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Fim do mistério em " Privataria Tucana "

Serra não ama FHC, que não ama Aécio, que não ama Preciado, que não ama Ricardo, que não ama Dantas, que não ama Verônica, que não ama Verônica que não ama Amaury, que é odiado por todos eles depois que lascou a tucademopiganalhada toda com a publicação do livro " A privataria tucana ".
Joel Neto

2011 - o ano que o pig demitiu ministros

[...] 2012 o ano da privataria tucana
por Maria Inês Nassif

Em 2005, quando começaram a aparecer resultados da política de compensação de renda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva – a melhoria na distribuição de renda e o avanço do eleitorado “lulista” nas populações mais pobres, antes facilmente capturáveis pelo voto conservador –, eles eram mensuráveis. Renda é renda, voto é voto. Isso permitia a antevisão da mudança que se prenunciava. Tinha o rosto de uma política, de pessoas que ascendiam ao mercado de consumo e da decadência das elites políticas tradicionais em redutos de votos “do atraso”. Um balanço do que foi 2011, pela profusão de caminhos e possibilidades que se abriram, torna menos óbvia a sensação de que o mundo caminha, e o Brasil caminha também, e até melhor. O país está andando com relativa desenvoltura. Não que vá chegar ao que era (no passado) o Primeiro Mundo num passe de mágicas, mas com certeza a algo melhor do que as experiências que acumulou ao longo da sua pobre história.
O perfil político do governo Dilma é mais difuso, mas não se pode negar que tenha estilo próprio, e sorte. As ofensivas da mídia tradicional contra o seu ministério permitirão a ela, no próximo ano, fazer um gabinete como credora de praticamente todos os partidos da coalizão governamental. No início do governo, os partidos tinham teoricamente poder sobre ela, uma presidenta que chegou ao Planalto sem fazer vestibular em outras eleições. Na reforma ministerial, ela passa a ter maior poder de impor nomes do que os partidos aliados, inclusive o PT. Do ponto de vista da eficiência da máquina pública – e este é o perfil da presidenta – ela ganha muito num ano em que os partidos estarão mais ocupados com as questões municipais e em que o governo federal precisa agilidade para recuperar o ritmo de crescimento e fazer as obras para a Copa do Mundo.
Sorte ou arte, o distanciamento de Dilma das denúncias contra os seus ministros, o fato de não segurar ninguém e, especialmente, seu estilo de manter o pé no acelerador das políticas públicas independentemente se o ministro da pasta é o candidato a ser derrubado pela imprensa, não a contaminaram com os malfeitos atribuídos a subalternos. Prova é a popularidade registrada no último mês do ano.
Mais sorte que arte, a reforma ministerial começa no momento em que a grande mídia, que derrubou um a um sete ministros de Dilma, se meteu na enrascada de lidar com muito pouca arte no episódio do livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. Passou recibo numa denúncia fundamentada e grave. Envolve venda (ou doação) do patrimônio público, lavagem de dinheiro – e, na prática, a arrogância de um projeto político que, fundamentado na ideia de redução do Estado, incorporou como estratégia a “construção” de uma “burguesia moderna”, escolhida a dedo por uma elite iluminada, e tecida especialmente para redimir o país da velha oligarquia, mas em aliança com ela própria. Os beneficiários foram os salvadores liberais, príncipes da nova era. O livro “Cabeças de Planilha”, de Luís Nassif, e o de Amaury, são complementares. O ciclo brasileiro do neoliberalismo tucano é desvendado em dois volumes “malditos” pela grande imprensa e provado por muitas novas fortunas. Na teoria. Na prática, isso é apenas a ponta do iceberg, como disse Ribeiro Jr. no debate de ontem (20), realizado pelo Centro de Estudos Barão de Itararé, no Sindicato dos Bancários: se o “Privataria” virar CPI, José Serra, família e amigos serão apenas o começo.
A “Privataria” tem muito a ver com a conjuntura e com o esporte preferido da imprensa este ano, o “ministro no alvo”. Até a edição do livro, a imprensa mantinha o seu poder de agendamento e derrubava ministros por quilo; Dilma fingia indiferença e dava a cabeça do escolhido. A grande mídia exultou de poder: depois de derrubar um presidente, nos anos 90, passou a definir gabinetes, em 2011, sem ter sido eleito e sem participar do governo de coalizão da mandatária do país. A ideologia conservadora segundo a qual a política é intrinsicamente suja, e a democracia uma obra de ignorantes, resolveu o fato de que a popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizimou a oposição institucional, em 2010, e a criação do PSD jogou as cinzas fora, terceirizando a política: a mídia assumiu, sem constrangimentos, o papel de partido político. No ano de 2011, a única oposição do país foi a mídia tradicional. As pequenas legendas de esquerda sequer fizeram barulho, por falta de condições, inclusive internas (parece que o P-SOL levou do PT apenas uma vocação atávica para dissidências internas; e o PT, ao institucionalizar-se, livrou-se um pouco dela – aliás, nem tanto, vide o último capítulo do livro do Amaury Ribeiro Jr.).
Quando a presidenta Dilma Rousseff começar a escolher seus novos ministros, e se fizer isso logo, a grande mídia ainda estará sob o impacto do contrangimento. Dilma ganhou, sem imaginar, um presente de Papai Noel. A imprensa estará muito menos disposta a comprar uma briga durante a CPI da Privataria – quer porque ela começa questionando a lisura de aliados sólidos da mídia hegemônica em 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010, quer porque esse tema é uma caixinha de surpresas.
Isso não chega a ser uma crise que a democracia não tenha condições de lidar. Na CPI dos Anões do Orçamento, que atingiu o Congresso, os partidos viveram intensamente a crise e, até por instinto de sobrevivência, cortaram na própria carne (em alguns casos, com a ajuda da imprensa, jogaram fora a água da bacia com alguns inocentes junto). A CPI pode ser uma boa chance de o Brasil fazer um acerto com a história de suas elites.
E, mais do que isso, um debate sério, de fato, sobre um sistema político que mantém no poder elites decadentes e é facilmente capturado por interesses privados. Pode dar uma boa mão para o debate sobre a transparência do Estado e sobre uma verdadeira separação da política e do poder econômico. 2012 pode ser bom para a reforma política, apesar de ter eleições municipais. Pode ser o ano em que o Brasil começará a discutir a corrupção do seu sistema político como gente grande. Cansou essa brincadeira de o tema da corrupção ser usado apenas como slogan eleitoral. O Brasil já está maduro para discutir e resolver esse sério problema estrutural da vida política brasileira.
(*) Colunista política, editora da Carta Maior em São Paulo.



