Itamar Franco anunciou sua candidatura ao senado


Itamar Franco - ex-presidente da república -, responsável pelo plano real lançado em 1994 anunciou hoje em Minas Gerais sua candidatura ao senado.

Ele disse que ficou “muito lisonjeado com o convite”, feito pelo PPS.


Tambem afirmou “Eu não pretendia ser candidato, mas ouvindo o apelo do PPS, acho que eu preciso ter uma obrigação e um sentido de Minas”.


 “Se o governador Aécio me honrar em que nós participemos de uma jornada juntos, ele pode ter os amores que tiver com o governador Serra. Eu não sou tão apaixonado assim.” Para emendar, disse: “A oposição brasileira ainda não tem candidato.”

Más notícias para a oposição


De acordo com as pesquisas, a pré-candidata do presidente Lula, do PT e dos aliados, Dilma Rousseff já tem o dobro de intenção de votos em Pernambuco - 45% contra 23% do candidato oposicionista José Serra; 9% do deputado Ciro Gomes (PSB-CE); e 3% da senadora Marina Silva (PV-AC), a candidata dos verdes.

Não para aí o inferno astral oposicionista: o ex-presidente Itamar Franco, filiado ao PPS aliado aos tucanos em Minas, deixou o cargo que exercia na administração Aécio Neves (PSDB) atirando em José Serra pela sua demora em assumir a candidatura. E mais, ao contrário da torcida tucana pelo crescimento de brigas internas no PMDB, o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP) foi indicado por unanimidade para continuar no comando nacional do partido. Além disso, o PDT oficializa hoje seu apoio à pré-candidatura Dilma num almoço de sua cúpula com a ministra.

Querem mais? Gravações em poder do Supremo Tribunal Federal (STF) indicam que o principal líder tucano de Goiás, senador Marconi Perillo comprou apoios políticos para sua eleição em 2006; o vice-governador de Santa Catarina, o tucano Leonel Pavan, processado por improbidade administrativa e acusado de envolvimento em lavagem de dinheiro do narcotráfico tem seu destino pendente de decisão da Assembléia Legislativa; e a governadora gaúcha Yeda Crusius mantém o impasse: quer sair candidata à reeleição e o PSDB - obviamente - não quer.

Em São Paulo, cidade há 36 dias assolada por enchentes diárias por falta de obras de contenção das inundações, a situação  só piora. A responsabilidade de José Serra (PSDB) e de seu pupilo o prefeito Gilberto Kassab (DEM-PSDB) salta à vista inutilizando meses de campanha, publicidade e propaganda pró candidatura do governador a presidente da República. Nem o esforço da Rede Globo para ajudá-lo surte efeito, afinal, o povo sente na pele a incompetência dos seus administradores.

Por isso o telefonema de Kassab ao presidente Lula pedindo por todos os santos para que o PT não explore a questão das cheias em São Paulo na campanha eleitoral.



Bom sinal. Teles detestaram decreto da banda larga



Como escreveu ontem Brizola Neto,  aqui , não foi muito clara a notícia que saiu ontem sobre o decreto que criará o Plano Nacional de Banda Larga. Mas os sinais são bons: as empresas telefônicas estão “bufando” contra o decreto e, mesmo aquelas que preferiram botar as barbas de molho reagiram com “cara de quem não gostou”. Isso é um indicador de que elas não vão ter o que queriam, isto é, o monopólio das telecomunicações de dados.
O que mais esperneou foi o presidente da Abrafix, associação das teles fixas. Disse que a reativação da Telebras é “loucura e desperdício”. E o que este senhor José Fernandes Pauletti, presidente da Abrafix propõe? Veja que “beleza”:
“Segundo o presidente da Abrafix, se o governo quer que todo brasileiro tenha acesso à internet, precisa distribuir uma quantia mensal e o cidadão escolheria a operadora onde quisesse gastar aqueles créditos para acessar a internet, seja pela rede das teles fixas, das operadoras de TV a cabo, das empresas de telefonia celular ou de pequenos provedores.”
Viram que maravilha? O Governo cria a “Bolsa Net”, dá o dinheiro às pessoas e elas vão entregar para as teles. Pronto, está resolvida a questão da inclusão digital no Brasil e as teles ficam de  bolso ainda mais cheio, com seu serviço caro e ruim.
Este Dr. Pauletti devia era pedir desculpas à população pelos maus serviços que as operadores de telefonia prestam aos usuários de telefone e de internet. Ele, aliás, sabe bem o que é isso, pois foi vice-presidente e presidente da Telemar, uma das campeães de má-qualidade.
Olhe para o gráfico que ilustra este post. Essa posição do Brasil, lá atrás em democratização e qualidade do acesso à internet, mesmo sendo os brasileiros os usuários que mais tempo passan na rede, é obra das teles.
Elas teem autoridade moral para virem falar em “loucura e desperdício”?

