Mostrando postagens com marcador fgv. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador fgv. Mostrar todas as postagens

Sucesso econômico


Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre encerrado em abril. A política econômica do super ministro da economia, Paulo Guedes é um fracasso, na comparação com o trimestre anterior teve uma queda de 0,9%. No andar da carroça chegamos o fim do ano com pib negativo, não seria nenhuma surpresa.

"As vezes caio, mas me levanto e sigo em frente, nunca desisto, porque a mão que me ampara não é a do cão, é a de Cristo"
Vida que segue...

Seja uma liderança para os novos desafios do Direito


Estude na FGV Direito Rio.
Uma escola que se diferencia pelo ensino criativo
e por formar as novas lideranças jurídicas do país.


 
INSCREVA-SE
 Conheça os cursos:

 
› LL.M em Direito:
  Civil e Processual Civil

› LL.M em Direito:
  Empresarial

› LL.M em Direito:
  Infraestrutura e Regulação
› LL.M em Direito:
  Negócios

› LL.M em Direito: Societário
  e Mercado de Capitais

› LL.M em Direito:
  Tributário



› E AINDA:
  Cursos de
  Educação
  Continuada
Local de realização:
FGV Centro
Rua da Candelária, 6
Mais informações:
(21) 3799-5350
direitopec@fgv.br
direitorio.fgv.br

A frescura do dia

FGV - Fundação Getúlio Vargas - estuda criação do índice FIB - Felicidade Interna Bruta -, para substituir o PIB - Produto Interno Bruto -. Pior é que vão gastar uma muita bufunfa para inventar esta marmota.

Como acho isto uma tremenda besteira sugiro que também estudem criar o...

PIAB - Produto Interno Alegre Bruto -.
PIBB - Produto Interno Besta Bruto -.
PIPB - Produto Interno Palhaçada Bruto - e outros mais deste tipo.

Haja paciência para aguentar tanta frescura.

Ah, falando em frescura...criem também o índice do PIFB - Produto Interno de Frescura Bruto -.

Software para as pequenas empresas

Negócios de pequeno porte podem contar com soluções de baixo custo ou mesmo gratuitas para melhorar sua gestão

Os investimentos em tecnologia da informação por parte das empresas brasileiras dobraram nos últimos 14 anos e hoje representam 6,7% de suas receitas. A novidade é que os pequenos negócios também estão atentos aos benefícios da tecnologia e investem cada vez mais em soluções de hardware e software. Prova disso é que a maior fabricante de software do mundo, a Microsoft, tem 33% de seu faturamento no Brasil na conta das pequenas e médias empresas.

Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgada no mês passado, a Microsoft continua dominando as estações de trabalho nas empresas, com o sistema operacional Windows, o navegador Internet Explorer e pacote de programas de escritório Office presentes em 91% dos computadores.

Entre os computadores que funcionam como servidores corporativos, o Windows está presente em 67% das máquinas, contra 20% das que utilizam o sistema de código aberto Linux. Já no mercado de programas do tipo ERP (Enterprise Resource Planning) - software de gestão empresarial,- a liderança é da Totvs, com uma fatia de 54%, contra 8% da SAP e da Oracle.

Os softwares de ERP e de CRM (Customer Relationship Management, Gestão de Relacionamento com o Cliente) são ferramentas que as pequenas empresas começam a adotar. Segundo a gerente comercial da Microsoft para Pequenas e Médias Empresas, Ana Cláudia Plihal, o conceito de CRM - comum às grandes corporações -, já não é uma sigla desconhecida entre os pequenos. "O pequeno empreendedor é muito cauteloso na implementação das soluções de tecnologia. O perfil é de um empreendedor que tem um negócio com uma média de sete anos de idade e está em busca da otimização de seus processos", diz Ana Cláudia Plihal.

Aplicativos nas nuvens

Segundo a executiva da Microsoft, o universo de pequenos negócios no qual a companhia foca é formado por 2,3 milhões de empresas. Destas, um milhão utiliza menos de cinco computadores. No caso da categoria dos empreendedores individuais - que têm no máximo um funcionário e, consequentemente, poucas máquinas -, a executiva da Microsoft afirma que a melhor oferta para esse perfil de usuário são os "serviços na nuvem" - um outro conceito para o qual as pequenas empresas devem estar atentas.

