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Presidenciáveis no Jornal Nacional

Eduardo Campos - presidenciável do PSB -, não soube lidar com os flhasback

Entre os candidatos do maiores partidos, Campos é mais desconhecido do eleitorado. Para boa parte da superaudiência do 'Jornal Nacional', ele era uma espécie de folha de papel em branco. Com a régua da experiência adquirida no governo de Pernambuco e o esquadro da razão, o candidato se esforçou para demonstrar que pode traçar novas coordenadas para sua vida e para o país.

O problema é que Willian Bonner e Patrícia Poeta evocaram flashbacks da trajetória do ex-governador, ex-ministro, ex-deputado e ex-aliado de Dilma que não ornam com o enredo novo que o personagem tenta esboçar. E Campos repetiu no telejornal da Globo algo que fizera em sabatinas e entrevistas anteriores: discorreu sobre o passado sem lançar mão da borracha do arrependimento.

O senhor se articulou com Lula e os partidos para eleger sua mãe, a ex-deputada federal Ana Arraes, ministra do TCU, recordou Willian Bonner a alturas tantas. Considera isso ético? Não foi uma forma de nepotismo?
 “Se dependesse da minha nomeação, enquanto governador, seria nepotismo”, ponderou Campos, antes de lavar as mãos e afirmar que foi a Câmara que elegeu sua mãe.

Bonner insistiu: o que está em questão é o senhor ter usado o seu prestígio, o seu poder, para se empenhar pessoalmente num trabalho de catequese, numa campanha para que sua mãe ocupasse um cargo público e vitalício. Acha que foi um bom exemplo para o país?

Campos não se deu por achado: “Olha, na hora que ela saiu candidata com apoio do meu partido, se fosse uma outra pessoa, eu teria apoiado. Por que eu não apoiaria ela que tinha todos os predicados… Eu nem votei, Bonner, porque eu não era deputado. Eu, simplesmente, torci…” A fala soaria mais apropriada no 'Fantástico'. No 'Jornal Nacional', destoou. Foi como se Campos se auto-absolvesse do próprio passado, idealizando-o.

Abre parênteses: Campos não foi mero torcedor. Mobilizou Lula, visitou líderes partidários, foi de governador em governador. Advogada e servidora licenciada do Tribunal de Contas de Pernambuco, Ana Arraes prevaleceu na disputa pela poltrona no TCU graças a outra credencial: sua carreira como mãe, que dispensa exames psicotécnicos, cursos universitários e antecedentes funcionais. Virou ministra, em 21 de setembro de 2011, graças ao esforço do filho.

Consumado o resultado, os repórteres dirigiram a Ana Arraes a mesma indagação feita agora a Campos: isso não é nepotismo? Na época, a mãe do candidato declarou o seguinte: “Se o nepotismo é feito pelo povo, então é o voto do povo. [...] É uma honra criar um filho como Eduardo. […] Pergunte ao povo de Pernambuco como ele está satisfeito. O Eduardo tem 92,5% de satisfação da população.'' Fecha parênteses.




Retorne-se a Bonner: O senhor não vê nada de errado no seu empenho pessoal nesta eleição de sua mãe para o TCU? E Campos, dessa vez monossilábico: “Não”. Patrícia Poeta emendou na negativa um outro flashback: o senhor indicou um primo seu e um primo de sua mulher para trabalhar no Tribunal de Contas de Pernambuco quando governava o Estado. Como fica a isenção nisso?

Campos viu-se compelido a assumir a ascensão de um dos primos: “Foi indicado na vaga do Executivo, respeitando a legislação em vigor”. Tomou distância do outro: “A vaga era da Assembleia, pessoas podiam se candidatar. E ele não estava impedido por lei de se candidatar.” Absteve-se de dizer que o apoio ao seu governo no Legislativo estadual beirava a unanimidade.

Patrícia foi ao ponto: Se o senhor fosse eleito presidente hoje, manteria esse comportamento no governo federal? De costas para o passado, pesadelo do qual está tentando acordar, Campos reposicionou-se em cena: “…Agora que vamos ter cinco vagas no Supremo Tribunal Federal, o Brasil precisa fazer uma espécie de comitê de busca, o que é feito para os institutos de pesquisa, juntar pessoas com notória especialidade e conhecimento para fazer ao lado do presidente a seleção de pessoas que vão para esses lugares vitalícios.” Huuummm…

Embalado, o candidato engatou uma segunda: “Aliás, eu acho que o Brasil deve fazer uma reforma constitucional para acabar com esses cargos vitalícios que ainda existem na Justiça, é preciso ter os mandatos também no Poder Judiciário, coisa que existe em outras nações do mundo, de maneira a oxigenar os tribunais e garantir que esse processo de escolha seja um processo mais impessoal.” Ah, bom!

Por um instante, teve-se a impressão de que a entrevista estava sendo exibida no horário errado. Combinava mais com o período vespertino, horário em que a emissora leva ao ar a seção ‘Vale a Pena Ver de Novo’. O senhor foi colaborador próximo de Lula, recordou Patrícia Poeta. Era ministro em 2005, quando estourou o mensalão. Afastou-se de Dilma Rousseff só em setembro de 2013, na ante-sala da sucessão. Tudo isso é ambição de ser presidente?

“Não se trata de ambição. Se trata de um direito”, reagiu o entrevistado. “Numa democracia, qualquer partido pode lançar um candidato, pode divergir. Porque você apoiou, você não está condenado a apoiar quando você já não acredita, quando você já não vê, não se representa naquele governo.” Mas o senhor apoiou durante mais de 10 anos esse governo. O que que aconteceu no meio do caminho?

