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Lula à Gleisi Hoffmann: A verdade sempre vencerá

"Querida companheira Gleisi Hoffmann,
Recebi com muita alegria a notícia de que o STF, por unanimidade, declarou você e o companheiro Paulo Bernardo inocentes, perante as falsas acusações da Lava Jato e da Procuradoria Geral da República.
As mentiras dos delatores e dos procuradores eram tão evidentes que não havia outra decisão possível, apesar da imensa pressão da Rede Globo para condená-la.
Foram quase quatro anos de notícias falsas e parciais. Nunca levaram em conta os argumentos da defesa nem as contradições entre os depoimentos dos delatores, que mudavam de versão cada vez que suas mentiras eram derrubadas pelos fatos e pela investigação.
E você enfrentou toda essa pressão com a indignação dos inocentes e a coragem dos que lutam pela verdade e pela justiça. Você é forte, sempre esteve ao lado do povo, é a presidenta do Partido dos Trabalhadores. É por isso que eles tentaram te destruir numa farsa judicial.
No julgamento dessa terça-feira, sua defesa mostrou que a Lava Jato construiu uma denúncia falsa a partir de depoimentos negociados com criminosos, em troca de benefícios penais e até financeiros.
E pela primeira vez o STF reagiu claramente diante da indústria das delações em um caso concreto, desmoralizando o discurso e a prática da Lava Jato.
Sua absolvição, conquistada por unanimidade, diz muito sobre sua integridade e a reputação como pessoa honesta e líder na política.
Mais do que isso, foi uma importante vitória da democracia e do estado de direito sobre os que vêm tentando impor um regime de exceção contra o PT e as forças populares e democráticas mais expressivas do país.
E agora me pergunto: quem vai te pedir desculpas por quatro anos de acusações falsas, de manchetes nos jornais e na Rede Globo, que tanto sofrimento causaram a você, sua família, seus amigos e companheiros?
Nada espero dos que te acusaram falsamente. Mas tenho certeza de que o povo brasileiro saberá reconhecer seu exemplo de coragem e integridade para enfrentar a máquina de mentiras da Lava Jato e da TV Globo.
E assim, de vitória em vitória, vamos reconstruir este país e restaurar a esperança na democracia, na justiça e na igualdade.
Salve companheira Gleisi, salve companheira inocente!
A verdade sempre vencerá!


Um grande abraço do Lula"

Curitiba, 20 de junho de 2018
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Gleisi Hofmann: estou sendo julgada por ser presidente do PT e defender Lula

A senadora paranaense Gleisi Hofmann, presidente do partido dos trabalhadores, publicou um vídeo no qual afirma que o seu julgamento pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) se deve por ela ser presidente nacional do partido e por defender o direito de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser candidato à presidência em outubro. "A cada dia fica mais claro que a acusação contra mim faz parte da tentativa da Lava Jato de atacar e criminalizar o Partido dos Trabalhadores ", diz ela no vídeo veiculado pelo PT nas redes sociais.

"QUEM NÃO DEVE, NÃO TEME - Gleisi explica julgamento desta terça-feira no STF: um "processo fantasioso", construído com declarações falsas, contraditórias e conflitantes entre si. Gleisi não poderia ter sido acusada de corrupção passiva, porque não ocupava cargo público na época. #SomosTodosGleisi", diz o texto que acompanha o vídeo. Gleisi é acusada pela Lava Jato de ter incorrido nos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.