A chamada "computação em nuvem" consiste na utilização de serviços online - como aplicativos e armazenamento de arquivos - baseados na internet e, assim, acessíveis de qualquer lugar. Isso, segundo Ana Cláudia Plihal, atende à necessidade de mobilidade, que é uma característica do empreendedor individual. Pensando nesse público, a Microsoft oferece serviços como o Microsoft Dynamics CRM Online (que custa US$ 34 mensais por usuário) e o BPOS (formado pelo Exchange Online, SharePoint Online, Office Communications Online e Live Meeting, a partir de US$ 2 mensais por usuário).

Há também alguns serviços gratuitos, como SkyDrive - para armazenar documentos e compartilhar arquivos na internet - e o site www.gratisemelhor.com.br - com soluções para facilitar o trabalho de escritório da pequena empresa.

Também focada nos pequenos negócios e na tendência das aplicações hospedadas na internet, a empresa Visie desenvolveu o "Fluxo de Caixa nas Nuvens". O produto, voltado para pequenas e médias empresas, disponibiliza as informações sobre a movimentação financeira do negócio em servidores online, que permitem acesso de qualquer lugar. Para garantir mais mobilidade, o acesso ao sistema também pode ser feito através de celulares e iPads. Segundo a Visie, pelo fato de estar hospedado "na nuvem", o sistema elimina custos, pois dispensa a necessidade de ter uma máquina disponível para manter o servidor no ar - evitando gastos com infraestrutura e eliminando a preocupação com os backups (cópias de segurança).

Outra solução que aposta na nuvem é o eGestor (www.egestor.com.br), um sistema de gestão empresarial com recursos como controle de estoque, controle financeiro e emissão de nota fiscal eletrônica.

Há ainda à disposição dos gestores de pequenos negócios as opções de software livre - onde as soluções, geralmente gratuitas, podem ser adaptadas de acordo com as necessidades da empresa. Defensor do uso do software livre, o consultor Lucas Filho indica softwares como o LibreOffice (suíte de programas de escritório) e o Kontact (gerenciador de informações pessoais, com suporte a calendários, contatos, lembretes, notícias, e-mail, etc).

Soluções gratuitas

Portal Grátis é Melhor (www.gratisemelhor.com.br): Oferece modelos de documentos e planilhas financeiras para facilitar a gestão dos negócios.

Escritório Aberto: Modelos de documentos e planilhas para a pacote gratuito LibreOffice (www.libreoffice.org.br/escritorio_aberto).

Acompanhei: Programa de controle financeiro para o empreendedor individual desenvolvido pelo Sebrae-DF (acompanhei.notlong.com).

E-Gestor: Uma solução completa para pequenos negócios, com fluxo de caixa, controle de estoque, geração de faturas, etc. Disponível em www.egestor.com.br.

SkyDrive: Solução da Microsoft para armazenamento de documentos e compartilhamento de arquivos na web (www.windowslive.co.uk/skydrive)

Economia

[...] ainda sobre inflação

Muito oportuna essa discussão sobre a desindexação da economia que surgiu nos últimos dias. Um ponto que merece ser debatido é a utilização sem critério do IGP-M e IGP-DI, principalmente para contratos de aluguel e serviços em geral. Contratos cujo contratante seja uma pessoa física deveriam conter cláusulas de reajuste APENAS com base em índice de inflação ao consumidor (IPCA, INCC, IPC-FIPE, IPC-FGV, etc.). Uma vez que os IGP's tem outros compenentes, a economia pode sofrer uma contaminação desnecessária, como ocorre atualmente. Essa distorção pode ser realizada com uma simples alteração na Lei que criou o Plano Real, a qual estabeleceu que o período mínimo de reajustes nos contratos é de 12 meses.
Outro ponto para se debater é o por que a FGV ainda mantém a ponderação de 60% para o IPA, 30% para o IPC e 10% para o INCC. Como essa ponderação foi definida em 1940, será que para 2011 o IPC não deveria ter um peso maior, especialmente devido ao crescimento do consumo das famílias?
Não se trata de usar o chavão da febre vs termômetro, até porque o fenômeno da inflação é mundial, porém temos essa particularidade que é do Brasil.
Adalberto

