Editorial do jornal Público, de Portugal

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José Serra, o rei do trololó


Segundo matéria da Folha de quarta-feira (6), “no primeiro dia oficial de campanha, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, prometeu em Curitiba mais que duplicar os investimentos no Bolsa Família. Os recursos atenderiam, de acordo com o tucano, outras 15 milhões de famílias que deveriam ser assistidas pelo programa… O Bolsa Família atende hoje cerca de 12,6 milhões de famílias e, com a promessa de Serra, chegaria a 27,6”.

A promessa é mais uma das mentiras, descaradamente eleitoreiras, do desesperado tucano. Serra sempre foi um crítico mordaz dos programas sociais do governo Lula. Numa entrevista ao jornal Estadão, em março de 2009, ele condenou o Bolsa Família, afirmando que “a forma de promover a justiça social não pode ser apenas o assistencialismo”. Nos bastidores, os demotucanos sempre desqualificaram este programa como “bolsa esmola” e criticaram a chamada “gastança pública”.






Tucanos cortam gastos sociais

A abrupta mudança de posição é puro oportunismo. Devido ao sucesso do programa, que atende às carências emergenciais da população, estimula a educação e garante recordes de popularidade ao presidente Lula – e a natural transferência de votos para Dilma Rousseff –, Serra se traveste de cordeiro para enganar os ingênuos. Sem discurso e sem coragem para defender abertamente o seu programa neoliberal do “estado mínimo”, ele insiste na tática do embuste. Serra mente!

Mas a mentira tem perna curta. A mesma Folha, que agora evita criticar o Bolsa Família, revelou em maio passado que os principais programas de transferência de renda do governo de São Paulo encolheram ao longo da administração Serra. Em 2009, no seu último ano como governador, ele investiu apenas 0,15% do orçamento em projetos deste gênero. Já o governo Lula investiu 0,78% do orçamento federal somente no Bolsa Família – 5,2 vezes mais do que Serra.






Aliados desmentem o grão-tucano

No ano passado, Serra inclusive cortou um terço dos recursos dos programas Ação Jovem, Renda Cidadã e Jovem Cidadão (corte de R$ 80 milhões). E não foi por falta de verba. Na propaganda, os gastos subiram para R$ 243,7 milhões; enquanto nos programas sociais foram aplicados R$ 217,5 milhões. O Renda Cidadã atende a 117 mil famílias e o Ação Jovem, 90 mil pessoas. Já o Bolsa Família beneficia 12,6 milhões de famílias – cerca de 1 milhão somente em São Paulo. 

Serra agora tenta disfarçar sua rejeição elitista ao “bolsa esmola”. Mas não dá para esconder sua prática política de corte dos investimentos sociais. Nem dá para esconder suas opiniões passadas ou as posições escancaradas de seus aliados. O DEM chegou a entrar na Justiça para acabar com o Bolsa Família. E o vice do tucano, o “ficha suja” Índio da Costa, já fez discursos na Câmara Federal contra os programas sociais do governo Lula – um deles, hilário, em julho de 2009.






“É proibido esmolar no município”

Ainda quando era vereador na cidade do Rio de Janeiro, o “ficha suja” chegou a apresentar um projeto de lei maluco, que escancarava sua postura elitista. “Fica proibido esmolar no município, para qualquer fim ou objeto”. Ou seja: Índio da Costa pretendia transformar em crime a doação de esmolas, prevendo multas e até prisão dos “criminosos”. Com certeza, esse excêntrico projeto do vice de José Serra será exibido nos programas de rádio e TV para desespero do tucano. 

Já o neoliberal convertido Roberto Freire, presidente do PPS, não consegue conter a sua ojeriza aos programas sociais. Destoando da tática oportunista de José Serra, ele fez questão de afirmar recentemente no seu twitter que é contra o Bolsa Família. Para ele, este programa é “eleitoreiro e assistencialista” e deveria ser extinto. Sua sinceridade deve ter irritado José Serra, o lobo em pele de cordeiro que tenta ludibriar os eleitores com suas mentiras. 