Carta à senadora Gleisi Hoffmann, de Wilson Ramos Filho

Caríssima Senadora Gleisi,
O Brasil começa a semana indignado com o humano sentimento de revolta em face da iniquidade. 
O país que queremos e que estávamos construindo, com todas as dificuldades e contradições próprias do presidencialismo de coalizão, será julgado no stf (em minúsculas desde que se apequenou). 
Os sonhos, as esperanças, as perspectivas de dias melhores que você encarna como ninguém estão no banco dos réus. 
Os onze que deveriam ter impedido o Golpe, que poderiam ter evitado o congelamento dos gastos públicos por vinte anos e trancado - com base no não retrocesso - a tramitação das inúmeras leis destroem o Estado Social e da que re-regulou, precarizando,  a compra da força de trabalho, os mesmos onze cúmplices de todos os desmandos autoritários da Lava-Jato, que mantém preso o Presidente Lula, voltam-se nesta semana contra a maior liderança feminina de esquerda da história brasileira. 
A população já percebeu que o Golpe foi para transferir renda dos mais pobres para as elites e para manter privilégios da pequena-burguesia. Já há consenso a respeito do caráter classista desta ruptura institucional e da impossibilidade de uma mínima pacificação social se a fraude eleitoral for consolidada impedindo-se a candidatura de Lula. Novamente aqui a decisão caberá aos onze algozes que se fazem de alheados da realidade. 
Onze, apenas onze, pessoas, tomando posição política, se arvoram ao poder mais que divino de definir o futuro de 200.000.000 de pessoas.
Esse futuro, esses sonhos, essas esperanças é que estarão sendo julgados nesta semana, querida Senadora. A decisão, seja qual for, não será de modo algum jurídica. 
Em muitos momentos da história títeres, com a soberba habitual, apanágio dos pequenos de espírito, serviram ao capital e aos mais escusos objetivos. Pensavam-se intocáveis e inatingíveis. E não eram. Nunca são. 

A farsa da lava jato contra Gleisi Hoffmann

Leia abaixo os pontos destacados nas alegações finais da defesa de Gleisi. 

O processo contra a senadora Gleisi Hoffmann, seu marido Paulo Bernardo e o empresário Ernesto Kuglertem todas as características de uma farsa, com sinais evidentes de perseguição política por meios judiciais. Tudo se baseia em declarações falsas, contraditórias e conflitantes entre si, por parte de três réus que transacionaram com agentes do Ministério Público Federal em busca de benefícios penais e financeiros, sem apresentar nenhuma prova do que diziam.
O ponto de partida foi uma delação premiada do ex-diretor da Petrobras, contraditada por um depoimento do doleiro Alberto Youssef, vazado para a imprensa em outubro de 2014. Essas delações deram origem a um inquérito ilegal e secreto da Polícia Federal aberto em março de 2015. Ao longo do processo, Yousseff e o também réu delator Antonio Pieruccini foram mudando suas versões na medida em que eram desmentidas pelos fatos e por outros depoentes.
Nas alegações finais, a defesa aponta inúmeras contradições entre os fatos e a denúncia da PGR. Além de nunca ter pedido ou recebido, dos delatores mentirosos, dinheiro para sua campanha ao Senado em 2010, Gleisi Hoffmann não poderia jamais ter sido acusada de corrupção passiva, pois não ocupava cargo público na época. Pela mesma razão, é falso dizer que teria praticado “ato de ofício” para supostamente beneficiar Paulo Roberto Costa, a quem sequer conhecia.
Gleisi Hoffmann não pediu nem recebeu dinheiro ilegal para sua campanha ao Senado em 2010; não teve, antes, durante ou depois de ser eleita, qualquer ingerência sobre nomeações ou demissões na Petrobrás; não teve participação em desvios naquela estatal ou em quaisquer outros, e todas a provas produzidas no processo comprovam sua inocência diante das falsas acusações.
A FARSA CRIADA PELA PF E PELA PGR
     Nas alegações finais, a defesa de Gleisi Hoffmann mostra que o inquérito policial foi montado com peças obtidas ilegalmente (quebra de sigilos telefônicos sem autorização judicial, inclusive da senadora, entre outras arbitrariedades) e desmonta cada elemento da falsa narrativa dos delatores e da PGR:
1.Delaçoes contraditórias: Em delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, diz ter ouvido do doleiro Alberto Youssef que este fora procurado pelo ex-Ministro Paulo Bernardo, pedindo R$1 milhão para a campanha eleitoral de Gleisi Hoffmann. Alberto Youssef, a seu turno, afirma que Paulo Roberto, e não ele, fora procurado por Paulo Bernardo; e novamente questionado, Paulo Roberto se contradiz e alega, agora, que Alberto Youssef não lhe disse se foi o próprio Paulo Bernardo ou algum interlocutor que o havia procurado.
2.Mudança de versões: Alberto Youssef prestou seis depoimentos e apresentou versões diferentes sobre a suposta entrega do dinheiro. Primeiro disse que entregou pessoalmente R$ 1 milhão a um intermediário em seu escritório em São Paulo. Depois disse que o dinheiro foi entregue “em 2 ou 3” parcelas. Na última versão, já correndo risco de ter sua delação anulada por ter mentido, Youssef apresentou o amigo e sócio Antônio Pieruccini como suposto portador, até Curitiba, de 4 parcelas de R$ 250 mil, que teriam sido entregues ao empresário Ernesto Kluger.

