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Chama o ladrão

Os paladinos damoral e étitica do Brasil (Delegados, Promotores e imoral Moro) dão nem um pio, aposta?
Um escândalo de proporções internacionais coloca frente a frente o CADE (Conselho Administrativo de Direito Econômico) e o Banco Central, em torno de um cartel internacional especializado em manipular cotações de moedas.
O caso foi descoberto nos Estados Unidos e envolve grandes bancos internacionais com atuação no mercado brasileiro.
Por volta de julho passado, os primeiros acusados assinaram um acordo de leniência com autoridades norte-americanas. Trinta dias após as autoridades norte-americanas anunciarem os acordos, foi assinado o acordo de leniência com o primeiro banco disposto a receber os benefícios da delação premiada.
Como o cartel atuava em âmbito internacional, é comum que as empresas negociem concomitantemente acordos de leniência com as autoridades de cada país onde se deu o crime.
No Brasil, só a primeira empresa a aderir tem os benefícios integrais do acordo - caso entregue informações relevantes sobre a atuação do cartel. Quem vier depois, terá direito apenas à redução de multas, no caso de apresentarem provas consistentes sobre as operações.
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Feito o acordo, juntaram-se os especialistas do CADE e do Bacen para apurar a natureza do crime.
Os dados levantados até agora dizem respeito à conduta praticada lá fora, nos chamados mercados offshore, tanto à vista como nos mercados futuros. Mas há indícios eloquentes de prejuízos a clientes brasileiros.
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Os indícios iniciais apontam que havia conluio tanto para fixar spreads (a parcela do banco em cada operação) quanto manipular índices de referência - fundamentalmente o índice Reuters, o do Banco Central Europeu e a nossa PTAX (o dólar de referência para as operações de mercado). Investiga-se se essas manipulações responderam pela apreciação artificial do real no mercado de câmbio.
Se comprovada, abre espaço para ações gigantescas de indenização. Mas, por enquanto, não existem evidências a esse respeito.
Em relação à PTAX, o BC diz que seria difícil manipular o índice internamente, já que ele se baseia em consulta a um universo maior de operadores. Mas apenas as investigações dirão.
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O cartel atuava com clientes de várias nacionalidades, incluindo brasileiros - o que justifica a entrada do CADE e do BC nas investigações. Dificultava a entrada de novos participantes e a soma das operações dos seus bancos era majoritária nos mercados internacionais.
Causa espécie que o BC jamais tenha identificado esses prejuízos, mostrando que o consumidor – Pessoa Física ou mesmo grandes Pessoas Jurídicas – jamais esteve no centro de sua atuação.
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O episódio reacendeu uma velha disputa de competência entre CADE e BC. Cabe ao CADE analisar tudo o que se relacione com condutas anticompetitivas, principalmente nas operações de fusão e incorporação. O BC não concordava e, pelos idos de 2009, houve um acordo em torno de um Projeto de Lei definindo o papel de cada um: inicialmente, o BC analisaria o impacto de fusões e incorporações sobre o mercado bancário; aprovando a operação, caberia ao CADE analisar as implicações sobre a concorrência
Foi só surgir o caso do cartel do câmbio, para Alexandre Tombini se mover rapidamente, pretendendo que a presidente Dilma Rousseff assine uma Medida Provisória afastando totalmente o CADE da qualquer análise sobre o sistema financeiro, inclusive sobre práticas anticoncorrenciais.
Como uma agência capturada pelo sistema financeiro, em que pese a qualidade da supervisão bancária, não seria prudente conferir ao Bacen o monopólio da fiscalização de práticas do sistema financeiro.