Nesse instante, Campos teve o seu melhor momento na entrevista, talvez o único: “O que aconteceu é que aquilo que foi prometido, que o Brasil ia corrigir os erros e aprofundar as mudanças, não aconteceu. Tantas pessoas que votaram na Dilma e se frustraram…” Campos enveredou para a economia: Dilma comanda “um governo que deixou a inflação voltar, um governo que está fazendo derreter os empregos. Agora, o que o povo quer é alguém que dê solução a isso.”

O candidato levou aos lábios o nome de sua companheira de chapa, uma vice de 20 milhões de votos, até aqui intransferíveis: “Eu e Marina entendemos que para dar solução a isso é fundamental um novo caminho.” Trafegando no acostamento das pesquisas, numa longínqua terceira colocação, Campos fez pose de terceira via: “PSDB e PT há vinte anos governam o país. Se a gente quer chegar a um novo lugar, a gente não pode ir pelos mesmos caminhos.”

O diabo é que, nos momentos em que teve a oportunidade de dizer como pretende financiar suas promessas, Campos deixou embatucados os telespectadores mais atentos. Em vez de explicar os planos e os números, limitou-se a embaralhá-los, tecendo sobre eles indecifráveis silogismos. Formado em economia, o candidato pareceu mais um ficcionista do que um economista.

Patrícia Poeta empilhou as promessas de Campos sobre a bancada: escola em tempo integral, passe livre para estudantes do ensino público, aumento dos investimentos em saúde para 10% das receitas da União, manutenção do poder de compra do salário mínimo e a multiplicação por 10 do orçamento da segurança. Num instante em que a conjuntura pede rigor fiscal, Campos acena com novos gastos. Simultaneamente, promete inflação de 4% em 2016 e 3% em 2019.

Exposta a falta de nexo, sobreveio a pergunta: com promessas se chocam, qual delas o senhor vai descumprir? E Campos: “Patrícia, na verdade, só há uma promessa, que é melhorar a vida do povo brasileiro. A sociedade brasileira tem apresentado na internet, nas ruas, uma nova pauta, que é a pauta da educação, da melhoria da assistência da saúde, que está um horror no país, a violência que cresce nos quatro cantos do país… blá, blá, blá.”

O pedaço do eleitorado que aposta na mudança esperava que o candidato explicasse como produzirá a mágica de tirar cartolas de dentro dos coelhos. Mas Campos refugiou-se atrás de uma peça que sua campanha demora a levar ao centro do palco: “Nós estamos fazendo um programa de governo, ouvindo técnicos, a universidade, gente que já participou de governo. E é possível, sim. Nós estamos fazendo conta, tem orçamento.”

Deu a entender que é possível colher antes de plantar: “Eu imagino que muitas vezes as pessoas dizem assim: ‘Houve uma reunião do Copom hoje e aumentou 0,5% os juros’. E ninguém pergunta da onde vem esse dinheiro. E 0,5% na Taxa Selic significa R$ 14 bi. O passe livre, que é um compromisso nosso com os estudantes, custa menos do que isso. Então, nós estamos fazendo contas para, com planejamento, em quatro anos trazer inflação para o centro da meta, fazer o Brasil voltar a crescer, que esse é outro grave problema, o Brasil parou. E o crescimento também vai abrir espaço fiscal…”

Ao final da entrevista, a a folha de papel em branco do início estava preenchida com um desenho confuso, feito por um candidato fascinante. Os telespectadores mais otimistas foram dormir com a impressão de que Campos tem café no bule. Os pessimistas foram ao encontro do travesseiro com a incômoda sensação de que, eleito, o presidenciável do PSB tomará decisões como uma dona de casa que guarda o café numa lata de sal na qual os responsáveis pela elaboração de suas receitas escreveram açúcar.

E quanto aos flashbacks? Bem, serviram para demonstrar que, como político, Campos é um fabuloso cozinheiro. Se a entrevista fosse um pouco mais longa, ele decerto conseguiria demonstrar que é perfeitamente possível desfritar um ovo diante das câmeras.

por Josias de Souza

As perguntas do Blog ao Dudu Traíra

Por que o senhor traiu o Lula e a Dilma?
O senhor acha que teria realizado um bom governo sem o apoio do Lula e da Dilma?
O senhor acreditou que a crise mundial ia soterrar o governo Dilma e por isso a traiu?
Das grandes obras no seu governo, quais foram as que não tiveram apoio dos governos Lula e Dilma?
O senhor realmente achou que o baronato paulista, o pig, a banca nacional e internacional iria apoia-lo em vez de apoiar um tucano?




