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Coluna Econômica

O clube dos grandes amigos da inflação

 Defendida pelos economistas de mercado, o sistema de "metas inflacionarias" precisa ser revisto no país.
Em tese o sistema funciona assim:
Define-se uma meta inflacionária a ser alcançada em determinado período. O Banco Central passa a monitorar um conjunto de variáveis para estimar o desempenho da meta. Mas, principalmente, as expectativas dos agentes do mercado financeiro. Se as expectativas excedem a meta, aumenta os juros. Se estão abaixo da meta, diminui os juros.
O instrumento atua especificamente sobre a demanda. Aumentando os juros, espera desestimular a demanda trazendo os preços de volta ao patamar planejado.
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Os problemas são inúmeros.
  • O primeiro, é que o sistema emperrada de transmissão das taxas de juros no país. Cartelização no sistema bancário, distorções na tributação, spreads elevadíssimos, faz com que a demanda tenha pouca sensibilidade a movimentos pequenos na taxa Selic. Nos EUA, mudança na casa decimal já interfere nas expectativas dos agentes econômicos. Por aqui, os movimentos precisam ser violentos, para surtirem efeito.

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  • O segundo ponto é que os agentes econômicos consultados – economistas e operadores de mercado – são beneficiários diretos de elevação de taxas de juros. Por isso mesmo tem uma visão viciada sobre as expectativas dos preços. Sempre tendem a supervalorizar altas pontuais e a minimizar quedas de atividade – como ficou claríssimo na crise econômica de 2008.

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  • O terceiro ponto é que o sistema de consultas do BC é viciado. Os economistas consultados não estão interessados em fornecer informações objetivas sobre o cenário futuro da inflação, mas em acertar o que o BC pensa. Assim, basta o BC sinalizar que irá aumentar os juros para todo o mercado passar a apostar em uma inflação maior – mesmo que, em suas análises, eles prevejam inflação menor.

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  • O quarto ponto é que as planilhas do BC não são operadas por economistas capazes de perceber grandes inflexões na economia. Quando ocorrem mudanças expressivas, os indicadores levam de dois a quatro meses para registrar. Em dezembro de 2008 a economia estava desmanchando mas o BC, baseado em séries históricas que retratavam os meses passados, falava em "atividade econômica robusta".

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  • O quinto ponto é que os modelitos do BC jamais estabeleceram correlações corretas entre ajuste fiscal e taxas de juros. Seguidamente justifica-se a alta dos juros com o argumento de que a Fazenda não está fazendo sua parte no ajuste fiscal. A imprensa reproduz acriticamente tais afirmações, com a convicção dos crentes, como se tais afirmações fossem dogmas divinos, sem necessidade de comprovação científica.

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Com isso, o combate à inflação passa a ter ganhadores óbvios: os rentistas detentores de títulos públicos. Esses ganhos fazem com que mantenham sempre em alta as expectativas inflacionárias.
O BC poderia combater eventuais excessos de demanda com ferramentas tradicionais – redução de prazo de financiamento, aumento de depósito compulsório, aumento de tributação sobre operações de crédito. Com isso acabaria com o clube dos amigos da inflação. 
por Nassif
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Tarifas de cartão de crédito caem de 80 para apenas 5 em 2011



O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a diminuição de 80 para cinco na quantidade de tarifas cobradas pela utilização de cartões de crédito. Com isso, a partir de junho de 2012, além da anuidade, só poderão ser cobradas tarifas pelo fornecimento de segunda via do cartão, retirada de dinheiro na função crédito, pagamento de contas e avaliação emergencial de crédito. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira.
Os novos contratos de cartão de crédito a partir de junho de 2011 já serão regidos por estas regras. O CMN determinou também que a existência de apenas dois tipos de cartão destinados às pessoas físicas – básico e diferenciado – para facilitar a comparação de preços pelos cidadãos.
O “básico” poderá ser utilizado exclusivamente nas funções clássicas de pagamentos de bens e serviços em estabelecimentos credenciados, incorporando as opçõesde compra ou parcelamento. Já o cartão diferenciado foi classificado como aquele associado a programa de benefícios e recompensa, como a troca de milhagens por passagens aéreas. Essas vantagens terão que ser incluídas apenas na anuidade e não terão taxas específicas.
O CMN resolveu ainda que não poderão ser cobradas tarifas, a partir de março de 2011, para as contas eletrônicas, operadas diretamente pelo consumidor na internet, sem a necessidade de comparecimento às agências. “São contas que atendem os mais jovens e podem ser uma forma de entrada para o sistema de novos clientes”, disse Aldo Mendes, diretor de Política Monetária do Banco Central.