HSBC e seus comparsas humilham cpi

por Rodrigo Martins
Hervé Falciani, o denunciante do Swissleaks, está pronto para colaborar com as autoridades do País e repassar informações sobre os 8,6 mil brasileiros com contas secretas na filial do HSBC em Genebra, cujos depósitos entre 2006 e 2007 totalizavam 7 bilhões de dólares, cerca de 19 bilhões de reais. A CartaCapital, afirmou estar disposto a vir para o Brasil, mesmo correndo risco de ser preso, em virtude da inclusão de seu nome na lista de procurados da Interpol. Ofereceu, inclusive, a correspondente Leneide Duarte-Plon, que o entrevistou, para mediar o contato com ele. A contribuição de Falciani seria inestimável para a CPI do HSBC, que patina há quatro meses sem nem mesmo saber quem são os correntistas nativos que remeteram dinheiro ilegalmente para a Suíça.
Sem acesso às informações das autoridades francesas, que investigam o caso desde 2008, a CPI do HSBC só aprovou recentemente um requerimento para ouvi-lo por teleconferência. Há tempos, o senador Randolfe Rodrigues critica a letargia dos seus colegas na comissão. Após a última audiência, realizada em 16 de julho, cogita a possibilidade de abandonar a CPI, proposta por ele mesmo. Dias após o Supremo Tribunal Federal ratificar o poder da comissão para decretar a quebra dos sigilos fiscal e bancário dos investigados, os senadores decidiram “desquebrar” os sigilos de seis deles. “Foi uma das ações mais desmoralizantes e vergonhosas do Congresso. A CPI foi assassinada”, protesta Rodrigues.
No Brasil, o escândalo é tratado com desdém desde a sua origem. Em 2008, Falciani, ex-funcionário do HSBC Private Bank, começou a vazar dados de contas secretas da instituição. Ele dispõe de informações sobre mais de 106 mil correntistas de 203 países, cujos depósitos somavam 100 bilhões de dólares na filial suíça do banco, conhecido refúgio de sonegadores, corruptos e narcotraficantes de todo o mundo. Desde então, Falciani colabora com o Ministério da Justiça e magistrados da França.
Apenas em fevereiro de 2015, após o diário francês Le Monde e o Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo divulgar listas parciais dos titulares das contas, o Brasil esboçou interesse pelo caso. De lá para cá, as autoridades francesas decidiram compartilhar informações com a Receita Federal, o Ministério da Justiça e a Procuradoria Geral da República. Os dados não foram, porém, cedidos à CPI do HSBC.
Logo na primeira audiência da comissão, em 24 de março, Rodrigues propôs uma diligência à França, com o duplo objetivo de coletar o depoimento de Falciani e conversar pessoalmente com autoridades francesas, para justificar a necessidade de acesso às informações. A proposta jamais foi acolhida por seus colegas. “Claramente houve falta de disposição dos parlamentares em ter acesso a esse banco de dados. Na verdade, foi uma postura reativa mesmo”, lamenta o senador do PSOL. “A resistência em ouvir Falciani parece um caso único no mundo, em que o principal denunciante se apresenta para colaborar com uma apuração, mas os investigadores se negam a ouvi-lo.”
Enquanto as autoridades brasileiras tardam a procurá-lo, Falciani mantém estreita colaboração com autoridades de diferentes nações, entre elas Islândia, Índia e Argentina. Com base em sua lista, o Parlamento argentino iniciou, em abril, a convocação das empresas que controlavam cerca de 4 mil contas secretas do HSBC na Suíça. Um mês antes, Ricardo Echegaray, chefe da Administração Federal de Receita Pública, o Fisco do nosso vizinho do Cone Sul, exigiu da instituição financeira a devolução de ao menos 3,5 bilhões de dólares, a título de reparação ao “dano causado às finanças públicas”. No Brasil, a Receita e a PGR mantém a discrição nas investigações, enquanto a apuração no Senado permanece na estaca zero.
O petista Paulo Rocha, presidente da CPI do HSBC, diz que os parlamentares optaram por não ir à França para aguardar o resultado de um pedido de compartilhamento de informações mediado pelo Ministério da Justiça e pela PGR. “Recebemos a negativa no início de julho. Se viajássemos para lá agora e voltássemos de mãos abanando, seríamos acusados de desperdiçar recursos públicos”, diz o senador, ao lembrar que o procurador-geral Rodrigo Janot comprometeu-se a enviar para a França um pedido de reconsideração. O peemedebista Ricardo Ferraço, relator da comissão, enfatiza que a lista de Falciani “foi obtida de forma ilegal”, e não teria validade jurídica no Brasil, a menos que tivesse a chancela do governo francês. “Há uma longa jurisprudência consolidada no STF, a chamada Teoria dos Frutos da Árvore Envenenada, segundo a qual provas obtidas de forma ilegal ensejam a anulação de todo o processo”.
O curioso é que a lista de Falciani está na origem da quebra dos sigilos de 17 suspeitos pela CPI do HSBC. O Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês) confiou a relação de correntistas brasileiros a Fernando Rodrigues, do Grupo Folha. Até o momento, menos de 5% dos 8,6 mil titulares de contas secretas na Suíça foram revelados por ele. Integrante da mesma entidade desde 1997, o jornalista Amaury Ribeiro Jr., autor do livro Privataria Tucana, solicitou a lista completa. Em carta endereça a Marina Guevara, vice-presidente do ICIJ, comprometeu-se a “divulgar somente as chamadas contas sujas e não declaradas ao Fisco, na íntegra, aos demais colegas da imprensa”, o que Rodrigues jamais fez. Diante da recusa, Ribeiro Jr. desfilou-se do ICIJ. Pouco depois, o jornal O Globo também teve acesso aos dados, mas manteve a política de divulgar apenas o que lhe parecia mais conveniente.
A lista parcial revelada pelos escolhidos do ICIJ, que hoje soma cerca de 400 nomes, serviu de base para os senadores requisitarem informações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que identificou movimentações atípicas de 50 brasileiros com contas no HSBC de Genebra. Desse total, 17 tiveram a quebra do sigilo aprovada pela CPI, entre eles quatro integrantes da família de Jacob Barata, o “rei do ônibus” no Rio de Janeiro. Entre os poupados, figura Benjamin Steinbruch, principal acionista da Companhia Siderúrgica Nacional, que possuía, junto com familiares, 543 milhões de dólares em contas suspeitas na Suíça.
Apesar do aval do STF, a CPI do HSBC decidiu, em 16 de julho, reconsiderar a quebra dos sigilos da família Barata, de Jacks Rabinovich, ex-proprietário do Grupo Vicunha, e de Paula Queiroz, do grupo cearense Edson Queiroz. Os pedidos de “desquebra” venceram pelo placar de 7 a 1, uma irônica coincidência. Único a votar contra, Randolfe Rodrigues afirma que emissários da família Barata o procuraram pouco antes dessa audiência, mas um assessor tratou de blindá-lo. Já o relator da CPI fala em “precipitação anterior” dos parlamentares. Segundo ele, o Coaf informou que movimentação atípica não é sinônimo de conduta delituosa, e sim um “sinal de alerta”. Os seis que tiveram a quebra de sigilo reconsiderada, emenda Ferraço, comprovaram não ser alvo de investigação pela Receita.
“Minha última esperança é ver algum resultado da investigação conduzida pelo Ministério Público Federal, porque a blindagem na CPI é evidente”, diz Rodrigues, que pretende ir ao encontro de Falciani na Europa. “Se o Senado não aprovar, vou por conta própria.”
na Carta Capital

Dilma aumenta taxação sobre lucro de instituições financeiras


O governo federal editou uma MP - medida provisória - que aumenta de 15 para 20% a CSLL - contribuição sobre lucro líquido - das instituições financeiras. O aumento atinge bancos, corretoras de câmbio e sociedade de crédito. A estimativa de arrecadação com este aumento chega até 4 bilhões de reais. A pergunta que faço é:

Por que só 20%?