O aeroporto de Cláudio é um inferno na vida de Aécio

Foi o que se viu hoje, mais uma vez, na entrevista que ele concedeu ao Jornal Nacional.
Aécio não tem explicação porque ela, simplesmente, não existe. O aeroporto foi um uso abjeto de dinheiro público para benefícios privados da família. Como escreveu Machado, alegrias particulares são bem mais satisfatórias que alegrias públicas.
Ele se agarra desesperadamente à desculpa de que seu erro foi ter usado um aeroporto não homologado pela ANAC, a agência que regula a vida área nacional.
E aproveita para dizer que a ANAC foi incompetente ao demorar para a homologação porque está “aparelhada” pelo PT.
Não, não e ainda não.
O problema não é burocrático, e sim ético e moral. Aécio usou o aeroporto de Cláudio porque facilita substancialmente suas viagens para seu “Palácio de Versalhes”. É como ele se refere à sua fazenda em Cláudio, a 6 km do aeroporto.
Não é só isso. Existe também o ponto da valorização das terras da região por conta do aeroporto.
Isso beneficia Aécio diretamente, e a sua família.
Ele invoca em sua defesa a desapropriação litigiosa de parte da fazenda do tio para a construção do aeroporto.
O tio quer mais na justiça do que Minas deseja pagar. Na fala treinada de Aécio, o tio aparece quase como uma vítima.
Mas um momento. E a valorização do restante da fazenda?
Bonner perguntou isso, no melhor momento da entrevista do Jornal Nacional.
Aécio tergiversou. Respondeu com a metragem da fazenda: 30 alqueires. Ora, 30 alqueires podem valer x ou, alguns x, caso um benefício como um aeroporto irrompa na região.
Aécio também sofreu para responder a uma pergunta de Patrícia Poeta sobre o desenvolvimento social de Minas.
E então, onde os avanços sociais tão trombeteados?
Nova tergiversação.
Aécio falou, como sempre tem falado, no suposto avanço em educação.
Agora que os brasileiros vão conhecendo-o melhor, vai ficando clara a semelhança entre ele e Maluf na compulsão cínica em responder a perguntas de uma forma peculiar em que você vai falando coisas que nada têm a ver com a questão.
Aécio tem agradecido aos entrevistadores quando indagam sobre o aeroporto. Fez isso na sabatina do G1 e voltou a fazer no Jornal Nacional.
Mas é um agradecimento tão fajuto quanto suas explicações para a aberração que é o aeroporto de Cláudio.
by Paulo Nogueira - Diário do Cento do Mundo

Josias de Souza: Para os padrões tradicionais, Aécio saiu-se muito bem na entrevista no Jornal Nacional

