A corda sempre arrebenta do lado mais fraco

Sem dúvida! Arrebenta sempre do lado contribuinte (tá ocupado, trabalhando, e não tem tempo para reclamar) que paga para gente inútil bem sentada no seu empreguinho sem produzir nada, sem poder ser demitida e que ainda se aposenta com aposentadoria integral, sem ter contribuído o suficiente para isso. Não bastasse, quando se dá aumento para quem ainda está "trabalhando", aposentados também ganham aumento, inclusive de uma suposta "produtividade" (inventam uma "produtividade" que todos ganham, mesmo quem não tem nenhuma). Pior, se falar em "meritocracia", o pessoal tem xiliques, urticária, nada de medir o desempenho!. E que siga o descalabro dos "serviços públicos". Traduzindo: o país que se F., mas não mexam comigo! Quem mexer comigo é um "demônio" vindo deste inferno da maldita "iniciativa privada"! Malditos! Esses demônios tem que morrer! Detalhe: são estes demônios que pagam pelo "céu" em que vivem os anjos da côrte do funcionalismo público.

A propósito, o que tem corrupção a ver com isso? Nada! Mas tem o seguinte: o Estado brasileiro é mestre em criar obstáculos (uma leizinha aqui, outra ali) para criar as condições que propiciem a corrupção, é mais uma maneira de sugar dinheiro da iniciativa privada. Cadeia para ambos: corruptos e corruptores. De qualquer maneira, é o que mais tem no Brasil: "criar dificuldades para vender facilidades". Coisa de país eternamente de terceiro mundo.

por Carlos Chagas


SARNEY DESISTIU DE SER DEUS

Segunda-feira, o senador José Sarney deu a impressão de confundir-se com Deus. Mandou apagar o passado, fazendo retirar da galeria dos principais momentos do Congresso texto e imagens referentes ao impeachment do então presidente Fernando Collor. Parecia haver  relido o fantástico “1984”, de George Orwell, onde além de “duplipensar”, o Grande Irmão adaptava o passado de acordo com as conveniências do presente, fazendo alterar todas as edições de jornais e livros antigos. Aliás, a arte de apagar o passado não foi praticada apenas na ficção literária. Stalin e Mao Tse-Tung abusaram dela.

O pretexto do presidente do Senado foi de que o episódio Collor tinha sido um acidente desimportante, quando, na realidade, marcou um momento crucial na história do Legislativo. Na verdade, Sarney quis agradar o ex-presidente, hoje senador, para que todos os dias ao atravessar o “túnel do tempo” ele não se confrontasse com referências à maior de suas aflições.

Reações  imediatas  dos  senadores, da imprensa e da opinião pública levaram  Sarney, ontem, a rever a decisão inicial. Fez recolocar na galeria o testemunho visual daquele período. Aplausos para ele, porque se moda pegasse o Senado entraria em parafuso.