Economia

O aumento de juros não é a solução

No mesmo dia que os bancos anunciaram seus lucros do primeiro trimestre, com previsões grandiosas, e informaram um crescimento em média de 19,5% – puxado pelo Banco Itaú (23,4%), Bradesco (22,1%) e Santander (17,9%) – o COPOM aumentou a taxa de juros básica, a Selic, em 0,50%. Não bastasse isso, o mercado, não contente, já anuncia que quer mais 0,5%, com juros de 13,25%.

As conseqüências desse movimento são muitas. Vamos pagar por dia R$ 1 bi de juros da dívida interna. O real, que já vem se valorizando, absorverá a tendência ditada pela Selic e vai seguir impedindo uma melhora nas nossas contas externas. A conta é simples: juros mais altos não combinam com ajuste fiscal, eles derrubam a economia e a arrecadação. Além disso, aumentam (e muito) as despesas financeiras da União com o serviço da dívida interna. Não há superávit que resolva essa equação. A tendência é de menor crescimento e arrecadação, inclusive da Previdência e de mais dívida e déficit.

O pior de tudo é que esse juros não afetam a inflação, não resolvem o problema do país. Para o Brasil crescer precisamos de investimentos, mas ninguém tomará crédito com um dos juros mais altos do mundo – não é exagero, hoje em quase todos países os juros dos títulos públicos são negativos. O crédito brasileiro perde toda sua competitividade com altas taxas. Assim, o consumidor evidentemente se retrairá e o emprego e a renda também. Perderemos o apoio da nossa principal base de sustentação do nosso crescimento: o mercado interno e as exportações. Com o real se valorizando a tendência é clara. Não crescerão, pelo contrário, as importações que poderiam tomar novo fôlego.

Será esse o ajuste real?

Mas, talvez esse seja o ajuste real buscado pela equipe econômica: uma queda brusca do PIB, dos salários, um crescimento do desemprego para tirar do trabalhador o poder que hoje ele tem de exigir seus direitos e uma maior participação na renda nacional. Aliás, a base para o crescimento com distribuição de renda, para uma maior justiça social e um modelo democrático de desenvolvimento.

A realidade é que pagamos 6,6% do PIB em juros da dívida interna, a maior concentração de renda do mundo. Esse é o verdadeiro e real problema do Brasil, um sistema bancário e financeiro sem concorrência e monopolizado, com uma política monetária submetida aos interesses do rentismo. Um país sob o controle do capital financeiro e de uma mídia também monopolizada e aliada do rentismo.

O mais grave é a cegueira e a falta de consciência de classe do empresariado produtivo – com exceções, claro – que cada vez mais parece ceder e apoiar esse caminho que, como demonstra a experiência do passado e da Europa hoje, não levará ao saneamento, necessário, das contas públicas, muito menos à retomada do crescimento.

Nossos empresários buscam reduzir custos, como em todo mundo, mas não veem a importância da redução dos juros e dos custos altíssimos financeiros deles e do país. Preferem optar pela redução dos salários, em vez de mais produtividade e inovação, menos custos às custas dos salários e direitos sociais e trabalhistas. Uma fórmula burra, mas eficaz.




Governo deve acreditar na capacidade do povo e do empresariado de enfrentar a crise

Sem desvalorizar para valer o real, sem coragem para enfrentar o rentismo, a equipe econômica do governo opta pelo caminho mais fácil, mas que pode matar o doente: o aumento dos juros. De um lado está o empresariado e do outro os trabalhadores que provam sua resistência e reagem contra o PL 4330 da terceirização. Os trabalhadores estão mostrando que não será fácil o caminho do ajuste proposto pela equipe econômica.

Sendo razoável, o caminho adotado pelo governo de negociar com os sindicatos uma saída para o impasse deveria envolver um grande debate sobre o próprio ajuste e as alternativas a atual política monetária. Um debate que envolvesse uma reforma de nosso sistema tributário e financeiro.

Um retorno ao desenvolvimento como objetivo central, ao aumento dos investimentos, da produtividade, na certeza de que o país pode e tem condições de impulsionar um amplo programa de investimentos na infraestrutura, com as concessões em energia, petróleo e gás. Sem esquecer de acreditar nas exportações de serviços, capital e tecnologia, com um banco de exportação e importação, e uma secretaria de comércio exterior.

O governo pode e deve acreditar no seu mercado interno e na capacidade do povo e do empresariado de enfrentar a atual crise. E com amplas reformas, não apenas econômicas, mas nas próprias instituições do país e, sobretudo, nas duas principais: a educação e o sistema político.
José Dirceu

HSBC e Operação lava jato - o escândalo apenas começou

Já são esperadas conexões com a operação Lava Jato entre as descobertas do "sequestro de todos os dados bancários” da sede do HSBC, feito pela polícia da Suíça, em Genebra; 8,7 mil brasileiros têm contas externas no banco; sucessão de bilionários e famosos implicada; vigora no inquérito a tese de “lavagem de dinheiro agravada”; bancão dos bacanas pede desculpas ao governo por ter incentivado sonegação de impostos; escândalo apenas começa



247 - A devassa total sobre a sede do HSBC, na Suíça, terá uma capítulo especial para as muito prováveis conexões com a investigação da operação Lava Jato, da Polícia Federal. Liderado pelos procuradores Olivier Jornot e Yves Bertossa, filho de um ex-procurador que, em 2001, abriu os casos de investigação relacionados com as contas de Paulo Maluf, eles procuraram despistar sobre o foco em contas de ex-funcionários e empresas ligadas à Petrobras. Mas ficou claro que nada vai passar despercebido.

