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Paulo Moreira Leite - A vitória dos bons princípios

Depois de passar meio século em operações sombrias para derrubar o governo nascido da revolução de Sierra Maestra por todos os meios a seu alcance, o império de Washington tomou uma medida de acordo com o estágio de civilização criado pela formação dos Estados Nacionais, lá pelos séculos XVIII-XIX: anunciou o reatamento de relações diplomáticas com Havana.
Num fato que chega a ser irônico, quando se recorda o papel do Vaticano ao longo dos séculos, coube ao Papa Francisco atuar com mediador das conversas secretas entre as partes.
Anunciado o reatamento de relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba tem uma utilidade suplementar no Brasil: coloca em seu devido lugar o anti-comunismo primitivo que fez uma grande aparição na da última campanha presidencial.
Tornou-se ainda mais agradável, agora, dar boas risadas diante do folclore diplomático que permitiu Aécio Neves, em pleno século XXI, atacar os “médicos cubanos” que tratam da população pobre do Brasil  como se fossem agentes disfarçados do Comintern dos Partidos Comunistas dos anos 30.
Mais divertido ainda é lembrar o tom de ironia provinciana, empregado para falar dos investimentos no porto de Mariel: “Finalmente a presidente Dilma inaugurou a primeira grande obra de seu governo, pena que em Cuba“.
Para os brasileiros, o porto de Mariel não foi apenas um bom negócio para  empresas envolvidas — será o principal ponto de vendas de Cuba para os Estados Unidos, que  irão crescer cedo ou tarde. Também ajudou a criar e manter empregos no Brasil  e acima de tudo traduziu uma visão diplomática acertada.
Apesar de seu caráter essencialmente risível, que a colocou de braço dado com os exilados de Miami, a postura do PSDB refletiu o conservadorismo de matriz norte-americana que tornou-se fonte recente de inspiração de largas fatias do partido. Nascida nos ninhos  à direita do Partido Republicano, essa visão alimenta o extremismo conservador dos exilados de Miami. Prega um tratamento agressivo do governo de Raul Castro, fecha portas a toda negociação produtiva e propõe o isolamento forçado do regime, inclusive pela manutenção de um embargo odioso, na perspectiva de uma restauração da economia de mercado capaz de eliminar vestígios e conquistas da revolução.
Numa postura em linha de continuidade com a escola diplomática civilizada, que prega o respeito a soberania dos povos como o princípio básico para a convivência pacífica entre países, o governo Lula-Dilma fez a aposta inversa.  Cansou de tomar porrada de sábios que dão plantão na TV.
Vê-se agora quem estava com a razão — num debate que tem raízes em nosso passado político, também.
O rompimento dos Estados Unidos com o regime de Fidel Castro sempre será  lembrado como um lance grave e decisivo na história do Continente. Está na origem do apoio de Washington ao ciclo de ditaduras militares latino-americanas, inclusive o golpe de 64 que derrubou João Goulart.
Convencido — de verdade — que a revolução de Fidel poderia transformar-se num exemplo a ser seguido em  países de maior peso geo-político e potencial econômico, quebrando o domínio dos EUA sobre a região, a Casa Branca deu um curso de natureza colonial a sua diplomacia, aos negócios e às operações militares. Formulou estratégias de desenvolvimento dependente.  Construiu programas para formação de lideranças políticas em suas universidades. Abriu o cofre para promover investimentos junto a aliados que se mostrassem fiéis e mobilizou agências de publicidade para garantir uma cobertura favorável nos jornais.
Acima de tudo, Washington abandonou os próprios pruridos democráticos, ajudando a erguer ditaduras notórias pela crueldade. O que estava em jogo, em toda parte, era enfraquecer a soberania de cada país — e era por esse critério que a Casa Branca escolhia aliados e inimigos.
No livro” João Goulart, “o historiador Jorge Ferreira explica que João Goulart não passou a ser considerado um inimigo regional por Washington em função de seu discurso à esquerda, nem por causa da reforma agrária, nem mesmo pelos interesses das empresas norte-americanas ameaçados pela lei de remessa de lucros. O problema, avalia o historiador,  ocorreu em 1962, um ano depois da fracassada invasão da baía dos Porcos, promovida pela CIA. John Kennedy “escreveu uma carta a João Goulart, propondo a invasão da ilha, com a participação do militares brasileiros.” Contrariado, Jango respondeu que o Brasil sempre reconheceu a todos os países “independente de seus regimes ou sistemas de governo, o direito de soberanamente se autodeterminarem.” Indo um pouco além, Jango insistiu no “legítimo direito de Cuba se defender de possíveis agressões, partissem de onde partissem.” Em função dos mísseis soviéticos, Jango concordou com o bloqueio militar a Cuba mas sua oposição a toda intervenção militar levou Kennedy a se afastar definitivamente do presidente brasileiro.  “A posição brasileira na crise dos mísseis foi intolerável para Kennedy,” escreve Jorge Ferreira.
Durante uma visita ao país, na mesma época, o Secretário de Justiça Robert Kennedy, irmão do presidente americano, propôs “financiamento em troca de alinhamento político.” Também disse que a Casa Branca temia que a política externa brasileira se tornasse “sistematicamente antiamericana”e, sem maiores pudores, reclamou em tom de acusação que Jango mantinha “comunistas” no governo. Também mostrou-se preocupado com o esforço do governo brasileiro em ampliar seu comércio com países do bloco socialista. Ofendido,  Goulart deixou claro que eram assuntos que diziam respeito ao próprio país, “não comportando interferências de nações estrangeiras. ”
Medidas banais de cooperação de Jango, como uma estação de energia a óleo diesel que Goulart mandara de presente para os cubanos — uma espécie de porto de Muriel de meio século atrás, não é mesmo?  — reforçaram no presidente norte-americano a certeza de que o próprio Jango se tornara “um perigo para a segurança nacional” dos Estados Unidos.
Não custa notar que essa postura independente  não assegurou a Jango um tratamento preferencial por parte do governo cubano.  Uma das crises mais desconcertantes daquele período envolveu a descoberta de que, apesar dos gestos simpáticos do presidente, Havana sustentava, com armas, dinheiro e treinamento, grupos armados que pretendiam iniciar guerrilhas contra seu governo.
Foi nesse ambiente que Washington e Havana romperam relações diplomáticas. Carlos Lacerda, o  mais estridente adversário civil de Goulart, definiu a derrota da invasão da baia dos Porcos, apenas três meses depois da posse de Kennedy, como uma “catástrofe para o mundo livre”. Num texto escrito para apresentar um livro que reunia vários discursos do presidente americano, Lacerda apontou o dedo para Fidel e perguntou: “o que fazer diante deste provocador internacional?” Após o golpe de 64, como se sabe, o Brasil rompeu relações com Cuba, que só seriam retomadas após a democratização.