Josias de Souza faz malabarismo com as palavras. No texto abaixo com o título acima ele critica Aécio Neves, dizendo mais ou menos assim: O candidato se saiu muito mau na entrevista. Mas, acho que...sei não, mas parece que sei lá...realmente, ele não convence nem mais seus correligionários. Confira: 
Aécio Neves inaugurou a série de entrevistas com os presidenciáveis no 'Jornal Nacional'. Espremido, livrou-se das questões incômodas com a habilidade costumeira. Seu desempenho foi festejado pelo tucanato. O diabo é que não havia apenas correligionários do outro lado das câmeras.
O candidato falou para uma plateia potencial de 36 milhões de pessoas. As pesquisas informam que um pedaço dessa audiência está de saco cheio dos políticos e de suas práticas tradicionais. Para esse eleitor avesso à política o excesso de habilidade por vezes se confunde com esperteza, eis o problema.
Aécio não pronunciou no telejornal da Globo uma mísera novidade. A menos de dois meses da campanha, ele foge do risco. A exemplo do que sucedera em outras entrevistas e sabatinas, Aécio levou a virtude no coldre. Distribuiu a mesma rajada de compromissos redentores e princípios civilizatórios.
William Bonner abriu a conversa pela economia. O senhor não detalha os cortes de gastos e aumento de tarifas públicas por que não vai tomar tais medidas ou por que elas são impopulares? Aécio falou “de forma muito clara”, como tem feito “em todos os fóruns.” Ou seja, desconversou: “Vou tomar as medidas necessárias a que o Brasil retome o ritmo de crescimento minimamente aceitável.”
“O que o brasileiro quer?”, perguntou o candidato de si para si. “Transparência”, ele respondeu, repisando um dos vocábulos que transformou em bordão. O eleitor quer “um governo que tenha coragem de fazer aquilo que seja necessário… blá, blá, blá.” O senhor não respondeu, interveio Bonner, refazendo a pergunta: sua receita inclui a redução dos gastos públicos e o fim da defasagem das tarifas de energia e gasolina?
E Aécio, “com absoluta clareza”, voltou a desconversar: “No meu governo vai haver previsibilidade em relação a essas tarifas e em todas as medidas.” Previsibilidade é outra palavra que o candidato utiliza como escora, arrimo, bastão, cajado do seu discurso. “Ninguém espere no governo Aécio Neves o pacote A, o PAC disso, o PAC daquilo. Ou algum plano mirabolante.”
Mas vai aumentar as tarifas?, Bonner insistiu. “Nós vamos tomar as medidas necessárias”, voltou a escorregar Aécio. Todo mundo sabe que, passada a eleição, a gasolina e a conta de luz ficarão mais caras. Mas nos lábios de Aécio o aumento vira “realinhamento”. Quando e como? “Obviamente, quando você tiver os dados sobre a realidade do governo é que você vai estabelecer isso.”
Bonner desistiu. E Patrícia Poeta mudou de assunto. Injetou na prosa um tema nada poético: corrupção. Citou o mensalão mineiro do PSDB e as propinas pagas a servidores do governo tucano de São Paulo pelo cartel de trens e do metrô. Sapecou: Por que o eleitor iria acreditar que existe diferença entre PSDB e PT nessa matéria?
“A diferença é enorme”, disse Aécio, “porque no caso do PT houve uma condenação pela mais alta Corte brasileira. Estão presos líderes do partido, tesoureiros do partido, pessoas que tinham postos de destaque na administração federal, por denúncia de corrupção.”
Não fosse pela renúncia de Eduardo Azeredo ao mandato, a essa altura o STF talvez já enviado ao xadrez tivesse um deputado federal do PSDB, ex-presidente nacional da legenda. Mas Aécio pulou essa parte do enredo. “O que eu posso garantir é que, no caso do PSDB, se eventualmente alguém for condenado, não será, como foi no PT, tratado como herói nacional, porque isso deseduca.”
Patrícia Poeta continuou perguntando em prosa, não em versos: Eduardo Azeredo, principal beneficiário do esquema, fugiu do julgamento no Supremo pela porta da renúncia, ela lembrou. E está apoiando sua candidatura. Isso não lhe causa desconforto? “Ele está me apoiando, você colocou bem, Patrícia, não é o inverso”, disparou Aécio, um dos gatilhos mais rápidos do faroeste em que se converteu a política nacional. […] Eu não prejulgo, não prejulguei os petistas, não vou prejulgar os tucanos.”
Do outro lado da tela, recostado no sofá da sala, os telespectadores que desceram ao meio-fio em junho de 2013 ficaram autorizados a desenvolver o seguinte raciocínio: por esse critério, se o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa decidissem apoiar Aécio, o candidato não se importaria em ter do seu lado duas condenações esperando para acontecer.
Bonner aterrissou a conversa na pista de pouso de Cláudio. Considera republicano construir um aeroporto que valoriza as terras de sua família, assentadas a seis quilômetros da benfeitoria instalada na fazenda desapropriada do seu tio-avô? “Tenho que agradecer muito a oportunidade que você me dá de tocar nesse tema”, disse Aécio, antes de desviar o diálogo para outros temas.
“Fiz um programa chamado ProAero, que ligou 29 cidades de um total de 92 aeroportos que existem espalhados por Minas… Nesse caso, especificamente, se houve algum prejudicado foi esse meu tio-avô, porque o Estado avaliou aquela área em R$ 1 milhão, ele reivindica na Justiça R$ 9 milhões, não recebeu R$ 1 até hoje.”
Tem algum tipo de constrangimento ético pelo fato de ter utilizado essa pista quando visitou a fazenda da sua família? “Não, não tenho, até porque não sabia que essa pista não estava homologada…” Bonner atalhou: minha pergunta é sobre usar um aeroporto que foi construído pelo Estado de Minas Gerais para visitar uma fazenda sua. Isso não lhe constrange?
Não, Aécio não se constrange: “Eu visitei praticamente todos os aeroportos de Minas Gerais, trabalhando como governador do Estado e o fato central é esse, que a Anac, porque é muito aparelhada hoje, […] durante três anos não conseguiu fazer o processo avançar e homologar o aeroporto.”
Em verdade, há vários outros fatos centrais que constrangem o eleitor que, desejoso de mudança, busca alternativas presidenciais. Supondo-se que a cidade de Cláudio precisa mesmo de um aeroporto, Aécio deveria ter evitado enterrar R$ 13,9 milhões numa pista desapropriada de um familiar.
Optando pela fazenda do tio-avô, não deveria ter deixado as chaves da propriedade com um parente. Mantendo a porteira sob controle de um parente, deveria ter apressado o registro da Anac. Na falta de certificação, não poderia ter utilizado a pista. Pousando, talvez devesse incluir em sua prosa algo que se pareça com uma autocrítica.
Para os padrões tradicionais, Aécio saiu-se muito bem na entrevista. Mal comparando, ele se comportou como um Tom Mix que entra em cena para expulsar os bandidos do saloon. Ou um Durango Kid que, isento de dúvidas ético-existenciais, julga-se capaz de conquistar o oeste espiritual dos eleitores que desejam mudança. as centenas de milhares de almas que sonham em ser conquistadas por uma novidade heroica. Isso basta?, eis a questão. O povo anda muito desconfiado. E povo desconfiado é imprevisível. Um perigo.

Frase do dia

"Os colegas (jornalistas) que, desde fim dos anos 80, ajudaram a transformar o Jornal Nacional no maior telejornal da história devem chorar lágrimas de sangue com o que estão fazendo com sua cria."

Jornal Nacional ladeira abaixo

Aconteceu com a Veja da Abril, está acontecendo com o Jornal Nacional da Globo.
A revista e o telejornal esqueceram o Jornalismo, enveredaram pelo porcalismo, denuncismo, mentira, calúnia, injuria, infâmia, difamação, resultado? Audiência em queda, credibilidade quase a zero. Pois é, que continuem nesse caminho e não demora todos eles estarão na mesma fossa.
Corja!

Editorial do Jornal Nacional - um exercício de hipocrisia

O jornal nacional dedicou 97′ a um raro “editorial”.

Chamou de “editorial”.

Se o critério fosse explicitar a “opinião do patrão”, 99% das “reportagens” deveriam vir com o selo “editorial”, uma vez que o jn do Gilberto Freire com “i”(*) se sustenta na editoria “o Brasil é uma m…”. 

O “repórter” da Globo, na Avenida Paulista, incentiva manifestante a protestar contra a Dilma.

No Rio, a Globo se sentou à frente da casa do governador e, na Avenida Rio Branco e na Central do Brasil, deu inesgotável cobertura às “manifestações democráticas”. 

O William Bonner abandonou  uma cerimônia de entrega do “Oscar” de “efeitos especiais”, no Dolby Theater, em Los Angeles para ancorar, das 15h às 23h, ininterruptamente, as manifestações em todo o Brasil, em junho.

