Oposições: em que mundo elas vivem?

Por Flavio Aguiar: “Fico cada vez mais estarrecido diante dessas ‘escaramuças eleitorais’ que as oposições vêm praticando em relação a aspectos da política externa brasileira, pregando de novo um anacrônico alinhamento automático com os Estados Unidos”


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Estadão e os factóides da Veja

O Estadão tem jornalistas no comando, pessoas com bastante influência na Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), que sabem diferenciar denúncia séria de falsificação. Na mesma edição em que rastrea com competência o esquentamento de dinheiro de Roseane Sarney, endossa mais uma mixórdia jornalística da Veja. Mesmo sabendo que a revista não faz jornalismo sério, não tem o menor compromisso com os fatos.
O PT tem tradição de dossiês, sim. Quando não tinha perspectiva de poder fazia o mesmo que o PSDB passou a fazer, quando foi sua vez de ficar sem perspectiva: dossiês, factóides, tentativas de desestabilização política pela escandalização. O ponto em comum entre as duas etapas é a velha imprensa de sempre, sem compromisso com fatos ou com sua responsabilidade institucional. 
Lunnus é uma obra de responsabilidade total de José Serra. Assim como o dossiê contra Tasso Jereissatti e Paulo Renato. Participaram da operação procurador ligado a Serra, policial federal ligado a Serra e, ao final, houve um telefonema para o Palácio dando conta do sucesso de uma operação que beneficiou exclusivamente a Serra.

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Petrobrás avança também na Amazônia

Nicola Pamplona – O Estado de S.Paulo

Duas décadas após o início da produção no campo de Urucu, em meio à Floresta Amazônica, a exploração de petróleo na Bacia do Solimões, no Amazonas, entra em uma segunda onda de investimentos. O movimento foi iniciado este ano, com a Petrobrás, que já tem duas descobertas na região e, ao contrário da primeira fase exploratória, terá a participação de companhias privadas que arremataram concessões em leilões da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
A Petrobrás mantém quatro sondas de perfuração de poços atuando na região e, no início do ano que vem, o consórcio formado por HRT e Petra Energia recebe sua primeira sonda, que deve começar a perfurar no primeiro trimestre. As perspectivas de descobertas são animadoras, segundo os envolvidos no esforço – apenas a HRT estima reservas de 1,5 bilhão de barris. A Petrobrás, por sua vez, pode ter encontrado na região o maior campo terrestre do País.
Nenhuma das empresas fala sobre o assunto, alegando impedimentos provocados pelo período de silêncio que precede emissão de ações na Bolsa . Fontes do setor, porém, indicam que a descoberta no bloco SOL-T-171, da Petrobrás, tem reservas de 180 milhões de barris. O volume é pequeno, se comparado aos bilhões de barris do pré-sal, mas é um petróleo de excelente qualidade, com grande valor de mercado.
A Petrobrás já conseguiu aprovar na ANP um plano de desenvolvimento para o SOL-T-171, que deve incluir a perfuração de novos poços. A concessão fica próxima a Urucu e já estaria produzindo, segundo fontes, a título de teste de longa duração. Dados da agência apontam que a estatal conseguiu reverter um declínio natural da produção na região, atingindo, em junho, a média de 55,2 mil barris por dia, a maior para aquele mês desde o ano de 2005.
Além dessa descoberta, a estatal anunciou na semana passada ter encontrado gás na concessão SOL-T-150, que fica no traçado do gasoduto que liga Urucu a Manaus, inaugurado em novembro do ano passado. A Petrobrás tem ainda duas reservas antigas na região, não desenvolvidas, que formam o polo Juruá-Araracanga, prontas para entrar em produção. A última informação da empresa indicava que as áreas seriam inauguradas em 2012.
Avanço. Para o governo do Amazonas, a disponibilidade de gás poderá representar grande avanço econômico, com a construção de um poço gasoquímico e o uso do combustível em indústrias da Zona Franca de Manaus. Além disso, diz o secretário executivo de geodiversidade da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, Daniel Nava, o Estado espera inaugurar em setembro os primeiros postos de gás natural veicular (GNV) de Manaus.
Nava diz ainda que a atividade petrolífera deve garantir também o desenvolvimento econômico do município de Carauari, de 23 mil habitantes e a 780 quilômetros da capital. A cidade servirá de base para a exploração na porção oeste da bacia, onde estão Juruá-Araracanga e três dos sete polos petrolíferos identificados pelo consórcio HRT/Petra na bacia: Juruá, Juruá Sul e Tefé.
A HRT, operadora das concessões, definiu os polos Tefé e Aruã, perto da descoberta do SOL-T-150, como prioridades para os próximos anos, diante do maior potencial para descobertas de petróleo – que tem mais mercado e não demanda a construção de gasodutos. A empresa opera 78,5 mil quilômetros quadrados em concessões na região, que foram adquiridas em 2005 pela argentina Oil M&S e depois vendidas à Petra. A HRT entrou no negócio no fim de 2009.
Os trabalhos iniciais apontaram para a existência de mais de 30 prospectos (áreas com potencial para a descoberta de petróleo e gás) nas concessões da Bacia do Solimões. A primeira sonda de perfuração chega em Manaus no início de 2011. A primeira produção é esperada para o fim do mesmo ano. Segundo dados do prospecto preliminar de abertura de capital entregue à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os investimentos na primeira fase de exploração somarão US$ 1,2 bilhão até 2014.
A Petrobrás não detalhou, em seu plano de investimentos 2010-2014, qual o volume reservado às reservas amazônicas, mas o plano anterior falava em gastos de US$ 1,7 bilhão na busca por novas reservas. Em junho de 2010 a produção de petróleo na área subiu 4,7% com relação ao mesmo período do ano anterior.
A produção de gás também subiu, para 10,9 milhões de metros cúbicos por dia, mas grande parte desse volume (8,6 milhões) permanece sendo reinjetada nos reservatórios por falta de mercado – a Petrobrás precisa extrair o gás para tirar o petróleo. O gasoduto tem como mercado principal as térmicas da região de Manaus, hoje movidas a diesel, que ainda não foram convertidas para o novo combustível. “O Estado está trabalhando para criar outros consumidores, mas é um processo lento”, diz Nava.