Não é difícil identificar as raízes ideológicas de quem passou os últimos anos no camarote de onde só partiam críticas a diplomacia brasileira, vamos combinar.
Cabe registrar, de qualquer modo, um dado interessante. Obama tomou posse falando em aproximar-se de Cuba e chegou a prometer novas relações no Continente num encontro diplomático em Trinidad-Tobago, um de seus primeiros eventos internacionais. Em seguida, recolheu-se à aquele universo morno que tem mercado seus dois mandatos.
O reatamento de relações diplomáticas merece aplauso, ainda que a preservação do embargo seja lamentável. A manutenção do presídio de Guantânamo, enclave para a guarda de prisioneiros sem julgamento, por anos a fio, é uma vergonha universal.
É obrigatório notar que, neste período, o Brasil consolidou-se como principal lider regional naquela parte da América que se encontra abaixo do Rio Grande.  Enquanto o México era aplaudido pela adesão ao Nafta, o Brasil ocupou um lugar próprio, reconhecido pelos principais vizinhos. Tornou-se interlocutor e mediador de conflitos, ocupando um espaço que a diplomacia norte-americana deixara vazio. Aproximando-se de Cuba, Barack Obama faz um novo movimento no tabuleiro do continente americano. O futuro dirá as consequências deste lance.

EUA e Cuba reataram relações

Reaproximação histórica acontece após 53 anos. Embaixadas serão reabertas e Obama pressionará por fim do embargo

WASHINGTON – Após 53 anos de rompimento, Estados Unidos e Cuba normalizarão integralmente as relações diplomáticas, com abertura de embaixadas em Havana e Washington e recomposição de canais de cooperação e negociação, informaram os governos das duas nações. Para concretizarem o passo histórico, os presidentes Barack Obama e Raúl Castro autorizaram no primeiro semestre de 2013 conversas secretas de alto nível — que começaram em junho daquele ano, tiveram a bênção do Papa Francisco e foram concluídas ontem, com chamada telefônica de uma hora e meia entre os dois mandatários — e alinhavaram a liberação de prisioneiros cubanos e americanos, o que ocorreu esta manhã. Os EUA decidiram ainda rever a inclusão de Cuba na lista de Estados que apoiam o terrorismo; relaxar ainda mais viagens e remessas de americanos à Ilha; e liberar várias transações financeiras e tipos de exportações.

Obama e Raúl anunciaram as medidas simultaneamente, em Washington e Havana. Segundo o governo americano, Cuba também fez concessões. Vai liberar 53 prisioneiros que Washington considera políticos (alguns dos quais já começaram a ser soltos), vai facilitar o acesso à internet à população e abrirá espaço para visitas adicionais de avaliação da ONU e da Cruz Vermelha.

— Começamos um novo capítulo nas histórias dessas duas nações das Américas — disse Obama. — Ninguém está bem servido por políticas desenhadas quando a maioria de nós nem éra nascida. Através dessas mudanças, tentamos criar mais oportunidades para os povos americano e cubano e iniciar um novo capítulo.



Rafael Corrêa: Equador vende para quem quer




O presidente equatoriano, Rafael Correa, afirmou nesta quarta-feira (13) que seu país não pedirá permissão a ninguém para vender alimentos à Rússia, em referência à possibilidade de que a União Europeia (UE) tente impedir o comércio de Moscou com a América Latina.
Durante entrevista com meios de comunicação, o presidente garantiu não ter registro de queixas das instituições europeias sobre este tema. Acrescentou que "a América Latina não é parte da UE".

Recentemente, a publicação The Financial Times informou que a UE está preocupada ante a possibilidade de que a América Latina ocupe seu lugar no comércio russo, depois que Moscou anunciou medidas para proibir importações desse bloco regional.

Em resposta às sanções unilaterais contra a Rússia tomadas pelo Ocidente, o governo de Vladimir Putin decidiu vetar a entrada de produtos agrícolas procedentes dos Estados Unidos, UE, Noruega, Austrália e Canadá.

Segundo os relatórios, Bruxelas teme que a ocasião seja aproveitada pelos países latino-americanos para ocupar seu lugar e levar ofertas a Moscou.