Fenômeno jamais visto na história da Globo: derrubar toda a programação do horário nobre e seu encaixe comercial para se dedicar a um evento “jornalístico”, sem break.

Globo conseguiu capturar o movimento dos doentes infantis do transportismo, que falavam fino com os tucanos e resolveram falar grosso com o Haddad – com a ajuda, claro, da Polícia do Alckmin.

As suaves apresentadoras da GloboNews dirigiam as manifestações – o Maracanã é aí em frente ! ; isso mesmo, pela direita você sobe na ponte !

Vamos combinar, diria o PML: a Globo e o PiG manipulam as manifestações para derrubar a Dilma.

Com a lógica do “estamos numa Democracia” – não perca o retumbante vídeo “Black bloc usa o direito de resposta contra a Globo” -  a Globo e seus frágeis aliados – Folha (**) e Estadão – estimulam um movimento que pode ter o efeito de um putsch na abertura da Copa.

Mas, se não for na Copa, será mais adiante e mais adiante.

Como diz o notável analista de manifestações, Marcelo Freixo, na pág.  A6, do PiG cheiroso, o “Valor”, onde “defendeu as manifestações”, mas condenou a “escalada de violência”, é claro, e previu com a certeza dos profetas do caos:

“A gente está vivendo um momento preocupante (sic). A Copa do Mundo vai acirrar os ânimos, a crise do Governo (Sergio) Cabral vai acirrar os ânimos. Este é um ciclo difícil de ser quebrado.”

Claro !

É difícil de ser quebrado, porque os Governos Estaduais são ineptos.

Não sabem lidar com esse tipo de ameaça à ordem publica – leia “Não vai ter Copa é um caso de polícia”.

O Governo Federal não criou a Guarda Republicana.

O Governo Federal não tem Chefe de Polícia, porque o zé da Justiça é inepto, inapetente, e carece de  autoridade  moral para enfrentar os vândalos (e os puros).

Não era ele quem deveria estar, ontem, na televisão, em rede nacional, a consolar a viúva do Santiago e anunciar medidas para estancar o Golpe (em marcha) ? 

(Ou seria melhor levar o Bernardo Plim-Plim para assegurar o sagrado direto de a Globo derrubar a Dilma, desde que fique “neutra” no Paraná?)

Diante de uma monumental desordem pública, estimulada e fortalecida pela Globo, o Governo Federal não pode se esconder sob a desculpa constitucional de que isso é “problema estadual”.

E como o ciclo é difícil de ser interrompido, o melhor negócio para os Golpistas é esticar a corda, o “ciclo” do Freixo, até a Dilma cair.

Mas, a batata da Globo assou.

morte do cinegrafista da Band é um mau presságio.

E se ele fosse da Globo ?

É difícil, porque a Globo prefere cobrir as manifestações de helicóptero e repórteres desconhecidos e não identificados.

Mas, a batata da Globo assou – clique aqui para ver o que manifestantes jogaram na sede da Globo em São Paulo.

Se houver mais e mais mortes – como antecipa (com contido gáudio) a manchete da Folha “País (sic) tem a 1ª (sic) morte por ataque de manifestante em protesto”.

Primeira, mas não a única, nessa série de “um ciclo difícil de ser quebrado”.

Qual era o objetivo da manifestação em que o cinegrafista da Band foi assassinado ?

Protestavam contra o que ?

Qual a diferença entre o que os manifestantes da Central queriam e os pleitos dos “rolezeiros”, que o PiG endeusou ?

E a turma da doença infantil do transportismo ?

Protestou quando o Presidente Barbosa impediu o Haddad de aumentar o mesmo IPTU que o ACM Neto aumenta em Salvador e os tucanos aumentaram desde que chegaram ao poder há 20 anos (ciclo por se encerrar) ?

Basta que seis pedestres atravessem o sinal na Avenida Paulista com a Augusta que a Globo – de helicóptero, com a câmera fechada – transformará num ato do “ciclo”.

Este é um Golpe da e na televisão.

Como o que tirou Chávez temporariamente do poder, em 2002.

Chávez voltou em 47 horas.

O Golpe provocou não uma, mas 27 mortes.

Portanto, segundo a Folha, há 26 por acontecer.

O Chávez voltou.

Dilma voltaria ?

Com essa Globo ?

Como esse Supremo ?

Com esse Senado ?

Com essa bancada do PT no Senado ?

Ora, Bonner, ora Gilberto Freire, esse jogo é mais bruto do que vocês pensam.

O gênio saiu da garrafa.

Pergunta aos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – se eles estão felizes com o “ciclo”. 

E se a Dilma não cair ?

E se o fogo se espalhar ?

Paulo Henrique Amorim

Globo de mal a pior

O Jornal Nacional despenca 18% na audiência e tem pior ano da história. 
Pelo segundo ano seguido ficará com menos de 30 pontos no ibope.
Leia também: Confunda não

O que seria do Brasil sem a Globo?

Hoje no principal Jornal da emissora foi revelado para o país um falso pedinte.

Que pena, não informaram que o perigossissimo falsário era petista.

O Ali Kamel não vai gostar nem um pouco deste monstruoso esquecimento.

Jornal Nacional desidratado

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Dois mitos que caem juntos. O primeiro, de que o “Jornal Nacional”, da Globo, seria um telejornal imbatível, inatingível e intocável. Não é nada disso. O principal telejornal da Globo lamenta estar sendo muito prejudicado no período da veiculação do horário político eleitoral e já viu 20% de sua audiência ir embora. A informação está na coluna Outro Canal, assinada por Keila Jimenez e publicada na Folha. 