Distribuição de Renda

[...] fez a desigualdade no Brasil atingir o nível mais baixo da História

O Estudo "Desigualdade e Renda na Década", realizado pela FGV - Fundação Getúlio Vargas -, aponta que a desigualdade no Brasil atingiu no ano passado o nível mais baixo da história. 
O Índice de Gini chegou a 0,5304 (quanto mais perto de 1, mais desigual o país), em 2010, superando até mesmo o patamar da década de 60.
Estamos no melhor momento, apesar de a desigualdade ainda ser alta numa comparação internacional - disse o economista Marcelo Néri, responsável pela pesquisa. -Serão precisos mais 30 anos para atingir o nível da desigualdade americano -completou.
Néri atribui a queda na desigualdade no país, sobretudo, aos avanços na educação, seguidos pela adoção de programas sociais. O estudo revelou que a renda individual dos analfabetos aumentou 47% entre 2001 e 2009. Enquanto isso, pessoas com ao menos o superior incompleto tiveram queda de 17% na renda individual. Segundo Néri, o mercado de trabalho brasileiro está valorizando mais a base.
É o trabalho pouco valorizado ficando mais valorizado no país, também os programas sociais aumentam o salário reserva. 
O grande personagem desse avanço é a escolaridade.

Tombini aprovado

Escolhas indicam mão forte da Dilma na economia, afirmam  analistas ouvidos pela BBC



Dilma escolheu Tombini para o BC e manteve Mantega na Fazenda.

Especialistas ouvidos pela BBC Brasil afirmam que a permanência de Guido Mantega como ministro da Fazenda e a entrada de Alexandre Tombini no Banco Central (BC) podem indicar que a futura presidente, Dilma Rousseff, terá um comando forte sobre a economia, colocando esta área em primeiro plano.
Tombini foi anunciado nesta quarta-feira como o substituto de Henrique Meirelles, que completará oito anos no cargo. Sua posse depende de aprovação do Senado. Já Guido Mantega foi confirmado para permanecer à frente do Ministério da Fazenda.
Também foi anunciado que a atual secretária-executiva do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Miriam Belchior, será a ministra do Planejamento, no lugar de Paulo Bernardo.
Segundo o economista Roberto Troster, da consultoria Integral Trust, o novo presidente do BC é “tecnicamente muito bom”, por ter experiência de governo e por ter bom trânsito no mercado.
Sobre a permanência de Mantega, Troster afirma que o tom será de continuidade. “Ele já está (no ministério) há quatro anos e pouco, então todo mundo sabe como ele é”.
Para o economista, os nomes anunciados por Dilma indicam que não haverá dissonâncias dentro da equipe econômica.
“Antes, tinha um comandante no BC e um comandante na Fazenda. Agora vai ter só um comandante da economia, que é a Dilma”, diz Troster.
“Mais importante é a mudança de status da política econômica”, afirma. “Ela deixa o nível ministerial e vira uma questão presidencial”.
Cooperação
A opinião é compartilhada pelo economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio e ex-diretor do Banco Central, Carlos Thadeu de Freitas Gomes. Para ele, Dilma comandará diretamente a equipe econômica, dando máxima atenção a esta área.
Para Gomes, o mais importante será a cooperação entre Tombini e Mantega na condução da política cambial, evitando a entrada excessiva de capital externo, o que valoriza o real e prejudica as exportações. “O problema de excesso de dólares também é um problema da Fazenda”, diz.
Gomes acredita que Tombini tem “experiência e moderação” para assumir o BC. Segundo ele, a vantagem de ter um funcionário de carreira na função é evitar “precipitações ideológicas”, que são um risco, segundo ele, se o titular do cargo for alguém ligado ao mercado.
“O mercado cobra decisões rápidas, que podem ser certas e erradas”, diz o economista. “Ter alguém de carreira (na presidência do BC) tira as pressões ideológicas”.
Para Gomes, Meirelles acabou sofrendo tais pressões, que levaram a altas de juros em momentos errados, mas que acabaram sendo “consertadas” depois.
Aprendizado
O ex-presidente do BC e professor da Fundação Getúlio Vargas Carlos Langoni afirma que a transição de Meirelles para Tombini será “suave e não traumática”.
Ele diz que o novo presidente do BC tem credenciais acadêmicas, experiência no FMI e trabalha com a equipe de Meirelles há anos, o que faz dele uma escolha “tranquila”.
Quanto a Mantega, Langoni afirma que a atuação da Fazenda neste ano foi boa, “sem cometer excessos”, mas que o ministro ainda está em um “processo de aprendizado”.
O ex-presidente do BC, no entanto, não acredita que a futura presidente venha a comandar diretamente a economia.
“Acho que Dilma tem responsabilidades que vão além da área econômica”, diz Langoni.
“Não acho que seja desejável, nem acho que vá acontecer de ela se envolver diretamente na execução (da política econômica). Ela vai dar as grandes linhas e pedir que a equipe siga a orientação.”
Langoni aposta que o governo, mesmo que a futura presidente negue, fará um ajuste fiscal e reduzirá despesas.
Segundo o professor da FGV, a influência do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci como “homem forte” de Dilma indica o caminho de uma redução dos gastos governamentais.