Artefato eleitoral dos adversários

Como afirmou Dilma Rousseff, em recente visita ao bairro paulistano de Heliópolis, a sociedade deve ficar atenta. “Em época de eleição, alguns, principalmente nossos adversários, dizem: tenho um compromisso, vou dobrar o Bolsa Família. Mas como, se aqui em São Paulo o que aconteceu foi uma redução dos gastos sociais? Como vamos acreditar?”. Já em sua visita ao Rio Grande do Sul, Dilma foi mais dura nas críticas aos oportunistas: “A questão social não pode ser vista como artefato eleitoral”.

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Até crianças índias são usadas para impedir corte de boquinhas na Funai

Apesar de forças policiais haverem cumprido a ordem judicial, sábado passado, para desocupar a Esplanada dos Ministérios, um grupo de índios voltou ao local, em claro desafio à Justiça. 
Eles estão acampados no local desde janeiro, emporcalhando-o, para pressionar o presidente Lula a revogar um decreto que racionalizou a estrutura da Fundação Nacional do Indio, que provocaria a extinção de cerca de 340 cargos na estrutura do órgão. 
Setores inconformados com a medida e com a perda de boquinhas na Funai utilizam até mesmo crianças índias como "escudo humano" contra eventual nova ação da polícia, submetendo-as inclusive ao tempo frio e a condições sanitárias precárias. 
No sábado, durante a remoção pacífica, a política foi obrigada a efetuar algumas detenções, incluindo um "índio" louro, de olhos azuis, que fala francês.
Claudio Humberto
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Essa é de matar, leia, se divirta ou chore!


1.      Qual a diferença entre o Ronaldo Fenômeno e o Bruno? Resposta: O que não mata, engorda!

2.      As mulheres dizem que Cristiano Ronaldo e Kaká são lindos de morrer. Elas precisam conhecer o goleiro Bruno. Ele é de matar. 

3.      Bruno dispensa advogado, alegando que como ele é goleiro, fará sua própria defesa. 

4.      Goleiro Bruno vai mudar de esporte. Vai pro XADREZ. 

5.      Fase do mata-mata: Cristiano Ronaldo mata no peito, Luís Fabiano no braço, Val Baiano mata na canela, Felipe Melo mata no campo e o Goleiro Bruno mata no sítio.

6.      O Bruno é tão bom goleiro que nunca engoliu frangos, agora, quando o assunto é presuntos.... 

7.      Poderiam ter levado para a Copa o goleiro Bruno do Flamengo, estaríamos sossegados agora nesta fase do mata-mata!!!!!

8.      Esse time do flamengo é bom! O que mata é o goleiro!!!

9.      Sorte de hoje: o goleiro Bruno não sabe que você tem um filho dele.

Mais de 41.500 mulheres assassinadas em uma década

Mais de 41.500 mulheres assassinadas em uma década
    Entre 1997 e 2007, 41.532 mulheres foram assassinadas no país, o que resultou numa média macabra de 10 brasileiras mortas por dia. O índice de 4,2 assassinadas por 100.000 habitantes coloca o Brasil acima do padrão internacional. Os dados constam do estudo “Mapa da Violência no Brasil 2010″, feito pelo Instituto Sangari, uma organização [...]



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Empresários temem Estado de Dilma e BC de Serra