Realocado para mais cedo na grade de programação da Globo, para dar espaço à propaganda política, o "JN" sofre com a migração de público para a TV paga e ainda enfrenta um adversário forte em audiência: a novelinha infantil "Carrossel" do SBT.

E a queda do JN pode estar se dando, ainda, por outras razões. Por exemplo, pelo fato de as notícias serem velhas uma vez que foram divulgadas na internet durante o dia. Ou ainda devido ao enorme tempo dedicado ao julgamento no Supremo, uma decisão política dos Marinhos e que revela que a mídia brasileira ainda não sabe lidar com as novas mídias e com a nova realidade política e social do país.

A Globo usa seus telejornais para fazer oposição ao governo, quando a imensa maioria da população apoia o governo. Recusa a regulação e a concorrência, o pluralismo e a diversidade... Enfim, mantém-se fiel ao discurso único, forçando a mão numa imagem que não bate com a realidade do país.Continua>>>

O processo de dar pernas às capa da [in]Veja

PS do Vi o Mundo:
Vimos de dentro o processo de dar pernas às capas da Veja. Elas pulavam direto para o Jornal Nacional de sábado e ganhavam a imprensa escrita na semana seguinte. A primeira novela do mensalão ocupou toda a campanha de reeleição de Lula, em 2006. Em nome da equidade, a Globo dava 50 segundos para cada candidato. Tinha dia em que três candidatos atacavam o governo (150 segundos), contra 50 segundos de Lula.
Foi nesse período que o então editor de economia do Jornal Nacional em São Paulo, Marco Aurélio Mello, recebeu a ordem para “tirar o pé” da cobertura econômica (o crescimento da venda de cimento, no cálculo da Globo, era notícia positiva para Lula). Além disso, poderia atrapalhar a paginação do JN, que vinha carregada de matérias investigativas contra o governo.
Quando a pressão interna conseguiu emplacar uma única pauta sobre o escândalo das ambulâncias, que poderia atingir indiretamente o candidato do PSDB ao governo paulista, José Serra, ela foi feita, editada, mas nunca entrou no ar! O problema é que o escândalo das ambulâncias superfaturadas estava na conta do PT, apesar de Lula ter “herdado” o esquema do “governo anterior” (eufemismo da Globo quando era inconveniente falar em governo FHC ou governo do PSDB). A matéria arquivada tinha um único dado comprometedor: 70% das ambulâncias superfaturadas tinham sido entregues na gestão de José Serra como ministro da Saúde — e do sucessor que ele deixou na vaga quando concorreu ao Planalto, em 2002. Isso, sim, era de estragar a paginação do JN. Descrevi isso melhor no post O que eu pretendia dizer na TV sobre as ambulâncias de Serra.

Flamengo

Que a Globo mantenha uma histórica parceria com o Flamengo, nada contra; que a presidente do Flamengo, a ex-nadadora Patrícia Amorim, está primando por transformar seu cargo em plataforma política - indo contra o estatuto do clube, problema dos rubros-negros. O que me deixa atônito é toda essa jogada midiática que tenta transformar a tragédia num objeto para faturar não só na audiência, mas também na política.  
Quinta-feira, o Jornal Nacional exibiu matéria em que os policiais (heróis do caso) foram visitar o garoto que os avisou da chacina. Num raro sopro do juízo, evitou-se mostrar o rosto do garoto. Mas sexta, a coisa mudou. Descobriu-se que o garoto é flamenguista e o Jornal Nacional não titubeou em escancarar a imagem do garoto e, claro, dar palanque à Patrícia Amorim.
Leia mais Aqui:

O povo não é bobo, concorrência já à Rede Globo!

A edição do Jornal Nacional da Rede Globo, ontem, entrou para a História. Passou a constituir a prova daquilo que mais necessitamos no país: concorrência já em nossa mídia. 

O fato é que a edição do SBT Notícias da véspera, 4ª feira, sobre os incidentes - lamentáveis e condenáveis sob todos os pontos de vista - registrados no bairro de Campo Grande, Zona Norte do Rio, obrigou a Rede Globo a tentar salvar a própria pele, a prestar serviços, e a tentar provar a farsa serrista que ela comprou e levou ao ar desde anteontem. 

No incidente no Rio, o candidato da oposição a presidente da República, José Serra (PSDB-DEM-PPS), como tem demonstrado a maior parte da mídia, não foi atingido por nenhum objeto além de uma bolinha de papel, o que realmente não deixa de ser condenável. Mas, daí a aceitar a farsa com fins eleitorais montada por ele, e dar a mais ampla publicidade à sua versão com fins políticos, foi um erro grosseiro do JN. Continua>>>
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Íntegra da declaração Dilma no Jornal Nacional

