Como será o governo de Dilma Rousseff?

Eis uma pergunta que estão fazendo a si próprios tantos atentos observadores da vida brasileira. O economista Delfim Netto, com sua longa vivência na vida pública brasileira, costuma dizer que se engana quem pensa que Dilma vai repetir o governo do presidente Lula, que a escolheu. Embora tenha desempenhado papel-chave no segundo mandato de Lula, substituindo José Dirceu na chefia da Casa Civil, o ex-ministro da Fazenda acredita que Dilma Rousseff vai comandar um governo bastante diferente do atual, a que serviu com tanto zelo.

Em primeiro lugar, Dilma não tomará decisões à base de intuição, como Lula, mas de informações. Como uma espécie de primeiro-ministro, função que desempenhou no segundo mandato de Lula, inspirando-lhe admiração, Dilma conheceu alguns dos mistérios da nossa máquina estatal e de como se comportam os que nela atuam. Delfim acredita que Dilma vai demonstrar a sua competência na montagem de seu governo, e, sobretudo, na chefia dessa nova máquina. Julga ele que a presidente eleita vai demonstrar ao país que é uma pessoa atenta e competente.

Os confirmados
Na Secretaria de Assuntos Estratégicos ficará o ex-governador Moreira Franco (PMDB), na Comunicação Social, a jornalista Helena Chagas, no Ministério dos Transportes, volta Alfredo Nascimento, do PR, no Ministério do Turismo, ficará o deputado federal Pedro Novais (PMDB), na Previdência, Garibaldi Alves (PMDB), Minas e Energia, Édison Lobão (PMDB), Agricultura, Wagner Rossi (PMDB) e Comunicações, Paulo Bernardo (PT). Nelson Jobim, também do PMDB, vai continuar no Ministério da Defesa, por uma decisão da presidente Dilma Rousseff.

O futuro
Mas essa expectativa do ex-ministro da Fazenda é para ser conferida logo mais adiante, no dia a dia do novo governo, que já foi, praticamente, todo ele constituído. A equipe econômica estava definida: Guido Mantega continua no Ministério da Fazenda, Miriam Belchior, a coordenadora do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) assumirá o Ministério do Planejamento, e o diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, Alexandre Tombini, foi indicado para presidir essa instituição, estando para ser aprovado pelo plenário do Senado.

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Foram anunciados Antonio Palocci para ocupar a chefia da Casa Civil, José Eduardo Cardozo, o Ministério da Justiça, e Gilberto Carvalho, para a Secretaria-Geral da Presidência da República. Quarta-feira, a equipe de transição, com a aprovação da presidente eleita, anunciou mais dez ministros que farão parte do futuro governo. Há três nomes do PT: senadora Ideli Salvatti, ministra da Pesca e Aquicultura; a deputada federal gaúcha Maria do Rosário, que fica com o Ministério dos Direitos Humanos, e Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, que assume a pasta das Comunicações.

Entendimento
Convém lembrar que a ministra Dilma Rousseff acabou chegando a um entendimento com o PMDB, ao reservar para a legenda cinco ministérios - o quinto foi a Secretaria de Assuntos Estratégicos, entregue ao ex-governador do Rio de Janeiro, Moreira Franco, um dos políticos mais ligados ao vice-presidente Michel Temer e à cúpula partidária. "Está de bom tamanho" - foi a frase pronunciada pelo vice-presidente Michel Temer para exprimir o seu contentamento com a cota ministerial reservada ao PMDB, do qual ele ainda é o presidente de fato e de direito. Era importante para a futura presidente da República chegar a um bom entendimento com o PMDB, partido que terá papel de singular importância em sua base de apoio parlamentar.
Tarcísio Holanda
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As mudanças climaticas e o jogo do poder