Morre J.D Salinger



Aos 91 anos de idade morreu nos EUA o escritor J.D Salinger, autor do livro " O apanhador no Campo de Centeio.

Avesso a entrevistas, fotos e tietagem vivia isolado a muitos anos em sua casa em Cornish.

O filho afirmou que ele teve morte natural.

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Lula e TCU cumpriram com suas obrigações

Quando Ubiratan Aguiar, o tucano que preside o Tribunal de Contas da União (TCU) afirma "cumprimos nossa parte”, ele diz exatamente o que a Constituição manda: o TCU é um órgão auxiliar do Legislativo e o Orçamento aprovado por este, segundo a mesma Constituição, só pode ser executado depois de sancionado pelo Executivo que, pela mesma Lei maior do país, tem poder de veto.

O presidente Lula não fez outra coisa senão exercer seu direito constitucional ao vetar artigo e assegurar R$ 13,1 bilhões para quatro obras da Petrobrás, que segundo o TCU apresentam irregularidades "graves" como preços acima dos de mercado e falhas nos projetos.

As obras são a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, construída em parceria com a PDVSA - Petróleo da Venezuela S/A; Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), do Paraná; terminal petrolífero de Barra do Riacho, no Espírito Santo; e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ).  Se o presidente não assegurasse a continuidade dessas obras e as interrompesse como quer o TCU, simplesmente estaria desempregando 25 mil trabalhadores.

O TCU, por sua vez, jamais provou suas acusações, até porque essa não é atribuição sua. Já a Petrobras e o governo demonstraram exaustivamente a não existência de irregularidades nos projetos e nas obras, o que foi fartamente comprovado na CPI da Petrobras pedida e organizada pela oposição no Congresso Nacional.

Oposição - Pré-sal é coisa séria




Alberto Tamer

O pré-sal começa a produzir este ano 100 mil barris por dia. É pouco, sim, quase simbólico. Mas representa o início de uma escalada que, em cinco anos, tornará o Brasil – agora sim – autossuficiente em petróleo e derivados com a entrada, em 2013, das refinarias que a Petrobrás está construindo. Em 2015, o Brasil dobrará a produção para 4,1 milhões de bpd, quase a metade da Rússia, lembra o presidente da Petrobrás, Sergio Gabrielli.
Não só seremos autossuficientes, mas também exportadores. Seremos exportadores. Demorou 53 anos, dobrou-se o monopólio estatal, a Petrobrás abriu seu capital, os investidores externos chegaram e agora esperam a aprovação das regras finais para investirem no pré-sal, numa das áreas de menor risco do mundo.
O presidente da Petrobrás admite que “faremos em 12 anos o que não fizemos em 53.” Hoje, a Agencia Internacional de Energia acaba de reconhecer que, no fim desta década, o Brasil será um dos principais fornecedores de petróleo fora da Opep, quando sua produção chegará a 5,1 milhões de barris por dia, dos quais 1,8 milhões bpd só no pré-sal!
PRE-SAL É ASSUNTO SERIO
Qual a razão desse comentário e dos números? É para afirmar que o petróleo do pré-sal é coisa muito séria, extrapola as nossas fronteiras, liberta-nos da dependência externa para que o Senado e a Câmara Federal continuem bloqueando os projetos que definem as regras de sua exploração.
A ministra Dilma Rousseff tem razão em pedir mais rapidez, pois as grandes empresas de petróleo aguardam essas regras para investir pesadamente no pré-sal, onde existem pelo menos 15 bilhões de barris, avaliados em apenas alguns poços.
É UM DESAFIO
Os senhores parlamentares não entenderam que a exploração do pré-sal exigirá investimentos entre US$ 150 e US$ 200 bilhões. É superior à soma do que se investiu em todos os grandes projetos nacionais. É um desafio. A Petrobrás informou que, só até 2020, o desenvolvimento daquelas reservas exigirá US$ 111,4 bilhões, quando estarão produzindo 1,8 milhões de barris por dia.
“Não estamos atrasados, a ministra não está sendo democrática exigindo rapidez”, responde a oposição. Está, sim, afirma a coluna. Os projetos foram enviados ao Congresso em setembro do ano passado. Sabem quantas emendas receberam? Mais de 800!
Nada foi aprovado. O principal obstáculo é o interesse dos Estados onde se localizam as reservas (SP e RJ). Querem ficar com a maior parte dos royalties. O petróleo é deles, não do Brasil. Não se contentam com o enorme aumento da arrecadação que terão com a instalação de indústrias ligadas ao petróleo do pré-sal, que já ocorre nesses Estados, e aumentará consideravelmente nos próximos anos.
Toda uma atividade petroquímica ficará nesses Estados.
Há uma emenda honesta a ser votada para concluir a votação do projeto da partilha. Foi apresentada pelos deputados Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e Humberto Souto (PPS-MG) e propõe que a divisão das receitas provenientes da cobrança dos royalties – uma compensação devida pelas empresas que exploram petróleo – seja dividida de forma igualitária entre todos os Estados da Federação.
Mas é exatamente aí que tudo emperra.
Agora, a Câmara diz que votará os projetos depois do carnaval. Teriam passado seis meses. Mas os deputados chegaram de férias, cansados, têm problemas políticos internos mais sérios para eles, e depois do carnaval vem a Semana Santa.
A verdade é que não está havendo consciência pública na discussão de um tema que pode ser, de longe, considerado o mais importante que o Congresso está em debate no Congresso brasileiro nos últimos anos.
O petróleo do pré-sal é de todos e precisa ser votado com máxima urgência, pois não poderemos enfrentar sozinhos o enorme custo de sua exploração.
Mas, agora, vamos esperar o carnaval… Ufa!!!