por Elio Gaspari

O ministro Cezar Peluso anunciou que o Supremo Tribunal Federal deverá decidir nas próximas semanas o destino das causas em que a patuleia tungada em 1987, 1989 e 1990 nos Planos Bresser, Verão e Collor pede de volta a correção monetária de uma parte de suas aplicações.
Uma pessoa que tivesse uma poupança de 1.000 cruzados novos (a moeda da época) teria direito hoje a um ressarcimento equivalente, na média a R$ 610.
Esse é o maior litígio em tramitação no Judiciário nacional. De um lado estão os banqueiros públicos e privados, bem como o Banco Central. Do outro, entidades de defesa do consumidor. A banca luta há 23 anos para não pagar coisa alguma e tem dois argumentos.
O primeiro é lógico: não foi ela quem tungou o rendimento da poupança, foi o governo quem impôs um novo índice, obrigando-a a respeitá-lo.
O segundo é apocalíptico: um estudo de 2009 do Banco Central informa que a fatura custaria R$ 105,9 bilhões, ervanário equivalente a 65% dos patrimônio líquido dos bancos, 3,6% do PIB.
As vítimas argumentam que os bancos ganharam dinheiro com o truque imposto pelo governo. Ademais, segundo um estudo de Roberto Luís Troster, ex-economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos, a Febraban, a pancada é bem menor, ficando em R$ 29 bilhões, que não seriam sacados simultaneamente.
Os depositantes ganharam centenas de causas e, em agosto passado, o Superior Tribunal de Justiça mandou pagar milhares de pleitos. No dia seguinte, o ministro José Antonio Dias Toffoli, do STF, suspendeu os pagamentos, à espera de um pronunciamento da corte.
Noves fora dois golpes de joão sem braço da banca, que tentou obter liminares no escurinho do recesso (ambas prontamente negadas pelo ministro Gilmar Mendes), o plenário do Supremo acabará com a pendenga. O ministro Toffoli relatará dois processos e seus pares fecharão o caso.
Em decisões avulsas, diversas entre si, e sem entrar no mérito da repercussão geral do caso, pelo menos sete ministros já deram razão aos depositantes que bateram à porta do STF, mais o ministro Luiz Fux, quando estava no STJ, onde a banca foi derrotada. Pela aritmética, o desfecho do litígio poderia ser previsível.
Toffoli chegou ao Supremo em 2009 e nunca julgou essa matéria. Como advogado-geral da União, contudo, pronunciou-se a favor dos bancos, em declaração à imprensa:
‘Os correntistas alegam que tinham direito adquirido, mas as novas regras dos planos valiam para toda a sociedade. (...) É aquela discussão referente à possibilidade de o Estado interferir nos contratos’. Até onde sua decisão seguirá esse raciocínio nos seus votos, não se sabe.
No caso de Cesare Battisti, tendo defendido, no exercício de sua função, a concessão do refúgio ao cidadão condenado pela Justiça italiana, Toffoli declarou sua ‘suspeição, por motivo de foro íntimo’.
Para que prevaleça a linha de raciocínio segundo a qual o Estado tem o direito de interferir nos contratos, a despeito dos votos avulsos já conhecidos, será necessária uma nova construção.
Nela, a defesa do patrimônio é um direito individual do cidadão, mas, quando do outro lado estão o governo e a banca, o direito coletivo não existe. Cada um tem direito a tudo. Todos não têm direito nenhum.

Ética profissional

[...] disputa entre Google e eBay abre debate

Pouco depois do anúncio dos lançamentos do Google Wallet e do Google Offers, o PayPal entrou com uma ação contra a empresa no Tribunal Superior do Estado da Califórnia (SantaClara County) acusando o gigante das buscas de usarem seus segredos empresariais.
A causa dessa rivalidade é Osama Bédier, ex-executivo do Paypal. Bédier trabalhou no PayPal durante nove anos. Esta empresa acusa Bédier de compartilhar segredos empresarias com o Google e terceiros, após ser contratado pelo gigante das buscas.
A contratação de Bédier não foi bem recebida pelo Paypal, pois ele poderia “com o seu conhecimento dos segredos comerciais, e a compreensão dos pontos fracos, disponibilizar informações confidenciais para o Google”, argumenta o PayPal na ação movida.
O PayPal ainda afirma que Bédier transferiu documentos particulares do PayPal a respeito da definição de estratégias de pagamentos móveis para seu computador pessoal, momentos antes de deixar a empresa para trabalhar para o Google.
Outra pessoa envolvida é Stephanie Tilenius, também ex-executiva do PayPal e consultora do eBay. Ela é acusada de quebrar obrigações contratuais ao recrutar Osama Bédier, e encarregá-lo de negociar acordos pela equipe do Android do Google com a PayPal.
“No exato momento em que as empresas negociavam a finalização do negócio entre o Android e o PayPal, Bédier foi chamado para uma entrevista de emprego no Google”, afirma o termo, e tudo isto sem o consentimento do PayPal acerca “desta posição conflitante”.
Os dois ex-executivos do PayPal lideraram o lançamento do novo sistema próprio de pagamentos móveis do Google, construído em parceria com o Citigroup, Mastercard e Sprint. O Google afirma que os serviços são abertos a todas as empresas e convidados de outros bancos, emissores de cartões de crédito, redes de pagamento e as operadoras de celular para que venham a trabalhar juntos.
A resposta do Google veio logo depois:
“O Silicon Valley foi construído sobre a capacidade dos indivíduos de usar seu conhecimento e experiência para buscar melhores oportunidades de emprego, uma idéia reconhecida pelas leis da Califórnia e políticas públicas”. Acrescentou que respeita os segredos comerciais de outras empresas e vai se defender de todas acusações.
Basicamente, o Google alega que não cometeu desvio segredos do PayPal e que as idéias implementadas por Bédier são de sua propriedade intelectual.
As apostas são muito altas. O Mercado de pagamentos móveis é estimado em 1 bilhão de dólares. Muitas empresas tradicionais de pagamento estão indo para o Vale do Silício.
Google e PayPal já batalharam no passado, em 2006, com o lançamento do Google Checkout. No entanto, o Google Checkout teve pouca influência sobre a posição dominante do PayPal no mercado.