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Bonner afundou Serra; e Organizações Globo atacam de novo




Que fato relevante pode explicar a mudança brusca nas estatísticas do “DataFolha”? Na pesquisa de 20 dias atrás, o instituto da família Frias teimava em manter Dilma numericamente atrás de Serra, num “empate técnico” pra lá  de duvidoso – ainda mais porque todos os outros institutos já apresentavam Dilma com vantagem de 5 a 10 pontos.

Agora, o “DataFolha” finalmente se rendeu: Dilma 41%, Serra 33%. Repito a pergunta: que fato relevante ocorreu entre uma pesquisa e outra? Lula apareceu colado a Dilma? Onde? Não houve nenhum programa de TV com a presença dos dois.

Os únicos fatos políticos dignos de nota foram o debate da Band (que teve audiência pífia, cerca de 3 pontos) e as entrevistas (?) dos candidatos no “JN”. A única conclusão possível é que a tentativa do “JN” de emparedar Dilma saiu pela culatra. Bonner afundou Serra. A Globo tentou salvar Serra, mas agora corre o risco de afundar com o candidato tucano.

Mas atenção: a “reportagem” da revista “Época” dessa semana mostra que o jornalismo porco das Organizações Globo, sob comando de Ratzinger, não tem limites. Parece um suicídio corporativo.

O suicídio é problema deles. O problema nosso é enxergar que essa turma tomou um caminho sem volta. E isso indica que seguirão a apostar em pequenos golpes e grandes manobras midiáticas.

Os números cada vez mais consolidados de Dilma parecem indicar que o jogo está definido. De fato, tudo aponta para a vitória de Dilma. O próprio DataFolha revela que ainda há 7% de eleitores (dizem na pesquisa que escolheriam com certeza o candidato de Lula, mas não sabem que Dilma é essa candidata) que podem migrar para a petistas, sem grande esforço.
Digamos, portanto, que a campanha de TV possa empurrar Dilma para 48%. Serra deve encolher para algo em torno de 30% (parece ser o piso do tucano). Marina e os outros ficariam com algo em torno de 10%.

Nesse quadro, chegaríamos às últimas semanas antes do pleito com: Dilma 48% X outros candidatos 40%. Tudo decidido, certo? Vitória petista no primeiro turno?
Mais ou menos. “Veja” e “Globo” parecem dispostos a tudo.
O que podem tentar?

