2. Ao afetar o comércio internacional e a demanda de bens de consumo durável e bens de capital, a crise chegou rapidamente à industria e ao agronegócio exportador. Esses setores e as regiões que os contém foram duramente afetados. O setor de bens de consumo pessoal ou habitual é o menos afetado -a principio- por sua maior rigidez a mudança de demanda, pela essencialidade do mesmo, ( alimentos, transportes, energia,remédios, educação,....etc.....). O próprio desemprego o afeta em um segundo momento em função dos elementos de proteção ao trabalhador como seguro desemprego, fgts,....
3. A tendência defensivo-preventiva a poupar afeta ainda em um segundo momento a demanda de bens duráveis. O setor governo - a nível nacional ou macro-regional- é afetado parcialmente pela queda de arrecadação, mas compensado pelo endividamento ou mesmo pela maior rigidez a queda de setores arrecadadores, como energia elétrica, crédito, combustíveis,....No entanto a nível regional essa queda pode ser abrupta a nível estadual sempre que afete o ICMS, como viu-se na Bahia. A nível municipal, o IPTU é rígido ,mas o ISS flutua com a crise e num momento pós-cíclico. Já a cota-parte no ICMS só afetará no ano subseqüente, pois a queda em um ano já encontra o índice calculado.
4. Finalmente os setores e regiões concentradas em bens de consumo essencial, receberão um impacto pós-ciclico. Será a espuma da onda da crise que vai lamber suas areias, na etapa final da crise e depois dela. Portanto não se deve tomar os dados de hoje, como os dados de amanhã, nuns e noutros casos. S.Paulo é certamente um caso pré-cíclico e cíclico e deve sair da crise na frente. Economias concentradas no agronegócio são cíclicas e sairão em seguida, como as do Sul do Brasil e Minas.
5. Finalmente as economias centradas em bens de consumo pessoal serão afetadas no final da crise e depois dela. Serão as últimas a entrar e as útimas a sair da crise. É o caso do Estado do Rio, uma economia, há muitos anos, pós-cíclica.