por Cesar Maia

OS ABUSOS DAS TERCEIRIZAÇÕES NO BRASIL!
              
1. As terceirizações surgem justificadas por ações provisórias dos governos, ações cuja especificidade não se resolve por concurso público, ou por funções adjetivas de apoio. Mas, com o tempo, passaram a ser usadas nos três níveis do serviço público brasileiro, para qualquer coisa, até para as funções públicas precípuas. Em boa medida, se transformaram em empresas alugadoras de mão de obra. Depois, o abuso ganhou ainda maior flexibilidade com a generalização das ONGs, que nem precisam passar por processos licitatórios.
              
2. Não são poucos os casos que, via terceirizações ou ONGs, a mesma função exercida por um servidor público concursado é muito melhor remunerada via terceirizações e ONGs. E a rotatividade de pessoal das terceirizadas impede que se fixe a memória do serviço prestado, em saúde, educação, etc.
              
3. Com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) surgiu outro atrativo. Na medida em que há limitação para as despesas de pessoal, a expansão das terceirizações dribla esta limitação. Na verdade, a LRF é coerente, pois inclui as despesas com pessoal das terceirizações e das ONGs como despesas de pessoal, latu sensu, tendo que ser agregadas às despesas de pessoal com servidores e, assim, obedecer aos limites estabelecidos. Mas a LRF remete a uma lei a regulamentação. Não é preciso dizer que, até o dia de hoje, 11 anos depois, esta lei de regulamentação não foi sequer tramitada e ficou tudo por isso mesmo.
              
4. No governo federal as despesas com terceirizações vêm crescendo de forma sistemática. O valor delas em termos reais (IPCA- dezembro de 2010), em 2006, eram 9,2 bilhões de reais, em 2007 eram 10,5 bilhões de reais, em 2008 eram 13,4 bilhões de reais e em 2009 foram 14,8 bilhões de reais. Isso sem as ONGs. Em moeda de dezembro de 2010, o crescimento nestes 3 anos, entre 2006 e 2009, foi de 5,6 bilhões de reais. Sobre as despesas de pessoal com os servidores, as terceirizações passaram de 7,2% para 9,3%. Estes dados podem ser encontrados na análise de Mansueto Almeida. Conheça.
              
5. No Rio-Capital, em 2009, foi aprovada uma lei autorizando as OSs (Organizações Sociais), ou seja, ONGs mal disfarçadas. Só na secretaria municipal de saúde, desde fim de 2009, quando a lei começou a ser executada até os primeiros dias de maio de 2011, foram pagos às OSs, 538 milhões de reais. Se não bastasse o abuso com aluguel de mão de obra, essas OSs passaram a ser autorizadas a comprar diretamente material próprio da atividade fim da secretaria de saúde, vale dizer, medicamentos, etc. Isso sem licitação efetiva na forma da lei 8666, e sem qualquer fiscalização. Se for feita uma auditoria vai se comprovar a barbaridade que se faz ali, com dinheiro público.
              