- Vamos fazer uma análise geral de todas as acusações existentes. Por enquanto, não quero me pronunciar sobre um ou outro caso, mas todos os que foram indicados nos documentos que chegaram à imprensa serão investigados", disse o procurador Jornot. A Justiça de Genebra indicou que deve chamar funcionários e banqueiros do HSBC a prestar depoimento nos próximos dias. Alguns deles são suspeitos de terem ajudado clientes a cometer "atos de lavagem" ou de ter participado desses crimes.

O escândalo que ficou conhecido como Swissleaks expôs não apenas o HSBC, mas todo o sistema financeiro suíço que, por décadas, ajudou clientes de todo o mundo a trazer suas fortunas para Genebra e Zurique.

Com as revelações, as autoridades suíças passaram a ser questionada sobre seu silêncio diante das acusações. O banco HSBC, por exemplo, insiste que essas acusações "fazem parte do passado" e que a instituição passou por uma transformação desde 2007.

Entre os clientes destacados pelas revelações estão criminosos, traficantes de drogas e armas, ditadores, nobrezas, cantores e esportistas.

Lucro do BNDES reduz a zero a campanha contra os bancos públicos

do Blog do
Os números do BNDES divulgados nesta semana provam o quanto a campanha contra os bancos públicos, acionada sobretudo neste ano eleitoral, não passou de mais uma marola da oposição. Infundada, sem razão de ser, negócio puramente ideológico…
Entre janeiro a setembro deste ano, o lucro do BNDES, de (51,4% no período, mais que dobrou  se comparado ao mesmo período de 2013. Foram R$, 7,399 bi de lucro agora, o 2º maior da história do banco público em nove meses. Só no 3º trimestre deste ano, o lucro subiu 18,7%. Além disso, o BNDES contou com uma baixa inadimplência (0,07%) e uma boa qualidade dos financiamentos. Nada menos que 99,8% dos créditos do banco estão classificados entre os níveis de risco AA e C.
Subiu, também, para 11,82% a rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio do BNDES – acima dos 10,15% registrado no mesmo período de 2013. Querem mais? A carteira de operações de crédito do banco de fomento chegou a R$ 618,1 bi no fim deste 3º trimestre, registrando um avanço de 14,2% se comparado com o mesmo trimestre do ano passado. Outros bancos também divulgaram o resultado obtido no período. O BNDES superou todos eles, seguido do Banco do Brasil com crescimento de 12,3%, pelo Itaú (10,2%), Bradesco (7,7%) e Santander Brasil (5,6%).


Bancos públicos são fundamentais para o país
Vejam que o lucro trimestral do BNDES reduz a nada as críticas da oposição ao papel dos bancos públicos. Fora a inadimplência que é baixinha no maior banco de fomento do continente. Lembrem-se que o BNDES foi um dos alvos prediletos da oposição – do candidato tucano Aécio Neves e de Marina Silva também – nestas eleições presidenciais. Um desserviço da oposição, desinformando o país sobre o papel do Banco e a necessidade de expandi-lo, ao invés de reduzi-lo.
Precisamos, inclusive, tratar do aumento dos juros da TJLP do Banco. E incluir em seu objetivos e ação o financiamento das exportações e importações do país para criarmos um verdadeiro Eximbank a exemplo dos EEUU, Japão e outros países como a China e a Alemanha que financiam suas exportação de capitais, serviços e tecnologia.
O que esses números mostram – e a oposição finge não saber – é que a capitalização pela União dos Bancos Públicos foi decisiva para evitar que o Brasil vivesse o mesmo cenário da Europa – lá, um  cenário de recessão, brutal desemprego, perda direitos trabalhistas e sociais, queda da renda e perda de bens familiares. 

Bem Marina sua Neca Itaú e Cia, por IV AVATAR

Ontem à tarde ao passar em frente um enorme edifício que leva o nome de Governador Magalhães Pinto, me lembrei que na ditadura os banqueiros tinham grande poder sobre a economia, cujo mote era "fazer o bolo crescer para depois dividir". 
Bem Marina Silva com sua Neca do Itaú e CIA. 

Marina lança o PAJU

Avenida Paulista - Preocupada em melhorar o ambiente de negociatas no país, Marina Silva anunciou o PAJU - Programa de Aceleração dos Juros -.




"Quando apossada vou focar no amplo aceleramento do juros bancários. O nome do programático será: PAJU - Programa de Aceleração dos Juros -. Será o PAJU 45% Mais ou menos Praga, adiantou, enquanto obedecia mais uma ordem da Neca de Piribitiba

Em seguida, a candidata anunciou a criação de um novo banco.

"Meus filhos e minhas filhas, amigos e amigas Redáticas: num provável mandato, criaremos o Bafanabras. Um banco 100% mais independente que o nosso BC, que vai gerir todos os contratos e juros bancários, do Itaú, Bradesco e Cia. Para fiscalizar o aleijo, entregarei a presidência dessa anomalia ao mega especulador George Soros disse, arrumando o xale.

Um anteprojeto da REDE, considerado abestado pelo mercado, sugeriu que Marina deveria partir logo para o PAJU 100%.

"Os banqueiros, agiotas e rentistas brasileiros e estrangeiros precisam henriquecer ainda mais, é hora de ousar, basta de mixaria", alegou Roberto Setubal Tem, num aroubo.

"Até o salário mínimo deve pagar juro real maior do que agora", Carlos Trabuco - presidente do Bradesco -.

"A gente só negocia se o Santander conseguir ainda mais juros", arrematou Jezús Albaza - presidente do Santander Brasil.

Pressionada, Marina cedeu aos banqueiros, agiotas, rentistas e cia.