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Crescimento e expansão industrial

Analises do mercado financeiro mantêm projeção de crescimento para a economia brasileira. De acordo com o relatório elaborado pelo Banco Central [boletim Focus], divulgado sempre às segundas-feiras. Pela terceira semana consecutiva, os analistas financeiros conservam a estimativa de 7,6% de expansão da economia brasileira, este ano. Para 2011, também não foi alterada a estimativa de crescimento do PIB - Produto Interno Bruto - de 4,5%. Essa estimativa é mantida há 50 semanas. Também no mesmo relatório do Banco Central a expectativa para a expansão da produção industrial, que se reduziu de 11,07% para 11%, este ano, e de 5,25% para 5,40% em 2011.
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Tombini aprovado

Escolhas indicam mão forte da Dilma na economia, afirmam  analistas ouvidos pela BBC



Dilma escolheu Tombini para o BC e manteve Mantega na Fazenda.

Especialistas ouvidos pela BBC Brasil afirmam que a permanência de Guido Mantega como ministro da Fazenda e a entrada de Alexandre Tombini no Banco Central (BC) podem indicar que a futura presidente, Dilma Rousseff, terá um comando forte sobre a economia, colocando esta área em primeiro plano.
Tombini foi anunciado nesta quarta-feira como o substituto de Henrique Meirelles, que completará oito anos no cargo. Sua posse depende de aprovação do Senado. Já Guido Mantega foi confirmado para permanecer à frente do Ministério da Fazenda.
Também foi anunciado que a atual secretária-executiva do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Miriam Belchior, será a ministra do Planejamento, no lugar de Paulo Bernardo.
Segundo o economista Roberto Troster, da consultoria Integral Trust, o novo presidente do BC é “tecnicamente muito bom”, por ter experiência de governo e por ter bom trânsito no mercado.
Sobre a permanência de Mantega, Troster afirma que o tom será de continuidade. “Ele já está (no ministério) há quatro anos e pouco, então todo mundo sabe como ele é”.
Para o economista, os nomes anunciados por Dilma indicam que não haverá dissonâncias dentro da equipe econômica.
“Antes, tinha um comandante no BC e um comandante na Fazenda. Agora vai ter só um comandante da economia, que é a Dilma”, diz Troster.
“Mais importante é a mudança de status da política econômica”, afirma. “Ela deixa o nível ministerial e vira uma questão presidencial”.
Cooperação
A opinião é compartilhada pelo economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio e ex-diretor do Banco Central, Carlos Thadeu de Freitas Gomes. Para ele, Dilma comandará diretamente a equipe econômica, dando máxima atenção a esta área.
Para Gomes, o mais importante será a cooperação entre Tombini e Mantega na condução da política cambial, evitando a entrada excessiva de capital externo, o que valoriza o real e prejudica as exportações. “O problema de excesso de dólares também é um problema da Fazenda”, diz.
Gomes acredita que Tombini tem “experiência e moderação” para assumir o BC. Segundo ele, a vantagem de ter um funcionário de carreira na função é evitar “precipitações ideológicas”, que são um risco, segundo ele, se o titular do cargo for alguém ligado ao mercado.
“O mercado cobra decisões rápidas, que podem ser certas e erradas”, diz o economista. “Ter alguém de carreira (na presidência do BC) tira as pressões ideológicas”.
Para Gomes, Meirelles acabou sofrendo tais pressões, que levaram a altas de juros em momentos errados, mas que acabaram sendo “consertadas” depois.
Aprendizado
O ex-presidente do BC e professor da Fundação Getúlio Vargas Carlos Langoni afirma que a transição de Meirelles para Tombini será “suave e não traumática”.
Ele diz que o novo presidente do BC tem credenciais acadêmicas, experiência no FMI e trabalha com a equipe de Meirelles há anos, o que faz dele uma escolha “tranquila”.
Quanto a Mantega, Langoni afirma que a atuação da Fazenda neste ano foi boa, “sem cometer excessos”, mas que o ministro ainda está em um “processo de aprendizado”.
O ex-presidente do BC, no entanto, não acredita que a futura presidente venha a comandar diretamente a economia.
“Acho que Dilma tem responsabilidades que vão além da área econômica”, diz Langoni.
“Não acho que seja desejável, nem acho que vá acontecer de ela se envolver diretamente na execução (da política econômica). Ela vai dar as grandes linhas e pedir que a equipe siga a orientação.”
Langoni aposta que o governo, mesmo que a futura presidente negue, fará um ajuste fiscal e reduzirá despesas.
Segundo o professor da FGV, a influência do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci como “homem forte” de Dilma indica o caminho de uma redução dos gastos governamentais.