Fonte: Prensa Latina



O recuo de Obama na Crimeia

Eu nunca pensei que viveria para ver o dia em que o Departamento de Estado dos Estados Unidos se aliou a pontos de vista neonazistas e de uma gangue de bandidos que tomaram o poder em um violento golpe de Estado. No Iraque, Líbia e Síria, os formuladores de políticas dos EUA acabaram fortalecendo grupos islâmicos radicais. Isso já foi ruim o suficiente. Agora, na Ucrânia eles estão fortalecendo herdeiros de Adolf Hitler. Como isso não é um escândalo?"
 

A política externa da administração Obama sofreu sua pior derrota em cinco anos no último domingo, quando o povo de Crimeia votou esmagadoramente para rejeitar o governo repleto de neonazistas que tomou o poder em Kiev, com o apoio de Washington, e para fazer parte da Federação Russa. A votação, cujo percentual de eleitores chegou a 93%, aprovando a separação da Crimeia em relação a Ucrânia e sua união com a Rússia", reflete os fortes laços étnicos, culturais e históricos do povo da região com Moscou, bem como o medo compreensível que ser "libertado" pelos EUA poderia significa pobreza de terceiro mundo e caos generalizado do tipo que ocorre no Iraque, Afeganistão, Líbia e Síria.

O governo Obama rejeitou o resultado quase unânime do referendo, e anunciou que iria pressionar por sanções econômicas contra a Rússia, já na segunda-feira. Em resposta, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que o referendo foi realizado "conforme o direito internacional" e que ele iria respeitar a vontade do povo. Putin, que estava assistindo aos jogos Paraolímpicos em Sochi, sabiamente ficou acima da batalha durante a crise, em meio às acusações histéricas e ameaças emitidas quase diariamente pelo presidente Obama ou seu ajudante John Kerry, o palhaço mais incompetente que já serviu como Secretário de Estado dos EUA.

Parafraseando o ditado popular

Josias de Souza só não é mais jorna-lista - com ph - porque é um só!
Com prazer republico textos dele - não linko porque a empresa dele não me linka, simples assim(aos que me cobram) - Leiam:

Saudades da diplomacia brasileira, né? Pois é, o Brasil não tinha tanta relevância. Ninguém prestava muita atenção no que ele dizia. Mas pelo menos sua diplomacia sabia como se pronunciar. Se acontecesse o pior, se tudo desse errado, sobrava a coerência da diplomacia brasileira. Foi bom enquanto durou. Ninguém disse ainda, talvez por pena, mas a diplomacia brasileira caducou na Venezuela. Tornou-se uma espécie de velha maluca que faz tricô com o novelo de suas próprias contradições.
Não que a diplomacia brasileira não esteja preocupada. Ela está tensa. Nesta quarta-feira (19), chegou a pendurar no site do Itamaraty uma nota. Experimente preencher os espaços vazios. Seja diplomata por um minuto. E ajude a velha maluca a se localizar no mundo: “O Governo brasileiro acompanha com preocupação a deterioração do quadro político e institucional na ……………. e lamenta profundamente as mortes ocorridas em ……………… O Governo brasileiro conclama todas as partes envolvidas a dialogar. A crise política na ……………… deve ser equacionada pelos próprios ……………….., de forma pacífica e com base no respeito às instituições e aos direitos humanos.”
Se você escreveu que a preocupação da diplomacia brasileira é com a ‘Venezuela’, que as mortes mencionadas ocorreram em ‘Caracas’ e que essa crise na ‘Venezuela’ só pode ser equacionada pelos próprios ‘venezuelanos’…, se você anotou tudo isso, está parabéns! A nota da velha maluca, que pode ser lida aqui, diz outra coisa. O texto trata da crise política ‘na Ucrânia’, chora as mortes ‘ocorridas em Kiev’ e prega que só os ‘ucranianos’ podem livrar a ‘Ucrânia’ da crise. Ou seja: você errou tudo. O que atesta sua sanidade mental. A velha é que está maluca, não você.
O meio-fio ferve na Venezuela. Repletas, as ruas exigem que o presidente Nicolás Maduro liberte o opositor Leopoldo López, preso por ter cometido o crime de se opor. Com uma agravante: radical, López se opõe radicalmente. Nesta quarta, o presidente Maduro, já meio podre, foi à tevê. Queixou-se da algazarra na província de Táchira. “Se tiver que decretar estado de exceção e meter os tanques, estou pronto para isso!”, disse ele, como que decidido a tocar o país na base do vai ou racha. Ainda que rachado.
E a diplomacia brasileira? Bem, o Itamaraty informa que “o governo brasileiro acredita ser mais eficaz, no que diz respeito a tomada de posição sobre a situação na Venezuela, manifestação coletiva dos países…” Há três dias, a coletividade do Mercosul soltou uma nota. É nessa peça que a velha maluca se escora. Nela se lê que “os Estados membros” do Mecosul “rejeitam as ações criminosas de grupos violentos que querem espalhar a intolerância e o ódio na República Bolivariana da Venezuela como uma ferramenta política.” E apoiam o aprofundamento do diálogo, como tem sido promovido pelo presidente Nicolás Maduro nas últimas semanas…”
A Venezuela, como se sabe, integra o Mercosul. A julgar pelo teor da nota, o próprio Nicolás Maduro deve ter ditado o texto. A diplomacia brasileira aceitou porque, desde que ficou maluca, ela está convencida de que carrega dentro de si uma alma bolivariana. E todas as bolivarianas opiniões do Mercosul sobre a Venezuela são suspeitas. É impossível ser completamente objetivo sobre a própria espécie.
Diz-se que Dilma Rousseff tem 39 ministros. Não é bem assim. Computando-se o ‘chanceler do B’, Marco Aurélio Garcia, chega-se a 40. Sobre Ucrânia, é Luiz Alberto Figueiredo, o chanceler oficial, quem guia as opiniões da velha maluca. Sobre Venezuela, é Garcia quem dá os principais pitacos. Mesmo que quisesse emitir opiniões mais negativas sobre a gestão de Nicolás Maduro, Garcia pronunciaria conclusões com um vício de origem: são de um bolivariano.
O governo venezuelano aaaa-doooo-roooou a nota do Mercosul. Recebeu-a como “uma demonstração de solidariedade”. Afinal, disse o chanceler da Venezuela, Elias Jaua, “ninguém pode negar que o governo bolivariano esteja dialogando” com seus opositores. Bem verdade que a conversa ocorre na cela, não na sala. Mas, que diabo, não se pode ter tudo na vida.
Quando o Paraguai acionou sua Constituição contra o presidente Fernando Lugo, impedindo-o por 39 votos a 4, num ato soberano do Senado, a diplomacia brasileira surtou. Não havia tropas nas ruas de Assunção, a imprensa paraguaia trabalhava normalmente, o destituído aceitou a destituição… Porém, inconformada com tanta normalidade, a velha maluca deixou-se influenciar pela insensatez de outra anciã, a presidente argentina Cristina Kirchner. O Paraguai foi enxotado do Mercosul a pontapés (depois tiveram de adulá-lo para retornar). Na mesma época, a Venezuela, exemplo de democracia, foi admitida no grupo.
Ao conceder asilo político para o senador boliviano Roger Pinto Molina, abrigando-o na embaixada brasileira em La Paz, a diplomacia brasileira ergueu-se dentro dos sapatos. Agachou-se na sequência ao silenciar sobre a descortesia do presidente Evo Morales, que negou o salvo-conduto ao asilado, empurrando-o para a fuga. Hoje, o desafeto de Evo mora em Brasília, num quarto de empregada do apartamento funcional de um senador do Acre, Sérgio Petecão (PSD). E a velha maluca avacalha o direito de asilo, postergando-o.
Se olhasse para a Venezuela como olha para a Ucrânia, a diplomacia brasileira talvez fornecesse ao povo vizinho o que ele precisa. Os venezuelanos necessitam de um mediador isento. Ao diluir sua autoridade numa “manifestação coletiva” que endossa o bolivarianismo de Maduro, a diplomacia brasileira entra no enredo da crise no papel de adorno.
A velha maluca passou a ser tratada no continente como uma tiazona excêntrica. É recebida nas reuniões da família porque, afinal, pertence à família. Mas todos estão instruídos para não rir de suas esquisitices nem estimular qualquer sentimento que não seja o ódio àqueles que não correspondam ao ideal bolivariano de humanidade. A diplomacia brasileira é capaz de tudo, menos de fazer nexo.
Estudantes erguem barricada nas ruas da cidade venezuelana de Chacao