Cristiane Agostine, de São Paulo – VALOR

Dirigentes de 45 grandes empresas brasileiras resumiram em três pontos suas principais preocupações em relação ao sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao participarem de um encontro recente em São Paulo. Querem saber o limite da participação do Estado na economia, quem poderá manter o ciclo de crescimento econômico registrado no governo Lula e se haverá mudanças em câmbio, juros e na autonomia do Banco Central.
Na comparação entre as propostas já feitas pelos presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), pairam mais dúvidas entre os empresários em relação ao tucano e suas ideias para a política macroeconômica. Um dos questionamentos é sobre a independência do Banco Central. O tucano defendeu o modelo chileno de BC, no qual as decisões são tomadas em conjunto com o Ministério da Fazenda, mas não deixou claro se pretende fazer mudanças no modelo brasileiro. Ao sinalizar em direção a um BC mais integrado com a Fazenda, o tucano despertou nos empresários dúvidas sobre o grau de controle que pretende ter nos rumos da política monetária. Também afirmam não saber ao certo como o candidato do PSDB poderá baixar as taxas de juros, tampouco se intervirá no câmbio — e se intervir, como fará.
Reunidos pela consultoria Prospectiva, os empresários demonstraram mais preocupação sobre o peso do Estado num eventual governo Dilma. A candidata, na visão desses dirigentes, é favorável a que o governo fomente política de crédito e a capitalização do BNDES, enquanto o tucano prefere a regulação, sem interferência direta do Estado. Mediador do debate, o economista e cientista político Ricardo Sette descreveu que o receio de empresários é de o Estado ganhar “muita musculatura” e alterar a lógica do mercado num eventual governo Dilma.
Os dirigentes empresariais, segundo Sette, ainda têm dúvidas sobre o modelo de política industrial. A análise preliminar é que a petista deve desenvolver uma política “vertical”, ao eleger setores da economia que considera estratégicos e investir fortemente neles, enquanto o tucano poderá aplicar uma política “horizontal”, ao gerar incentivos fiscais independente do setor e as empresas que estiverem mais capacitadas ao desenvolvimento se beneficiarão.
Existem muitas incertezas sobre os dois candidatos, resumiu Sette. Professor da PUC, o diretor da consultoria foi chamado pelos empresários para apresentar o cenário sucessório. Participaram dirigentes dos setores automobilístico, aéreo, de alimentação, transportes, construção civil, entre outros.
De acordo com o relato de Sette, os empresários estão divididos em relação ao candidato que poderá dar continuidade a alta taxa de crescimento registrada pela economia brasileira nos últimos anos, no governo Lula. A predileção de alguns por um candidato é clara, mas mesmo os que já escolheram em quem votar na eleição de outubro têm dúvidas sobre propostas e ações. “Um empresário me disse que como pessoa física vota no Serra, mas que como pessoa jurídica prefere a Dilma”, comentou. “Os empresários têm mais medo do Serra”, disse Sette.
Mais do que as propostas os candidatos têm para áreas como Saúde, Educação, Política Externa e Política Industrial, os empresários preocupam-se com as futuras nomeações para os ministérios. Sette relatou os temores apontados pelos empresários sobre os dois presidenciáveis. Em relação a Dilma, a preocupação é como a petista lidará com o apetite dos aliados sobre as pastas, sobretudo do PMDB. Dirigentes analisam que o governo da candidata poderá ampliar o aparelhamento da máquina e o loteamento de cargos, com mais nomeações políticas do que técnicas. Já sobre Serra, a percepção é que o perfil centralizador do tucano poderá restringir a autonomia das equipes ministeriais.

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Economia - O cenário é outro

George Vidor – O Globo

O cenário mudou — e muito — mas não as apostas na alta da taxa básica de juros. O quadro desenhado pelo Banco Central na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) difere do atual, a começar pela trajetória da inflação, que voltou a se aproximar do centro da meta (4,5%). O superaquecimento está se esfumaçando rapidamente, como era provável.
A literatura econômica está cheia de exemplos de supostos superaquecimentos logo que crises agudas são superadas ou estancadas.
No caso do Brasil, como já havia uma demanda reprimida quando a crise financeira internacional se agravou em setembro de 2008, a reação seguinte foi de aceleração, deixando dúvida sobre se era um fenômeno passageiro ou mais duradouro. Os preços refletiram essa readaptação e ficou a impressão que a inflação poderia disparar, comprometendo as metas estabelecidas pelo governo (média de 4,5% e limite máximo de 6,5%).
Passada a agitação momentânea, os preços tendem a se acomodar, ainda que a economia brasileira, puxada principalmente por investimentos na infraestrutura, em bens de capital (máquinas, equipamentos, caminhões) e na construção civil, continue crescendo.
Isso tudo põe em questão todo o cenário traçado pelos analistas financeiros, de uma situação de demanda explosiva — muito acima da capacidade de produção — e inflação saindo de controle.
O que o Copom decidirá então na reunião da semana que vem? Uma alta de 0,75 ponto percentual elevará os juros básicos para 11% ao ano, o que pode ser um pouco exagerado diante do novo quadro (interno e externo). A Austrália, por via das dúvidas, não alterou seus juros básicos, mantendoos em 4,5% ao ano.

(…)

Leia a integra da coluna de George Vidor, no jornal O GLOBO


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