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Para onde vai a oposição a partir de 2011?

Todos os observadores da política nacional concordam em considerar que a oposição deverá se reinventar após às eleições.
A reflexão sobre o futuro da oposição faz sentido, na medida em que ninguém considera factível ela sair vitoriosa após o pleito de outubro.
A maioria dos analistas, porém, focam mais nas prováveis lideranças que emergirão da oposição e poucos atentam para às bases políticas dessa reestruturação.
Bolívar Lamounier, um dos “pensadores” ligados aos tucanos, afirma hoje que o centro político sumiu e acusa o PT de ter instalado o confronto (entrevista no Estadão). Se essa visão dos fatos prevalecer no balanço que a oposição fará de sua provável derrota, seguramente que ficará longe “o entendimento da política como uma arena de diálogo, debates sobre as diferenças, onde o outro é apenas um adversário que pensa diferente, não um inimigo a liquidar”.
Esse desejo, expressado por Lamounier, é a cortina de fumaça com a qual José Serra se proclamou candidato. Ele faz parte do discurso oficial da oposição, mas encobre uma prática radicalmente contrária.
A campanha eleitoral serviu para por a nu essa contradição. A escolha do candidato pela oposição, já embutia o mesmo método expresso nessa contradição.
Como já diz alguém, na prática, a teoria é outra.
O que os eleitores se aprestam a sancionar abrumadoramente é a duplicidade da oposição. O candidato é a encarnação dessa duplicidade e sua campanha eleitoral foi a apoteose dessa dupla linguagem.
Sejamos claros, a vitória da candidata do governo estava inscrita como muito provável, perante os bons resultados do governo percebidos pela nação, quase que unanime. Um presidente com 80% de ótimo e bom e só 4% de ruim ou péssimo, não é produto de marketing e sim de resultados concretos constatados na vida de cada um. Ainda mais quando o país é testemunha da oposição descarada que vários médios de comunicação realizaram contra o governo, sem qualquer restrição a suas pregações.
Mas a oposição transformou o favoritismo da candidata do governo em tsunami em favor de Dilma, tentando incarnar ao mesmo tempo uma coisa e seu contrário. Procurou um estelionato eleitoral e perante o manifesto fracasso da tentativa, partiu para o confronto mostrando seu verdadeiro visagem de ódio e intolerância. Criou ela mesma o pior cenário, onde ficou exposta sua nudez ideológica, programática e ética.
Até seus apoiadores mais contumazes reconheceram de público que a tentativa de travestimento ficou escancarada.
Mino Carta diz que Serra virou bode expiatório. Eu diria que ele foi o demiurgo do fracasso. Ele configurou a oposição a sua imagem e semelhança. Melhor dito, ele foi o escolhido por representar de forma mais concentrada e acabada no que se configurou como o espaço político da oposição. Uma força de direita, fantasiada de centro.
Quem melhor que Serra para encarar essa fantasia, a mesma, diga-se de passagem, que presidiu a vitória de FHC em 1994.
José Serra é a personificação dessa duplicidade. Homem de discurso contraditório e de prática idem. Cultiva a legenda de ser mal amado pelos banqueiros, mas são os sindicatos dos trabalhadores que trata com arrogância de ditador. Em campanha acena para os financistas relembrando que foi ele que ajudou a erguer a mesa onde lucram os poderosos, e se proclama de esquerda recorrendo ao seu papel de líder estudantil da época do golpe militar.
Como diz alguém, a história se repete duas vezes, mas a segunda como farsa.
Serra é a versão farsa de FHC. Só que a repetição irá acabar antes mesmo da estreia. O público já anuncia sua recusa de assistir à peça, os anunciantes já cancelaram suas participações e os atores coadjuvantes já procuram outros cenários, de cara ao futuro. A repetição virou farsa antes de poder repetir o percurso da trama original.
O remake abortou.