6. Estamos em plena apoteose da burla do concurso público, da burla das licitações, da burla de empresas efetivamente especializadas. Esta é a pior privatização que se poderia fazer, sem usar esse nome, para evitar -digamos- incompreensões. Ou seja: o PT privatiza, mas se esconde na nomenclatura.
              
7. Há desvios clássicos de dinheiro público. Esse agora é um desvio moderno de dinheiro público. E com maior disfarçastes. E por maior valor.

A discussão do novo Código Florestal - 2

Ontem apresentei os argumentos do deputado Aldo Rebelo, relator do projeto de lei do novo Código Florestal. Vamos aos argumentos contrários dos ambientalistas, levantados por Bruno de Pierro, da Dinheiro Vivo.

O ponto central de discórdia é a confusão de duas situações distintas: o desmatamento que já ocorreu e o desmatamento futuro.
 

Segundo Aldo, não haverá nenhuma tolerância com qualquer desmatamento que tenha ocorrido após a lei ter definido crimes ambientais. Antes disso, não havia crime.

Houve períodos da história em que punia-se quem não desmatava, pois significava não explorar economicamente a terra, explica ele. O que se discute é o que se fará com as propriedades que desmataram antes, que vão desde a colonização do Mato Grosso nos anos 30, do Paraná nos anos 50 até a da Amazônia nos anos 70.

Não preservação das matas ciliares
Para Philip Fearnside, do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas Aeroespaciais), o principal impacto do novo código será a redução de matas ciliares, segundo ele, o principal fator das inundações que ocorreram em Alagoas, Pernambuco e Rio de Janeiro recentemente. Em relação ao reflorestamento das margens do rio, Jean Paul Walter Metzger, da USP, considera que a faixa mínima deveria ser de 100 metros de cada margem a partir da maior área alagada do rio.

Segundo Aldo, se ampliar a metragem ou considerar como ponto de referência a área alagada, inviabilizará toda propriedade rural – já que agricultura sempre se desenvolve na beira de rios – principalmente as pequenas, que são cultivadas de forma intensiva

As reservas legais
Para Thomas Michael Lewinsohn, da Unicamp, o novo CFB praticamente extingue as Reservas Legais (RL), ao liberar 90% das propriedades rurais de sua conservação. A defesa de Aldo é que são pequenas propriedades que seriam praticamente inviabilizadas caso expostas à lei anterior. Novos desmatamentos não serão tolerados.

Anistia
O principal prejuízo, diz Fearnside, é o descrédito do estado de direito, ao determinar a anistia aos proprietários de terras multados por desmatamento

A posição de Aldo é a de que as multas seriam suspensas até que o governo soltasse um decreto regulamentando o que poderia ou não ser plantado em APPs (Áreas de Preservação Permanente). Não se prevê anistia a quem desmatou depois que a lei de crimes ambientais foi promulgada.

A substituição das florestas
Segundo Fearnside, qualquer abertura para substituir as reservas legais de florestas em propriedades na Amazônia por plantações de espécies como, por exemplo, o dendê, traria enormes prejuízos ambientais.

Lewinsohn, da Unicamp, lembra que o novo código não fixa nenhuma proporção mínimo de preservação ou recomposição de vegetação nativa e a exploração econômica dessas áreas será feita conforme parâmetros estabelecidos por cada Estado ou município. Dessa forma, as RL deixam de ser reservas de serviços ecossistêmicos e de proteção ambiental.
Segundo Aldo, essa regra vale apenas para a situação atual, para aqueles casos anteriores à lei, em que houve desmatamento. Em hipótese alguma se prevê qualquer leniência com novos desmatamentos.

