--Crise de identidade na coalizão demotucana--Em um mês, o Datafolha 'deu' e 'tirou' 12 pontos de Serra para ajustar os números do instituto à evidência incontornável de um crescimento generalizado de Dilma em todo o país, conforme os levantamentos da Sensus e da Vox Populi já haviam sinalizado. Mais do que colocar o instituto da família Frias e seu diretor, Mauro Paulino, sob suspeição, o cavalo-de-pau de agora, com o empate entre os dois presidenciáveis, reflete uma crise de identidade na candidatura Serra. O patético figurino de um candidato 'cordial progressista' tentado nos últimos meses derreteu pelo artificialismo abusivo que nennhum gênio do marketing pode contornar. A 'virada' do Datafolha não resultou apenas da exposição de Dilma no programa eleitoral do PT, como quer o reducionismo conveniente dos 'analistas'da pág 2. Acontece que o figurino 'cordial progressista', quase lulista, de Serra fere uma percepção difusa porém marmorizado no imaginário social, que é a oposição golpista, sistemática, da própria mídia ao governo Lula, indissociável de seu alinhamento escandaloso à candidatura demotucana. As manobras em alta velocidade do Datafolha apenas corroboram essa adesão agressiva. O que se está colhendo agora é o efeito bumerangue dessa endogamia despudorada: o golpismo de seus aliados na mídia denuncia a farsa de um Serra 'continuador' do governo Lula. Evidencia, ademais, uma profunda crise de identidade de sua estratégia eleitoral, decorrente da falta de um projeto político e econômica convincente para o país. Só o Datafolha ainda não havia mensurado o desdobramento desse vazio, mas agora não dava mais para esconder. As coisas então ficam assim: ou a mídia muda totalmente seu discurso golpista e adere ao 'lulismo' de Serra --com as consequências eleitorais desse 'ajuste' ; ou Serra sai do armário e se junta ao udenismo anti-Lula do diretório midiático.
Dilma sobe 7 pontos e empata com Serra, aponta Datafolha
Tucano cai 5 pontos desde levantamento de abril.Petista cresceu 7 e ambos aparecem com 37%. Petista atinge melhor marca na série do instituto, lidera na espontânea e também registra empate no 2" turno; Marina se mantém com 12%.
Aí estão título e frases do texto da Folha. Sem comentários.
Apenas constatar que tanto a pesquisa do Instituto Sensus quanto a do Vox Populi, primeiras a registrar o empate, tinham razão. A Folha e seu Datafolha estavam errados.
Também o IBOPE, naquela pesquisa feita para o PSDB - para balizamento interno do partido, não para divulgação - já tinha confirmado o resultado do Sensus e do Vox. Só faltava a Datafolha.
Somos os filhos da Revolução
do Welber Mascarenhas
Realmente todos somos filhos da revolução, graças a elas novos valores são inseridos e as novas realidades se recriam aprimorando ainda mais a vida do ser humano. Revolução Inglesa, Revolução Cientifica, Revolução industrial, Revolução Francesa, Revolução Russa e tantas outras.
Primeiro surgi a ideia e os pensadores que como uma faísca que aproveita da seca crise do dominante para se espalhar e eclodir o mais íntimo desejo de mudança da sociedade. Nunca poderemos considerar tudo acabado ou o Fim da História.
A geração Coca-Cola se acomoda, mas não se perpetuam. E para agonia dos ortodoxos os filhos das novas Revoluções que há de vir sempre será o futuro da nação, faz parte da eterna mudança de valores da sociedade.
A senha
O ministro do TSE, Marco Aurélio Mello está dando a senha, apontando o caminho por onde a tucademopiganalhada deve seguir.
Vejam algumas das dicas que o demoauréliodemelo deu:
- “perda total de parâmetros”.
- “A multa, às vezes irrisória, não é a consequência mais séria”.
- “abuso do poder econômico ou do poder de autoridade...”
- “...Ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social em benefício de candidato ou de partido político”.
- “declarará a inelegibilidade” e a “cassação do registro do candidato diretamente beneficiado”.
- “As situações não são estanques”, disse o ministro. “Numa representação, é possível levar-se em conta fatos anteriores”.
- “unidas por um elo que atrai a incidência da lei”.
- “visa preservar o equilíbrio da disputa. E a representação posterior pode advir da continuidade do procedimento irregular”.
- “Sob pena de ficar uma hipocrisia”..
- “...Seria como se houvesse um acerto de contas e se apagasse o passado. Não é assim. O passado diz respeito à mesma eleição, à mesma disputa”.
- “Mencionei o risco para que depois ninguém coloque a mão na cabeça e diga que isso é uma inovação. Não é...”
- “...O sistema visa a lisura das eleições e deve ser compreendido como um todo”.
- “Isso tudo é muito ruim. O país não avança culturalmente dessa maneira. É a perda total de parâmetros, a inversão de valores. O errado passa por certo e vice-versa...”
- “...As pessoas não estão se dando conta de que essa permissividade pode levar a conseqüências seríssimas...”
- “...É claro que, se houver a diplomação de um eleito, aí a representação evolui para uma ação de impugnação do mandato. A demora da Justiça às vezes leva a isso...”
- “...Seria recomendável que a turma pusesse as barbas de molho, do contrário degringola. É um alerta”.
Repito o mesmo que disse quando os tucademopiganalhas tentaram o impeachment de Lula com a farsa do mensalão.
Que tentem ganhar no tapetão se tiverem coragem (o que tenho certeza não teem). A corja é antes de tudo covarde. Se tentarem a gente também na marra. Paguem prá ver.