Em favor da primeira versão que obteve êxito de público e crítica, tínhamos o fato indiscutível de uma formação política surgida no campo do centro-esquerda, o PSDB. A ilusão, para alguns, que uma socialdemocracia podia existir ao margem do movimento operário e encarnar o progresso, em um país de desigualdade tão marcante. Essa primeira experiência foi até certo ponto conclusiva, o PSDB passando a encarnar a representação da burguesia paulista aliada ao coronelismo político. A experiência ficou marcada pelas privatizações, os escândalos e a estagnação. Um governo de direita, com discurso neo-liberal, afirmando ser a representação do centro político e até certo ponto tendo conseguido ocupar esse espaço.
Estava presente, ao mesmo tempo, um travestimento político provocado pelas relações de forças eleitorais no país. A direita podia estar governando, era com um discurso de centro e até de centro-esquerda que ela se apresentava aos eleitores. Essa ambiguidade era um manto protetor para encobrir a realidade, e quando se está no poder pode funcionar até certo ponto.
Quando se procura representar uma alternativa de oposição, a persistência desse jogo ambíguo só teria êxito se o espaço do centro estiver vazio ou se o governo tivesse fracassado aos olhos da maioria do país.
Ambas às condições inexistem. O governo do PT ocupou o espaço do centro e obteve um grande êxito na implantação de uma política social-democrática, conforme a verdadeira natureza do principal partido no poder, o PT.
A oposição agiu durante os oito anos amparada em um udenismo de fachada, que ocultava a ausência de rumo, de programa e de propostas. O udenismo é sempre um instrumento da direita para acoplar os sentimentos de setores médios, ao mantenimento do status quo da desigualdade e dos privilégios de uma minoria dominante. No caso, servia essencialmente para diferir qualquer definição maior, na espera do fim de uma parentese. Esse parentese não aconteceu.
Ironia do destino, aqueles que pretendiam acabar com a raça do PT, os que queriam dar uma surra no presidente, os que representavam a gestão ética frente aos desmandos, lutam para não serem engolidos pelo buraco negro que age sobre a oposição. São os Bornhausen, Virgílios e Arrudas da vida.
Inconformados com os resultados da própria política, pretendem que seu declínio representaria a vitória da mexicanização e o fim do pluripartidarismo e de toda oposição. Pretensiosos até na derrota, se arrogam para si mesmos o certificado de democracia, do qual excluem ditatorialmente todos os outros.
Mas nem toda a oposição embarcou nessa canoa furada. Não são todos os que hoje representam o amplo leque opositor, que parecem dispostos a sucumbir juntos com José Serra e prosseguir na linha de radicalismo e golpismo. Uma parte da oposição parece estar aguardando a abertura das urnas para proclamar uma especie de aggiornamento. Um setor continuará a se abrigar no guarda-chuvas do udenismo e a tratar o governo e particularmente o PT, como inimigos a serem esmagados e presos.
Essa diferenciação é o ponto de partida sadio de uma recomposição política. Ela parece inscrita nos próximos passos da oposição. A vitória de Dilma será, paradoxalmente, a melhor contribuição para o surgimento de uma oposição responsável, necessária para a construção de um Brasil moderno.
Se Serra conseguir levar para o segundo turno as eleições, na base do “terrorismo” udenista, estaremos ao contrário dando sobrevida ao impasse oposicionista.
A vitória de Dilma no primeiro turno permitirá mas facilmente à oposição fazer a limpeza necessária e renovar seu programa e sua prática política. Um segundo turno adiará uma redefinição necessária.
Uma parte do eleitorado da oposição já indica nas pesquisas que entendeu a necessidade de “sancionar” o rumo de seus lideres, mas ainda guarda confiança na capacidade da oposição para se reinventar. O favoritismo de Dilma em Estados como São Paulo, Minas e até Paraná, mostra isto. Os dirigentes da oposição que expressem esse movimento e o canalizem para uma oposição construtiva estarão preservando o futuro e contribuindo para o aprimoramento da democracia brasileira.
Brasil urgente precisa de uma oposição coerente, tanto quanto de um governo de continuidade e eficiente.
Desse ponto de vista, votar Dilma no primeiro turno é duplamente útil.