Frase do dia



Barak Obama tem pedir desculpas ao mundo pela insensatez americana de achar que pode controlar as comunicações do mundo inteiro sem levar em conta a soberania de cada país. 
Lula

ONU e ABL

Duas instituições alicerçadas apenas na aparência.
Na ABL tem assento um bocado de gente que juntando toda a obra deles, não dá um poema de Drumond, Bandeira ou de Patativa do Assaré.

Na ONU os EUA e demais membros permanentes fazem o que bem quiser, com ou sem aprovação dos demais.

Sendo assim, para que o Brasil faz tanta questão de ser aceito como membro permanente dessa casa de mãe joana?

A muito tempo defendo que o governo brasileiro, em vez de se esforçar para se tornar membro permanente dessa joça, deveria era anunciar a saída desse bordel diplomático.

Atitude irresponsável na Bolívia suscita dúvidas de toda natureza e não pode ficar impune

Tem que ser um pigmeu estúpido, desonesto e mal intencionado para aplaudir a suspeitosíssima "operação de guerra"  conduzida por um "diplomata" irresponsável (no mínimo) que deu fuga a um bandido do colarinho branco, condenado na Bolívia por corrupção e respondendo a outros 19 processos, inclusive pelo envolvimento no massacre de 11 agricultores indígenas em 11 de setembro de 2008.

"Operação Bolívia" não foi um acidente


A fuga do senador boliviano que custou o cargo do ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, não foi obra individual de um destemido diplomada brasileiro, mas uma ação organizada pela direita com apoio de setores conservadores do Itamaraty, que mantêm estreitos laços em questões políticas e econômicas, como o boicote aos governos socialistas e a defesa intransigente do agronegócio. A avaliação é do deputado Cláudio Puty (PT-PA), que participou de uma missão oficial à Bolívia, em março, onde conheceu os três principais personagens envolvidos na trama: o então embaixador do Brasil na Bolívia, Marcel Biato, que patrocinou a aceitação brasileira ao pedido de asilo político do senador, o diplomata brasileiro Eduardo Sabóia, que afirma ter organizado sozinho a fuga do político, e o próprio senador oposicionista Roger Pinto, que viveu 545 dias na embaixada brasileira na Bolívia."Eles (Biato e Sabóia) falavam sobre a Bolívia, os bolivianos e o Evo com tanto preconceito que o jantar de recepção à nossa delegação terminou em bate-boca", recorda Putty, ressaltando a cumplicidade ideológica entre diplomatas e o senador.

na Carta Maior

Lula dá detalhes de como foi traído por Barack Obama e os países ricos

Segue-se uma reprodução livre do depoimento de Lula:

Lula conta que não conhecia o presidente do Irã, Ahmadinejad.

Encontrou com ele em Nova York e perguntou: você não acredita no Holocausto ?