O submundo das delações premiadas

A imprensa acaba de revelar algo que muitos já sabiam: há um abjeto submundo nas delações premiadas, uma verdadeira indústria. Não só nas delações, mas também em alguns silêncios premiados. Segundo a imprensa, o advogado Figueiredo Basto, pioneiro das delações, cobrava propina para garantir silêncio seletivo de seus clientes, manipulando depoimentos. Eu e Paulo Bernardo sempre denunciamos que somos vítimas destas manipulações. Explico em seguida.
         Antes, porém, cabe registrar a grande ironia disso tudo. Acusado por delatores premiados, Figueiredo Basto agora diz que a palavra de delatores não deve ser considerada. Em outros termos: advogado de delatores descarta a palavra de delatores. Seria a piada pronta, mas é o trágico retrato de um sistema judicial envenenado e partidarizado.
          Figueiredo Basto deve ter amplo direito de defesa para (eventualmente) desconstituir a palavra dos delatores. Daqui a alguns anos poderá provar que não é o achacador que hoje estão dizendo na imprensa. Aviso ao advogado que será um tempo de muita dor.
         Há quase quatro anos, Paulo Bernardo e eu fomos acusados falsamente  de pedir e receber dinheiro ilícito para uma campanha eleitoral. A notícia ocupou e ocupa ainda hoje enorme espaço na imprensa. O caso deve ser resolvido em breve pelo Supremo. O que há contra nós está (só e só) nas palavras dos delatores que eram clientes do agora delatado Figueiredo Basto.
         Alberto Youssef afirmou que Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobrás, teria recebido um pedido de doação de campanha diretamente de Paulo Bernardo. Youssef, o delator original da Lava Jato, é defendido por Figueiredo Basto. Youssef (do Figueiredo Basto) está, portanto, na origem da denúncia.
         A delação começou a ruir quando Paulo Roberto Costa – que tem outro advogado – desmentiu Youssef e negou que Paulo Bernardo tivesse solicitado qualquer doação de campanha. E negou em inúmeros depoimentos (incluídas duas acareações com o próprio Youssef). Até hoje não há ninguém que diga ter recebido, de Gleisi ou Paulo Bernardo, o pedido de dinheiro. No entanto, estão considerando no processo, até aqui, que possa ter existido a entrega.
         Neste ponto, Youssef (do Figueiredo Basto) disse originalmente que ele próprio havia entregado o dinheiro, em parcela única, a um emissário de Paulo Bernardo, o empresário Ernesto Kugler. Depois alterou a versão para sustentar que teriam sido várias entregas. Afirmava que Kugler, com este objetivo, teria estado em seu escritório em São Paulo. Investigados os registros, ficou demonstrado que Kugler nunca havia estado no escritório mencionado. E Kugler sempre sustentou que nunca recebeu nada de ninguém. Até aqui, portanto, não havia prova alguma do pedido ou da entrega de dinheiro.
         Youssef (do Figueiredo Basto) altera outra vez o depoimento (já estamos na terceira versão...). Diz que outros “auxiliares” teriam cumprido a missão de entregar o dinheiro. No entanto, os “auxiliares” indicados por Youssef, ouvidos pela Polícia Federal, negaram (nenhum era cliente de Figueiredo).
         A estória seguia órfã de um pedido e de uma entrega de dinheiro. É neste momento que aparece (mais de um ano depois denúncia) outro cliente de Figueiredo Basto: Antônio Carlos Pieruccini. Trata-se de um velho conhecido da Polícia Federal. Foi sócio de Youssef no famoso escândalo da Copel/Olvepar. À época, os dois – Pieruccini e Youssef – também foram defendidos por Figueiredo Basto (e ambos também delataram).

