O que significa FHC?

Por favor, o que significa FHC? perguntou Ravi Singh, um indiano que comanda a campanha de Serra na internet. 
FHC, quer dizer:  Farsante, Hipócrita, Canalha -, esta é a minha resposta, é a minha opinião, e que a justiça me garanta a liberdade de expressão que tá escrita na constituição.
Qual a resposta de vocês?...
Deixem nos comentários.
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O setembro da direita ainda não terminou

A direita brasileira, cujo ícone maior são as corporações de mídia e os partidos PSDB e DEM, tem uma estratégia bem traçada para setembro: atacar o PT, o governo e Dilma. Se pudéssemos dividir o mês em três partes, diria que os dez primeiros dias foram dedicados a atacar o PT (acusação quebra de sigilos), os dez dias seguintes para atacar a Casa Civil (acusação tráfico de influência) e, no último terço do mês, o ciclo deve se fechar com ataques centrados diretamente na figura da candidata Dilma (acusação de terrorismo e, quiçá, assassinato enquanto resistia à ditadura de 1964). 

Nos vinte primeiros dias de setembro, busca-se atingir a imagem do governo e do PT. A acusação de quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas a José Serra e o suposto tráfico de influência na Casa Civil servem para questionar a capacidade de gestão do Partido dos Trabalhadores, bem como a de sua candidata. Seria o aparelhamento do Estado. A mensagem está na esfera do racional. Pode não derrubar votos de imediato, mas produz um estoque que será usado mais adiante, pouco importando se as acusações são caluniosas. O que importa é que o fato político está criado e presente no horário nobre dos telejornais.
No terceiro momento, as acusações deverão se voltar diretamente à Dilma. Não haverá tempo para construir pontes entre o filho de uma ex-assessora e Dilma. Ela será o alvo primário, pouco importando, novamente, se as denúncias serão consistentes ou não. O corajoso passado de Dilma, que enfrentou ao lado de milhares de brasileiros uma ditadura sanguinária, sustentada pelas corporações capitalistas e pelo governo dos Estados Unidos, será transformado pela direita brasileira em ato criminoso. Dilma será apresentada ao povo como uma mulher impiedosa, capaz até de matar para transformar o Brasil numa ditadura comunista. Ela seria, por este raciocínio, a chefe suprema do Estado aparelhado. Os impactos eleitorais de uma mensagem como essa são imprevisíveis.

O terceiro momento, ao contrário dos anteriores, é marcado por forte carga emocional. É aí que a direita espera conseguir os votos necessários para chegar ao segundo turno. E quando o eleitor está diante da urna, sozinho, a emoção fala mais alto. Se essa estratégia será bem sucedida ou não, só o tempo dirá. Mas o fato concreto é que a vitória de Dilma no primeiro turno não está assegurada, como muitos estão dizendo. O setembro da direita ainda não terminou.

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O vale tudo

Fiz uma palestra para sindicalistas do setor petroleiro e concedi uma entrevista na 2ª feira (13.09) em Salvador - veja íntegra da palestra e entrevista. Minhas declarações na Bahia, porém, foram completamente deturpadas e tiradas de contexto.







Fiz uma crítica ao papel que a mídia vem desempenhando nestas eleições, com cobertura claramente orientada a prejudicar a campanha de Dilma Rousseff. Uma intervenção feita em tom de ironia, ao tratar do tema, foi tirada de contexto e apresentada como opinião minha. O que disse foi que é um absurdo os barões da imprensa acusarem o governo e o PT de desejarem limitar a liberdade de imprensa, quando o verdadeiro delito antidemocrático está na violação de todas as regras de equilíbrio e objetividade ao longo da atual disputa presidencial.







Durante a palestra, como em toda minha vida, defendi plenamente a liberdade de expressão e de imprensa. O que não podemos admitir é que um punhado de empresas monopolistas passe a funcionar como linha auxiliar dos partidos conservadores, manipulando descaradamente as informações e os fatos.







Outra interpretação absurda da minha fala diz respeito aos senadores José Sarney e Renan Calheiros. Ao comentar que o PSDB e o DEM tentavam desestabilizar a relação do PT com o PMDB, observei que não é possível acreditar que a oposição seja ética. Ou seja, essa observação não fazia referência aos nossos aliados.







Para completar, até mesmo minhas declarações sobre Dilma e o PT foram deturpadas. Eu disse que a eleição de Dilma representa um esforço coletivo ainda maior do que a do presidente Lula. Apenas a força histórica de nosso partido e seus aliados poderia permitir a construção de uma alternativa que empolgasse o país nas primeiras eleições presidenciais pós-redemocratização nas quais o atual mandatário não tem seu nome na urna.







Não é possível acreditar em tantas confusões. Mais uma vez estamos diante do vale tudo eleitoral. Não deixem de ler, também, "Dirceu e os abusos da imprensa", no Blog do Luís Nassif e de ouvir o áudio de parte da palestra selecionada pelo portal de O Globo.

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Os jornalistas tucademos

por Marcos Coimbra, na Carta Capital
Quando, no futuro, for escrita a crônica das eleições de 2010, procurando entender o desfecho que hoje parece mais provável, um capítulo terá de ser dedicado ao papel que nelas tiveram os jornalistas tucanos.
Foram muitas as causas que concorreram para provocar o resultado destas eleições. Algumas são internas aos partidos oposicionistas, suas lideranças, seu estilo de fazer política. É bem possível que se saíssem melhor se tivessem se renovado, mudado de comportamento. Se tivessem permitido que novos quadros assumissem o lugar dos antigos.
Por motivos difíceis de entender, as oposições aceitaram que sua velha elite determinasse o caminho que seguiriam na sucessão de Lula. Ao fazê-lo, concordaram em continuar com a cara que tinham em 2002, mostrando-se ao País como algo que permanecera no mesmo lugar, enquanto tudo mudara. A sociedade era outra, a economia tinha ficado diferente, o mundo estava modificado. Lula e o PT haviam se transformado. Só o que se mantinha intocada era a oposição brasileira: as mesmas pessoas, o mesmo discurso, o mesmo ar perplexo de quem não entende por que não está no poder.
Em nenhum momento isso ficou tão claro quanto na opção de conceder a José Serra uma espécie de direito natural à candidatura presidencial (e todo o tempo do mundo para que confirmasse se a desejava). Depois, para que resolvesse quando começaria a fazer campanha. Não se discutiu o que era melhor para os partidos, seus militantes, as pessoas que concordam com eles na sociedade. Deram-lhe um cheque em branco e deixaram a decisão em suas mãos, tornando-a uma questão de foro íntimo: ser ou não ser (candidato)?
Mas, por mais que as oposições tivessem sido capazes de se renovar, por mais que houvessem conseguido se libertar de lideranças ultrapassadas, a principal causa do resultado que devemos ter é externa. Seu adversário se mostrou tão superior que lhes deu um passeio.
Olhando-a da perspectiva de hoje, a habilidade de Lula na montagem do quadro eleitoral de 2010 só pode ser admirada. Fez tudo certo de seu lado e conseguiu antecipar com competência o que seus oponentes fariam. Ele se parece com um personagem de histórias infantis: construiu uma armadilha e conduziu os ingênuos carneirinhos (que continuavam a se achar muito espertos) a cair nela.
Se tivesse feito, nos últimos anos, um governo apenas sofrível, sua destreza já seria suficiente para colocá-lo em vantagem. Com o respaldo de um governo quase unanimemente aprovado, com indicadores de performance muito superiores aos de seus antecessores, a chance de que fizesse sua sucessora sempre foi altíssima, ainda que as oposições viessem com o que tinham de melhor.
Entre os erros que elas cometeram e os acertos de Lula, muito se explica do que vamos ter em 3 de outubro. Mas há uma parte da explicação que merece destaque: o quanto os jornalistas tucanos contribuíram para que isso ocorresse.
Foram eles que mais estimularam a noção de que Serra era o verdadeiro nome das oposições para disputar com Dilma Rousseff. Não apenas os jornalistas profissionais, mas também os intelectuais que os jornais recrutam para dar mais “amplitude” às suas análises e cobertura.
Não há ninguém tão dependente da opinião do jornalista tucano quanto o político tucano. Parece que acorda de manhã ansioso para saber o que colunistas e comentaristas tucanos (ou que, simplesmente, não gostam de Lula e do governo) escreveram. Sabe-se lá o motivo, os tucanos da política acham que os tucanos da imprensa são ótimos analistas. São, provavelmente, os únicos que acham isso.
Enquanto os bons políticos tucanos (especialmente os mais jovens) viam com clareza o abismo se abrir à sua frente, essa turma empurrava as oposições ladeira abaixo. Do alto de sua incapacidade de entender o eleitor, ela supunha que Serra estava fadado à vitória.
Quem acompanhou a cobertura que a “grande imprensa” fez destas eleições viu, do fim de 2009 até agora, uma sucessão de análises erradas, hipóteses furadas, teses sem pé nem cabeça. Todas inventadas para justificar o “favoritismo” de Serra, que só existia no desejo de quem as elaborava.
Se não fossem tão ineptas, essas pessoas poderiam, talvez, ter impulsionado as oposições na direção de projetos menos equivocados. Se não fossem tão arrogantes, teriam, quem sabe, poupado seus amigos políticos do fracasso quase inevitável que os espera.

