Telebrás, Banda larga e as verdadeiras razões das teles
A Folha traz matéria hoje dizendo que as teles vão perder R$ 20 bi com a Telebrás. É a manchete. Só que abaixo afirma que, segundo o presidente da Telebrás, com a intra-gov do governo elas vão deixar de faturar entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões. É que a estatal vai passar a ser a rede de telecom das grandes redes de administração direta.
Vamos por partes. As teles não estão contra o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Estão contra a Telebrás porque ela será uma das peças de regulação do mercado. E elas não querem que o mercado de venda de capacidade de rede no atacado, para outros provedores de telecom, seja regulado. Se a Telebrás entra nele, hoje monopólio delas, vai mudar a política de preços. Já anunciou isso.
E tanto isso é verdade que entraram na Justiça contra regulamento da Anatel que trata do preço da venda de capacidade do backhaul, o trecho da rede que liga o backbone à entrada da cidade. Aí está o verdadeiro motivo de conflito. A perda do mercado dos serviços de governo, como o atendimento à rede do Datasus e do Serpro, é mais cortina de fumaça, porque os valores cairam muito nos últimos anos, graças à concorrência. Ainda bem. Continua>>>
Vamos por partes. As teles não estão contra o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Estão contra a Telebrás porque ela será uma das peças de regulação do mercado. E elas não querem que o mercado de venda de capacidade de rede no atacado, para outros provedores de telecom, seja regulado. Se a Telebrás entra nele, hoje monopólio delas, vai mudar a política de preços. Já anunciou isso.
E tanto isso é verdade que entraram na Justiça contra regulamento da Anatel que trata do preço da venda de capacidade do backhaul, o trecho da rede que liga o backbone à entrada da cidade. Aí está o verdadeiro motivo de conflito. A perda do mercado dos serviços de governo, como o atendimento à rede do Datasus e do Serpro, é mais cortina de fumaça, porque os valores cairam muito nos últimos anos, graças à concorrência. Ainda bem. Continua>>>
Banco Central estima crescimento de quase 10% para a economia no 1º trimestre
Quem não gostar de ler noticias como esta abaixo é porque...gosta de lê outra coisas.
O Banco Central avalia que a economia brasileira tenha crescido 9,85% no primeiro trimestre de 2010 em relação ao mesmo período do ano passado.
O mesmo indicador mostra que o crescimento sobre o quarto trimestre pode ter chegado a 2,38%.
Nos últimos 12 meses, o país cresceu 3,06% em relação aos 12 meses anteriores.
Os números oficiais do PIB serão divulgados pelo IBGE somente em junho.
Se confirmadas as estimativas, a economia brasileira está em forte ritmo de recuperação, depois da queda de 0,2% registrada em 2009 (ano da pior crise mundial desde 1929).
As estimativas do mercado financeiro, bancos e do governo para o PIB deste ano giram em torno de 6% e 7%. Mas, tem gente falando em 8%.
O Banco Central avalia que a economia brasileira tenha crescido 9,85% no primeiro trimestre de 2010 em relação ao mesmo período do ano passado.
O mesmo indicador mostra que o crescimento sobre o quarto trimestre pode ter chegado a 2,38%.
Nos últimos 12 meses, o país cresceu 3,06% em relação aos 12 meses anteriores.
Os números oficiais do PIB serão divulgados pelo IBGE somente em junho.
Se confirmadas as estimativas, a economia brasileira está em forte ritmo de recuperação, depois da queda de 0,2% registrada em 2009 (ano da pior crise mundial desde 1929).
As estimativas do mercado financeiro, bancos e do governo para o PIB deste ano giram em torno de 6% e 7%. Mas, tem gente falando em 8%.
Pedido de informação que enviei ao TSE
Boa tarde!
Aguardo resposta.
O THE GUARDIAN E A SABUJA IMPRENSA BRASILEIRA
No The Guardian, a dignidade que falta à midia aqui
O jornal inglês The Guardian (aqui, o original, em inglês) mostra hoje como é sabuja a grande imprensa brasileira, atrás de seu palavrório. Duvido que qualquer jornal brasileiro tenha tido a altivez de escrever, com todas as letras, o que diz um dos mais importantes jornais da Inglaterra:
“a proposta de resolução (promovida pelos EUA) pode ser interpretada como uma bofetada das grandes potências nos esforços de negociação de outros países. Mas, em um mundo multipolar, Barack Obama não pode simplesmente fazer isso.”
“A Turquia está emergindo como uma importante potência diplomática no Oriente Médio. Turquia e Brasil, o outro mediador do acordo, são membros não-permanentes do Conselho de Segurança e signatários do tratado de não-proliferação. O Japão, igualmente, compartilha o comprometimento de encontrar uma solução diplomática neste impasse com o Irã. Juntas, essas nações assumiram o papel de mediadores honestos abandonados pela Grã-Bretanha, a França e a Alemanha.”
O Wall Stret Journal, mesmo sendo um dos maiores defensores do império, reconhece:
“”O duplo constrangimento é que os EUA incentivaram a diplomacia de Lula como uma maneira de angariar apoio para uma resolução de sanções na ONU. Em vez disso, Lula usou a abertura para triangular sua própria solução diplomática. Assim, em vez de EUA e Europa colocarem o Irã contra a parede, foi Ahmadinejad quem colocou Obama no canto.”
O jornal dos “falcões” incita abertamente à guerra: “”Israel terá de considerar seriamente suas opções militares. Tal confrontação é muito mais provável hoje graças ao presidente americano, cujo principal sucesso diplomático foi convencer os vilões de que lhe falta determinação para conter suas ambições destrutivas.”
Está claríssimo. Quem quer a escalada do impasse e das sanções não quer outra coisa senão a guerra.
O jornal inglês The Guardian (aqui, o original, em inglês) mostra hoje como é sabuja a grande imprensa brasileira, atrás de seu palavrório. Duvido que qualquer jornal brasileiro tenha tido a altivez de escrever, com todas as letras, o que diz um dos mais importantes jornais da Inglaterra:
“a proposta de resolução (promovida pelos EUA) pode ser interpretada como uma bofetada das grandes potências nos esforços de negociação de outros países. Mas, em um mundo multipolar, Barack Obama não pode simplesmente fazer isso.”
“A Turquia está emergindo como uma importante potência diplomática no Oriente Médio. Turquia e Brasil, o outro mediador do acordo, são membros não-permanentes do Conselho de Segurança e signatários do tratado de não-proliferação. O Japão, igualmente, compartilha o comprometimento de encontrar uma solução diplomática neste impasse com o Irã. Juntas, essas nações assumiram o papel de mediadores honestos abandonados pela Grã-Bretanha, a França e a Alemanha.”
O Wall Stret Journal, mesmo sendo um dos maiores defensores do império, reconhece:
“”O duplo constrangimento é que os EUA incentivaram a diplomacia de Lula como uma maneira de angariar apoio para uma resolução de sanções na ONU. Em vez disso, Lula usou a abertura para triangular sua própria solução diplomática. Assim, em vez de EUA e Europa colocarem o Irã contra a parede, foi Ahmadinejad quem colocou Obama no canto.”
O jornal dos “falcões” incita abertamente à guerra: “”Israel terá de considerar seriamente suas opções militares. Tal confrontação é muito mais provável hoje graças ao presidente americano, cujo principal sucesso diplomático foi convencer os vilões de que lhe falta determinação para conter suas ambições destrutivas.”
Está claríssimo. Quem quer a escalada do impasse e das sanções não quer outra coisa senão a guerra.
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