Carta de Lula para Gleisi Hofmann

Gleisi Hoffmann foi eleita em junho como presidente nacional do PT e contou com o apoio de Lula

Querida Gleisi,
Estou acompanhando na imprensa o debate da minha candidatura, ou Plano B ou apoiar outro candidato.
Sei quanto você está sendo atacada. Por isso resolvi dar uma declaração sobre o assunto.
Quem quer que eu não seja candidato eu sei, inclusive, as razões políticas, pois são concorrentes. Outros acham que fui condenado em 2a. instância, então sou culpado e estou no limbo da Lei da Ficha Suja.
Os meus acusadores sabem que sou inocente. Procuradores, juiz,TRF-4, eu sou inocente. Os meus advogados sabem que eu sou inocente. A maioria do povo sabe que eu sou inocente.
Se eu aceitar a ideia de não ser candidato, estarei assumindo que cometi um crime.
Não cometi nenhum crime.
Por isso sou candidato até que a verdade apareça e que a mídia, juízes e procuradores mostrem o crime que cometi ou parem de mentir.
O povo merece respeito. O povo tem que ter seus direitos e uma vida digna.
Por isso queremos uma sociedade sem privilégios para ninguém, mas com direitos para todos.
***
Aliados e adversários de Lula e do PT vão ter de tomar bastante maracugina até que ele anuncie quem terá seu apoio.

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Imperdível - Gleisi Hoffmann denuncia canalhas do Senado

Aprovação da reforma trabalhista - O maior retrocesso da história do Brasil, atingindo milhões de trabalhadores e trabalhadoras brasileira, além claro, milhões de crianças e idosos pobres do país.

***

Plataforma da campanha de Lindebergh a presidência do PT


Resultado de imagem para lula lindbergh gleisi

- os pressupostos do Golpe já foram desmascarados
- temos que fazer como o Lula em 2009: botar dinheiro na mão dos pobres
- está claro que o Golpe é contra o povo
- a reforma de Previdência pôs o povo de novo ao nosso lado
- depois de toda a perseguição, o Lula não morreu: ao contrário, cresce a cada pesquisa
- não podemos esperar: temos que lançar a candidatura do Lula a presidente em abril, maio
- o PT está frouxo demais
- não vamos aceitar que impeçam Lula de ser candidato
- o jornal nacional editou 14 horas para agredir Lula e D. Marisa
- D. Marisa nao aguentou
- Lula não está acima da Lei mas não está abaixo da Lei

Traíra mente, rouba e faz terrorismo midiático

Não basta ser golpista. Apavorado com as pesquisas que mostram a elevada reprovação de seu governo – 39% segundo a última CNI/Ibope –, fato que pode provocar a debandada antecipada dos apoiadores de ocasião, o presidente Michel Temer decidiu partir para o mais abjeto e bizarro terrorismo midiático contra as conquistas sociais e contra o PT e a esquerda.

Utilizando o pretexto de promover o equilíbrio das contas públicas, o governo patrocina mudança na Constituição para promover um cruel sucateamento da saúde e da educação. Mesmo estando claro que a crise fiscal foi provocada pela forte queda na arrecadação, a tecnocracia que assumiu o poder se recusa a baixar os juros para incentivar os investimentos. No lugar, prefere pagar quase R$400 bilhões em serviço da dívida, não reduzindo as taxas estratosféricas de juros.

Se não bastasse cortar ao máximo os gastos públicos nos próximos 20 anos, os idealizadores das maldades palacianas estão tirando do forno a reforma da Previdência, o que vai piorar profundamente a renda de milhões e milhões de brasileiros. Eles não querem apenas aumentar a idade para trabalhadores rurais e urbanos se aposentarem, independentemente de quando começaram a dar duro na vida, ou igualar a idade mínima de homens e de mulheres. Querem também reduzir a migalhas os benefícios dos idosos pobres e pessoas com deficiência que recebem o salário mínimo por meio da assistência continuada.