Na África pode

Na África pode

Alvo da desconfiança do ambientalismo quando “mãe do PAC” e, depois, candidata ao Palácio do Planalto, agora Dilma Rousseff recolhe no campo político verde um apoio conveniente em momentos de turbulência.

Nada de estranho, ou novo, em que governos e governantes flutuem ao sabor das conveniências. Belo Monte, Código Florestal. Fica o registro.

Noutra frente, o Brasil disputa a cabeça da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O candidato é José Graziano da Silva, hoje representante da FAO para América Latina e Caribe.

Graziano é acadêmico respeitado e foi ministro do Fome Zero no começo do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

O Fome Zero acabou virando Bolsa Família e Graziano deixou o governo, mas ninguém tira dele o papel na aceleração do combate à pobreza no Brasil.

E ninguém questiona a autoridade dele em agricultura, especialmente na modalidade familiar. Graziano tem legitimidade para desejar o cargo.

Em fevereiro deste ano Graziano publicou no jornal Valor Econômico quase uma plataforma eleitoral voltada para os africanos.

Sob o título de “África, última fronteira agrícola”, percorre as dificuldades e os potenciais da agricultura daquele continente.

Entre as dificuldades, os sempre criticados -pelo Terceiro Mundo- subsídios europeus e norteamericanos. Que rebaixam preços e bloqueiam o fluxo de renda para a periferia do sistema.

No algodão, exemplifica Graziano, os subsídios aos produtores nos Estados Unidos, uns US$ 25 bilhões desde 1995, vem comprimindo com força as cotações do produto.

“Quase 10 milhões de produtores africanos tiveram prejuízos devastadores no Benin, em Burkina Faso e no Mali", denuncia.

Se americanos e europeus removessem ao menos parcialmente os subsídios estimulariam a agricultura dos países pobres a produzir e exportar mais, com geração de renda onde é mais necessária.

Mas como preencher a demanda crescente? Graziano diz que seria também pela expansão da área plantada. “Estamos falando de um continente que utiliza apenas 14% dos 184 nilhões de hectares de terras agricultáveis de que dispõe.”

Graziano é candidato a um órgão da ONU que cuida de combater a fome. Então não vê problema quando sugere remover a vegetação nativa para dar lugar a plantações.

Mas a coisa vai além. Graziano lança o olhar ambicioso -uma ambição saudável e atruísta- para 400 milhões de hectares da savana africana, “que corta 25 países e guarda profundas semelhanças com o cerrado brasileiro”.

E conta orgulhosamente como a Embrapa “já identificou 35 projetos de cooperação em 18 países africanos e poderá aportar US$ 12,8 milhões em parcerias para transferência de variedades de cultivares, bem como de tecnologias adequadas à agricultura tropical”.

É isso mesmo que você leu. O candidato do Brasil a dirigir a FAO propõe que se amplie o mercado para a agricultura africana, e que esta ocupe agressivamente a savana/cerrado para dar conta da demanda. É a proposta dele para combater a fome e a pobreza ali.

Está tudo certinho, apenas com um detalhe. Vai completamente na contramão de como o governo brasileiro encaminha o debate do Código Florestal.

Na África a virtude oficial está em propor o avanço da agricultura sobre a savana/cerrado para produzir valor a partir do uso
agropecuário da terra. No Brasil está em evitar qualquer expansão da fronteira agrícola, em nome da luta ambiental planetária.

Aliás, cadê o Ministério do Desenvolvimento Agrário no debate sobre o código? O governo brasileiro, por conveniência, transformou o assunto em monopólio do Ministério do Meio Ambiente. O da Agricultura vem sob coação, ameaçado de corte de cabeças. E o MDA anda quieto. Talvez porque alguém mandou ficar quieto.

Se o governo brasileiro tem clarividência e coragem para defender os legítimos interesses dos países e povos da África, que use essas qualidades para guardar e proteger também os interesses do Brasil.