"Anuncio que entregaremos o pré-sal e a Petrobras as petroleiras estrangeiras. E que elas poderão aumentar os preços dos combustíveis o quanto que quiserem", disse, em nota.




Dá-lhe Dilma

Quem fala o que quer...pode escutar o que não quer!




Marina Silva acusou a presidente Dilma Roussef de criar a "Bolsa banqueiro".

Dilma não deixou por menos e sapecou-lhe:

"Não adianta querer falar que eu fiz bolsa banqueiro. Eu não tenho banqueiro me apoiando. Eu não tenho banqueiro, você me entende, me sustentando".




É a crise

O Satannder - que enviou e-mail para clientes vips fazendo campanha contra a reeleição da presidente Dilma Roussef - cresce pelo terceiro semestre consecutivo e tem lucro líquido de 1,437 bilhão de real.

O Itaú - que também faz campanha contra a presidente (por baixo dos panos) e apóia, financia a oposição - teve lucro de apenas 4,9 bilhão de reais, um crescimento de 36,7.

É, motivos não falta para os banqueiros serem a favor da oposição. Quanto ainda mais Campos e Aécio prometeram a esses gatos, que quanto mais comem, mais miam? 



Economia e política

Bancos privados fazem oposição à presidente Dilma Roussef porque perderam espaço para Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil

Por Diego Sartorato, da RBA

Não são apenas os partidos e candidatos que formulam projetos a serem debatidos durante as campanhas eleitorais: organizações da sociedade civil e entidades privadas também avaliam quais mudanças na condução do poder público são necessárias para garantir o atendimento de interesses singulares ou coletivos.

Algumas dessas plataformas “setoriais” são tornadas públicas, mas nem todas, especialmente quando se referem a interesses empresariais, seja pelo sigilo do planejamento nos negócios, seja porque há objetivos patronais inconfessáveis à opinião pública, a regra é que os interesses econômicos de setores poderosos sejam discutidos privativamente.

Para as eleições presidenciais deste ano, porém, empresas do mercado financeiro, central no capitalismo e no jogo político brasileiro, romperam o silêncio habitual e têm tomado posição agressivamente contrária à reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT).

Nas últimas semanas, o banco espanhol Santander divulgou análise em que previa cenário econômico negativo caso Dilma se reeleja, mesma prática adotada por diversas consultorias que atendem a investidores do mercado financeiro.

Por meio de estudo encomendado ao Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e divulgado pela Folha de S.Paulo, o setor chegou até a conferir valor concreto a cada ponto percentual perdido por Dilma nas pesquisas eleitorais: seriam US$ 801 milhões a mais investidos em ações de estatais a cada vez que a vitória da oposição se mostrasse mais provável do que no levantamento anterior.

Um dos motivos para a campanha agressiva do setor financeiro, como visto apenas às vésperas da primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2002, está em estudo divulgado pelo Dieese sobre o desempenho dos bancos em 2013.

De acordo com o levantamento, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, ambos públicos, conquistaram 48,1% do mercado de crédito no país no ano passado e seguem ampliando as carteiras de crédito em ritmo duas vezes superior aos bancos privados nacionais (que detêm 38% das carteiras) e três vezes superior ao crescimento das empresas estrangeiras (com 13,9% dos contratos de crédito). Não conta, para o levantamento do Dieese, o BNDES que, em 2013, investiu R$ 514,5 bilhões em consumo e infraestrutura.

As instituições públicas foram as principais responsáveis pelo crescimento, entre 2002 e 2013, da relação entre volume de crédito e Produto Interno Bruto (PIB). Há 12 anos, o crédito disponível no país somava 23,8% do PIB; hoje, são 55,8%. Entre 2008 e 2013, mudou também o perfil do microcrédito: se há seis anos os pequenos empréstimos tinham 73% do volume destinados ao consumo, em 2013 apenas 10% foram voltados a essa modalidade. Os outros 90% foram empenhados em micro e pequenas empresas (MPEs), setor que mais cria emprego e renda no Brasil – em 2013, de acordo com o Sebrae, 85% dos empregos com carteira assinada foram abertos nele.

O momento e a motivação dos bancos públicos e privados são bastante distintos: enquanto os primeiros seguem a diretriz do governo federal de ampliar o acesso e baratear o crédito com o objetivo de fortalecer o poder de consumo das famílias e evitar os piores efeitos da crise econômica mundial, os bancos privados seguem a direção oposta. Demitem trabalhadores (foram 10 mil dispensas em 2013) e ampliam taxas e juros para garantir a rentabilidade.

O Itaú, por exemplo, que teve o maior lucro da história do sistema financeiro brasileiro no ano passado (R$ 15,6 bilhões), aumentou em 12,8% seus ganhos, principalmente por meio de cobranças de serviços e taxas. Já o Banco do Brasil, por meio da ampliação de sua atuação no mercado, foi relativamente mais bem-sucedido e aumentou o lucro líquido em 29,1% em relação a 2012.

Desde 2008, quando os mercados de capitais se desequilibraram nas potências econômicas, o Brasil aplica políticas anticíclicas de incentivo ao setor produtivo e ao consumo, com manutenção de um baixo índice de desemprego e intensificação da transferência de renda, solução oposta à adotada pela zona do Euro e no campo de influência dos Estados Unidos. Nesses países, houve corte de investimentos públicos e distribuição de pacotes de amparo ao sistema financeiro. O FED, banco central norte-americano, por exemplo, injeta US$ 75 bilhões mensais no mercado financeiro atualmente.