BC tem comichão de aumentar juros


A certeza de que o Banco Central não alteraria – como não alterou – a taxa de juros na primeira reunião do Copom de 2010 esconde o tamanho da divergência que está em curso em relação ao assunto – no governo, na academia e até no mercado financeiro. Se 10 entre 10 analistas avaliavam que a Selic permaneceria em 8,75% ao ano na reunião do Copom encerrada agora há pouco, o mesmo não pode ser dito em relação aos passos seguintes da chamada autoridade monetária.
Na bolsa de apostas, a liderança disparada, hoje, é do grupo que acha que a Selic terá inevitavelmente de subir em algum momento do ano. Até porque o próprio BC se encarregou de “coordenar as expectativas” nessa direção. Desde o fim do ano passado, prepara o mercado, por meio das atas do Copom e dos relatórios de inflação, para o “inevitável”.
Mesmo entre aqueles que incorporaram o recado do BC, há muita incerteza sobre como, quando e quanto a Selic subirá. Há palpite de todo tipo: alta de 1, 2, 3 e até 4 pontos percentuais até o fim do ano; início do ciclo de elevações em março, abril, junho, julho e outubro; fim do período de altas em outubro ou apenas em meados de 2011. Isso sem contar que, apesar da pressão do próprio mercado e do BC, alguns analistas – poucos, bem poucos – ainda avaliam que não há razão para o Copom mexer no juro.
Uma previsão menos incerta é a de que muito chumbo será trocado nos próximos meses, especialmente no governo, em torno da política macroeconômica. O Ministério da Fazenda, para variar, tem deixado claro que discorda da necessidade de elevação da Selic, considerada inevitável pelo BC.
Por trás de toda essa polêmica estão dados inconclusivos sobre a dinâmica da inflação. De um lado, preços de alimentos e de diversas commodities vêm pressionando os índices (algo parecido com o que ocorreu ao longo de 2008, antes de estourar a crise), tendência que a recente escalada do câmbio, se persistir, potencializa. De outro, diversos segmentos da economia que ainda não conseguiram retomar os níveis pré-crise, acumulam algum estoque e operam com capacidade ociosa.
A ansiedade para puxar rápido o gatilho dos juros parece ficar meio fora de propósito quando se verifica a convergência bem maior das projeções quanto ao crescimento da economia em 2010. Há uma concentração de apostas em torno do índice de 5%, com algum desvio para cima e algum desvio um pouco maior para baixo – este último baseado numa evolução mais pessimista do cenário internacional.
Esse cenário leva em conta os movimentos de contração relativa da atividade na China, crises fiscais como a da Grécia e mesmo dos Estados Unidos, além das dúvidas sobre a recuperação nas economias centrais. No caso americano, por exemplo, a recuperação que parece apontar no horizonte se dará sem absorção do exército de desempregados formado na crise.
(Um pouco antes de o Copom manter a Selic em 8,75%, o Fed, o BC americano, também manteve seu juro básico em zero. O argumento é o de que a economia ainda vai demorar a se recuperar da crise.)
No fim das contas, as projeções de crescimento, no Brasil, não despregam do nível em que se encontra o famoso produto potencial – aquele que determina o teto de expansão da economia sem a deflagração de pressões inflacionárias.
O resumo da ópera é que, diante de um quadro desses, seria prudente esperar antes de acionar o gatilho. Mas, quando se trata de subir juros, mostra a história, o BC não costuma agüentar a comichão.
José Paulo Kupfer