Serra e Marina - A saia justa de não ser nem governo, nem oposição

José Serra, o candidato da coligação PSDB-DEM-PPS ao Palácio do Planalto, continua abusando das imagens fortes ao acusar o governo de não fazer nada nas áreas de saúde e rodovias. Dessa vez foi no Jornal Nacional da Rede Globo. Mas, quando indagado sobre o governo Lula, Serra não diz que é oposição e elogia o presidente da República.

Como suas acusações não se sustentam - são rebatidas diariamente e o serão mais ainda nos debates e no horário de propaganda eleitoral - resta-lhe o papel de coadjuvante e não de alternativa de oposição com um novo projeto político que traga outro modelo de desenvolvimento e não apenas uma volta ao passado, fadada a rejeição da imensa maioria do eleitorado.

O que mantém Serra estacionado nas pesquisas, há muito tempo apenas com os votos de seu eleitorado de 2002, é a falta de alternativa, o fato dele não ser essa opção. Serra não é nem oposição e nem é governo - papel, aliás, que  a senadora Marina Silva (PV-AC) disputa com ele. Continua>>>
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Dilma, Lula aprovou. Dilma, Lula indicou

Ao escolher [Dilma] para ser candidata é o sinal mais notório de que o presidente Lula aprovou integralmente o comando que ela teve sobre o governo, no segundo mandato do presidente petista. 
Dilma passou no teste a que foi submetida por Lula, em seu segundo mandato, exercendo o papel de primeira-ministra do governo. 
As pessoas que a conhecem testemunham que ela pode ser autoritária e centralizadora, mas não há dúvida de que exerce com competência suas tarefas como executiva.
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Sabe a última da eleição? Nem eu.

Que a Dilma é a favorita para vencer esta eleição, faz tempo que afirmei [leia Aqui]. Quando leio textos deste tipo [abaixo], tenho a convicção. E vocês que acham?...


A maior notícia da corrida eleitoral é a falta de notícia da corrida eleitoral. Ao menos até agora.

O que se previa uma eleição sangrenta depois da Copa do Mundo tem sido um jogo tão insosso quanto os de nossa seleção na África.

Primeiro porque os candidatos principais em muito se parecem. Segundo porque, dada a popularidade do governo, todos dizem amém a Lula. E se Lula é símbolo de muitas coisas do país, é principalmente do consenso em torno do modelo muito mais econômico que político que deu a milhões de brasileiros pobres e a milhões de brasileiros ricos mais dinheiro no bolso e confiança no futuro.

Ninguém vai tirar o país desse caminho, tão óbvio quanto tardio. Nossa democracia demorou a descartar todas as mirabolantes teorias e planos que prometiam paraísos e entregavam infernos. Encontramos estabilidade seminal simplesmente seguindo as regras básicas do capitalismo de mercado. Foi a simplicidade, estúpido.

Tão simples que a população entende bem. E defende. No voto. Continua>>>

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Mineiros magoados

Há previsões de que a vitória de Dilma Rousseff sobre José Serra será maior que a de Lula, indicação de que os mineiros ficaram magoados com a marginalização da candidatura Aécio Neves à Presidência. E não estão nem aí para o insucesso do candidato do partido, no País, no Estado. 
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O suicídio do PIG

Em 2006 já falava aqui no suicídio da mídia,quando decidiu transformar a queda (ou derrota) de Lula em guerra santa.
O que houve ontem, no Jornal Nacional, mostra que a insensatez não tem limites. A entrevista de Serra não mudará o panorama eleitoral. Dilma continua favorita.
Mas suponhamos que a armação desse resultados, invertesse o jogo e colocasse Serra como favorito. O que ocorreria com a opinião pública? Haveria apenas críticas, a bonomia do governo, Dilma convidando o casal para jantar? Claro que não: haveria comoção popular, uma guerra sem quartel.
Há muito a velha mídia atravessou o Rubicão da prudência.
O que está em jogo, da parte dela, é a montagem de uma barricada para impedir a invasão estrangeira do setor por empresas de telecomunicações e grupos de mídia.
No começo, havia a estratégia clara (e imprudente) de tentar derrubar Lula – ou fazê-lo sangrar – e apoiar um candidato que viesse lhe comer à mão e ajudasse a barrar a invasão estrangeira.
Apostou e perdeu. Nem com todo apoio, o campeão branco, José Serra, logrará vencer.