Se for isso, você é o único que não acredita !

Ahmadinejad respondeu: não foi isso o que eu quis dizer.

O que eu quis dizer é que morreram 70 milhões na Segunda Guerra e fica parecendo que só morreram os judeus.

Então, disse o Lula: a pior coisa num político é não se fazer entender. 

Então vá lá e diga. Mas, reconheça que os judeus não morreram na Guerra ! Foi um genocídio !

Aí, Lula disse a Ahmadinejad que queria para o Irã o mesmo que quer para o Brasil: enriquecer urânio e usar para fins científicos e para a energia nuclear. Fora disso, não tem o meu apoio.

Aí, Lula chegou e perguntou ao Obama: você já conversou com o Ahmadinejad ? Não, ele respondeu.

À Merkel: você já conversou ? Não.

Ao Sarkozy: você já conversou com Ahmadinejad ? Não.

Ao Gordon Brown. Não !

Ao Berlusconi: não !

Como é possível que dois chefes de Estado não possam conversar sobre um problema ?, se perguntou Lula.

Aí, Lula achou era possível tentar um acordo.

E se comprometeu a ir a Teerã para que Ahmadinejad deixasse a Agência Internacional de Energia Atômica (da ONU) ir inspecionar as instalações nucleares iranianas.

Lula cansou de ouvir da Hillary Clinton para não ir – imita a voz fanhosa de Hillary – , porque seria uma ingenuidade.

Lula estava em Moscou, com o presidente Mevdev, e ligaram dos Estados Unidos: você é um ingênuo, não vá lá.

Lula passou dois dias no Irã com o ministro Celso Amorim.

Esteve com o presidente do Congresso, com o grande líder Khamenei e com Ahmadinejad.

Eu disse pra ele: perdi todos os meus amigos.

A minha querida imprensa democrática me bate pra cacete.

Eu não saio daqui sem um compromisso.

Negociamos até meia noite.

Combinamos que no dia seguinte, às 9h da manhã, assinaríamos um acordo.

Aí, o Sarkozy telefonou: o Ahmadinejad não cumpre o que promete. Tem que fazer ele assinar.

Às 9h da manha, o Ahamadinejad pergunta se não dava para ser só de boca.

Sabe o que todo mundo diz de você ?, Lula pergunta. Sabe ? Que você não cumpre o que promete.

Só saio daqui com papel escrito !

Dez dias antes de viajar, o Obama tinha mandado uma carta ao Lula com os pontos que achava inegociáveis na questão nuclear iraniana. O que o Ahmadinejad tinha que topar fazer.

A carta-compromisso que o Ahmadinejad assinou cumpria tudo o que o Obama pediu !

Dias depois, a agência Reuters publicou a carta de Obama e estava tudo lá: na carta que o Ahmadinejad assinou.

Eu achei, disse o Lula, que, quando o Celso Amorim – e Lula elogiou muito o trabalho de Amorim – anunciasse a próxima ida da Agência Internacional de Energia Nuclear a Teerã, e divulgasse a carta,  a crise amainasse.

Mas, não !

Os países ricos aumentaram a pressão sobre Ahmadinejad.

Que aquela carta não valia !

Sabe qual é a minha conclusão ?, perguntou Lula.

Que eles (os ricos) não querem que exista um novo ator !

O Brasil ? Não ! Não se meta ! O Oriente Médio não é coisa pra você !

É coisa nossa !

Ah, é ?

Então, se a ONU foi capaz de criar o Estado de Israel, por que não cria o Estado Palestino ?


(Essa é uma reprodução não literal de um trecho da palestra de Lula, feita por Paulo Henrique Amorim, que a assistiu, ao vivo, no Conversa Afiada)

EUA humilhado

A denúncia de que os Estados Unidos mantêm um sofisticado sistema de espionagem no Brasil, através do acesso ilegal a e-mails e telefonemas, é, sem dúvida, um prato cheio para a presidente Dilma Rousseff.
Sendo verdadeira a acusação — e tudo indica que é — cria-se para o governo, e para os partidos políticos em geral, uma esplêndida oportunidade de se manifestar e agir em perfeita consonância com a opinião pública.
Dilma definiu, e com inteira razão, o comportamento dos EUA — um aliado histórico do Brasil — como uma violação da soberania brasileira e dos direitos humanos. E prometeu uma medida necessária e sensata: apresentar um protesto na Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas.
Além disso, anunciou que recorrerá à União Internacional de Telecomunicações, pedindo que garanta a segurança cibernética das comunicações.
São as únicas saídas: não seria do nosso interesse uma reação mais severa, como um rompimento de relações ou uma ridícula represália militar.
O Brasil tem, digamos assim, um peso médio nas Nações Unidas. É suficiente para estabelecer uma discussão do problema na ONU; não lhe faltarão aliados para, pelo menos, constranger o governo americano, forçando-o a dar explicações humilhantes e, quem sabe, uma promessa formal que desativará a espionagem eletrônica. Será, se a diplomacia brasileira agir com severidade e inteligência, uma derrota desagradável, para não dizer humilhante, para Washington.
Leia a íntegra em Só metadados