 O comportamento das nações desenvolvidas no debate sobre as mudanças climáticas embute certo componente insólito. Se a única certeza que todos temos é a de que nosso futuro como Humanidade fica frágil toda vez que deixamos de tratar o tema com a urgência necessária, como podem os países ricos bloquear medidas de contenção ao aquecimento global?
Infelizmente, a excentricidade das nações desenvolvidas, com EUA à frente, oculta o rearranjo de poder em uma nova ordem global ainda em formação. Um mundo em que, evidentemente, os países em desenvolvimento surgem como atores internacionais atuantes e de peso. Assim, o que buscam é tentar diminuir o avanço de China, Índia e —claro!— Brasil nessa reorganização.
No caso dos EUA, as gigantes petroleiras, que auferiram altos lucros com as recentes investidas militares no Afeganistão e Iraque, estão por trás dos obstáculos criados. Uma atitude esperada, já que a nova economia limpa tende a excluí-las do mercado de combustíveis. Barrar o avanço de medidas que, em último caso, podem garantir a existência da vida na terra é, na verdade, a maneira que os EUA encontraram para ganhar tempo e se recolocar no tabuleiro de poder internacional.
Felizmente, e de forma surpreendente, a COP-16 (Conferência Mundial de Clima das Nações Unidas), em Cancún (México), encerrou-se com a criação do fundo de US$ 100 bilhões para combater mudanças climáticas nos países em desenvolvimento, a manutenção do Protocolo de Kyoto —que vem sendo desrespeitado pelos EUA— e a adoção de mecanismos para compensar os países tropicais pela redução do desmatamento.
Nada mais justo, posto que as nações desenvolvidas têm maior responsabilidade nos efeitos climáticos negativos que vivenciamos —juntos, China e EUA jogam na atmosfera 40% dos gases estufa do planeta—, além de condições mais adequadas para frear o processo de aquecimento global. Em outras palavras, a estratégia de resolução desse problema deve ser colegiada e, inicialmente, voltada aos países mais pobres e em desenvolvimento.
A professora de Engenharia de Transportes da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Suzana Kahn Ribeiro, que participou da COP-16, considerou ao jornal O Globo (13/12) que a semente dos avanços conquistados no México foi plantada um ano antes, na COP-15, em Copenhague (Dinamarca).
A dificuldade de se chegar a um acordo, a profusão de interesses particulares colocados acima dos coletivos e o comportamento dos representantes dos países fizeram a COP-15 terminar com sabor de derrota. Mas permitiu o amadurecimento do debate e novas rotas de negociação para que passos importantes fossem dados agora, em Cancún —China e Índia, por exemplo, amenizaram suas posições em relação a Copenhague.
Sem dúvidas, o papel do Brasil foi crucial. Há um ano, com a participação do presidente Lula e de Dilma Rousseff, apresentamos metas voluntárias até 2020: redução do desmatamento da Amazônia em 80%, corte entre 36,1% e 38,9% das emissões de CO2 e investimento de US$ 166 bilhões (US$ 16,6 bilhões por ano) na luta contra a mudança climática. Em 2010, mantivemos nossos compromissos e, segundo Suzana Ribeiro, isso foi “fundamental porque deu um sinal a outros países da disposição para combater as mudanças climáticas”.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, colaborou nesse processo, ao anunciar que o Brasil havia assinado um decreto que regulamenta a Política Nacional de Mudanças Climáticas —um roteiro da política que seguiremos setorialmente para reduzir a nossa poluição. Somos o primeiro país a formalizar esse compromisso.
O término da COP-16, com passos concretos de combate ao aquecimento global, facilita que os países planejem de forma mais detalhada suas metas regionais e locais. No Brasil, teremos clareza para onde estamos caminhando e poderemos cobrar mais incisivamente os governadores e prefeitos das grandes cidades.
Além de sermos o primeiro país a se comprometer com medidas climáticas, o que nos favorece no novo ordenamento mundial que passará pela economia verde é nosso inestimável potencial energético. Com 85% de energia hidrelétrica, 47% renovável e pioneiro em biocombustíveis, o Brasil está na vanguarda.
Ao contrário do que muitos podem afirmar, a descoberta de petróleo na camada do pré-sal antes de ser um empecilho a esse papel de liderança nas matrizes energéticas limpas, é uma possibilidade real de construirmos um modelo sustentável.
Afinal, se os combustíveis fósseis ainda serão por muitos anos as principais fontes energéticas em uso, nosso país tem a chance de voltar os recursos do pré-sal à consolidação da matriz energética renovável e à produção de combustíveis ecológicos, as fontes do futuro. A palavra-chave é uma só: equilíbrio.
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Dinheiro compra felicidade

Sobre a noticia abaixo só tenho a dizer: 
Quanta tolice, quanta babaquice, quanto dinheiro para desperdiçar...

Um estudo elaborado por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia indica que existe uma correlação significativa entre renda e sensação de bem-estar ou satisfação com a própria vida. 

A revista britânica “The Economist” traz uma reportagem sobre esse levantamento e conclui que “dinheiro realmente pode comprar felicidade”.
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Lula bate recorde

e termina governo com 87% de aprovação


Ex-blog do Cesar Maia

Não se nasce, não se morre mais em Santa Cruz - Rio de Janeiro


Cesar Maia

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1. Santa Cruz é um bairro da cidade do Rio de Janeiro onde moram 250 mil pessoas. Incluindo seu entorno próximo -Paciência e Sepetiba- são quase 400 mil pessoas. Santa Cruz é o terceiro ou quarto polo industrial mais importante do Brasil.

2. Desde o início de 2009, o cartório de Santa Cruz está fechado. A partir daquela data, os registros de nascimento e de morte são feitos em Campo Grande, bairro a 15 km de Santa Cruz. Ou em outro município limítrofe, Itaguaí.

3. Mas com o fechamento do Hospital Pedro II, desde 14 de outubro deste ano, os bebês não podem mais nascer fisicamente em Santa Cruz: a maternidade está fechada. Devem nascer em Campo Grande ou Itaguaí. Não terão mais em suas fichas de nascimento a denominação do bairro em que suas famílias vivem.

4. Da mesma forma, aquelas pessoas que, muito doentes, falecem num hospital. Se falecerem em casa, se registra o óbito em Campo Grande ou Itaguaí. Mas se vierem a falecer no hospital, fisicamente terão falecido em Campo Grande ou Itaguaí.

5. Santa Cruz é o bairro de maior expansão populacional e de maior expansão industrial do Rio.

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BRASIL E ESTADOS UNIDOS: MAIS RIVAIS QUE ALIADOS!

Trechos do artigo do professor de relações internacionais da Universidade Di Tella (Argentina), FABIÁN C. ALLE

1. Algo começa a mudar, nas relações entre os EUA e o Brasil, com o decorrer dois meses e dos acontecimentos mais recentes, como a derrota de Obama nas eleições e o efeito WikiLeaks. Isso irá confirmar um maior grau de cautela nas relações entre os EUA e o Brasil.

2. Esta nova percepção no âmbito de análise e decisão dos EUA tem como um de seus mais fortes reflexos o documento intitulado "Dilemas da Grande Estratégia Brasileira" do Instituto de Estudos Estratégicos do Exército daquele país e publicado há alguns meses. Nele, se conclui que a lógica presente e futura entre os dois países tende mais para a rivalidade do que para a aliança.

3. Nesta transição, houve a divulgação pelo WikiLeaks de milhares de informações de baixo, médio e médio-alto grau de segurança do Departamento de Estado sobre a relação com o Brasil. Exemplos: a suposta decisão do governo do Brasil de orientar a compra de aviões de combate da Europa e não dos Estados Unidos \ o conhecimento prévio que existiria no Brasil sobre a presença das FARC na Venezuela \ o comentário de um ministro brasileiro sobre uma forte atitude antiamericana por parte de Marco Aurélio Garcia e Samuel Pinheiro \ as supostas detenções por parte da polícia de suspeitos de terrorismo internacional e que não foram acusados formalmente \ e os pedidos informais a países árabes moderados e a empresários influentes para que usassem seus bons ofícios para evitar a presença do extremismo islâmico no Brasil.

4. A vitória de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais não fez mais do que reforçar a ideia de que esta política exterior crescentemente ativa e desafiante está destinada a permanecer nos próximos anos. Esses processos deveriam ser uma realidade inescapável para os atuais e futuros tomadores de decisões em matéria de política externa e de defesa da Argentina. Mais ainda quando se revela o que parece ser, uma estabilização positiva da relação entre a Argentina e os EUA. Ponto de partida seriam os acordos específicos, como a não proliferação de armas e as tensões com o regime iraniano. A estratégia do Brasil de "cara a cara", terá um olhar atento de Washington.

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BRASIL: DEMOCRACIA IMPERFEITA! ÍNDICE DO BRASIL NO SEGUNDO GOVERNO LULA!
          
(Folha SP, 17) A América Latina só tem dois países entre as "democracias plenas" (Uruguai, 21º, com 8,10, e Costa Rica, 24ª, com 8,04). Dois países latino-americanos estão à frente do Brasil na lista de "democracias imperfeitas": Chile (34º) e Panamá (46º). Índice da Democracia 2010, que acaba de ser divulgado pela Economist Intelligence Unit, o braço de pesquisas da respeitada revista britânica "The Economist". O Brasil recuou do 41º lugar em 2008 para o 47º agora (o levantamento é feito a cada dois anos). Caiu de 7,38 pontos para 7,12, em 10 possíveis. Nem aparece como "democracia plena", o belo rótulo reservado para apenas 26 dos 167 países ranqueados. O Brasil é rotulado como "democracia imperfeita"

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"CAVEIRÃO", MARINHA E COMPLEXO DO ALEMÃO!