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Alexandre Tombini

O BC manterá três pilares: meta de inflação, prestação de contas e transparência.
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BC - Tiraram a raposa do galinheiro

O presidente da Abimaq - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos -, Luiz Aubert Neto, elogiou hoje a escolha de Alexandre Tombini para a presidência do BC - Banco Central - no governo da presidente Dilma Rousseff. 
"Finalmente, tiraram a raposa do galinheiro", disse ele, em referência ao atual presidente do BC, Henrique Meirelles, que veio do mercado financeiro para o governo Lula.
"Tiraram o banqueiro e, finalmente, vamos ter um funcionário de carreira no comando do BC", acrescentou. 
Aubert disse que não questionava a competência de Meirelles, mas ponderou que o País continuou a ter uma das taxas de juros mais altas do mundo ao longo dos oito anos da gestão de Meirelles e do presidente Lula.
"Com a taxa de juros atual, pagamos R$ 180 bilhões somente em juros da dívida por ano. Se tivéssemos juros 30% menores nos últimos 16 anos, teríamos economizado quase R$ 1 trilhão", afirmou. 
Ele considerou também que havia conflito de interesses na gestão do BC na época do ex-presidente da instituição Armínio Fraga [gestão de FHC] que, segundo Aubert, trabalhou para George Soros, "o maior especulador do mundo". 
"Vocês acham que eles [Fraga e Meirelles] iriam trabalhar para baixar os juros?".
Aubert também elogiou a permanência de Guido Mantega à frente do Ministério da Fazenda. 
"Acho que Dilma acertou em cheio ao mantê-lo. Está mais do que provado que a mão forte de Mantega foi fundamental na recuperação do País após a crise econômica internacional", afirmou o empresário. 

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Investimento estrangeiro direto é o maior desde 1947

Economia

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Meirelles estúpido, foram os juros!

O artigo é do Carlos Chagas. Mas, o titulo eu fiz uma modificaçãozinha...

Henrique  Meirelles está sendo defenestrado da presidência do Banco Central por razão bem superior a um eventual desencontro de palavras, isto é, pouca importância teve na decisão de  Dilma Rousseff de não conservá-lo a declaração de que só aceitaria caso mantivesse autonomia e independência. Primeiro porque num sistema presidencialista quem tem a caneta e o poder de nomear e demitir presidentes do Banco Central é o presidente da República. Depois, porque  Meirelles tem cabeça para não declarar tamanha bobagem. Na verdade, a divergência envolve a questão dos juros: Dilma pretende reduzí-los a 2% no prazo de um ano ou pouco mais. Meirelles sustenta a permanência indefinida   das taxas mais altas do planeta.

Outra versão a ser desmentida é de que o presidente Lula aconselhou a presidente eleita a manter Meirelles no cargo. 

A  sugestão presidencial envolveu apenas o ministro da Fazenda. Sabendo-se da divergência entre Guido Mantega e Henrique Meirelles, fica claro que o primeiro-companheiro jamais proporia a continuação da dicotomia. Acresce que o ainda presidente do Banco Central é banqueiro, categoria não propriamente bem  situada nas graças de Dilma.

Mesmo sendo cogitado o nome de Alexandre Tombini, atual diretor de Normas do BC, a decisão ainda não teria sido tomada pela presidente eleita. Certo, mesmo, é que Guido Mantega responderá diretamente a Dilma pelo comando da política econômica, tendo o Banco Central sob sua supervisão, coisa que não acontece no governo Lula.


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Banco Central

Tudo como dantes no quartel de Abrantes

A divulgação do áudio da fala do atual presidente do Banco Central (BC), dr. Henrique Meirelles, deve ser entendida de duas formas: ou objetiva reafirmar o óbvio, a autonomia funcional do BC, dentro das metas estabelecidas pelo presidente Lula, ou busca reforçar os setores - começando pelos que assim agem na própria mídia - que clamam pela volta da ortodoxia do arrocho monetário e fiscal e do superávit, com forte corte de gastos públicos, algo que nem o nosso adversário defendeu na campanha eleitoral.

Convém esclarecer, primeiro, que a autonomia funcional do BC só é e só foi concedida pela presidente da República depois de ouvido o Conselho Monetário Nacional (CMN), composto pelos ministros nomeados pelo chefe do governo - Fazenda, Planejamento, o próprio presidente do banco...