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Hoje haverá debate em 14 estados, na Band. E começa a ser divulgada novas pesquisas

Os próximos dias da campanha serão movimentados. Hoje, a partir das 22h, haverá debate na TV Bandeirantes em 14 estados. Além do Rio, debatem candidatos ao governo de Bahia, Paraná, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Tocantins, Santa Catarina, Espírito Santo, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, São Paulo e DF.
Até semana que vem, será conhecido também o resultado de novas pesquisas de intenção de voto.
Hoje, está prevista a divulgação de uma pesquisa Vox Populi para as eleições presidenciais e para Rio, Minas, Paraná, São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Bahia, Pernambuco, Piauí e Mato Grosso do Sul.
Na próxima segunda, dia 16, deve sair o resultado da pesquisa Ibope para Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e Rio Grande do Norte.
E está vindo por aí também nova pesquisa Datafolha, que amanhã termina de colher as intenções de voto para as eleições presidenciais e ao governo de Rio, Rio Grande do Sul, Paraná, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Pernambuco. Com 10.770 entrevistados, será a maior abrangência dessa pesquisa até agora.
O próximo debate entre os presidenciáveis será em 24 de agosto, na MTV. Anteriormente marcado para dia 10, ele foi reagendado pois Dilma Rousseff (PT) não podia. E para o dia 24, ela ainda não confirmou.
Já setembro trará nova leva de debates entre candidatos a presidente. Dia 8, será o da TV Gazeta, em parceria com "O Estado de S.Paulo". Dia 12, da Rede TV. A TV Record faz seu debate no dia 26. E dia 30, a três dias da eleição, a Rede Globo fará o seu debate.

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NÃO DEVIA TER ASSINADO

O presidente Lula pode até  ter cumprido compromisso dito obrigatório com as Nações Unidas, de aceitar sem discutir as decisões do Conselho de Segurança e apoiar sanções econômicas ao Irã. Mas deixou frustrados quantos acreditaram nos seus esforços para levar a paz ao Oriente Médio. Afinal, se o voto do Brasil foi contrário àquelas sanções, mesmo oposto à  maioria dos integrantes do Conselho de Segurança, por que esse sinal de fraqueza na hora da decisão final?

Estariam em jogo outros interesses, junto à comunidade internacional? Sofremos pressões dos países ricos? Ameaças de retaliação? O Itamaraty que explique, mas fica meio ridículo ouvir do chanceler que o Lula “assinou contrariado” o respaldo às sanções econômicas. Se estava contrariado não deveria ter assinado. Não seria a primeira vez que um governo iria bater de frente com a opinião dos poderosos. Ainda mais porque as sanções atingirão de forma direta o povo iraniano, cerceando importações e exportações e prejudicando economicamente aquele país.
                             
Faltou coragem depois de seguidas demonstrações de estarmos atrás de um acordo em condições de pacificar região. Ironicamente poderíamos ter seguido o exemplo de Israel, que inúmeras vezes dá de ombros e ignora decisões das Nações Unidas.
                                     



Seria bom não misturar as coisas. Merece  repúdio universal a decisão do governo do Irã de apedrejar até a morte uma mulher acusada de cometer adultério. Mas daí a aceitar sanções econômicas contra o seu povo, a distância é imensa. Mesmo tendo o presidente brasileiro sido chamado de desinformado quando ofereceu asilo à indigitada mulher, em troca da preservação de sua vida.

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