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Serra e Dilma travam confronto particular na Rede TV

José Serra e sua missão quase impossível: Mudar completamente o cenário eleitoral. que atualmente é negativo para sua candidatura. Atrás nas pesquisas (50% para a petista Dilma Rousseff contra 27%, segundo o Datafolha), o presidenciável José Serra (PSDB) teve mais uma oportunidade de reverter a situação ontem, no debate Rede TV!/Folha, o qual participaram Dilma, Serra, Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (Psol).
Porém, a ocasião não foi tão aproveitada pelo tucano. Ele até fez críticas pontuais à candidata do PT, mas não convenceu pela maneira de se expressar: as palavras foram fortes, mas sem a entonação necessária, sem ser enfático, sem transparecer sua indignação, que talvez faria diferença entre o eleitorado.
Serra enfrentou diretamente Dilma apenas em duas oportunidades - no terceiro e no quinto blocos. O tucano optou por indagar a petista sobre sua política internacional: se é a favor da relação "de carinho e amizade com o Irã", do presidente Mahmoud Ahmadinejad "que enforca jornalistas e apedreja mulheres".
Para Dilma, as questões com outros países "não se resolvem com o fígado". "Trata-se de resolver a paz." Serra atacou a resposta, a qual considerou evasiva. "Não sou caluniador nem evasivo, a minha vida pública é conhecida. No seu caso não dá para dizer (...) Sistematicamente não responde às perguntas. Não precisa tratar com o fígado, mas também não precisa tratar com abraços e beijos." A ex-ministra replicou. "Lamento a tentativa do meu adversário de me desqualificar."
O tucano e a ministra tiveram, cada um, direito de resposta. Dilma porque foi criticada na condução da Casa Civil do governo Luiz Inácio Lula da Silva. "Meu adversário quer ganhar campanha no tapetão porque não consegue convencer o povo brasileiro. O que ele quer é virar a mesa da democracia." Serra porque foi chamado de caluniador. "A Casa Civil parece ser foco de corrupção."
Na segunda chance de enfrentar a principal adversária, Serra escolheu o tema saneamento. "No Brasil, 12 milhões de famílias não têm acesso a redes de água e 32 milhões não têm rede coletora de esgoto", frisou o tucano. "Mudamos o patamar de investimento na área. Saímos de gasto de menos de R$ 300 milhões em 2002 para R$ 10 bilhões quatro anos depois. Claro que há muito o que fazer. Vamos colocar metas para vermos no horizonte o processo de universalização do saneamento", salientou a petista.
Marina Silva (PV), por sua vez, elogiou as benfeitorias e atacou as deficiências brasileiras expostas nos últimos 16 anos, período em que o Palácio do Planalto foi comandado pelo PSDB (oito anos) e PT (outros oito anos). A verde também tentou emplacar o discurso de preservação do meio ambiente e bateu na tecla da corrupção e da violação de dados sigilosos da Receita Federal. O alvo foi sempre a candidata do governo, Dilma Rousseff, que defendeu ampla investigação e punição "doa a quem doer".
Plínio de Arruda Sampaio (Psol) iniciou o debate como franco atirador, mas ao decorrer da atividade foi apagando. Desafiou os concorrentes a investir 10% a mais na Educação, acabar com a Lei de Responsabilidade Fiscal e mudar o Bolsa Família, o qual taxou de "humilhação para quem recebe" e "um auxílio que pode falhar a qualquer momento". O socialista protagonizou os momentos mais descontraídos. Indagado por Dilma sobre os investimentos da Petrobras em navios e equipamentos de outros países, observou: "Falar sobre compra de navios pela Petrobras é pegadinha. Não estou a par."
Beto Silva

Do Diário do Grande ABC

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Debate na Rede TV consolidou decisão pró Dilma

Ontem, vencido pelo cansaço não fiz uma análise do debate na Rede TV. Melhor assim, agora posso fazer com mais distanciamento. Claro que não é pelo alcance “numérico” que se deve analisar o resultado daquele programa de televisão, mas pelo resultado político.



