiada ao PT) hoje é uma das coordenadoras da campanha do Serra. A Soninha – como tantas mulheres – reconhece – na reportagem reproduzida aí no alto – que já fez aborto. Não o fez porque é um monstro irresponsável. Mas porque tantas vezes essa é a única opção para as mulheres. Quem conhece alguém que já abortou sabe do drama que as mulheres - mas também alguns homens – enfrentam nessa hora.
Serra e Soninha, vamos ser honestos, não são fascistas nem fanáticos religiosos – ou não eram. Serra, quando ministro da Saúde, assinou portaria regulamentando aborto no SUS. Só que Serra não tem limites para chegar ao poder. Na tentativa desesperada de ganhar de Dilma, ele se aliou ao que há de mais atrasado no Brasil. Até TFP (seita de extrema direita que é monarquista , contra o divórcio e contra os gays) está apoiando Serra.
Serra, pra ganhar,   aposta no atraso, no pensamento mais consevador. Aposta no preconceito contra as mulheres. Serra quer ganhar votos espalhando que Dilma é “abortista, e quer matar criancinhas” (a própria mulher de Serra disse isso num corpo-a-corpo na rua).
Sei que há muita gente, homens e mulheres, que não gosta da Dilma. Gente que até já votou no PT , mas se decepcionou com o PT. Muita gente nessa situação escolheu no primeiro turno Marina, Plinio ou até Serra. Mas será que esse povo quer o atraso no Brasil? Duvido…
Serra, se vencer (e acho que não vence), trará com ele o preconceito, o atraso, a visão de que “gay é pecador” e “mulher está aí pra procriar, não pra decidir sobre sua saúde”.
Serra não era assim. Mas ficou assim. Serra hoje é o atraso. Não é à toa que, no twitter, Serra virou “#aiatoláSerra”.
Coitada da Soninha.    
Quem me deu a dica dessa história da Soninha foi o Altamiro Borges.   

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Serra o privateiro

Para quem não sabe: José Serra foi o maio defensor da privataria da Vale e da Light. Como privateiro de São Paulo entregou hidreletricas aos gaviões do mercado. Duvida? Então assista a revelação do FHC.
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A verdadeira agenda do segundo turno

Os eleitores não decidirão sobre o aborto ou sobre direitos dos homossexuais,e muito menos sobre o passado de quem se opôs à ditadura militar

Dilma ficou a pouco mais de 3 milhões de votos (cerca de 3% dos votos válidos) da vitória no primeiro turno. É natural que uma certa frustração se instale entre seus apoiadores, que contavam com a liquidação da fatura em 3 de outubro. É natural também que se dê abrigo às mais variadas interpretações do porquê da “derrota” (quando na
verdade houve uma enorme vitória, de 47 milhões de votos).

Pronto, dois dias de catarse são mais do que suficientes. Agora é hora de arregaçar as mangas e partir para a batalha final. Antes de qualquer outra providência, é necessário limpar a mesa de trabalho e identificar qual a verdadeira agenda colocada para essas eleições, sobre quais temas os eleitores estão chamados a decidir.

Em muito pouco tempo, depois que foi lançada candidata, Dilma começou a conquistar a preferência do eleitorado. À medida que se identificava como a candidata de Lula, como a candidata da continuidade, milhões e milhões de eleitores manifestavam sua opção por ela. Para esses eleitores, para a grande massa do povo brasileiro,
Dilma passou a significar a manutenção de um caminho que tirou dezenas de milhões de brasileiros da miséria, que fez o país desenvolver-se e granjear respeito internacional e que deu concretude à convicção de que
já somos hoje aquilo que nossos avós costumavam ouvir e dizer: um “país do futuro”.

Era este o debate central da campanha eleitoral. O que estava (e está) em jogo era se iríamos continuar a nos desenvolver com distribuição de renda, ou se voltaríamos à política do governo anterior, de desemprego, aprofundamento da miséria e apartheid social; se iríamos manter uma posição soberana no mundo, ou se retornaríamos ao velho costume de ajoelhar-nos diante dos poderosos internacionais; se manteríamos o patrimônio público e as empresas estatais ou se assistiríamos novamente à orgia de privatizações escandalosas.

Diante da enorme aprovação ao governo Lula (cerca de 80% em todas as pesquisas), esse debate era inaceitável para a oposição. Daí porque os demo-tucanos fugiram como da peste da comparação entre os
governos Lula e FHC, afastaram este senhor da campanha quanto puderam e tentaram tomar carona demagógica em programas do governo federal: “vou ampliar a Bolsa Família”, “vou aumentar o salário mínimo”, “o Brasil
pode mais” (se pode, porque o governo deles não fez?). Quando inevitável, os políticos demo-tucanos ou seus representantes na imprensa diziam que o governo FHC é que havia lançado as bases do presente desenvolvimento (havia lançado nada! Se Lula tivesse seguido os rumos de FHC, o Brasil teria entrado por um longuíssimo cano).

Como estratégia eleitoral, essas medidas eram absolutamente insuficientes. Os demo-tucanos passaram então a enfatizar a outra linha de combate: a substituição do eixo real da campanha por outro eixo, irreal, insidioso, que trocava a análise das condições concretas do Brasil e de sua população pelo preconceito, calúnias e boatos. Uma
campanha desse tipo não pode ser feita abertamente pelo(s) candidato(s): foi necessário mobilizar um exército de apoiadores, na mídia impressa e eletrônica, na internet e em muitos outros espaços.

Mesmo assim, não conseguiram. Esta é a primeira verdade que precisa ser reposta: Dilma venceu o primeiro turno com larga vantagem.E ponto final.

A segunda verdade é que o governo Lula não foi apenas incomparavelmente melhor do que o de FHC; ele foi e tem sido diferente, com prioridades diferentes, seguindo uma trilha oposta. O projeto de José Serra é o projeto do passado, de voltar atrás. O projeto de Dilma, ao contrário, é o da inclusão social, da cidadania e da soberania.

Daí decorrem as demais verdades. O que está em jogo neste segundo turno é que Brasil queremos. Vamos escolher entre a privataria ou a manutenção e fortalecimento das empresas estatais; vamos optar entre a submissão aos desígnios dos países ricos ou a construção de uma nova ordem mundial; entre o congelamento dos salários ou a elevação progressiva dos rendimentos dos trabalhadores; entre o sucateamento dos serviços públicos ou sua melhoria contínua, com valorização dos servidores, maior acesso da população e concursos públicos; entre a
manutenção da miséria ou a ampliação dos programas sociais; entre a estagnação econômica com concentração de renda ou o desenvolvimento com distribuição das riquezas produzidas.

É esta a verdadeira agenda do segundo turno. É este o debate que os demo-tucanos e seus aliados tentarão evitar a todo custo. É esta a discussão que temos de fazer prevalecer.

Quando candidato, FHC nunca disse que iria privatizar as estatais ou que quebraria o monopólio do petróleo e outros. Nunca disse que passaria os oito anos de seu mandato sem dar reajustes salariais ou fazer concursos públicos. Serra também não dirá o que realmente planeja fazer. Por uma questão de respeito ao eleitor, temos de dizer alto e
bom som o que significaria um governo demo-tucano para o Brasil.

Roberto Elias Salomão

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