Para a liberdade e luta
Me enterrem com os trotskistas na cova comum dos idealistas onde jazem aqueles que o poder não corrompeu.
Me enterrem com meu coração na beira do rio onde o joelho ferido tocou a pedra da paixão.
Paulo Leminski
Dilma promete inflação menor e estabilidade econômica
WALTER BRANDIMARTE – REUTERS
Dilma prometeu nesta sexta-feira manter a autonomia operacional do Banco Central e reduzir cuidadosamente a meta de inflação brasileira nos próximos anos, caso eleita.
Em sua primeira viagem internacional como candidata às eleições de outubro, Dilma buscou acalmar investidores preocupados com um possível superaquecimento da economia.
“Minha mensagem para os investidores internacionais é: o Brasil vai manter o crescimento com inclusão social e estabilidade macroeconômica, buscando controlar os preços através de metas de inflação e manter a disciplina fiscal ao reduzir a dívida”, disse em Nova York.
A inflação doméstica atualmente está superando o centro da meta definido pelo governo, de 4,5 por cento, conforme a economia se acelera em resposta a estímulos fiscais e monetários sem precedentes.
Dilma afirmou que o Brasil está em condições de “gradualmente” diminuir essa meta de inflação nos próximos quatro anos. “Mas temos que fazer isso com muito cuidado, porque vivemos um momento de muita volatilidade e imprevisibilidade”, ponderou Dilma, em evento organizado pela BM&FBovespa.
Os mercados estão menos preocupados com o risco político nas eleições de outubro do que nos pleitos anteriores, já que os principais pré-candidatos à Presidência –Dilma e José Serra (PSDB)– não devem implementar mudanças radicais nas políticas macroeconômicas.
Eles estão tecnicamente empatados, segundo pesquisa do Instituto Sensus divulgada na segunda-feira.
Falando a uma audiência de investidores internacionais, ela foi aplaudida quando elogiou a decisão do Banco Central de elevar as taxas de juros no mês passado, apesar de 2010 ser um ano de eleição.
A autoridade monetária aumentou a Selic em abril em 0,75 ponto percentual, para 9,5 por cento ao ano, sinalizando a continuação do aperto monetário mais à frente. Muitos economistas avaliaram que o BC deveria ter iniciado o ciclo de elevação do juro em seu penúltimo encontro.
Dilma disse que é “fundamental” para o próximo governo manter a autonomia operacional do Banco Central, bem como o status de seu presidente, Henrique Meirelles, considerado ministro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
“Essa autonomia operacional do Banco Central nos ajudou a manter uma trajetória estável”, disse.
Dilma afirmou, contudo, que um projeto para dar autonomia formal ao BC enfrentaria oposição por partidos políticos no Congresso.
Ela também defendeu o regime de câmbio flutuante do país, dizendo que tivemos “experiências muito ruins no passado” com uma taxa fixa de câmbio.
Dilma alertou, no entanto, que o regime de câmbio flutuante pode resultar “alguma volatilidade em momentos de turbulência internacional se não tivermos um volume significativo de reservas internacionais”.
PODER GEOPOLÍTICO
A pré-candidata disse que a descoberta de grandes reservas de petróleo na camada do pré-sal no Brasil dá ao país um poder geopolítico “considerável”.
“O Brasil deve buscar uma posição de liderança entre os países desenvolvidos durante esta década”, ela afirmou.
Mais tarde, durante entrevista coletiva, ela defendeu os esforços do presidente Lula para mediar um acordo nuclear entre o Irã e a comunidade internacional, evitando mais sanções que, segundo ela, poderiam levar a uma nova guerra.
Ela prometeu não privatizar a Petrobras ou qualquer outra estatal. Porém, disse que seu governo seria favorável às concessões ao setor privado para construir novas hidrelétricas e estradas “sempre que for a opção mais barata”.
UMA PLANTINHA TENRA
por Carlos Chagas
Terão seu registro negado os condenados por colegiados, leia-se, por tribunais, quer dizer, na segunda instância do Judiciário. Somarão 25% dos pretendentes às eleições de outubro, como supôs o senador Demóstenes Torres, presidente da Comissão de Constituição e Justiça? Tomara que sim, mas não parece fácil.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo Ledwandowski, já declarou que a proibição vale para as condenações praticadas depois da promulgação da lei da ficha-limpa, ou seja, após o presidente Lula sancioná-la e em seguida à sua publicação no Diário Oficial.
Senão uma ducha de água fria, ao menos um balde de decepção acaba de ser virado no plenário do Senado, interrompendo a euforia anterior. Mesmo assim, valeu a iniciativa parlamentar, iniciada numa subscrição popular e aprovada pela Câmara. O futuro Congresso deverá ser o último a apresentar razoáveis percentuais de fichas-suja. Pode valer o mesmo para certos governos estaduais.
Otávio Mangabeira dizia ser a democracia uma plantinha tenra que devia ser regada todos os dias. Estava certo. Desde a eleição de Tancredo Neves e a posse de José Sarney que o país respira normalidade institucional, uma constante desde 1985, não obstante traumas variados.
Muita gente imaginou a hipótese de uma ruptura, ironicamente gerada por excesso de democracia, ou seja, pela eleição de um operário que adquiriu tanta popularidade a ponto de ser sugerida sua continuação no poder.
O terceiro mandato do Lula equivaleria à implosão do processo, mesmo se fosse aprovada pelo Congresso. Coube ao próprio presidente cortar o mal pela raiz, lançando sua candidata e antecipando a campanha sucessória.
Pelo jeito, agiu conscientemente, para desfazer ambições e ilusões imaginadas por companheiros. Mesmo sujeito a multas impostas pela Justiça Eleitoral, está de regador na mão.
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