Já teria sido excepcional se Dilma tivesse atravessado este debate numa situação de equilíbrio, sem grandes deslizes ou desempenho sofrível. É dela o favoritismo e, a esta altura da disputa, manter o que já se tem, do ponto de vista dos analistas e marqueteiros, seria o mais seguro e indicado.



Para isso, e já sabendo que se usaria contra ela a tentativa de criminalizar sua campanha com o caso do sigilo e, agora, com esta história da Veja, devem tê-la aconselhado a reagir a isso com ironia, dando pouca importância, dizendo que “era coisa de campanha”. Um tom blasé, tenho certeza, deve ter sido o que recomendaram.



Mas não foi isso que aconteceu. O que vimos, ontem, foi uma Dilma com a soberania de si mesma, e as poucas gaguejadas vieram mais de falta de traquejo oratório do que de qualquer sentimento de insegurança. Sem alterar-se, reagiu de maneira firma e indignada às acusações e mostrou convicção. Sua defesa de Erenice Guerra foi correta e equilibrada como tem de ser a de um governante: nem se associa como um oportunista à agressão e, não condena nem absolve previamente qualquer pessoa, deixando que as instituições façam seu trabalho.



Outra coisa que me pareceu bem foi o fato de ter dosado corretamente a sua característica de continuadora de Lula com sua própria natureza. Ao contrário do que ocorreu lá atrás – vejam como 40 dias são uma eternidade numa campanha – no debate da Band, agora já está fixado quem é quem, quem está em que campo.



Aí está o que considero o grande ganho de qualidade na imagem de Dilma no debate de ontem: ela firmou-se, diante dos olhos de seus eleitores, como alguém com luz própria, com identidade, preparo, firmeza e habilidade, sem que nada disso a afaste do caminho de continuidade com avanço que a condição de candidata de Lula lhe dá.



José Serra, ao contrário, foi, na minha opinião, um desastre. Podem dar a bala de prata que quiserem, que com um atirador destes não mata nem mosquito. Não apenas está perdendo a eleição. Está perdido na eleição.



Não tem uma idéia a defender. No primeiro debate, mesmo com a apelação das Apae, procurou se firmar como “o candidato da saúde”. Já ali lhe faltava o discurso do “vamos fazer o bolo crescer, aí a gente o divide” que sustentava o projeto de Brasil da direita tradicional e o da “neodireita” que veio com o tucanato.



Puxe pela memória e tente lembrar de algo que ele tenha dito que vai fazer? Acho que tirando aquela história da Defesa Civil Nacional – eu adoraria poder ter dito que concordava com a idéia e que ela ia ajudar muito em situações como a do Jardim Romano, em São Paulo – que ficou dois meses debaixo d´água – não tem nenhuma idéia, nenhuma proposta.



A pergunta da jornalista Renata Lo Prete – quero aplaudir publicamente sua demonstração de que perguntas podem ser incômodas sem serem grosseiras sobre o “atraso” de sua indignação com a quebra do sigilo, sabida há meses, de sua filha acabou com qualquer possibilidade de ele apelar para isso. Aliás, nem sei se funcionaria, pois tudo em Serra soa falso, frio e artificial, talvez mesmo porque seja esta a única verdade: tudo nele é mesmo falso, frio e artificial.