A matéria porca da “Epoca” dá uma dica. Dilma nunca participou de ações armadas durante o período em que lutou contra a ditadura (e ainda que tivesse participado, isso não a diminuiria em nada). Mas isso pouco importa. Na reta final, o que importa é criar um clima de dúvida. Basta um depoimento emocionado, uma nova Miriam ou novos aloprados, e pronto. Uma semana de “JN”!

Não precisa virar o voto de 20%, 30%. Basta virar 4%. Foi o que fizeram em 2006.  Podem conseguir em 2010? Acho difícil. Eles estão mais fracos. Mas tenho certeza que vão tentar.
Por isso, o caminho de quem apóia Dilma deve ser o de um otimismo cauteloso.

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Blog do Charles Bakalarczyk: PIG encontra sua "antimatéria", a blogosfera

Blog do Charles Bakalarczyk: PIG encontra sua "antimatéria", a blogosfera: "O PIG manipulador e hipócrita, agindo com má-fé, apresenta Lula e Dilma como 'fichados'! Já candidatos do PSDB são mostrados como 'homens b..."

Ampliação do Minha Casa, Minha Vida


Neste sábado, Dilma falou de um de seus projetos de ampliação do “Minha Casa, Minha Vida”. E disse algo que fará muitos elitistas torcerem o nariz: incluir a mobília básica dos imóveis financiados pelo programa no próprio financiamento da habitação. Por que eles torcerão o nariz? Porque é brutalmente econômico, de um lado. E porque agrega  um valor  imenso – objetivo e subjetivo – à nova moradia de pessoas que viviam em condições precárias.
Porque é econômico? Porque a mobília básica de uma casa simples – uma geladeira, um fogão, uma televisão, uma cama de casal, duas de solteiro, uma mesa e quatro cadeiras custam, no varejo, talvez só um pouco mais de 5% do valor de uma moradia, hoje na faixa de R$ 50 mil. No atacado, se você considerar algo como um milhão de unidades de cada item, talvez não chegue a 3% disso. Menos ainda, se existir renúncia fiscal de IPI, IOF  e de ICMS nas operações de produção, crédito e venda. E, ainda, a intermediação do ponto de venda final do comércio. Até mesmo os prazos de entrega mais dilatados – coincidindo com as entregas das unidades habitacionais – alivia custos das indústrias, por permitir fluxos de produção seguros.
Um nada, portanto, no volume de crédito que o programa envolve. E valores que podem ser garantidos com um valor ínfimo nos financiamentos.
Mas que serão um valor muito expressivo na mudança de vida que proporcionarão aos brasileiros que estão tendo, pela primeira vez, uma moradia digna. Alguns saem de situações onde as moradias que ocupam são improvisos, montados com o que se pode e o que se consegue.
Mobília e eletrodomésticos sempre foram símbolos de ascenção social. Este valor simbólico ajuda a promover mudanças de hábitos e comportamentos sociais. A formação de uma nova classe média passa por isso.Nos EUA, que eles admiram tanto, os eletrodomésticos foram o grande apelo da formação do modelo de vida americano, nos anos 50.
Se esta anscenção  for  acompanhada – talvez seja o que mais tenha faltado no início do Governo Lula – da formação  de uma consciência de que isso é possível porque os brasileiros passam a olhar a si mesmo como um povo, uma coletividade capaz , nossa auto-estima e solidariedade serão elementos de educação para a cidadania.
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CASA DE MARIMBONDO


por Carlos Chagas

          Caso Dilma Rousseff venha a ser eleita, o PT vai insistir num projeto denominado “Comunicação e Democracia”, que tentou e não conseguiu impulsionar durante o  governo Lula. O que era uma sugestão para o segundo mandato do primeiro-companheiro vê-se agora transformado em proposta para a suposta sucessora. Trata-se de proposta já  debatida no partido mas ainda não discutida com a candidata. São tantas e tão polemicas as mudanças sugeridas no sistema de comunicação eletrônica vigente que o mínimo a prever é uma crise dos diabos entre a mídia e o novo governo, caso ele se forme. 
      