mexeu com Evo mexeu comigo

O governo brasileiro expressa sua indignação e repúdio ao constrangimento imposto ao presidente Evo Morales por alguns países europeus, que impediram o sobrevoo do avião presidencial boliviano por seu espaço aéreo, depois de haver autorizado seu trânsito.
O noticiado pretexto dessa atitude inaceitável – a suposta presença de Edward Snowden no avião do Presidente –, além de fantasiosa, é grave desrespeito ao Direito e às práticas internacionais e às normas civilizadas de convivência entre as nações. Acarretou, o que é mais grave, risco de vida para o dirigente boliviano e seus colaboradores.
Causa surpresa e espanto que a postura de certos governos europeus tenha sido adotada ao mesmo momento em que alguns desses mesmos governos denunciavam a espionagem de seus funcionários por parte dos Estados Unidos, chegando a afirmar que essas ações comprometiam um futuro acordo comercial entre este país e a União Europeia.
O constrangimento ao presidente Morales atinge não só à Bolívia, mas a toda América Latina. Compromete o diálogo entre os dois continentes e possíveis negociações entre eles. Exige pronta explicação e correspondentes escusas por parte dos países envolvidos nesta provocação.
O governo brasileiro expressa sua mais ampla solidariedade ao presidente Evo Morales e encaminhará iniciativas em todas instâncias multilaterais, especialmente em nosso continente, para que situações como essa nunca mais se repitam.
Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasi

O caso Evo Morales/Edward Snowden mostra que União Europeia é um engodo político e diplomático, sempre subserviente às exigências de Washington

O caso Edward Snowden está na raiz de um grave incidente diplomático entre a Bolívia e vários países europeus. Por ordem de Washington, França, Itália, Espanha e Portugal proibiram o avião presidencial de Evo Morales de sobrevoar seus territórios.
1 – Depois de uma viagem oficial à Rússia para assistir a uma cúpula de países produtores de gás, o presidente Evo Morales pegou seu avião para voltar à Bolívia.
2 – Os Estados Unidos, pensando que Edward Snowden, ex-agente da CIAe da NSA, autor das revelações sobre as operações de espionagem de seu país, estava no avião presidencial, ordenou que quatro países europeus – França, Itália, Espanha e Portugal – proibissem que Evo Morales sobrevoasse seus respectivos espaços aéreos.
3 – Paris cumpriu imediatamente a ordem procedente de Washington e cancelou a autorização de sobrevoo de seu território, que havia outorgado à Bolívia em 27 de julho de 2013, enquanto o avião presidencial estava a apenas alguns quilômetros das fronteiras francesas.
4 – Assim, Paris colocou em perigo a vida do presidente boliviano que, por falta de combustível, precisou fazer uma aterrissagem de emergência na Áustria.
5 – Desde 1945, nenhuma nação do mundo impediu um avião presidencial de sobrevoar seu território.
6 – Paris, além de desatar uma crise de extrema gravidade, violou o direito internacional e a imunidade diplomática absoluta da qual todo chefe de Estado goza.
7 – O governo socialista de François Hollande atentou gravemente ao prestígio da nação. A França aparece diante dos olhos do mundo como um país servil e dócil que não vacila um instante sequer para obedecer as ordens de Washington, contra seus próprios interesses.
8 – Ao tomar tal decisão, Hollande desprestigiou a voz da França no cenário internacional.
9 – Paris também se tornou alvo de piada no mundo inteiro. As revelações feitas por Edward Snowden permitiram descobrir que os Estados Unidos espiavam vários países da União Europeia, entre os quais a França. Diante dessas revelações, François Hollande pediu pública e firmemente a Washington que parasse com esses atos hostis. Ainda assim, por debaixo dos panos, o Palácio do Eliseu seguiu fielmente as ordens da Casa Branca.
10 – Depois de descobrir que se tratava de uma informação falsa e que Snowden não estava no avião, Paris decidiu anular a proibição.
11 – Itália, Espanha e Portugal também seguiram as ordens de Washington e proibiram Evo Morales de sobrevoar seu território, antes de mudar de opinião, quando souberam que a informação não era verídica, e permitir que o presidente boliviano seguisse sua rota.
12 – Antes disso, a Espanha até exigiu revistar o avião presidencial, violando todas as normas legais internacionais. “Isto é uma chantagem; não vamos permitir por uma questão de dignidade. Vamos esperar todo o tempo necessário”, respondeu o presidente boliviano. “Não sou um criminoso”, declarou Evo Morales.
13 – A Bolívia denunciou um atentado contra sua soberania e contra a imunidade de seu presidente. “Trata-se de uma instrução do governo dos Estados Unidos”, segundo La Paz.
14 –  América Latina condenou unanimemente a atitude da França, Espanha, Itália e Portugal.
15 – A Unasul (União de Nações Sul-Americanas) convocou em caráter de urgência uma reunião extraordinária após esse escândalo internacional e expressou sua "indignação" por meio de seu Secretário-Geral, Ali Rodríguez.
16 – A Venezuela e o Equador condenaram "a ofensa" e "o atentado" contra o presidente Evo Morales.
17 – O presidente Nicolás Maduro, da Venezuela, condenou "uma agressão grosseira, inadequada e não civilizada".