P4R4 4J6D4R B4ST4 CL1K4R N0 AN6NC10 Q63 T3 4GR4D4R
Um milhão de brasileiros saíram da linha de pobreza e três milhões ascenderam à classe média apenas no ano passado, segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas baseado na mais recente Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio que o IBGE divulgou nesta semana. O estudo informa também que a parcela de brasileiros que integram a classe média cresceu de 49,2% da população, em 2008, para 50,5% no ano passado e agora reúne 94,9 milhões de pessoas.
    “Isto significa que a nova classe média brasileira pode decidir uma eleição sozinha e passa a ser a classe com maior número de consumidores”, afirmou o coordenador do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, Marcelo Néri.
    De acordo com o levantamento, 29 milhões de pessoas entraram na classe C, de 2003 a 2009. O crescimento foi de 34,3%. Já a classe B aumentou 38,5% enquanto a classe A cresceu 40,9%.
    O estudo divide as classes econômicas de acordo com a renda domiciliar por pessoa: até R$ 705 (classe E), entre R$ 706 a R$ 1.125 (D); R$ 1.126 a R$ 4.854 (C); R$ 4.855 a R$ 6.329 (B); e a partir de R$ 6.330 (classe A).
    “Em seis anos, 35,6 milhões de pessoas foram incorporadas às classes A, B e C, o que equivale a mais da metade da população de um país como a França. Desse total, 10% foram registrados no ano passado, que foi o ano da crise”, explicou Marcelo Néri. Ele definiu o período 2008/2009 como ano de crise para as elites, mas não para as estatísticas sociais.
    Em 2009, o Produto Interno Bruto decresceu 0,2%, mas a renda média da população aumentou 2,04% e a das pessoas da classe C cresceu mais de 7%.

L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

Brasil - 6º em potencial de crescimento


O Brasil está entre os 10 países emergentes com maior capacidade de acelerar seu ritmo de crescimento e se desenvolver. A conclusão é de um estudo feito por economistas do Banco Asiático de Desenvolvimento.
O estudo considera quatro características principais - e algumas divisões das mesmas - na pauta de exportações: sofisticação; diversificação; características únicas e potencial de vender outros produtos com vantagem comparativa para o exterior.
Do cruzamento dessas informações, do período entre 2001 e 2007, surgiu o Índice de Oportunidades.
“A ideia do índice é que no longo prazo a renda de um país é determinada pela variedade e sofisticação dos produtos que ele faz e exporta e pela acumulação de novas capacidades para desenvolver outros produtos”, disse Jesus Felipe, economista do ADB e coordenador do estudo, à Folha.
Entre os 130 países em desenvolvimento analisados, o Brasil aparece em sexto lugar, atrás de China, Índia, Polônia, Tailândia e México.
O Índice de Oportunidades é inspirado em trabalhos de economistas como Ricardo Hausmann e Dani Rodrik, de Harvard, que mostram que a composição da pauta exportadora de um país influencia sua capacidade de crescimento e desenvolvimento.
Segundo Felipe, os países que estão bem posicionados no índice são aqueles que conseguiram ampliar e diversificar suas pautas de exportações em produtos mais elaborados (como máquinas e químicos).
“A China desenvolveu uma obsessão por industrialização. No caso do Brasil, as políticas de substituição de importações do passado ajudaram a construir capacidades para desenvolver certas vantagens comparativas.”
Dentre as categorias analisadas, o Brasil se destaca em diversificação da pauta de produtos sofisticados e potencial para desenvolver novos bens exportáveis.
A existência de uma grande variedade de produtos competitivos no setor de máquinas também ajuda a explicar a boa colocação do Brasil no ranking.