 Dilma, deu ontem uma declaração exclusiva ao Jornal Nacional. Por sorteio, ela falou logo depois de José Serra (PSDB), que teve o mesmo tempo para se dirigir ao eleitor.
"Boa noite, Fátima, boa noite, Bonner.
Para mim, este segundo turno é uma grande oportunidade de apresentar os projetos para o futuro do Brasil. O futuro do Brasil hoje é um futuro que tem embutido nele uma grande esperança porque o Brasil encontrou seu lugar no mundo, e os brasileiros progressivamente estão encontrando um lugar de respeito no Brasil. Por isso, este segundo turno é um momento em que a gente pode detalhar propostas. Detalhar proposta para que a gente tenha uma saúde de qualidade, para que a gente tenha uma saúde de Primeiro Mundo, para que a nossa educação seja uma garantia de oportunidade para todos os brasileiros e brasileiras e para que nós tenhamos, em parceria com os governadores, uma política de segurança pública que leve a segurança às cidades, aos bairros e às comunidades de todo o Brasil. Sobretudo, eu tenho uma proposta de valores. Eu, por princípio nosso, de valorizar a vida, em todas as suas dimensões, e na sua plenitude. Isso é essencial para que o nosso país cresça garantindo para os 190 milhões de brasileiros o respeito à sua dignidade. Além disso, eu acredito que o Brasil é um país hoje forte, e eu agradeço a Deus pelos meus 47 milhões e ao povo brasileiro por ter me dado a vitória nesse primeiro turno."


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O golpe do planfetinho inVeja

Uma vez perguntaram a Al Capone (controlava jornalistas, congressistas, juízes, policiais) como ele convivia com a monteira de corpos dos seus inimigos em cada refrega por disputa dos “negócios.”

A resposta de Capone, que era um tipo arrogante, algo assim como novo rico, tucano, foi direta – “isso é o de menos, morre gente todo dia, não há nada pessoal, são só negócios. Tinha até estima por alguns dos meus desafetos.”

E o arremate. “Não me choco, a gente se acostuma, sabe que é a luta pela sobrevivência, igual a qualquer empresa em qualquer lugar do país.”

Porcos se acostumam a viver em seu ambiente. Tucanos e DEMocratas não têm esse tipo de preocupação, são como Capone.

No dia imediato à tentativa de golpe contra Chávez, abril de 2002, jornalistas das maiores redes privadas da Venezuela foram comemorar a notícia falsa que de comum acordo com os outros grupos golpistas havia desfechado a fracassada investida.

Riram de sua mentira, brindaram sua mentira.

Fizeram tudo certinho, só se esqueceram de combinar com o povo. Está tudo documentado em “A REVOLUÇÃO NÃO SERÁ TRAÍDA”. Dois dias após a posse do “presidente” golpista Pedro Carmona se viram diante de um dilema. Ou matavam milhões de pessoas que estavam nas ruas pedindo a volta de Chávez e transformavam a Venezuela num deserto particular, para eles, ou saiam, fugiam, pois lhes faltava a sustentação básica, a popular.

Fugiram.

Diogo Mainardi é um jornalista da revista VEJA. Disparou acusações durante os últimos anos contra figuras do governo Lula. Seus artigos eram citados e apontados como exemplo de coragem, de jornalismo independente (pelos que vivem com os porcos, que me perdoem os porcos).

A cada golfada de vômito de Mainardi em cada edição da revista VEJA os atacados iam, como acontece no processo democrático, exigir na Justiça a prova do que estava sendo afirmado, denunciado.

Mainardi está na Itália, tem dupla nacionalidade. Não conseguiu provar coisa alguma e fez um acordo com VEJA, a revista que abrigava suas denúncias falsas, forjadas e montadas em função de contratos assinados com o governo de José Arruda Serra (as revistas da ABRIL, sem concorrência, eram distribuídas nas escolas, são aliás, de São Paulo, em contrato milionário).

Fugiu para evitar ser condenado diante de todos processos e VEJA, num acordo com o jornalista, que continua a escrever, paga as indenizações às vítimas das mentiras de Mainardi. Na Itália Mainardi escapa da prisão.

VEJA não é única. O sistema GLOBO é um câncer na comunicação. FOLHA DE SÃO PAULO idem. ESTADO DE SÃO PAULO ibidem. A mídia privada vive com os porcos no Brasil (mais uma vez que me perdoem os porcos).

Quando o delegado Protógenes Queiroz prendeu o doublê de banqueiro/tucano e assaltante de cofres públicos Daniel Dantas o ministro do STF – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – Gilmar Mendes (que emprega o jornalista Eraldo não sei das quantas em uma arapuca que mantém sustentada com dinheiro público e de incautos e emprega para calar a boca do jornalista e cala) concedeu em tempo recorde dois habeas corpus a Dantas.

Gilmar e Dantas foram companheiros no governo de FHC. Um garantindo a parte jurídica das maracutaias e outro na turma da privatização.

Essa gente chama liberdade de expressão o direito de inventar, injuriar, forjar e concentra em suas mãos, poucas “famiglias”, o poder de tentar iludir os brasileiros com suas “verdades” montadas nas agências de propaganda, nas grandes empresas, em Washington e Wall Street.

O Brasil é apenas um objetivo num contexto global que os donos do mundo consideram essencial. José Arruda Serra é o capataz designado para cumprir essa tarefa.

No caso dos habeas corpus concedidos a Daniel Dantas, na semana seguinte, a revista VEJA surgiu com uma misteriosa suspeita que o gabinete do ministro presidente do STF estivesse sendo alvo de escuta e uma conversa entre Gilmar e o senador Heráclito Fontes (ficha suja) foi apresentada como prova.

VEJA nem toca no assunto mais, era a mentira para ajudar salvar Dantas e Gilmar, a gravação era uma farsa, foi montada nos laboratórios/chiqueiros desse jornalismo fétido da mídia privada.

Protógenes e o juiz De Sanctis viraram réus por combater a bandidagem.