18 – O presidente equatoriano, Rafael Correa, expressou sua indignação: "Nossa América não pode tolerar tanto abuso!".
19 – A Nicarágua denunciou "uma ação criminosa e bárbara".
20 – Havana fustigou o "ato inadmissível, infundado, arbitrário que ofende toda a América Latina e o Caribe".
21 – A presidente argentina, Cristina Kirchner, expressou sua consternação: "Definitivamente, estão todos loucos. O chefe de Estado e seu avião têm imunidade total. Não pode haver esse grau de impunidade".
22 – Por meio de seu Secretário-Geral José Miguel Insulza, a OEA (Organização dos Estados Americanos) condenou a decisão dos países europeus: "Não existe justificativa alguma para cometer tais ações em detrimento do presidente da Bolívia. Os países envolvidos devem dar uma explicação das razões pelas quais tomaram essa decisão, particularmente porque isso colocou em risco a vida do primeiro mandatário de um país-membro da OEA".
23 – A Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América) denunciou "uma flagrante discriminação e ameaça à imunidade diplomática de um Chefe de Estado".
24 – Em vez de outorgar o asilo político à pessoa que lhe permitiu descobrir que era vítima de espionagem hostil, a Europa, particularmente a França, não vacila em criar uma grave crise diplomática com o objetivo de entregar Edward Snowden aos Estados Unidos.
25 – Esse caso ilustra que, se a União Europeia é uma potência econômica, é também um engodo político e diplomático incapaz de adotar uma postura independente em relação aos Estados Unidos.
(*) Doutor en Estudos Ibéricos e Latino-americanos da Universidade Paris Sorbonne-Paris IV, Salim Lamrani é professor-titular da Universidade de la Reunión e jornalista, especialista nas relaciones entre Cuba e Estados Unidos. Seu último livro se chama The Economic War Against Cuba. A Historical and Legal Perspective on the U.S. Blockade, New York, Monthly Review Press, 2013, com prólogo de Wayne S. Smith e prefácio  de Paul Estrade. Contato: lamranisalim@yahoo.fr ; Salim.Lamrani@univ-reunion.fr.  Página no Facebook.

Brasil: nem descalço, nem de joelhos


Toda essa movimentação de corvos e abutres em torno da saúde de Marco Aurélio Garcia, inclusive a denúncia (!) da Folha de S.Paulo dando conta de que ele foi operado com recursos dos SUS, esconde um recalque dolorido em relação ao assessor internacional da Presidência da República.

Garcia, chamado de MAG pelos amigos (dele, eu não o conheço), é um dos principais articuladores do Foro de São Paulo, o movimento contra-hegemônico das esquerdas latinoamericanas à política de submissão da região aos interesses dos Estados Unidos e das corporações capitalistas do Velho Mundo.

Nos anos 1990, foi a iniciativa de Marco Aurélio Garcia que alimentou nosso sentimento de soberania e autodeterminação quando tudo o mais era ditado pelo Consenso de Washington e pelo FMI, cartilhas às quais o governo brasileiro, da ditadura militar aos anos FHC, seguiu como um cordeirinho adestrado.

Eleito Luiz Inácio Lula da Silva, coube a Garcia, ao lado dos embaixadores Celso Amorim e Samuel Pinheiro Guimarães, reorientar a diplomacia brasileira de modo a tirar o Brasil, uma imensa nação potencialmente rica e poderosa, de sua condição subalterna e levá-la a um protagonismo inédito e, de certa forma, perturbador dentro da ordem mundial.

Globo, Jabor e Mello são a favor de golpes

A embaixada venezuelana diz isso com diplomacia. 

Nota Oficial

Além de desrespeitar os venezuelanos, povo irmão do Brasil, e de proferir acusações sem base nos fatos reais, o comentário de Arnaldo Jabor nesta quinta-feira, 10 de janeiro, no Jornal da Globo, demonstra total desconhecimento sobre a realidade de nosso país.

Existe hoje na Venezuela, graças à decisão de um povo que escolheu ser soberano, um sistema político democrático participativo com amplo respaldo popular, comprovado pela alta participação da população toda vez que é convocada a votar em candidatos a governantes ou a decidir sobre temas importantes para o país. Desde que Hugo Chávez chegou ao poder, o governo já se submeteu a 16 processos democráticos de consulta popular – entre referendos, eleições ou plebiscitos.

Não nos parece ignorante ou despolitizado um povo que opta por dar continuidade a um projeto político que diminuiu a pobreza extrema pela metade, erradicou o analfabetismo, democratizou o acesso aos meios de comunicação e que combina crescimento econômico com distribuição de renda. Esse povo consciente de seus direitos não se deixa manipular pelas mentiras veiculadas por um setor da mídia corporativa – essa que circula livremente também na Venezuela.

Considerando o alto grau de organização e conscientização da população venezuelana, não são nada menos do que absurdas as acusações feitas por Jabor da existência de um aparato repressor contra o livre pensamento. Na Venezuela, civis e militares caminham juntos no objetivo de garantir a defesa, a segurança e o desenvolvimento da nação. É importante lembrar que se trata do mesmo comentarista que em 11 de abril de 2002, quando a Venezuela sofreu um golpe de Estado que sequestrou seu presidente durante 48 horas, saudou e comemorou este ato antidemocrático, durante comentário feito na mesma emissora, a Rede Globo.
Embaixada da República Bolivariana da Venezuela

Diplomata por excelência


É aquele que harmoniza o grupo e a família; o que possui o dom da reconciliação. 

É cooperativo, aparentemente tímido e vulnerável, de certa maneira passivo, mas sempre atento aos detalhes de seu ambiente.

Enquanto solteiro é comum envolver-se romanticamente e quase sempre tais romances são complicados. Precisa se casar, pois a vida de casado lhe trará muito mais tranqüilidade, e onde encontrará um parceiro compatível e compreensível, sendo excelente marido ou esposa.

No trabalho sente-se melhor desenvolvendo atividades ligadas a grupos ou recebendo ordens, pois com sua personalidade um tanto passiva, é amado por todos e é sempre excelente profissional. 

Não suporta ficar parado procurando sempre algo para fazer. É compreensivo com os sentimentos alheios e incapaz de ferir quem quer que seja.

Um dos seus grandes defeitos é a inclinação para subestimar seus dotes e capacidades, tanto intelectuais como profissionais, sendo, muitas vezes, subordinado de pessoas com capacidades inferiores às suas.