Os bancos brasileiros, que atuam nas mesmas linhas gerais de suas contrapartes internacionais, parecem estar à espera do mesmo tratamento: tanto Aécio Neves quanto Eduardo Campos, candidatos a presidente por PSDB e PSB, sinalizaram ao setor financeiro que estão dispostos a tomar medidas “impopulares” para a economia, eufemismo para reformas no sentido de reverter a política focada na geração de empregos e maior aproximação com o modelo econômico norte-americano.

Já os governos petistas, a partir de 2003, embora tenham garantido lucros astronômicos ao setor (que foi de um lucro global de R$ 4,8 bilhões em 2000 para R$ 46,6 bilhões em 2010), tomaram decisões importantes para que os bancos públicos fossem capazes de induzir e equilibrar o mercado financeiro, e, para tanto, até impediram privatizações. Em 2008, o então governador de São Paulo, José Serra (PSDB), colocou à venda o último banco público do governo estadual, a Nossa Caixa. Luiz Inácio Lula da Silva, então em seu segundo mandato como presidente, acertou a compra da empresa pelo Banco do Brasil por R$ 5,3 bilhões. Em 2009, o Banco do Brasil pagou mais R$ 4,3 bilhões por 50% do Banco Votorantim, em nova ação agressiva de tomada de mercado.

O estudo do Dieese aponta, como um dos indicadores do sucesso da aposta no crédito, o fato de que 2013 registrou os patamares de inadimplência mais baixos já observados, com média de 3% de compromissos financeiros descumpridos por clientes de bancos privados e na casa de 1% entre clientes de bancos públicos. O cenário é próximo do descrito pela presidenta Dilma em pronunciamento para o 1º de maio de 2012, quando enviou recado bastante direto para o sistema financeiro.

A diferença mais expressiva é que, à época, o Brasil operava com a menor taxa Selic, índice definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e que serve de base para os juros ao consumidor, da série histórica, a 8%. O barateamento da captação de dinheiro por parte dos bancos, no entanto, não foi acompanhada de redução dos custos da tomada de crédito nas instituições privadas, que mantêm, no Brasil, um dos índices de spread bancário mais altos do mundo. O spread é a diferença entre os juros que o banco paga quando toma emprestado (as cadernetas de poupança, por exemplo, rendem 6,8% ao ano) e quanto paga quando empresta dinheiro (o cheque especial tem juros em torno de 200% ao ano).

Após campanha intensa na mídia tradicional em torno das taxas de inflação, o Banco Central cedeu e a taxa Selic está em 11%, sem previsão de que vá retomar a tendência de queda.



Não se trata apenas de uma questão de fatia de mercado. Como os juros de cerca de dois terços dos títulos emitidos pelo governo federal para arrecadar dinheiro estão atrelados à variação da Selic, o aumento do índice eleva a dívida pública. De acordo com o economista Amir Khair, especuladores financeiros teriam até US$ 220 bilhões investidos em títulos brasileiros, com lucro médio de US$ 10 bilhões graças aos juros. No ano passado, o superávit primário do governo, quantia reservada ao pagamento dos juros da dívida pública, foi de R$ 75 bilhões. A dívida pública, que representava 60,4% do PIB em 2002, hoje está em torno de 33% da riqueza nacional, de acordo com a Receita Federal.

Satander avançou o sinal

Estranho acontecimento
por Cláudio Lembo

Não é novidade para ninguém. O centro nevrálgico da política não se encontra nos partidos. Muito menos nos palácios governamentais. Sequer nos parlamentos.
 
Onde se apresenta o epicentro da política?
 
Claro, longe do cidadão comum. Do qualquer um. Fica, muitas vezes, distante dos estados nacionais. Lá, onde se encontram os bunkers do capital.
 
As decisões, que afetam grandes parcelas da população, são tomadas nos gabinetes fechados dos executivos financeiros e dos órgãos supranacionais da economia.
 
Nada vale a vontade política dos governos locais face às resoluções dos bancos centrais e das bolsas de valores dos grandes centros financeiros.
 
As decisões são tomadas em segredo. E, em segredo, impostas por toda a parte.
 
As agências internacionais de notícias, como boas porta-vozes, se incubem de difundir as diretrizes e as imposições do capital financeiro internacional.
 
Foi assim desde o surgimento do capitalismo industrial. Ampliou-se a prática com o capitalismo financeiro. Este não tem face nítida, mas domina todos os espaços das economias de cada país.
 
O cidadão – que pensa ter cidadania – não passa de um servidor dos grandes interesses. Toma atitudes. Vota. Imagina ser livre, mas está obedecendo aos ditames dos operadores financeiros.
 
Estes sempre se mantiveram em aparente silêncio. Abstém-se de falar em público. Não possuem opinião a respeito de nada. Apenas pensam nos lucros de suas operações.
 
Esta é uma realidade presente por toda a parte e não ausente em um país dependente, como o Brasil. Jamais na nossa longa História política recolheu-se uma opinião nítida de um banqueiro.
 
Quando no exercício da profissão, a regra é a preservação de seus interesses perante a opinião pública e os governantes. E a melhor maneira de preservar interesses é o silêncio aparente.
 
Causa surpresa, portanto, no início da atual campanha política o posicionamento de uma instituição financeira em assuntos eleitorais. É inusitado.
 
Muitas poderão ser as causas deste procedimento jamais visto. A origem da instituição? Não tem raízes nacionais. Talvez seus executivos estejam acostumados com outras realidades.
 
É, no entanto, impressionante o que aconteceu. Um banco querer influir na vontade do eleitorado. Quem lida com a moeda deve ser cuidadoso em suas assertivas.
 
Conhecem-se os poderosos lobbies que atuam, em cuidadoso silêncio, junto às autoridades financeiras e o Congresso Nacional. Faz parte do processo decisório democrático.
 
Mas, instituição financeira – ou qualquer outro agente econômico – imiscuir-se explicitamente em político é novidade sem qualquer traço no passado.
 