Este é um detalhe  que muitos fazem questão de esquecer ou simplesmente relegar a um segundo plano. Agem como se fosse o BC e sua diretoria que determinam a política monetária. Não, quem a determina é o governo, o presidente da República - agora, o presidente Lula, a partir de 1º de janeiro a presidenta Dilma Rousseff.

Segundo, convém lembrar que arrocho monetário e fiscal e do superávit, com forte corte de gastos públicos, não foram defendidos nem pelo nosso adversário na campanha eleitoral.

Pelo contrário, ele defendia ao mesmo tempo a redução dos juros e um forte aumento dos gastos públicos, haja visto que propunha um salário mínimo de R$ 600,00, um aumento de 10% para os aposentados e um 13º salário para os beneficiários dos Bolsa Família.

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Meirelles já se despede do BC


SponholzO presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira que a conversa que terá com a presidente eleita, Dilma Rousseff, para decidir se deixa ou cargo ou se continua, será anunciada na "hora certa". A reunião com Dilma, marcada para esta semana, deve descartar de vez a permanência de Meirelles à frente do BC. Em discurso nesta segunda-feira à noite na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), depois receber o prêmio Responsabilidade Pública 2010, concedido pela Sinaprocim, entidade que reúne as empresas fabricantes de produtos de cimento, Meirelles fez elogios à atuação do BC e à atual situação econômica do país que "saiu da crise mais forte que entrou". Mas, em tom de despedida, disse que está concluindo o trabalho do BC de zelar pela estabilidade macroeconômica, juntamente com o presidente Luiz Inácio Lula da SIlva.
Muitos me perguntam o que espero do futuro, da vida pública? Eu tenho respondido que espero terminar, de fato, este mandato, juntamente como presidente Lula, concluindo este tipo de trabalho de responsabilidade do Banco Central, que é zelar pela estabilidade macroeconômica do país
- Muitos me perguntam o que espero do futuro, da vida pública? Eu tenho respondido que espero terminar, de fato, este mandato, juntamente como presidente Lula, concluindo este tipo de trabalho de responsabilidade do Banco Central, que é zelar pela estabilidade macroeconômica do país e, portanto, provendo as condições básicas para o crescimento sustentável. É um momento de grande gratificação para quem participou desse processo. Tenho grande satisfação de ter participado disso - disse Meirelles.
Na saída do evento, ainda no elevador da sede da Fiesp, questionado se o discurso teria sido uma despedida, Meirelles disse que não, que era "um momento de celebração". Os termos celebração e gratificação, aliás, foram usados várias vezes durante o discurso segunda-feira à noite, depois que fontes de Brasília davam como certa sua substituição no cargo de presidente do BC.
- Gratificação para a construção civil e para aqueles que fornecem insumos para a construção civil (caso da platéia de empresários presente à sua palestra) e gratificação para quem participou intensamente deste processo (de crescimento econômico). É um momento de fato de celebração da economia brasileira - elogiou, lembrando que o setor de insumos para a construção civil cresceu, em média, 3,8% ao ano desde 2003.

Henrique Meirelles não vai continuar à frente do Banco Central


Avolumam-se os indícios de que Henrique Meirelles não será mantido por Dilma Rousseff na presidência do Banco Central.

O penúltimo prenúncio foi levado à web pela Reuters. A agência diz ter recolhido de pessoa próxima a Dilma um comentário com cara deveredicto:

"Ele não vai continuar, já foi decidido".

A provável saída de Meirelles exigirá de Dilma algo mais além da indicação de um substituto. Terá de desfazer uma má impressão.

O desembarque de Meirelles tonificará a tese segundo a qual o BC não terá, sob Dilma, autonomia gerencial para administrar a política monetária.

O modelo de BC autônomo funciona assim: o governo fixa, por meio do Conselho Monetário Nacional, uma meta para a inflação do ano.

Estabalecida a meta, delega-se ao BC a tarefa de zelar pelo seu cumprimento. Entra em cena o Copom.

Integrado pelo presidente e pelos diretores do BC, o Copom eleva os juros quando há risco de descontrole inflacionário. Desaparecendo o risco, a taxa cai.

A autonomia assegura ao BC liberdade para calibrar os juros sem interferências políticas da Fazenda e, no limite, até do Planalto.

O modelo vigora desde 1999, quando foi instituída, ainda sob FHC, a sistemática de metas para a inflação.

O mandachuva do BC não está, evidentemente, impedido de debater os juros com outras esferas do governo.