Ao contrário de Dilma, Serra apenas desqualificou-se diante dos seus cada vez mais parcos eleitores. Como sustentar, com aquele desempenho, o discurso de que ele é o mais preparado, o mais experiente, o mais qualificado pessoalmente? É ruim, hein, como diz o pessoal aqui no Rio…Serra mostrou que só impera quando tem na mão o cetro do poder: aí pode mandar. Se tiver de enfrentar, em igualdade de condições, vira um animalzinho assustado, que mostra os dentes na esperança de que os outros vão tremer de medo, quando é ele que mal (e bota mal nisso) consegue disfarçar seu pavor.



De Plínio e Marina não há muito a falar.



Plínio achou que podia repetir seu desempenho simpático do primeiro debate e quis ser histriônico. Acabou sendo ridículo, especialmente na resposta sobre a Petrobras. Não saber a importância de construir no Brasil ou lá fora dezenas de plataformas de exploração, que custam centenas de bilhões de reais e geram uma multidão de empregos não é aceitável para um candidato a vestibular, quanto mais a um candidato a presidência. Ficou batendo tanto na tecla de um desafio a um pacto com Dilma que eu lhe perguntaria: Mas, ô Plínio, porque você não pergunta se o Serra também topa este pacto?



De Marina, ficou clara a estratégia de “pescar” os votos da direita desiludida com Serra. Mas – perdoem-me seus simpatizantes, porque isso é uma crítica ao desempenho político, não à pessoa – ela passa uma imagem muito arrogante e autoritária, ainda que o teor do discurso não o seja. Consegue perder no quesito que apontavam como calcanhar-de-aquiles de Dilma: simpatia.



O debate de ontem abre uma nova etapa e fixa um novo alvo para nós. Dos tais “formadores de opinião” nos quais o Datafolha apostava para a tal “virada” serrista, não virá nada. As próximas pesquisas do Ibope e do Datafolha ampliarão a vantagem. A vitória por dois terços dos votos válidos passou a ser uma possibilidade real. Vamos cobrir Dilma com a legitimidade que ela precisa ter para fazer o aprofundamento dos novos rumos que o Brasil tomou.

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Debate: Serra desesperado e Dilma não leva desaforo para casa

José Serra é um desesperado.

Ele não tem uma ideia na cabeça.

Por ele passa a banda larga do tucanatopigolpista.

Serra é apenas ódio. 


Acontece - para mais desespero dele - que Dilma não leva desaforo para casa.



Disse e repetiu que essa história de sigilo (por que o Serra não abre o sigilo da filha ?) e de lobby da Veja (e a Erenice abriu o sigilo dela e o do filho) não alcançam a campanha dela.



Até a Justiça Eleitoral, com a imparcial Dra Cureau, decidiu assim: clique aqui para ver o que a dra Cureau disse.



A Dilma falou várias vezes durante o debate: isso não tem nada a ver comigo.

Serra gaguejou quando foi falar do Lula.



Clique aqui para votar na trepidante enquete “Qual o slogan da campanha do Serra ?” – este ordinário blogueiro votou em “Esse Lula ainda me paga”.



E Dilma colocou Serra no devido lugar: não tente me desqualificar.

Serra insistiu: todo mundo me conhece.

Por isso que ele vai perder a eleição no primeiro turno.

(É sempre assim. Os tucanos de São Paulo se acham melhores do que todo mundo, se acham predestinados a governar o Brasil – e o mundo, no caso do Farol de Alexandria. Na verdade, se o Otavinho sabe falar inglês, o Farol e o Serra não sabem.)

Na verdade, foi um debate do tipo 3 em 1.

A Marina (o que pensa a Marina ? Nada) e o Plínio trabalharam contra a Dilma.



Foi como a Heloisa Helena e outro traíra, o Cristóvão Buarque, na eleição passada: todos contra o Lula.

A colonista (**) Renata Lo Prete fez o que sempre faz no “Painel” da Folha (***): recebeu o Serra com tapete vermelho.

Fez uma pergunta agressivamente apropriada para dar ao jenio a oportunidade (que ele mais queria) de falar da quebra de sigilo da filha.