BOAS POLÍTICAS
Na conclusão do estudo, os economistas ressaltam brevemente que uma boa colocação não é garantia de sucesso. Dizem que “boas políticas e incentivos importam”.
Em estudo de 2008 sobre o Brasil, o próprio Hausmann disse que o crescimento do Brasil vinha sendo “surpreendentemente baixo”, considerando que o país tem uma pauta exportadora sofisticada para sua renda. Esses dois fatores combinados tendem a resultar em alta expansão econômica.
Em entrevista recente à Folha, Hausmann reforçou o ponto. Disse que o Brasil poderia ter uma posição de maior destaque no comércio global. Mas que esse potencial é prejudicado por políticas inadequadas que têm levado a uma excessiva valorização do real, criando o risco de desindustrialização.
“A Samsung por exemplo é uma empresa muito grande no Brasil, mas é coreana. Não há muitas “Samsungs brasileiras”. Há a Vale e a Petrobras, mas o Brasil não conseguiu sustentar um modelo de crescimento industrial que leve uma variedade maior de empresas globais”, disse Hausmann.
Para Ernesto Lozardo, professor de economia da FGV, o Brasil tem as condições necessárias para continuar se transformando em uma economia de “competências comparativas”. Mas ressalta que “a produção e a vocação” do país não se concentram em commodities.
O peso crescente de produtos básicos -e o correspondente declínio dos manufaturados- na pauta de exportação brasileira tem estado no centro do debate econômico atual.

ÉRICA FRAGA – FOLHA SP

L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

Mesmo com a crise, um milhão de brasileiros deixou a pobreza em 2009

A despeito de uma das maiores crises internacionais desde a Grande Depressão dos anos 30, um milhão de brasileiros deixou a pobreza no ano passado. Nos cálculos do economista Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais (CPS) da Fundação Getulio Vargas (FGV), o número de pobres caiu de 29,8 milhões para 28,8 milhões em um ano — que representam agora 15,32% da população brasileira e não mais os 16,02% do ano anterior.
O economista considera pobre quem tem renda familiar per capita de até R$ 140.
— A renda familiar per capita subiu 2,04% de 2008 para 2009, mesmo com um aumento do desemprego no país. E isso ajudou a reduzir a desigualdade, especialmente em tempos de crise — afirmou Neri, acrescentando que, considerando a renda familiar per capita de meio salário mínimo (ou R$ 232,50, pelo piso de 2009), 3,5 milhões de pessoas deixaram a pobreza no ano passado.
A distância entre ricos e pobres também foi reduzida. Segundo Neri, os 40% mais pobres tiveram um aumento na renda domiciliar per capita de 3,15%, com ganho médio de R$ 294. Já a renda dos 10% mais ricos subiu 1,09%, para R$ 2.566: — Vários fatores ajudaram a explicar a queda na desigualdade, como reajustes do mínimo, a Bolsa Família e o desempenho do mercado de trabalho.
Emprego formal fez aumentar renda O Índice de Gini, medida de distribuição de renda que, quanto mais próximo de um mais desigual é a sociedade, caiu de 0,521 para 0,518 no mercado de trabalho. Numa velocidade menor que em outros anos. Para Sonia Rocha, economista do Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade (Iets), essas oscilações já aconteceram em outros anos: — Ainda não se configura uma tendência. Não quer dizer que está se esgotando. É espantoso que a distribuição de renda continue melhorando. O impacto da escassez de mão de obra qualificada não tem afetado a distribuição.
Nas famílias, a distribuição de renda também melhorou. O Índice de Gini passou de 0,514 para 0,509. E o principal fator foi o mercado de trabalho, segundo Sonia: — A renda do trabalho responde por 75% dos rendimentos das famílias. Sem dúvida, o aumento do salário mínimo foi um dos componentes. Além disso, a cultura da formalização está aumentando.
Há um interesse das empresas em se formalizar para ter acesso a crédito e a compras governamentais.
Para o economista Sergei Soares, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), essa melhora mais lenta na distribuição de renda pode representar, sim, uma eficácia menor dos programas sociais.
— Porém, a desigualdade deve continuar caindo pelos fatores demográficos e educacionais.
“A sociedade ainda é muito desigual” Com ensino fundamental completo, Eliel Carvalho da Silva, de 22 anos, fazia biscates até os 18 anos, quando o seus rendimentos não atingiam, sequer, metade do salário mínimo.
Aos 20 anos, conseguiu seu primeiro emprego com carteira assinada, no qual ficou até julho passado. Não ficou um mês sem trabalho. Mesmo sem ser qualificado, ele já conseguiu outra vaga, como servente de construção em Recife.
No feriado de 7 de setembro, Silva trabalhava na reforma de uma agência bancária no bairro de Casa Forte, com companheiros que chegaram a passar até uma década sem trabalho formal. Silva ganha mais de um salário mínimo — R$ 530, com direito a alguns outros benefícios sociais. Apesar do dinheiro não ser muito, está com as contas em dia. Ele está se programando agora para comprar uma geladeira, mas não quer se endividar.
— Espero fazer isso em 2011 e estou poupando para comprar à vista e com desconto — afirma Silva.
Para o diretor do Instituto de Economia da UFRJ, João Saboia, apesar das melhoras, ainda há muito a avançar.
— A escolaridade é menor que de nossos vizinhos. A sociedade ainda é muito desigual.