1. Muitas pessoas se perguntam por que não viram o famoso "caveirão" na ocupação do Complexo do Alemão. Na verdade é um problema -digamos- técnico. O "caveirão" nada mais é que um desses carros-fortes que transporta valores -para e dos- bancos, com blindagem semelhante e pintado de preto com alguma marca da polícia. Mas com estas características, não consegue atravessar obstáculos colocados pelos traficantes, nem uma vala cavada no meio do caminho.

2. Para atravessar os obstáculos precisaria em vez de rodas, ter "lagartas", ou seja, esteiras como essas que usam os tanques. Mas o exército proíbe as polícias usarem "lagartas", alegando se tratar de um equipamento tipicamente militar.

3. Por isso foram chamados os tanques da Marinha. Esses, com as "lagartas", ultrapassariam qualquer obstáculo com facilidade. Sem eles não haveria ocupação alguma, ou se houvesse, o custo da violência seria alto.

4. Quando os bandidos viram tanques com "lagartas" e que os fossos e obstáculos que construíram não serviam de nada, tomaram a única decisão possível: fugiram. A ocupação era inevitável e incontrolável. O "caveirão" que eles esperavam e que estavam acostumados a combater estava aposentado.

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CHÁVEZ APROVA LEI DE "RESPONSABILIDADE SOCIAL"  ANTES DO PT POR AQUI!
                  
O que é responsabilidade social? Um eufemismo para designar lei de censura aos meios de comunicação, às rádios, à TV, às telecomunicações e a internet. Olha aí Lula, um bom nome para iludir a boa fé da população e censurar os meios de comunicação. Começam os protestos internacionais: Repórteres sem Fronteira, Sociedade Brasileira de Imprensa, Associação Interamericana de Radiodifusão...


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Chega de hipocrisia

Legalização já, do aborto e dos jogos de azar...
Os de sorte [loterias] estão todos legalizados e explorados a contento.

Depois de defender a descriminalização do aborto, o governador Sérgio Cabral ontem se disse a favor da legalização do jogo. 
 
Ele argumentou que o Brasil é o único país do Mercosul onde o jogo é proibido e lembrou que países da Europa, da América do Norte e até a China já liberaram a jogatina. 
 
"Chega de demagogia e hipocrisia. Para ter o jogo é só estabelecer regras rígidas e controle. Essa verba arrecadada poderia beneficiar muita gente e gerar empregos", disse Cabral, que criticou a Câmara por ter rejeitado, na terça, projeto que liberaria o bingo. 
 
"Como diria o grande Mário de Andrade, são as coisas do Brasil: a saúva, a jabuticaba... Francamente, temos problemas sérios, muito maiores, quando o jogo se torna ilegal", disse, lembrando que, na clandestinidade, o setor não paga impostos. 
 
"Então, deixo essa reflexão natalina para vocês e para 2011, com menos hipocrisia e mais vida como ela é", disse, durante evento realizado pela Loterj.

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Concessão - Novo modelo

Um novo modelo permitirá licitação em mais de 20 mil km de rodovias federais

Um novo plano de concessão de rodovias está sendo preparado pelo governo para oferecer a iniciativa privada. 
 
Nos últimos 4anos, consertos e manutenção dessa malha custaram R$ 1,2 bilhão à União, segundo o DENIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes -. 
 
A nova proposta prevê a criação de uma modalidade de concessão na qual a empresa vencedora passa a responder apenas por serviços de reparo e manutenção das vias. Eventuais obras de grande porte, como a construção de viadutos e a duplicações de pistas, continuariam a cargo da União. Com isso, os preços cobrados do consumidor nas praças de pedágio serão muito menores que os atuais.
O projeto foi elaborado pelo Dnit, e será apresentado em fevereiro ao Departamento de Outorga do Ministério. 
"Não é papel do Dnit fazer políticas públicas, mas estamos ousando em sugerir ao governo federal essa nova modalidade de contrato, que seria uma concessão administrativa rodoviária", explica Luiz Antonio Pagot, diretor-geral do órgão.
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