Nesse rastro de destruição, Michel Temer decidiu partir para o golpe baixo. Hoje, o Palácio do Planalto divulgou nos principais jornais do país a peça publicitária intitulada "Vamos tirar o Brasil do Vermelho para voltar a crescer". É simplesmente deplorável ver o governo gastar milhões do dinheiro público em propaganda oficial para mentir para a população e disseminar o ódio contra o Partido dos Trabalhadores e a esquerda. Aliás, tudo se encaixa. Temer já vinha agindo dessa forma desde que iniciou sua trajetória golpista. Primeiro, se mancomunou com os oportunistas de sempre para derrubar a presidenta Dilma. Agora, articulado com forças cujos interesses estão bem claros, parte para a tentativa do golpe final, que é tirar direitos da população e afastar o presidente Lula do jogo eleitoral.

A propaganda é um amontoado de mentiras e meias verdades. Afirma, por exemplo, que havia R$ 54,3 bilhões de despesas do PAC já realizadas e ainda não pagas. No entanto, dados do próprio Siafi mostram que, ao final de 2015, o restos a pagar do PAC era de R$ 49 bilhões. Porém, apenas R$ 5,6 bilhões eram despesas já realizadas. As demais referem-se a obras já contratadas, mas não entregues. Cabe destacar ainda que o restos a pagar do PAC caíram de R$ 62 bilhões para R$ 49 bilhões.

Outra mentira diz que a transposição do Rio São Francisco se arrasta ao longo dos anos. Na verdade, a obra já estava 90% concluída no governo Dilma e tinha previsão de recursos para terminar neste ano. Tem mais: alardeia que só foram pavimentados 53 km dos 1.024 km da BR-163 (entre Mato Grosso e Pará), quando na realidade 90% da via já estão pavimentados.

Com essa campanha falaciosa, utilizando o vermelho do PT em um discurso ideológico de duplo sentido, Temer nada mais faz do que tentar ludibriar a população, ao esconder o real projeto de seu governo, que é levar o Brasil para o abismo, principalmente o abismo social.

GLEISI HOFFMANN

Senadora pelo PT do Paraná. Foi diretora financeira da Itaipu Binacional e Ministra-Chefe da Casa Civil

Paraná - Eleição 2014

Requião bagunça o coreto

Poucos políticos no Brasil têm força atualmente para romper a polarização entre o PT e o PSDB. Um deles é o senador Roberto Requião, do PMDB. Embora um aliado crítico dos petistas, Requião decidiu bagunçar o cenário da eleição no Paraná, que caminhava para uma disputa entre o tucano Beto Richa, atual governador, e a ex-ministra petista Gleisi Hoffmann. “Tenho quatro anos e meio de mandato no Senado. Estou muito satisfeito em Brasília, mas quando vi a bagunça que esses meninos inexperientes e irresponsáveis fizeram com o meu estado, senti a obrigação de colocar meu nome à disposição do partido”, afirma.

Machismo repugnante julgar Gleisi e Ideli pela aparência

Amigos, é inaceitável e intolerável o machismo repugnante com que não pouca gente vem tratando as novas ministras da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e de Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
Em notinhas em determinados veículos, em blogs de diferentes tendências pela web afora, e mesmo em certas conversas no Congresso, se discutem menos os méritos, deméritos, a competência ou ausência dela nas duas ministras e mais sua figura.
Uma, Gleisi Hoffmann, é criticada por ser considerada bonita – e lhe salpicam apelidos depreciativos por isso, como aliás já ocorria no Senado, poucos dias após sua estréia, em fevereiro, como senadora de primeiro mandato pelo PT do Paraná. A outra, por supostamente não ser.
O que deveria estar em pauta, exclusivamente, é se Gleisi Hoffmann, cujo cargo de maior responsabilidade executiva que exerceu foi a de diretora financeira da gigante Itaipu Binacional, dispõe ou não do perfil necessário para tocar um ministério extremamente complexo e repleto de atribuições como a Casa Civil da Presidência, que ao longo da história já foi ocupada por grandes nomes da República.
O que deveria estar em pauta, exclusivamente, é se Ideli Salvatti, ex-senadora, candidata derrotada ao governo de Santa Catarina pelo PT no ano passado, que se pautou no Senado por comportamento áspero, espalhafatoso e gritalhão – aparentemente, para dizer o menos, pouco adequado a quem agora coordena negociações difíceis, bizantinas, com partidos aliados e com a própria oposição – reúne a paciência, a tolerância, a habilidade e os demais requisitos para a função que recebeu.
Julgá-las, bem ou mal, pela aparência ou características físicas, ou insistir em comentar esse aspecto em detrimento do que realmente vem ao caso é uma manifestação de machismo e, em algum grau, também de barbárie.
de Ricardo Setti