Fabiana Ribeiro, Cássia Almeida e Letícia Lins – O Globo



L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

PNAD - nossas conquistas, percalços e desafios

Me lembro da primeira vez que vesti óculos para miopia. Da indescritível sensação de começar a perceber a profundidade e clareza das coisas ao redor. Olhava maravilhado os contornos do mundo a minha volta. As possibilidades de enxergar o Brasil também têm evoluído.

Um marco foi 1995, quando o IBGE abriu os microdados de suas pesquisas conferindo liberdade a cada um de olhar, desde uma perspectiva própria, os brasileiros em suas casas.
Me lembro em 1994, mais ou menos na mesma época que fui introduzido aos óculos, de ler no New York Times sobre os determinantes do peso das crianças, pensava comigo quão distante disso estava o Brasil. À época, pensava antes e acima de tudo na inflação, que distorcia sentidos e preocupações. Hoje, a cada Pnad, debatemos nossas conquistas, percalços e desafios.
A edição de 2009 guarda novidades. Enxergamos se há nas garagens das casas motos (16%) ou carros (37%), o que permitirá medir impactos da redução do IPI durante a crise; vamos agora além do acesso à internet em computador pessoal (27%) e vemos que os brasileiros acessam mais a rede em computador coletivo (42%), mas o uso do celular é acima de tudo um bem pessoal (58% das pessoas têm).
Voltamos a saber detalhes da vida privada: se os adultos são solteiros (43%), viúvos(6%), separados (5%) ou casados (46%) de papel passado ou não; e se as relações entre Estado e empresas são de papel passado (apenas 14% dos conta próprias têm CNPJ – mesmo depois do advento da Lei do Microempreendedor Individual).
Agora, de todas as inovações introduzidas no questionário, a que eu gostei mais – e tenho um certo orgulho através de sugestão do movimento Todos pela Educação que faço parte – é a abertura dos alunos por redes de ensino público: federais (2,4 %), estaduais (43%)e municipais (55%). Isso permitirá responsabilizar cada ator na cobrança de metas para tornar esta década a da qualidade da educação. Pois nesse campo só o que temos são desafios.
Talvez a melhor boa nova “pnadiana” seja que, apesar da crise, não há novidade no bolso dos brasileiros: segundo nossos cálculos sobre os microdados da Pnad, a renda per capita ou por brasileiro ainda cresceu 2,04% entre 2008 e 2009, apesar do repique do desemprego e da queda da taxa de ocupação.
Há outros fatores indo na direção contrária como aumento de formalidade, de salários, a expansão de benefícios previdenciários e de programas sociais.
Mais do que isso, a renda dos 40% mais pobres cresce 3,15% ante 1,09% dos 10% mais ricos. Ou seja a desigualdade continua em queda (Gini cai 0,7%). O que acontece ano após ano desde 2001 quando o então candidato Serra bradava “Tudo contra a desigualdade”. Essa é a grande inovação tupiniquim na década que esta Pnad encerra.
Após a recessão do primeiro ano do governo Lula até 2008, 19,5 milhões de pessoas saíram da pobreza e adicionamos no ano passado mais 1 milhão no último ano, chegamos a um contingente de 28,8 milhões de pobres, um contingente ainda expressivo. A taxa de pobreza cai de 16,02% para 15,32% entre 2008 e 2009, uma queda de 4,37%. Agora, se você quiser saber por que e para onde foram esses pobres, como anda a nova classe média brasileira aí incluindo seus bolsos, bens e aspirações, não perca a nova pesquisa do Centro de Políticas Sociais (CPS) que está saindo do forno.



Marcelo Neri – O Estado de S.Paulo



L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !