Lula 2011 blogueiro e twitteiro



 O presidente Lula, prestes a entregar a faixa presidencial a sua sucessora, Dilma Rousseff, volta a deixar claro que não deixará de fazer política a partir de 2011. Na primeira entrevista concedida por um presidente a blogueiros, Lula afirmou que ele próprio será, ano que vem, um blogueiro e um tuiteiro.

Como era de se esperar, a importância desse ineditismo ficou em segundo plano na cobertura da grande mídia, que preferiu desmerecer o papel dos blogueiros a destacar os temas debatidos. Assim, a grande mídia perdeu mais uma oportunidade de entrar na discussão sobre regulação de mídia —como disse o presidente, “regulação não é crime, censura é que é crime”.
A grande mídia poderia, por exemplo, analisar o impacto que as novas mídias terão na produção jornalística tradicional ou a questão da convergência de mídias.
A razão maior desse comportamento anti-Lula é um certo inconformismo com o fato de o presidente ser extremamente popular e seu governo muito bem avaliado, apesar dos ataques cotidianos que a grande mídia faz. É possível que a perseguição continue, porque ele já declarou que irá seguir atuante quando deixar a Presidência.
Não há dúvidas de que o diálogo direto de Lula com a sociedade, na condição de ex-presidente com maior aprovação e popularidade na história do país, será importantíssimo para enriquecer o debate que precederá as mudanças que a presidenta Dilma pretende fazer —a erradicação da miséria, a preparação do país para a Copa e Olimpíadas, as reformas política e tributária, por exemplo.
A capacidade de comunicação direta que Lula tem com o povo brasileiro, especialmente depois de livre dos limites impostos pela condição de presidente da República, também será essencial na disputa diária contra os interesses poderosos que se opõem aos governos progressistas com apoio da imprensa corporativa.
Com a característica que marcou sua trajetória política desde a época de torneiro mecânico, Lula tem condições de deixar ao Brasil, além de um país menos desigual e em franco crescimento e modernização, um novo papel para os ex-presidentes —nos países desenvolvidos isso já acontece, como é o caso, por exemplo, de Jimmy Carter nos EUA.
Lula vem de uma geração que recriou o sindicalismo por meio do diálogo e da negociação e foi capaz de unir sob um mesmo partido —o Partido dos Trabalhadores— um leque muito diverso de aspirações políticas que estavam dispersas no Brasil após a redemocratização. Como presidente, conduziu um governo exemplar, inédito em muitos sentidos e realizações.
Essa experiência faz de Lula uma grande liderança para o PT, um exemplo para os movimentos sociais, uma inspiração para o próximo governo e um agente de grande influência para o povo brasileiro e no cenário internacional. Só temos a ganhar a partir do momento em que o debate com a sociedade passe a ter um ator e mediador com esse peso político.
A Internet é um meio que facilita muito esse contato amplo com a sociedade. O presidente reconhece que se tornou a liderança que é também graças à imprensa, com todas as suas qualidades e defeitos. Mas ressalta, com inteligência, que essa já é uma mídia “velha”.
Afinal, é na Internet, onde o espaço para o contraditório é livre e infinito, que as opiniões são formadas por meio do debate ativo, sem imposições empresariais de temas, tempos, espaços e enfoques. E cada vez mais assim será.
Se for fiel ao pensamento do presidente e de sua sucessora, o projeto de regulamentação da mídia que Lula promete deixar para Dilma certamente contemplará a necessidade de incentivar o pluralismo e a democratização da mídia, criando condições para que veículos de comunicação participativos e inclusivos se disseminem pelo Brasil, o que é promissor.
Somente dessa maneira o debate político voltará a ser um meio de enfrentamento de idéias e de capacidade de geração de maiorias e consensos, e não somente a riqueza de conglomerados de comunicação e sua transmissão onipresente. Nesse ringue, não há dúvidas, Lula seguirá como um dos maiores defensores dos interesses do Brasil.

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Rio de Janeiro - O Estado não pode recuar