O próprio Meirelles sempre cultivou o hábito de sentir o pulso de Lula antes das reuniões do Copom, realizadas a cada 45 dias. Porém...

Porém, a palavra final sobre a matéria é, até aqui, do BC. Antes de ser nomeado, Meirelles negociara com Lula, em 2002, o respeito à autonomia.

Meirelles assumiu em 2003, primeiro ano da gestão petista. Sobreviveu a dois mandatos, tornando-se o presidente mais longevo da história do BC.

Na semana passada, Meirelles fez declarações que soaram como uma condicionante. Insinuou que aceitaria permanecer no BC, desde que preservada a autonomia.

Dilma mandou dizer que não gostou. O recado chegou a Meirelles num telefonema disparado por Antonio Palocci, coordenador da transição.

Meirelles tentou ajeitar as coisas. Numa entrevista dada na Alemanha, disse que a própria Dilma, em campanha, declarara-se a favor da autonomia.

O vaivém levou ao caldeirão um caldo que os operadores do mercado ainda não digeriram.

Ficou a impressão de que, saindo Meirelles, vai-se embora a autonomia. O BC voltaria a ser um órgão subordinado à Fazenda.

Na leitura do mercado, a política monetária de Dilma seria frouxa. A queda dos juros prevaleceria sobre a rigidez no controle da inflação.

O mercado reage mal porque a política de metas é vista com bons olhos. Quando foi instituída, em 1999, os juros reais estavam na casa de 15%. Hoje, estão em 5%.

Frequenta a lista de alternativas de Dilma um subordinado de Meirelles, o atual diretor de normas do BC, Alexandre Tombini.

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por Josias de Souza 

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O posudo de Goiás

Não é de surpreender a entrevista de Henrique Meirelles ao Globo, dizendo ter sido convidado por Dilma Rousseff para continuar no cargo de presidente do Banco Central – mas ter condicionado o aceite à manutenção da autonomia do banco.
Cobrado pela equipe de Dilma sobre a declaração, Meirelles disse não ter conversado com ninguém sobre o assunto – comprometendo a jornalista que deu a matéria.
Conheço Meirelles desde os anos 80. No antigo “Cash”, depois “Dinheiro Vivo", na TV Gazeta, devo ter sido o primeiro jornalista a abrir espaço para ele. Conheci-o quando o procurei para me explicar a matemática financeira do leasing – para a seção “Cartilha do Investidor” que tinha na coluna “Dinheiro Vivo”, da Folha. Ele era o diretor de leasing do banco; posteriormente, tornou-se presidente da filial brasileira.

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Henrique Meirelles vê risco de bolha nos ativos e excesso de crédito


Cynthia Decloedt, da Agência Estado

FRANKURT – O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse ter visto “algum risco” de bolha no preço dos ativos e excesso de liquidez no crédito, em consequência do fluxo de entrada de capital. “Estamos tratando de tais questões vigorosamente para evitar desequilíbrios domésticos e bolhas de ativos”, disse.

Meirelles previu ainda que o déficit em conta corrente do Brasil poderá ampliar-se fortemente para US$ 67 bilhões no próximo ano, de cerca de US$ 39 bilhões este ano. O comentário foi feito durante a 6ª Conferência de Bancos Centrais em Frankfurt.












Navalha
Essas declarações podem ser lidas assim:
Se eu sair, a vaca vai para o brejo.
Segundo a abalizada opinião do Globo, na primeira página de hoje, Meirelles diz que só fica se tiver autonomia.
O que é uma trapaça dele ou do Globo.
Se Meirelles ficar, a Dilma fica fraca.
Se sair, fica fraco o substituto.
Ministra, Dilma foi contra o “jurismo” do Meirelles.
Mantega sempre divergiu do Meirelles.
Logo, é possível que Meirelles dance.
E começa aqui, em Frankfurt, a carreira de colonista (*) do PiG (**).
Carreira que perseguem vários ex-diretores do Banco Central do Meireles: servem ao Governo Lula, arrumam um bom emprego nos bancos e se tornam críticos ferozes da política do Governo Lula que recém ajudaram a formular.
Viva o Brasil !
Hoje, em Frankfurt, Meirelles pode ter começado a carreira de colonista (*) do Globo.
Outro que nos agredirá com um português de Word.
Na companhia da urubóloga Miriam Leitão e do medalhão Antonio Palocci.
Clique aqui para ler “Gilmar, Gaspari e Palocci, outro medalhão”.


Paulo Henrique Amorim


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