As denúncias feitas na última edição de VEJA cumprem esse papel. Tentar evitar a todo custo que Dilma Roussef vença as eleições no primeiro turno e jogar a decisão para o segundo, na tentativa de obter o controle do Brasil.

São mentirosas, são falsas e foram orquestradas, como serão várias até o dia das eleições, no esquema FIESP/DASLU.

O jornalista Luís Nassif, ele mesmo alvo de vários processos por ter denunciado esse jornalismo podre dessas quadrilhas, tocou num ponto chave nesse tipo de matéria. O do repórter, de quem assina as denúncias.

Nassif revela uma conversa com um amigo jornalista que lembrou a ele que um direito nunca foi tirado dos repórteres. O de dizer não. “Se não concorda com o teor da edição, se acredita que a matéria foi mutilada, pode dizer não. A matéria sai sem assinatura e o repórter se preserva. A matéria da VEJA tem a assinatura do repórter Diego Escostegui. Para o bem (caso esteja certo) ou para o mal (caso tenha manipulado informações), marcará o nome desse repórter para sempre”.

O empresário Fábio Bacarat, um dos alvos da denúncia, em nota oficial desmentiu todo o teor da reportagem de capa de VEJA.

A ministra Erenice Guerra, chefe do Gabinete Civil, em nota desmente todas as afirmações de VEJA e vai mais além, afirma que foi procurada pelo repórter (que disse sim a se prestar ao papel de pústula, aquele sujeito que faz tudo pelo chefe, cai de quatro sem problema) e todas as suas declarações foram ignoradas ou manipuladas.

O JORNAL NACIONAL, não poderia deixar de ser, a coisa é orquestrada, cada hora entra um instrumento, deu ênfase às “denúncias” e cumpriu seu papel nessa história de tentar eleger José Arruda Serra a todo custo.    

Vamos ter tentativas semelhantes de golpe através da mentira até o dia das eleições.

Pode parecer repetitivo, mas é preciso lembrar que a GLOBO deixou de anunciar o fato jornalístico mais importante do dia, em 2006, ante véspera da eleição, a queda do avião da GOL, para não prejudicar o impacto de um dossiê falso que iria jogar no ar tentando levar as eleições para o segundo turno e viabilizar condições para um tucano vencer, no caso Geraldo Alckimin. As concorrentes, todas, já haviam divulgado o acidente.

E outras tantas, é prática corriqueira da GLOBO, de VEJA, da FOLHA DE SÃO PAULO, do ESTADO DE SÃO PAULO, da RBS (não noticia quando o filho do diretor estupra, aí fica em silêncio) esse tipo de jornalismo marrom, podre.

É por isso que William Bonner afirma que o telespectador do JORNAL NACIONAL “é como Homer Simpson”, rotulando-o de idiota. É a maneira como ele enxerga o cidadão que assiste ao filme diário travestido de JORNAL DA MENTIRA.

A ética desse tipo de gente é a dos que pagam por esse amontoado de farsas.   

Não tem a menor idéia do que seja dignidade profissional. Só de quanto está no contracheque e na conta bancária.

São canalhas plenos, absolutos. Tinham como lembrou o amigo citado por Nassif, o direito de dizer não. Ou seja, de manifestar princípios de dignidade e caráter. Fala mais alto o dinheiro, vence a capacidade de serem camaleões dos patrões, bonecos ventríloquos.

O Brasil é vital para os interesses dos que tocam o mundo a seu bel prazer, em função de seus interesses, certamente, não são os interesses dos brasileiros.

José Arruda Serra não apresentou uma única proposta de governo, só calúnias, acusações e choro.

Tem dito com freqüência que essa mania de compará-lo com FHC, seu inspirador, é um erro, pois não estamos falando de passado, mas de futuro.

É claro. Só que é preciso olhar para o passado, o governo corrupto e podre que foi o de FHC, para não incorrermos no mesmo erro. Do contrário não teremos futuro. Ele vende tudo. PETROBRAS, BANCO DO BRASIL, o que estiver no “estoque” do item patrimônio público. E como FHC e seus apaniguados embolsam polpudas propinas.

O que VEJA mostra, como o JORNAL NACIONAL, é o desespero dos que estão perdendo a perspectiva de continuar a crescer em cima do dinheiro público, aquele pago e gerado pelo trabalho de milhões de brasileiros.

A mídia privada vive entre os porcos (que me perdoem os porcos, não têm culpa disso).

O que tentam é um golpe. Para eles pouco importa o Brasil e os brasileiros.

A corrupção e a venalidade, a subserviência é intrínseca a eles.

Já nascem com esse imprimatur. De seres repugnantes.

O desafio de uma comunicação calcada na ética da verdade, sem distorções, não importa o direito de opinião, é líquido e certo, ninguém precisa ser a favor disso ou daquilo que não seja o ditame de sua consciência, de seu saber, mas é necessário que esses estejam assentados sobre pilares de dignidade. É um desafio que precisa ser objeto de amplo debate popular.

Não é o caso de VEJA, nem da GLOBO, ou da FOLHA DE SÃO PAULO, da RBS, da mídia privada como um todo.

A sujeira é parte deles, se acostumaram, como Al Capone.

Que tal exibir a verdadeira história da quebra de sigilos fiscais e mostrar o papel de Verônica Serra, a filha do bandido, nos “negócios”? Ou a origem real da história que virar livro e contar quem de fato é José Arruda Serra e os interesses que representa?

Não fazem, estão no bolso dos donos.
Laerte Braga



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