Capitão Nascimento
Ataque do tráfico dos Morro dos Macacos 2009 (Foto Cláudio Ribeiro)
Ontem foi dia de a realidade imitar a arte. Foi dia de torcer pelo Capitão Nascimento de Tropa de Elite, que todos nós vimos em ação, ao vivo e a cores, nas reportagens das emissoras de televisão. Que o personagem de Wagner Moura tenha se tornado o novo herói nacional é um sinal dos tempos, não necessariamente um bom sinal.
Ontem entraram em ação centenas de capitães Nascimento encarnados em cada um dos soldados do BOPE, que o personagem do filme de José Padilha se orgulha de ter transformado em “uma máquina de guerra”.
E quando essa máquina de guerra conseguiu colocar em disparada várias dezenas de bandidos em fuga pela mata, em direção ao Morro do Alemão, houve comemoração do cidadão comum que assistia à TV Globo como se acompanhasse um filme de aventura em que os mocinhos eram os policiais.
Ou como se aquelas imagens em tempo real fizessem parte de um game em que o telespectador poderia interferir manejando os comandos.
Mas foi também dia de a população como um todo tomar consciência da gravidade da situação, que muitas vezes só é sentida na carne pelas comunidades mais carentes.
A ação de terrorismo distribuída por toda cidade, que já vinha sendo revelada com os arrastões na Zona Sul nos últimos dias, evidenciou que essas facções criminosas continuam ativas e bem armadas, com capacidade de levar o pânico a qualquer ponto.
O ponto positivo foi ver a reação policial, que deu a sensação de ter sido bem coordenada e comandada com extrema cautela para não colocar em risco a população. E mesmo assim eficiente.
É claro que a realidade lá fora mostrava uma cidade apavorada, quase deserta, com as pessoas escondidas dentro de casa.
Nas localidades envolvidas diretamente na guerra, era possível ver vez por outra lençóis brancos sendo acenados em pedidos desesperados de paz, enquanto as ações de guerrilha continuavam na Vila Cruzeiro, que acabou sendo dominada pelas forças públicas.
Essa verdadeira operação de guerra que se desenvolveu durante todo o dia na região da Penha mostrou uma grande ofensiva policial feita por 150 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e 30 fuzileiros navais com rostos pintados, colocando várias dezenas de bandidos em fuga, permitindo que a polícia ocupasse o alto da Vila Cruzeiro, aonde não conseguiam chegar a anos.
E tudo mostrado ao vivo pelos helicópteros das televisões, que deixaram os telespectadores espantados com o poder de fogo dos bandidos, e a quantidade de pessoas envolvidas nessa guerra.
Foi um reality show em tempo real que, ao mesmo tempo em que colocou em cada um de nós um sentimento de horror com a constatação da dimensão do problema que a cidade enfrenta, deu-nos também a certeza de que é preciso apoiar a ação do governo, que não há mais volta nesse combate contra o tráfico de drogas.
O fato de que pela primeira vez no combate aos traficantes foram usados Urutus da Marinha de Guerra é “histórico”, como definiu o secretário de segurança José Mariano Beltrame, ao mesmo tempo em que todos ficamos espantados com a insinuação do secretário de que o Exército não parece disposto a colaborar.
A participação dos Urutus da Marinha, e de Fuzileiros Navais na operação foi mais um elemento emocional positivo para a ação da polícia.
A cada barreira que um Urutu ultrapassava, parecia uma vitória da sociedade sobre a bandidagem.
Mesmo que a Secretaria de Segurança não planejasse a ocupação da Vila Cruzeiro, ela se tornou inevitável depois que a TV Globo mostrou aquelas imagens, na quarta-feira, de bandidos chegando aos magotes de tudo quanto é lado, para se esconderem na favela que se transformou no bunker da direção da maior facção criminosa do Rio, que comanda as ações terroristas dos últimos dias.
A sensação dos especialistas é de que os policiais montaram uma operação dentro da lógica antiga de responder com uma ação direta no núcleo da bandidagem, para mostrar força, mas para entrar e sair da favela.
E a reação política da sociedade está mostrando que o avanço da polícia foi sentido de maneira tão positiva pela população que vale mais pelo lado intangível do sentimento de vitória do que pela propriamente pela ação em si.
As forças públicas não poderão sair tão cedo de Vila Cruzeiro, mesmo que não venha a ser instalada lá pelo momento uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), como chegou a ser anunciado.
Essas unidades pacificadoras estão se revelando um ativo político importantíssimo, com ampla aceitação pela população, mesmo que falte a essa política uma imprescindível ação de planejamento para combater as conseqüências da retirada dos bandidos dos territórios que dominavam.
Está se produzindo um fenômeno político que é a reação da sociedade de unidade em torno da ação do governo.
Se as forças públicas saírem da Vila Cruzeiro, ficará a sensação de que foram derrotados.
A reação dos bandidos de tocar o terror na cidade foi extremamente negativa para eles, por que conseguiram provocar uma grande unidade na sociedade, não entenderam que em certas circunstâncias o Estado não pode recuar.
O sinal de que estão descontrolados foi o ataque até a uma ambulância, com doente dentro, que conseguiu sair antes que o veículo pegasse fogo.
Merval Pereira

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Tarifas de cartão de crédito caem de 80 para apenas 5 em 2011



O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a diminuição de 80 para cinco na quantidade de tarifas cobradas pela utilização de cartões de crédito. Com isso, a partir de junho de 2012, além da anuidade, só poderão ser cobradas tarifas pelo fornecimento de segunda via do cartão, retirada de dinheiro na função crédito, pagamento de contas e avaliação emergencial de crédito. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira.
Os novos contratos de cartão de crédito a partir de junho de 2011 já serão regidos por estas regras. O CMN determinou também que a existência de apenas dois tipos de cartão destinados às pessoas físicas – básico e diferenciado – para facilitar a comparação de preços pelos cidadãos.
O “básico” poderá ser utilizado exclusivamente nas funções clássicas de pagamentos de bens e serviços em estabelecimentos credenciados, incorporando as opçõesde compra ou parcelamento. Já o cartão diferenciado foi classificado como aquele associado a programa de benefícios e recompensa, como a troca de milhagens por passagens aéreas. Essas vantagens terão que ser incluídas apenas na anuidade e não terão taxas específicas.
O CMN resolveu ainda que não poderão ser cobradas tarifas, a partir de março de 2011, para as contas eletrônicas, operadas diretamente pelo consumidor na internet, sem a necessidade de comparecimento às agências. “São contas que atendem os mais jovens e podem ser uma forma de entrada para o sistema de novos clientes”, disse Aldo Mendes, diretor de Política Monetária do Banco Central.