(Por falar nisso: a filha do Serra e a irmã do Dantas promoveram a maior quebra de sigilo da História da Civilização Ocidental, demonstrou o Leandro Fortes, na Carta Capital)



A média da audiência do debate da Rede TV deve ter sido muito parecida com a do debate da Band: entre dois e 3 pontos.

O Zé Baixaria, do alto de sua arrogância, sempre achou que ia derrotar o Lula e a Dilma no debate, no confronto de idéias, cara a cara.

Afinal, os tucanos de São Paulo são o orgulho da raça. 

A última vez em que ele massacrou o Lula num debate foi em 2002.

Destruiu o Lula com o arrasador placar de 39% a 61%.

Paulo Henrique Amorim

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Debate na Rede TV

Minha avaliação do debate
Equilíbrio entre os candidatos. Pelo formato, engessado, era difícil mesmo ter um nocaute. Marina tem tudo para ser a maior beneficiária da troca de acusações entre José Serra e Dilma Rousseff. Serra foi muito mal no começo e foi melhor no fim, especialmente na despedida. Mas ficou claro que acusou o golpe de ter sido chamado de “caluniador”, já que na entrevista subsequente ao debate tentou remoer (ao lado da mulher, Monica, que deve ter dado uma dura nele a esse respeito) a questão da Receita Federal. O problema de Serra é que ele é muito cerebral e tenta encaixar ideias complexas em 30 segundos. A resposta mais patética dele foi aquela sobre o Lula, em que não disse nada. O tucano foi interrompido muitas vezes pela campainha. Dilma Rousseff teve um debate muito superior ao da Band. Mostrou que não vai apanhar quieta e que sabe se defender. Acertou dois “zingers” marcantes: Serra, caluniador (apesar da dificuldade em dizer caluniador); Serra, dono da verdade (em que Dilma se colocou como o Vietnã diante dos Estados Unidos). Mas, no fim, quando falava do neto, era de se esperar Dilma sorridente e relaxada. Foi sua maior falha. A média de audiência deve ficar entre 3 e 4 pontos.
PS: Esqueci de dizer que Dilma, finalmente, pronunciou “Fernando Henrique“. Essas duas palavrinhas, combinadas, causam comoção no povão.

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Em grupo de ‘indecisos’, Dilma conquista mais votos

Os organizadores do debate presidencial da noite passada reuniram um grupo de 25 eleitores "indecisos" para analisar o desempenho dos candidatos.

Dá-se a esse tipo de procedimento o nome de “pesquisa qualitativa”. A opinião dos participantes foi medida por meio de um “índice de gostabilidade”.

Varia numa escala que vai até cem. Quanto mais alta a nota, maior a aprovação ao trecho do debate sob avaliação.

Ao final, recolheram-se as opiniões sobre o desempenho de cada candidato e a tendência de voto dos pesquisados.

Dos 25 eleitores, dez acharam que Marina Silva foi quem se saiu melhor no debate. Para nove, Dilma venceu. Apenas dois acharam que Serra prevaleceu.

Quanto a Plínio de Arruda Sampaio, embora tenha registrado os maiores picos no “índice de gostabilidade”, 13 pessoas o avaliaram como o pior contendor.

No pedaço da pesquisa que mais importa, Dilma extraiu do grupo mais dividendos que seus rivais.

No início da refrega, apenas quatro pessoas pendiam para o voto na pupila de Lula. Ao final, dez disseram que votarão nela.

Marina largara com três eleitores potenciais. Desligadas as câmeras, somava sete. Os eleitores simpáticos a Serra, caíram de quatro para três.

No geral, o grupo gostou mais dos pedaços em que foram debatidos temas propositivos do que dos trechos marcados pela pancadaria.

No segundo bloco, dominado pelo “Fiscogate”, o grupo apreciou mais as reações de Dilma (oito menções positivas) do que as acusações de Serra (apenas três).