Refeições para falar mal de Dilma

Na noite de terça-feira, depois da surpresa que foi o anúncio de Gleisi Hoffmann para a Casa Civil, caciques e índios do PMDB refugiaram-se no palácio do Jaburu, para jantar a convite de Michel Temer. Todos com pintura de guerra, para falar mal de Dilma Rousseff.  Não faltou sequer José Sarney. Como admitir que tivessem passado a tarde tentando salvar Antônio Palocci, imaginando agradar a presidente, quando desde a véspera ela  já havia convidado a senadora pelo Paraná para substituí-lo? Tratava-se de uma desconsideração com o vice-presidente, avisado  meia hora antes do anúncio formal, mas, pior ainda, da evidência de que o PMDB continuava à margem de qualquer participação nas decisões de  governo. Como ficaram até às quatro da madrugada, imagina-se que não tenham usado o tempo apenas para lamentos e más referências a Dilma. Traçaram uma estratégia de reação que poderá começar na próxima semana, no Congresso, com a votação do projeto  que limita as medidas provisórias e a aprovação integral, no Senado, do novo Código Florestal, inclusive o perdão aos desmatadores. O PMDB está em pé-de-guerra com o palácio do Planalto, abrindo-se a hipótese de fumarem o cachimbo da paz apenas se o partido for aquinhoado com nomeações aos montes, para o segundo escalão da administração federal. Não  basta ter nomeado o ex-governador do Paraná, Orlando Pessutti, para o conselho de administração de  uma estatal qualquer.

As refeições continuaram na ordem do dia como palco para choro e ranger de dentes  na base parlamentar aliada. Porque horas depois, na quarta-feira, foi o PT que se reuniu em  almoço na casa do presidente da Câmara, Marco Maia. A posse de Gleisi aconteceria pouco    depois e Marco Maia nem compareceu. Não apenas os filés com fritas foram estraçalhados pelos companheiros. O comportamento da presidente Dilma Rousseff, também. Da mesma forma que o PMDB, o PT  não foi consultado e muito menos participou da  escolha da nova inquilina da Casa Civil. Haviam os petistas se negado a expedir nota de solidariedade a Palocci, sendo preciso sangue frio  para não terem produzido um texto de desagrado diante da nomeação da senadora para a Casa Civil. Ignora-se qual o troco a ser engendrado pelo PT, mas boa coisa não será, ao menos no relacionamento com a presidente. Talvez manter distância de Gleisi, quem sabe entregarem às piranhas Luis Sérgio, da Coordenação Política.

Em suma, os dois maiores partidos de apoio ao governo frustraram-se ao perceber que a presidente os ignorou, rejeitando a submissão e demonstrando que quem governa é ela. Até o ex-presidente Lula encolheu-se, elogiando sem entusiasmo a nomeação de Gleisi mas disposto a dar um tempo para ver onde as coisas irão parar.
por Carlos Chagas

