por Alon Feuerwerker

A presidente Dilma Rousseff disse ontem que o governo quer combater duramente a inflação. Mas todos os sinais vindos do Planalto e da Esplanada, na luz e na sombra, trazem outra lógica.

De que para este governo o limite do combate à inflação é o robusto crescimento econômico. Ou seja, a administração Dilma não está disposta a desacelerar a economia para conter os preços.

Eis um traço. O poder, especialmente a chefe, diz uma coisa, mas o que aparece da ação governamental é diferente. Algumas vezes, como no caso da inflação, é o oposto.

Semana passada Dilma discursou no Itamaraty reafirmando a centralidade dos direitos humanos nos critérios para definir a conduta do Brasil diante de outros países.

Apenas dias antes tinha voltado da China, onde se esqueceu solenemente de tocar no assunto para valer.

A ministra da área, Maria do Rosário, afirma que para o Brasil os direitos humanos são inegociáveis. Com a China, pelo visto, foram objeto de negociação. Ou de renúncia. Aliás, a ministra esteve na viagem à China?

A inflação e os direitos humanos nas relações internacionais são talvez os dois pontos de maior nitidez da tendência de o discurso e a ação caminharem independentemente, por universos paralelos.

Mas serve também para a política propriamente dita. No discurso, a administração é republicana. Na ação, são frações do Estado atuando para desmontar a oposição.

O que é legítimo, mas fruto também de ilusões sobre o monopólio do poder. Pois se existe oposição social ela acaba abrindo uma válvula. Políticos da oposição quando aderem ao governo não carregam com eles, automaticamente, os eleitores.

Se até nas ditaduras uma hora a coisa pega, vide Líbia e Síria, quanto mais nas democracias. O rio sempre encontra um caminho para o mar.

Um problema da ausência de oposição política formal é a oposição social instalar-se nos intestinos do governo, e acabar por paralisá-lo. Derrotá-lo de dentro.

Quem conhece, por exemplo, a opinião do Palácio do Planalto sobre as mudanças no Código Florestal?

A verdade é que não há uma opinião “do governo”. Há uma ação de governo para evitar que a maioria claramente antipetista neste ponto se expresse na Câmara dos Deputados e no Senado.

O que se pode chamar mais propriamente de “o governo” torce pela aprovação do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), mas torce escondido. Inclusive alguns que supostamente têm reservas ao relatório.

Ao mesmo tempo, é preciso salvar a face do PT, sem desagradar porém à bancada da agricultura.

Um resultado prático desse mosaico sem norte é o acacianismo. O espaço do que deveria ser ocupado pelo governo que luta na sociedade por sua posição política é preenchido por obviedades fraturadas, quando o “por um lado” e o “por outro lado” dançam uma valsinha sem sentido prático.

Como a nota de ontem do Itamaraty sobre o massacre de manifestantes oposicionistas desarmados na Síria. O Brasil, por um lado, é contra a repressão. Por outro lado, é contra a ingerência externa nos assuntos sírios, a não ser se aprovada pela ONU.

Mas a conduta do Brasil na ONU tem sido discursar sistematicamente contra o uso da força militar para conter regimes tirânicos que decidem massacrar o povo. Aliás, a própria nota do Itamaraty desrecomenda o emprego da força contra Damasco.

Uma alternativa, então, seriam as sanções. Mas o Brasil tampouco é simpático a elas. Como está fartamente evidenciado no caso do Irã.

Pensando bem, talvez o único momento em que se viu uma ação coordenada e efetiva de governo nestes meses tenha sido a troca de comando da Vale.