Poderá se dar bem em qualquer serviço público, diplomata, pesquisador, bibliotecário, contabilidade, serviços sociais, professor, principalmente na música ou de literatura.

Caso não seja culturalmente desenvolvido, pode-se tornar cruel, inescrupuloso e até violento, no propósito de atingir seus objetivos.

Brasileiro é bonzinho


Brasileiro é tão bonzinho! Acolhe docilmente goela abaixo tudo que os doutores da política impõe. Aceitam um salário mínimo sem nenhuma importância do ponto de vista social, o qual não dá para pagar as despesas do primeiros dez dias do mês, quanto mais passar um mês com esse mínimo dos mínimos na América do Sul. Desconhece completamente seus direitos como consumidor, visto que no habitual é passado para trás por comerciantes inescrupulosos e ladrões, que apresenta aos montes no Brasil além da tolerância que um “cristão” pode aguentar. Permite que a imprensa burguesa sofisme sem o menor constrangimento na veiculação de de noticias em seus jornais televisivo e de papel.
O Brasileiro é tão bonzinho! Pois não compreende a existência da grande quadrilha que as igrejas, empresas  e governantes estão abarcados para alienar e maltratar a população carente do ponto de vista social e cultural.
Brasileiro é tão bonzinho! Permite que essa quadrilha se perpetue no poder por anos e anos a fio, e nada faz para mudar tal conjuntura política.

Presidente Dilma em novas parcerias estratégicas na Europa


A mídia tem dado o devido destaque às viagens internacionais, às visitas oficiais e de Estado que a presidenta Dilma Rousseff tem empreendido desde o início de seu governo, mas relega a segundo plano - quando não esquece - que ela, sem recuar um mínimo que seja, dá prosseguimento à luta que o Brasil empreende desde os governos Lula pela reforma das instituições multilaterais regionais e mundiais.

É claro que tem importância acompanhar estas viagens sob o ângulo que a mídia o faz, mas é preciso lembrar - e cobrir, também - que para além da agenda descrita, do nosso interesse comercial, do empenho pelo aumento das nossas exportações, deve estar presente, também, a voz e teses da presidenta brasileira em relação à crise financeira internacional e a reforma das instituições de governança mundial como da ONU, do FMI em âmbito global e da Organização dos Estados Americanos (OEA) para ficar em um exemplo regional.

Estas reformas são prioritárias pelo impacto em todas as outras questões, começando por seu efeito na retomada do crescimento da economia e do comércio mundial. O Brasil tornou-se, já há algum tempo, importante protagonista no cenário internacional, mas isso não é devidamente estampado pela mídia. Como também não é o prosseguimento da luta do país por um assento dentre os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, um posto à altura da projeção e posição internacionais conquistadas pelo nosso país. Leia mais>>>

Brasil e Argentina, uma parceria de 1ª grandeza


A presidenta Dilma Rousseff ressaltou a importância da integração entre Brasil e Argentina durante discurso no encerramento da 18ª Conferência Industrial Argentina, nesta quarta-feira (27), em Buenos Aires. A presidenta classificou a parceria entre os dois países como uma sociedade de primeira grandeza, e afirmou que a tarefa primordial é trabalhar por uma mentalidade de negócios verdadeiramente binacional.
“Temos hoje maturidade política e econômica para cooperar. Temos um quadro internacional que nos impõe essa necessidade. (…) Nesse caminho é crucial o fortalecimento dos nossos setores industriais. É estratégica a integração de nossas cadeias produtivas, de forma a construir uma relevante e competitiva indústria regional. Compartilhar processos, produtos e inovação, e cooperar em ciência, em tecnologia e educação. Buscar a nossa integração industrial regional, é disso que se trata.”, afirma.
A presidenta também falou da necessidade de se buscar um equilíbrio maior nas relações comerciais entre os dois países, com uma expansão nas interações. Dilma lembrou as restrições administrativas à importação de produtos brasileiros e citou a integração produtiva no setor automobilístico, que representa, segundo ela, 50% do comércios bilateral.
“Nós não podemos negar o impacto adverso das restrições administrativas sobre o intercâmbio bilateral, mas também é forçoso reconhecer que, em grande medida, os números de 2012 refletem uma diminuição da capacidade produtiva e do consumo, não só no Brasil e na Argentina (…). Não obstante essa realidade, nossos arranjos não podem levar a uma situação de desvio do comércio recíproco em benefício de parceiros extra-regionais. Podemos ter parceiros extra-regionais, mas não em detrimento do avanço da nossa relação de integração regional”, completou.

O Brasilianas.org discute, ao vivo, a diplomacia e geopolítica entre Brasil e EUA



Diante da nova eleição de Barack Obama e as recentes acusações do governo dos Estados Unidos à Organização Mundial do Comércio (OMC), afirmando que o Brasil adotou medidas protecionistas para garantir mercado aos produtos nacionais, além da política externa brasileira, marcada pelo multilateralismo, faz-se necessária uma discussão sobre os novos elementos presentes na relação entre os dois países. O programa fará um levantamento histórico da visão norte-americana em relação ao Brasil, debaterá as nuances da diplomacia dos EUA e o peso das questões comerciais na diplomacia.
Para discutir o assunto, o programa recebe o diretor do Departamento da América do Norte do Itamaraty, Carlos Henrique Moojen de Abreu e Silva; o professor do Departamento de Relações Internacionais da PUC-SP e coordenador de pesquisa do Observatório Político dos Estados Unidos, Geraldo Zahran; e o consultor de empresas americanas no Brasil e ex-consultor do IRI-International Republican Institute, braço externo do Partido Republicano, André Araújo.