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De braços dados com a ditadura

A família Marinho sempre escolheu um lado

O jornal da família Marinho publicou chamada na capa sobre a entrevista de Lula aos blogueiros. E, numa página interna, estampou matéria de alto de página sobre a coletiva no Palácio do Planalto. O objetivo, evidentemente, era esculhambar os blogueiros e o presidente da República.
Achei muito engraçado: a turma de Ali Kamel está perdida. Passar recibo dessa forma a meia dúzia de blogueiros? Isso mostra o que? Que eles temem a blogosfera. Já não falam sozinhas. O fígado dos que dirigem as “Organizações Globo” dói por dois motivos:
- já não formam opinião como antes, e não decidem eleição (por mais que eu seja o primeiro a reconhecer que a velha mídia segue a concentrar algum poder; erra quem menospreza esse poder hoje cadente);
- já não falam sozinhos no Brasil.

Alguns amigos escreveram pra perguntar se não seria necessária uma “resposta” a “O Globo”. Outro bom amigo, o Beto Pandini, ligou logo cedo pra avisar: “você não pode deixar de ler O Globo, a cobertura deles sobre a entrevista com Lula é de rolar de rir”.
Concordo com o Beto. É engraçado”O Globo” chamar os  blogueiros de “chapa-branca”.
He, he.

As “Organizações Globo” cresceram sob a ditadura, de braços dados com os militares. Depois, nomearam ACM para Ministro das Comunicações de Sarney. Na sequência, elegeram Collor. E ajudaram o país a vender suas estatais na era FHC. Essa é a história da Globo e de “O Globo”. Conheço bem, até porque lá trabalhei por 12 anos.
A história é autoexplicativa. 

Globo, Folha, Abril e outros estão esperneando contra os blogueiros. É o ódio de quem já não pode ditar os rumos do país, sentado na varanda da Casa-Grande – esse tempo se foi. Ódio a Lula, ódio à mudança. Sentem ódio do país que, pouco a pouco, se torna mais democrático.

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O terrorismo tem muitas faces

É terrorismo mesmo

O que aconteceria caso os narcotraficantes estivessem vendendo livros de Marx e Lênin em vez de cocaína, pregando a ditadura do proletariado em lugar de dominarem comunidades cada vez maiores no Rio de Janeiro, onde pensa o leitor que estariam as Forças Armadas? Claro que nas ruas, com todo o seu poderio, combatendo e esmagando a subversão.


Qual a diferença, se a antiga capital vive dias de guerrilha urbana explícita, com todo o horror e a bestialidade que mídia apresenta? Nenhuma, porque metralhar postos policiais em nada difere de explodir quartéis, como queimar ônibus e carros particulares é a mesma coisa do que incendiar viaturas militares.

Com todo o respeito, as Forças Armadas já deveriam estar ocupando bairros e subúrbios do Rio, intimidando com  sua presença a ação  do terrorismo. Invadir as bocas de fumo no alto das favelas difere em quê, das operações antes desencadeadas contra “aparelhos” no alto de edifícios?

À maneira dos paquidermes, o poder público arrasta-se no sentido de reconhecer a necessidade imperiosa de mobilizar Exército, Marinha, Fuzileiros e Aeronáutica. Já era para o presidente Lula ter dado a ordem, com base na Constituição, mesmo sendo o bandido de bermudas e sandálias havaianas fisicamente distinto dos subversivos do passado, de calças jeans, camisas pólo e sapatos sem cadarço.

A pedido das autoridades fluminenses a Marinha saiu na frente, oferecendo viaturas de  combate para a Polícia Militar invadir uns tantos morros. Falta pouco, mas é um parto perigoso, significando perda de tempo por parte do poder público  e ocupação de espaços,  pela bandidagem. O terrorismo tem muitas faces, mas Osama Bin Laden e Elias Maluco formam uma só pessoa.
por Carlos Chagas

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A presidente elogia ações do governo do Rio de combate aos traficantes


A presidente falou sobre a violência no Rio de Janeiro. 

Ela telefonou para o governador Sérgio Cabral para prestar solidariedade ao povo do Rio de Janeiro nesta briga contra as quadrilhas de traficantes.

Elogiou o trabalho que vem sendo feito pelo Governo do Estado no combate à violência e disse que, na presidência da República, vai dar todo o apoio necessário para que o Rio de Janeiro continue nessa luta.

Ontem também na Câmera dos Deputados e no Senado Federal, foram feitos discursos de solidariedade ao povo do Rio de Janeiro.

Semana que vem, a Comissão de Segurança da Câmara deve enviar ao estado um grupo de deputados para analisar a situação e ver o que mais pode ser feito para ajudar no combate aos traficantes.

Cardápio do dia

Bife de rolê recheado com abobrinha