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Roubnei o grande herói da oposição

Rudnei Quícoli: Tragam os editores de política, colunistas e jornalistas investigativos da Rolha de São Paulo, Restadão, inVeja e U Grobo!!!
quicoli
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Ceará - Criação recorde de 50 mil empregos no ano

O mercado de trabalho formal do Ceará abriu 50.377 vagas de emprego, nos oito primeiros meses do ano, resultado recorde para o período. Foram 299.122 admissões e 248.745 desligamentos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho (MTE).

O saldo representa um crescimento de 76,85%, em relação a igual período do ano passado. É o segundo melhor resultado do Nordeste, atrás da Bahia (80.678). E o nono maior do País. O coordenador estadual do Sine/CE, Ari Célio Mendes, diz que a expectativa é ultrapassar 95 mil novas vagas apenas em 2010, registrando mais um recorde. No ano passado, foram 64.436 novos postos.

Esta meta deve ser alcançada com as vagas motivadas pelo fim do ano. As 18 lojas da Casa Pio em Fortaleza, por exemplo, deve empregar 400 novos funcionários em outubro. O processo de seleção já está aberto, segundo o gerente administrativo da loja, Paulo César Duarte. "São vagas para todas as funções, principalmente, vendedor, empacotador, estoquista, recepcionista, caixa", afirma. "O aumento nas contratações neste período do ano cresce de maneira significativa. São contratos de experiência, mas há chance de ser efetivado". As sapatarias Nova e Esposende também estão com vagas abertas.

Para Ari Célio Mendes, do Sine, o desempenho registrado no acumulado do deve-se ao aumento da renda familiar. "Seja pelo aumento real do salário mínimo, seja pela reposição das perdas salariais e a conquista de novos benefícios ou ainda pela ampliação do bolsa família, aliados à estabilidade econômica, são os maiores responsáveis por esse bom momento e pelo otimismo do mercado", analisa. "Esses fatores permitem o acesso de consumidores das classes mais baixas, gerando um ciclo virtuoso do consumo, impulsionando o crescimento da economia e a geração de novos postos de trabalho".

No últimos 12 meses, encerrados em agosto último, o saldo do emprego é de 86.327 postos de trabalhos, o terceiro maior do Nordeste, seguindo a Bahia (107.873) e Pernambuco (88.991). Neste intervalo, o crescimento é de 122%.

Serviços lideram
Por setor de atividade econômica, nos últimos 12 meses, o setor serviços foi responsável por 32,56% dos novos empregos. Foram 28.112 vagas aberta. Em segundo lugar, vem a indústria de transformação, com 24,81% (21.420 postos), e a indústria da construção civil, com 21,97% (18.968). O comércio responde por 19,58% dos empregos gerados, com 16.909 novas vagas abertas no Estado.

Serviços lideram o saldo do emprego nos resultados de agosto (3.915, sendo 1.512 para o segmento de administração de imóveis) e dos oito primeiros meses do ano (18.813). No mês a segunda contribuição é da indústria (2.879, sendo 826 no segmento de calçados e 674 na indústria de alimentos), seguida pelo resultado do comércio (2.040), construção civil (1.931) e agricultura (1.231).

No ano, a segunda maior influência é da indústria (21.420, sendo 3.817 em calçados e 3.584 em têxtil e vestuário), depois, vêm a construção civil (18.968) e o comércio (16.909). 

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Balanço da campanha na sua reta final

Com todas suas turbulências – naturais, conhecendo o que tem sido o desespero da oposição, que tem na velha imprensa seu peso essencial -, a campanha presidencial deste ano não poderia ter sido, até aqui, mais racional, normal, até onde pode esperar racionalidade de um processo como esses.


Está triunfando, de maneira avassaladora, a candidata de um governo que tem um apoio extraordinário da população. Lula tinha anunciado que seria a campanha mais fácil, porque seria possível mostrar as realizações do governo, ao final de um ciclo de 8 anos, que conta com uma popularidade que nunca havia sido obtida ao final do mandato.