No terceiro bloco, o “índice de gostabilidade” desceu a uma média abaixo de 60 nos instantes em que Serra e Dilma alvejaram-se mutuamente.

Não por acaso, Marina (sete menções) e Plínio (seis) foram considerados os melhores do bloco. Ela falou sobre desastres naturais.

Ele ironizou uma pergunta de Dilma sobre a nacionalização dos navios da Petrobrtas –“É pegadinha”- e queixou-se “bolsa banqueiro” instituído sob Lula.

O pior momento de Dilma foi registrado numa resposta dada a Serra sobre os baixos índices de investimento em saneamento. Disse que, eleita, continuaria o que foi feito nessa área sob Lula.

Um indicativo de que, sob a ótica do eleitor, o tucano talvez lucrasse mais se acomodasse as propostas à frente dos ataques.

O pior instante de Marina foi a pergunta que dirigiu a Dilma sobre a violação de sigilos na Receita. Os 25 membros do grupo torciam o nariz para o tema.

No bloco das considerações finais, o “índice de gostabilidade” foi a patamares inferires a 50 quando Dilma mencionou o neto Gabriel.

A pregação de Marina a favor da realização de um segundo turno atingiu média 75. O timbre propositivo de Serra no encerramento rendeu-lhe índices que roçaram 65.

As pesquisas qualitativas não tem o mesmo valor científico das quantitativas. Mas são valiosas ferramentas de aferição dos humores do eleitor.

Os comitês de campanha também realizam as suas. Utilizam os resultados para dosar o discurso dos candidatos.

por Josias de Souza

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Companheir@s blogueir@s, Boa tarde! Tudo bom?

Amanhã, domingo (12), é dia de debate televisivo com Dilma, pela Rede TV!. Vamos fazer aquela tradicional divulgação e cobertura colaborativa?

A equipe da #dilmanarede estará em Osasco, na sede da emissora, e trará todas as informações de bastidores. Acompanhe pelo site e pelo Twitter @dilmanarede. Também vamos transmiti-lo em tempo real no mesmo canal de sempre (canal #dilmanarede) e por meio do código de incorporação. Fiquem a vontade para transmitir também!

O debate da Rede TV! começa a partir das 21h, e é realizado em parceria com a Folha de S.Paulo. Também participarão os candidatos José Serra, Marina Silva e Plínio de Arruda. Será dividido em cinco blocos, sendo três com perguntas entre os candidatos e outros dois com questionamentos de jornalistas.

Comício
Na segunda-feira (13), nossa candidata e Lula participarão de um grande comício em Joinville (SC). O ato será às 19h30, na Praça Dário Salles - Centro. Desta vez, a transmissão será pelo canal de eventos - canal ao vivo. Fiquem a vontade para transmitir este também!

Contamos com vocês! Falem o que pensam, mostrem seu apoio e desejo por um País melhor...Contribuam para uma cobertura democrática! ;)

Carta Capital
Vocês viram a matéria de capa da Carta Capital desta semana? 
Do Boca no Trombone: 
Um abraço,
Paulo.

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Serra 28 pontos atrás da Muié

Dilma, está 28 pontos à frente de José Serra (PSDB). Este número faz parte da última pesquisa IBOP - Instituto Briguilino de Opinião Pessoal -, realizada nos dias 23/ 24 e 25 deste mês.
Agora, Dilma tem 58% das intenções de voto e Serra, 30%. No levantamento anterior, de 19 de Julho, Dilma tinha 52% e Serra, 37%. 
Marina, obteve 9% das intenções de voto, mesmo percentual da pesquisa anterior
Plínio de Arruda Sampaio continuou com o mesmo 1% e nanicos também 1% de intenção de votos.
O IBOP mostrou que Dilma conseguiu crescer nas intenções de votos em Estados que antes Serra liderava. Exemplo: 
São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
A pesquisa realizada entre 23 e 25 de agosto, foi feita a pedido deste blog.
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