por Luis Nassif


O modelo político-gerencial



O caso Palocci permite uma boa discussão sobre modelos de governabilidade.
Vendeu-se a imagem para a opinião pública de que governo bom é aquele eminentemente técnico, que não faça concessões políticas.
A história registra dois casos eloquentes sobre esse modelo político: Jânio Quadros e Fernando Collor. Governaram sozinhos e caíram sozinhos. Os argumentos pró-impeachment foram apenas álibis para formalizar uma situação de fato.
***
Fernando Henrique Cardoso demonstrou a importância de manter a governabilidade. No início, não precisou se preocupar muito, devido à popularidade granjeada com o plano Real. No segundo mandato, o jogo de cintura político foi fundamental.
***
A partir das experiências históricas, o perfil do grande governante precisa conter visão de futuro, gestão mas, igualmente, habilidade política para compor maiorias e mesmo fazer concessões que não comprometam os objetivos finais de governo.
Essa é a lição maior desses cinco primeiros meses de governo Dilma.
***
Mesmo antes da denuncia, Palocci não vinha se saindo bem em suas funções de Ministro da Casa Civil.
Segundo um privilegiado observador do governo Dilma, o problema maior foi o acúmulo de funções. Ficou incumbido não apenas da articulação política como também da supervisão gerencial do governo - função um pouco estranha à sua formação.
No âmbito do governo, há duas formas de articulação política. Uma, a formulação das grandes alianças e da estratégia macro. Outra, a do atendimento do varejo, receber políticos, dar-lhes atenção, atender pequenos pleitos.
Em tese, esse varejo desfia ser feito pelo Secretario de Relações Institucionais Luiz Sergio Nobrega de Oliveira. Mas o embaraço de Palocci, sua falta de prática gerencial, acumulando muitas funções, sem dar conta, acabou comprometendo também o varejo.
Por outro lado, a presidente Dilma Rousseff também se isolou do mundo político, envolvida como estava na definição de sua estratégia de governo.
***
Não de pode dizer que havia uma desarticulação política. Embora no início, o governo conseguiu aprovar sem minuta dificuldade os principais projetos apresentados, como o trem-bala, o tratado com o Paraguai, o salário mínimo. O Código Florestal acabou emperrando em apenas um ponto.
***
Mesmo assim, a saída de Palocci permitirá um rearranjo e um aprimoramento do modelo.
Dilma trará para si as grandes formulações políticas. Aliás, desde a semana passada passou a abrir a agenda para bancadas aliadas.
A substituta de Palocci, senadora Gleise Hoffmann, cuidará exclusivamente das questões administrativas. O varejo político por enquanto ficará com Luiz Sérgio, mas por pouco tempo. Dilma pretende mante-lo em solidariedade aos ataques que sofreu nos últimos dias. Mas a tendência será substitui-lo.
O desafio derradeiro será pacificar a bancada do PT, que andou se engalfinhando nas últimas semanas. Há um conjunto de nomes experientes, dos quais poderá sair o novo líder da bancada. O importante será definir o quanto antes e pacificar as guerras internas.
Depois, tocar o barco para o que interessa: a construção de políticas públicas consistentes.

Lula - Votar na Dilma é a mesma coisa que votar em mim

Em comício com Dilma, em Foz do Iguaçu, Lula consolidou o processo de fusão da sua imagem à dela.

Sintetizou:
“Votar na Dilma é a mesma coisa que votar em mim”.

E acrescentou:
“...O nosso adversário bateu tanto nela [Dilma]essa noite que ela passou 12 pontos de vantagem em São Paulo”.

Lula pediu votos também para Osmar Dias [governo], Roberto Requião e Gleisi Hoffmann [senado].

E brincou:
“O PT era um partido com tanta gente que tinha participado da luta armada que a propaganda parecia um prontuário policial”.
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Dilma defende BNDES

Ao lado de Lula, Dilma defendeu o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento -. Ela afirmou que o banco público tem sofrido críticas pelos empréstimos de longo prazo estipulados no governo Lula -  ampliados de 5 anos para 30 anos -.
- Hoje a gente vê gente dizendo o seguinte: o BNDES está emprestando para fazer grandes investimentos com as hidrelétricas, está fazendo um crédito que não é o de mercado de curto prazo. Eu respondo o seguinte: nem dá para ser. Não haverá nem um investimento em infraestrurura no Brasil se não houver crédito de longo prazo - disse a ex-ministra, que completou: O crédito de longo prazo no país era de cinco anos. Nós emprestamos, sim, a 30 anos.
Segundo Dilma, o governo federal não construiu "um quilômetro de estrada" nem uma obra do PAC, com recursos do Orçamento da União:
- Quem fez foi a iniciativa privada. O governo do presidente Lula jamais supôs que nós é que faríamos os investimentos. E eles não vão ter crédito? Tem de ter crédito, sim. Não há nada de inidôneo nisso.
A candidata atacou gestões anteriores do BNDES:
- Terrível era aquele BNDES que financiou com demanda garantida a compra das empresas públicas brasileiras por empresas internacionais, algumas das quais quebraram lá fora - disse ela, sob aplausos de uma plateia formada também por petistas e peemedebista, entre eles o candidato a senador, ex-governador Roberto Requião, e a candidata ao Senado pelo PT, Gleisi Hoffmann, que estava acompanhada do marido, o ministro petista Paulo Bernardo.

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