Essa previsão se revelou correta. A liderança do Serra ao longo de tantos meses se assentava no conhecimento do seu nome, que contrastava com a decisão dos mesmos que optavam por seu nome, pela vontade de votar no candidato do Lula. Isto levou o Serra a tentar, em um primeiro momento, a tentar passar a imagem do melhor continuador do governo Lula – espelhada no seu lema inicial, de que “pode mais” e na utilização da imagem do Lula, elogiosamente, no seu programa eleitoral -, até que se deu conta que o mecanismo esperado passava a se realizar inexoravelmente: esses votos eram transferidos para Dilma, conforme ela foi aparecendo como a candidata de continuação do governo, para o qual ela tinha sido coordenadora essencial.

O começo da campanha de televisão e a multiplicação dos comícios pelo Brasil afora foram o elemento de consolidação de uma vantagem que nas pesquisas passou a ser maior do que 20%, se aproximando dos 30%, o que provocou crise de identidade, desconcerto e paralização da campanha opositora. Nesse vazio se projetaram as tendências que pregavam uma radicalização da campanha, como único espaço que restava ao candidato opositor.

Passou-se à fase atual, com um contraponto claro entre campanha de balanço de um governo de sucesso, com projeção da sua continuidade para o futuro, e ausência de algo similar nem sequer onde Serra e os tucanos governaram por mais de 10 anos – São Paulo. As denúncias, com a esperança de que o fenômeno da passagem ao segundo turno na campanha de 2006 pudesse resgatar a queda nas pesquisas e brecar o avanço da Dilma.

O denuncismo foi a tônica opositora, levando a imprensa brasileira a um dos piores momentos da sua história – ainda superada pelo apoio unânime dos órgãos atuais ao golpe militar e à ditadura que se instaurou em 1964. Atuou de forma coerente com a declaração da executiva da FSP de que, dada a fraqueza dos partidos opositores, a velha mídia era o verdadeiro partido da oposição.

Se valem de tudo – de indícios reais a provas forjadas, de declarações de fontes sem nenhuma credibilidade a mentiras – no desespero, protagonizando a campanha eleitoral no lugar do candidato opositor, dilapidando o resto de credibilidade que lhe restava. (Falar e escrever todo o tempo contra o governo e obter apenas 4% de rejeição do governo demonstra a que nível de falta de credibilidade chegaram).

Apesar de todos os escândalos forjados pelo denuncismo, Dilma se encaminha para ganhar no primeiro turno, impondo uma derrota de proporções à direita. Derrota, em primeiro lugar, da velha imprensa. Em segundo lugar, dos tucanos paulistas. Em terceiro, do DEM. Vitória, em primeiro lugar, do governo Lula, do Lula e da Dilma. Em segundo, do conjunto do campo popular – partidos, movimentos, imprensa alternativa (bloqueiros progressistas incluídos) – e do povo, que constroem uma nova maioria progressista no país.

Pode haver ainda novas atitudes da velha imprensa nestas duas semanas. Não se excluir a exploração de algum parente de vitima militar de alguma ação da resistência armada à ditadura, tentando vinculá-la à Dilma. Ela nunca participou de ações, menos ainda que tivessem vítimas do lado da ditadura. Mas como é um vale tudo, pode-se considerar a possibilidade do apelo a esse tipo de manipulação.

Da mesma forma que, no limite poderiam apelar para algum auto-atentado, algum atentado forjado por eles mesmos, para tentar transformar o candidato da oposição ou algum órgão da imprensa em vítima de suposta violência.

Não creio que nada disso possa alterar o resultado eleitoral, pelas razões de fundo que levam ao voto pela Dilma e pela proporção de votos decididos firmemente. Mas se deve ter manter todos os sinais de alerta, porque historicamente nunca as elites cederam seus privilégios sem apelar para todos os instrumentos de que dispõem.

Esse o quadro, em linhas gerais, da campanha que deve fazer com que, pela primeira vez na história deste país, um governo – teria que ser de caráter popular – conclua seu mandato de 8 anos com um extraordinário apoio e eleja seu sucessor. Para comemorar mais: uma mulher, de formidável competência e de trajetória exemplar.

Estamos a pouco tempo de um momento histórico único no Brasil. Que estejamos todos à altura desse momento e do período novo que se abre na história do país.

por Emir Sader

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