Fim da privacidade

Talvez alguns usuários de iPhone tenham se surpreendido, na semana passada, quando descobriram que o telefone registra dados sobre a localização de seu dono a cada minuto. E que envia tudo para a Apple. A maioria, no entanto, é como o típico consumidor digital. Está anestesiada o suficiente para não dar a mínima. Pois bem: celulares Android fazem o mesmo, a diferença é que no lado do receptor dos dados está o Google. A única maneira de sustentar a internet atual é abrindo mão de alguma privacidade. É porque a moeda corrente na rede são os sinais.
No jargão do Vale do Silício, signals, sinais, são cacos de informação. Sua localização geográfica. O número de links que uma página recebe. As línguas que um indivíduo fala. Sua velocidade de acesso à internet em cada momento do dia. A internet foi deficitária até a virada do século. Se virou um negócio formidável capaz de criar gigantes como Google, Facebook ou Amazon, é por dois motivos. Primeiro, estas empresas aprenderam a processar estes sinais e tirar conclusões a partir deles. Segundo, estas conclusões valem dinheiro, seja em propaganda, seja na venda direta de produtos.
A capacidade de nos provocar a ceder sinais é o que está no fundo das estratégias no Vale. Ao Facebook, cedemos um mapa de nossas relações sociais. Ao dividir artigos, entregamos nossos interesses. O Facebook sabe quantos filhos temos, quantas namoradas listamos ao longo dos anos, em que cidades vivemos.
Parece muito? O Google sabe tudo o que nos atiça a curiosidade. Até mesmo aquelas buscas feitas em segredo, quando a madrugada já chegou. O Google sabe, via Gmail, com quem nos correspondemos e o que está nessa correspondência. Se usamos um celular ou tablet Android, ele sabe por onde andamos.
Não é só informação pessoal. Some toda a informação enviada por todos estes celulares e o Google tem um mapa vivo de como é a internet, que redes wi-fi existem pelo mundo, a que velocidade trafegam, qual a qualidade da internet celular. E sabem que lojas há na vizinhança de cada um destes pontos.
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Novo código florestal brasileiro

Especialistas: Novo código não se sustenta

Texto não teria base científica e colocaria em risco as matas ciliares  se for reduzido de 30 para 15 metros a proteção dos rios com menos de 5 metros de largura.

Pergunto a estes especialistas [ de que mesmo? ] em que lugar do Brasil, quem conhece o interior chama um riacho de rio?..

Só se for nas salas de visitas destes especialistas de teorias. 

Um erro não conserta o outro

Ricardo Noblat, jornalista, blogueiro e compilador-mor da imprensa brasileira, escreve um comentário no blog dele criticando a agressão praticada pelo senador Roberto Requião a um jornalista. Concordo que o senador errou, não deveriu ter tomado o gravador do profissional. E mais, acho que deveria ter respondido a pergunta feita. 

Porém, peço que visitem " Requião, uma vocação de ditador " , e vejam que foi mais agredido, o jornalista que teve o gravador arrancado das mãos ou senador ser chamado de cachorro pelo Noblat?.. 

Que moral tem o blogueiro em condenar o senador insultando-o de forma ainda mais violenta?..

Nenhuma!

Como diz o ditado popular: Um erro não conserta outro.

Fogo cerrado

Amigos do Blog:
      Comunico a todos que estou sob intenso ataque. Acredito que milhares de outras pessoas tambem estejam.
           Cerca de quinze dias atrás passei a ser vítima de intenso ataque, se bem que divertido, por parte da grupo Abril. Não sei o motivo, não tenho mais qualquer negócio com aquela empresa já a alguns anos e não tenho respondido a qualquer "convocação" a receber seus produtos, mesmo que gratuitos.
            Não passa um dia sequer que meu e-mail não seja inundada com incríveis ofertas. Desde produtos variados até publicações variadas. É tanta oferta, tanto desconto, tanto isso ou aquilo que beira o ridículo.
              Devo confessar minha frustração por não ter sido incluido ainda no seleto grupo de Caras.
                   Paciência, um dia chego lá.
jpedro 

Prouni




Foto
O MEC - Ministério da Educação - divulgou ontem segunda (25), uma portaria que prorroga o tempo de curso para os estudantes contemplados pelo Prouni - Programa Universidade para Todos -. 
O prazo que era de uma vez e meia a duração do curso, passou para duas vezes, segundo o órgão, para dar mais chances aos estudantes que, por algum motivo, precisem trancar sua matrícula e adiar a formatura.

Boletim Estudio Madalena

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