      Sem análise mais profunda sobre o que o PT propõe, pelo desconhecimento do documento em sua integralidade, vale ressaltar que o texto sugere a elaboração de uma lei que dificulte, primeiro, e proíba, depois, a concentração da propriedade dos meios de comunicação eletrônica. Isso significa que um mesmo grupo ou conglomerado  encontrará dificuldades para possuir e para explorar diversas emissoras e canais de televisão e rádio.
       Sugestão paralela é de regulamentar o dispositivo constitucional até hoje inócuo, que proíbe a existência de oligopólios nos meios eletrônicos de rádio e televisão.
Outra novidade será a criação de conselhos populares que participariam da decisão hoje entregue ao governo e ao Congresso para a renovação e concessão de canais de rádio e televisão. Mais uma: a criação da Secretaria de Democratização da Comunicação, um mini-ministério subordinado diretamente à presidência da República.
    
     A regulamentação da publicidade no setor público também faz parte do documento, assim como incentivos legais e econômicos para o desenvolvimento de jornais e revistas independentes. 
    
   Aqui para nós, se essa proposta progredir e vier a fazer  parte das metas e objetivos de Dilma, é bom tomar cuidado, porque o governo estará enfiando não só  o braço, mas o corpo inteiro numa imensa casa de  marimbondos.
   
O governo Lula tentou três vezes bater de frente com a mídia. Primeiro, ao endossar no Congresso um projeto conhecido como "Lei da Mordaça", que se aprovado proibiria juízes, promotores e delegados de polícia de prestarem declarações à imprensa sobre processos ainda em andamento. Seria uma agressão à liberdade de divulgação de notícias. Por exemplo: na maioria dos processos por corrupção, ficariam jornais, revistas, rádios e televisões impedidos de noticiar o nome dos acusados e as acusações respectivas, sob pena de ver punidos os agentes do poder público responsáveis pelas informações. Imagine-se o caso dos sanguessugas e dos dois mensalões: nenhum dos ladravazes hoje conhecidos teria tido nome e  fotografia expostos pelos  meios de comunicação. 
    Felizmente, o Congresso arquivou a "Lei da Mordaça", com anti-democrática e lesiva aos interesses da sociedade.
Depois, o governo tentou criar a Agencia Nacional do Audiovisual, que engessaria a produção de cinema e vídeo, subordinando-a aos interesses de quem estivesse no poder.   Novo recuo, dado o radicalismo da proposta.  
  
     Em seguida veio o projeto  do Conselho Federal de Jornalismo, da mesma forma sepultado no Legislativo, mas tão eivado de veneno a ponto de permitir a suspensão do exercício da profissão, quer dizer, do direito de trabalho, de jornalistas que porventura contrariassem a opinião dos dirigentes da entidade. Aliás, nomeados  pelo governo.
     Agora, mais uma vez, o partido do presidente e talvez da presidente  da República tentará enquadrar os meios de comunicação. 

É evidente que oligopólios são nefastos e que a concentração da propriedade jornalística é um perigo capaz de gerar a uniformidade das notícias e das opiniões, não fosse o detalhe chamado de concorrência. 
     
     Quanto aos "conselhos populares", quem os convocaria e reuniria? Já existe o Conselho de Comunicação Social, mesmo paralítico, mas na teoria funcionando como um apêndice na mesa do Senado, dispondo apenas de funções consultivas. Seria extinto,  mesmo tão  desimportante?
   
    A criação da  Secretaria de Democratização da Comunicação seria apenas mais um cabide de empregos ou teria a seu cargo municiar o presidente da República de queixas e reclamações contra a imprensa? E de sugestões para reprimi-la?
      
Regular a atividade publicitária no setor público até que parece  acertado, mas desde que  para impedir o fluxo de dinheiro fácil para os  meios de comunicação, de forma a conquistar-lhes as boas graças e a simpatia.
      
Não dá  para entender a última sugestão, de programas de incentivos legais e econômicos para o desenvolvimento de jornais e revistas independentes. Independentes de que e de quem? Do governo? Das empresas estatais cuja publicidade  tão bem se encontra  manipulada?
      
Nas poucas vezes em que a candidata abordou a questão da mídia, não fechou as portas para uma espécie de controle administrativo, mas enfatizou sempre não admitir nada que pusesse em jogo o conteúdo dos meios de comunicação. Vamos ver se, no caso de eleita, cederá  a pressões dos companheiros e mudará  de opinião.
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