Certamente, os executivos superiores da instituição – que falou fora de hora – deverão em breve estar no Brasil e, aqui, pedirão audiência às autoridades do Executivo.
 
Serão recebidos e proferirão as mais elevadas loas.
 
Assim, a nave vai. Como mostrou Federico Fellini.

Comentário do blogueiro:
Novidade será se a presidente Dilma Roussef não conceder audiência a essa corja! 
Torço para que ela faça isso.

Lucro dos bancos

Quem ganha, quem perde?...

por Vladimir Saflate
Duas notícias quase simultâneas forneceram uma boa fotografia do que o Brasil se tornou. Na primeira, descobrimos, o lucro líquido do Itaú em 2013 alcançou os 15,7 bilhões de reais, o maior da história dos bancos brasileiros, segundo estudo da consultoria Economática. Enquanto isso, o Bradesco apresentava o segundo maior lucro do ano, 12 bilhões de reais. Apenas duas instituições financeiras embolsaram quase 28 bilhões de reais, isto em uma economia de crescimento estagnado. Na segunda 3, a outra informação: a produção industrial caíra 3,5% em dezembro em comparação a novembro, a maior retração em cinco anos.
Diante desses dados, é difícil não lembrar de uma bela frase do presidente da Islândia, Olafur Grimsson: “Uma economia com bancos muito fortes é sinal de um país que vai mal”. Não só pelo fato de uma nação atrativa para investimento especulativo, no qual aplicar dinheiro em cassinos travestidos é o melhor negócio, nunca conseguirá financiar o desenvolvimento da criatividade empreendedora de seu povo. Mas principalmente porque uma economia com bancos fortes destrói tudo à sua volta.
Os bancos drenam os melhores cérebros para o sistema financeiro. Foi assim que os melhores engenheiros do Brasil não foram parar nas universidades a estudar novos materiais, em programas de despoluição de rios ou em pesquisas sobre energia alternativa. Foram fazer contas. O Brasil assim se transformou em um país que forma economistas não para pensar problemas regionais ou desenvolver políticas de combate à pobreza, mas para fazer consultoria para bancos, fundos de investimentos e outros segmentos do mercado financeiro.
Por outro lado,

Dilma pressiona bancos

Sob pressão de Dilma, os bancos privados começam a reduzir as taxas de juros dos cartões de crédito. 

Ontem, o Bradesco cortou à metade, de 14,9% para 6,9% ao mês, a taxa máxima por atraso no pagamento da fatura dos cartões. 

O banco também diminuiu os juros para parcelar a fatura em atraso, de 8,9% para 4,9%. 

A mudança, que inclui as bandeiras Visa, American Express, ELO e Mastercard começa em novembro. 

HSBC e Santander estudam fazer cortes. 

O juro médio do cartão no país é de 238% ao ano, o maior em nove países pesquisados, entre eles México e Argentina.
O Globo

Lucros dos bancos caem pela 1ª vez em 10 anos

Acredite nesta conversa quem quiser. Eu acredito não, Para mim deve ser alguma artimanha contábil dos bandiqueiros para roubar mais dinheiro e depositar em bancos de colegas estrangeiros. 

Queda de juros e calote reduzirão ganhos do setor. Itaú Unibanco lucra 5,65% menos

Maior banco privado do país, o Itaú Unibanco registrou lucro líquido de R$ 6,7 bilhões no primeiro semestre, o que representa um recuo de 5,65% em relação ao mesmo período do ano passado. Na véspera, o Bradesco já tinha informado aumento de apenas 2,5% nos seus ganhos. O presidente da consultoria Austin Rating, Erivelto Rodrigues, diz que 2012 vai ser um ano difícil para os bancos, com queda de juros e spreads, com inadimplência em alta. “O resultado das instituições financeiras este ano ficará muito próximo do que era em 2011, se não abaixo, interrompendo um ciclo de forte crescimento dos lucros dos grandes bancos nos últimos dez anos.” Devido ao crescimento do calote, o Itaú Unibanco está reduzindo sua carteira de financiamento de veículos.

Bancos: o que fazer para incentivar a concorrência?

Os bancos brasileiros fazem os seus clientes de gato e sapato, cobram tarifas e juros do jeito que desejam. O governo pode e deve fazer para acabar com isto?

Para responder a questão é preciso informar quais as principais fontes de lucros da banca. Basicamente são três:

  1. Cobrança de tarifas bancárias dos correntistas
  2. Rolagem da dívida pública 
  3. Juros cobrados na concessão de crédito
Sendo assim resta ao governo federal fazer apenas uma coisa, reduzir imediatamente, drasticamente a selic.

E que eles briguem para oferecer tarifas mais baratas e menores juros aos seus clientes.

E firinrinfororó, Edviges e Finório...

Para pagar menos juros

Acesse o site " Melhor Trato ", e compare as ofertas de diversos bancos para consórcios, empréstimos, seguro e também financiamento de cartão de crédito.


Os bancos desmoralizam as analogias

Marés


Quando a maré sobe, ergue todos os barcos, dizem os neoliberais para defender uma economia que privilegia poucos mas beneficia muitos. Quando o mercado funciona e as coisas melhoram, tanto sobe o caiaque do pobre quanto o iate do rico.
Mas há dias li outra analogia aquática, uma que se aplica perfeitamente ao momento: quando a maré baixa se descobre quem estava tomando banho nu. É o que acontece na atual crise do sistema financeiro, que está revelando a nudez de instituições respeitáveis que ninguém imaginaria estarem na água peladas.
As duas analogias são falhas. O barquinho do pobre sobe junto com o iate do rico mas continua sendo um barquinho, à deriva, sem nenhum controle sobre as águas em que boia. E a nudez revelada pela vazão das águas não expõe o banhista a nenhum tipo de vexame — os governos têm se apressado a tapar suas vergonhas.
Nenhum banco — fora as baixas no começo da crise, como a do Lehman Brothers — pagou por estar na água sem calção. Ao contrario, o Goldman Sachs lucrou como nunca na sua história, este ano. (O Goldman Sachs, todos lembram, foi o banco que aconselhou a Grécia no começo da crise e ao mesmo tempo apostou secretamente no fracasso do seu próprio plano).
Nenhum grande banco internacional precisa de maré alta para se manter no topo, boiam no ar. Nenhum deixou de ser respeitável — ao menos entre eles e pelos governos — por ter sido flagrado nu. Quer dizer: os bancos internacionais estão desmoralizando todas as analogias.

por Luis Fernando Verissimo



Bancos estatais versus bancos privados

São os bancos estatais ou ou privados que melhores serviços prestam a sociedade?...
Leia com atenção o texto ((abaixo) e deixe sua opinião nos comentários. Obrigado! 

2011/2012: PERGUNTAS QUE GRITAM

Os bancos estatais brasileiros mais que dobraram seus empréstimos desde o início da crise mundial, em setembro de 2008. Nesses três anos, o saldo das carteiras do BB,  Caixa Econômica e BNDES, entre outros, cresceu 123%; a banca privada registrou um avanço bem mais modesto no período: 55%. O pressuposto que orientou a contração dos empréstimos, e que levaria a uma dramática recessão não fosse o contrapeso da liquidez estatal,  foi uma avaliação de risco que se revelou errada. Em vez de aumentar, como previam os  altos executivos dos bancos privados,  a inadimplência, segundo informa o jornal Valor desta 5ª feira, diminuiu no período.No caso do BNDEs, por exemplo, o maior banco estatal de desenvolvimento do Ocidente, alvo permanente da fuzilaria ortodoxa pelos critérios desenvolvimentistas de suas liberações, a taxa de inadimplência acima de  90 dias é de irrisórios 0,12%. Na média,a inadimplência  no sistema financeiro estatal é hoje inferior à metade da registrada  nas corporações de crédito privadas (2,1% e 4,8%).  Resumindo, na decisiva artéria do crédito à economia, os bancos estatais reagem  mais depressa e com maior acerto diante de uma crise; dispõem de analistas de conjuntura mais competentes e administram com maior eficácia o risco da inadimplência. Uma das perguntas que a crise grita aos ouvidos da esquerda brasileira e mundial  -- que até agora fez ouvidos  moucos a ela  --  argui precisamente isso. Por que uma área tão importante quanto o fornecimento do crédito à economia deve permanecer predominantemente em mãos particulares se quando a sociedade mais precisa dela ouve um esférico ' salve-se quem puder'? Sobretudo numa Europa agônica, cuja economia encontra-se travada pelo espectro do esfarelamento bancário --que só respira a custa de gigantesca transfusão de meio trilhão de euros dos contribuintes, a juros de pai para filho de 1% ao ano--  por que a estatização do setor financeiro continua ausente do discurso da esquerda?
(Carta Maior;6ª feira; 23/12/ 2011)

Os bancos, o lobo e o cordeiro


Pela primeira vez em décadas, este ano, a Febraban não escolheu um banqueiro para sua presidência. A escolha recaiu num técnico de renomada experiência e capacidade, Murilo Portugal, que no momento do convite exercia o importante cargo de diretor do Fundo Monetário Internacional, baseado em Washington e viajando pelo mundo quase todas as semanas. Ele cedeu à possibilidade de voltar a morar no Brasil, com a família, mesmo ganhando menos do que recebia lá fora. Não é um banqueiro, ou seja, suas decisões não seriam pautadas pelo interesse exclusivo do faturamento a qualquer custo, mas pelo bom senso que faz o sistema financeiro inserir-se na macro-política economica  nacional.

Assim aconteceu até a semana que passou, quer dizer, a Febraban atuava conforme as diretrizes dos bancos, mas sem exagerar. Tendo presente os diversos componentes da ciranda que envolve  as instituições de crédito, mas prestando atenção, também, nos clientes, nos correntistas e nas necessidades do poder público. Claro que sustentando o lucro, ainda que olhando em volta.

É bom prestar atenção: isso aconteceu até a semana passada, porque de lá para cá a Febraban passou monumental rasteira na população. Tendo  em vista a greve dos funcionários dos Correios, o natural seria que sem receber as contas e os boletos de pagamento, o cidadão comum obtivesse  de seus credores, os bancos, a natural  moratória para saldar seus débitos. Afinal, impedido de saber o total de suas dívidas, o indigitado devedor necessitaria do tempo necessário a que a greve chegasse ao fim e se normalizassem os serviços de entrega.


Aconteceu, porém, o inominável. Os bancos, através da Febraban, avisaram que débitos não saldados no dia certo seriam taxados pelos juros e demais encargos inerentes a situações em que o indivíduo não paga porque não pode ou não quer. Azar o dele, se não recebeu a cobrança. Que vá pesquisar, desdobrar-se e buscar junto ao bispo o total daquilo que deveria pagar na data aprazada. Os bancos é que não abrem mão de cobrar a inadimplência forçada. Mesmo sem que o infeliz tenha recebido o aviso para pagamento, tem que pagar. Mas sem saber quanto? Ele que se dane.


Convenhamos,  eis aí mais uma evidência da usura, do egoísmo e da injustiça. Nem dividir com os devedores  o prejuízo da paralização dos Correios   os bancos aceitaram. Sua postura é a mesma dos feitores de escravos. Ou, se quiserem, do lobo diante do cordeiro.