As meninas do Jô vão falar da Privataria Tucana?

Quando do " Mensalão petista" (porque do psdb mineiro não tinha nem menina) o Jô e suas meninas eram uma indignação só. E agora sobre a " Privataria Tucana ", será que a indignação será a mesma?...

Será que vão detonar FHC, Serra, Dantas e Cia ou vão desqualificar o livro e o autor?...

Sei não mas...vamos esperar.

A CPI da Privataria Tucademo vem aí

É uma vitória dos " doidos " e " sujos " do Brasil

A “Folha” levou uma semana para falar no livro de Amaury. Talvez esperasse as orientações do “comitê central”. As orientações parecem ter chegado sem muita clareza. O jornal da família Frias, num texto opaco que nenhum jornalista teve coragem de assinar, levanta suspeita não contra Serra e sua turma de especialistas em “offshore” – mas contra o premiado repórter Amaury Ribeiro Jr.

A “Folha” não se preocupou com a “ficha” do Bob Jefferson antes de noticiar o chamado “Mensalão”. O que importava ali era a denúncia. Bob falou e a mídia correu para “provar” o roteiro que ele indicou (sem nenhuma prova, diga-se). Havia verdades na fala de Bob, mas tambem alguns exageros. O “Mensalão” propriamente dito (que a Globo tentou transforma no “maior escândalo da história”) não existia no sentido de um pagamento mensal a deputados governistas. Mas havia, sim, um esquema subterrâneo, que o PT parece ter herdado dos tucanos de Minas. 

Da mesma forma, a “Folha” não se preocupou em saber se o homem que denunciava o Ministro Orlando Silva era ou não um bandido. Valiam as acusações, sem provas. O roteiro estava pronto. O ministro que provasse a inocência.

Com Amaury e a Privataria Tucana, há provas aos montes. Há documentos no livro. Mais de cem páginas. E há o currículo de um repórter premiado. Mas a “Folha” faz o papel de advogada do diabo. Quem seria o “coiso ruim” que a “Folha” quer defender?

Outro dado curioso. Lula foi ao poder e jamais investigou as privatizações. Havia um acordo tácito (e tático) para não promover caça às bruxas. Na Argentina, no México, na Bolívia, a turma dos privatas foi demolida. Aqui no Brasil, eles dão consultoria e palestras. Coisas do Brasil. Feito a jabuticaba.

Dez anos depois, a história das privatizações ressurge, pelo esforço e a coragem de um jornalista que alguns consideram “doido”, por mexer com “gente tão poderosa”. Amaury tem aquele jeito afobado, e o olhar injetado que só os sujeitos determinados costumam mostrar. Agora, querem desqualificá-lo. Covardia inútil.

Até porque um outro sujeito chamado de “doido”, o delegado e deputado federal Protógenes, botou o livro debaixo do braço e saiu coletando assinaturas para a CPI da Privataria. Nessa quinta-feira, dia 15 de dezembro, Protógenes anuncia ter atingido mais de 171 assinaturas.

A CPI da Privataria vem aí. Contra a vontade de Otavinho, Ali Kamel, Civita e dos colunistas histéricos que servem a essa gente. Meia dúzia de blogueiros sujos (obrigado, Serra) avisou o público: há um livro sobre as privatizações na praça. A brava “CartaCapital” – de Mino Carta, Sergio Lirio e Leandro Fortes – publicou 12 páginas sobre o livro. E os leitores nas redes sociais espalharam a notícia.

Verdade que setores da grande imprensa furaram o bloqueio – a notícia saiu na Record, Record News, Gazeta, Portal Terra… Mas e na Globo e na CBN que convocam “marchas contra a corrupção”? Silêncio dos cemitérios sicilianos.

Não importa. O barulho foi feito pelos blogs, pelas redes sociais e pelos poucos jornalistas que não se renderam ao esquemão do PIG. É uma turma que colegas mais bem estabelecidos costumam chamar de “gente doida da internet”.

Pois bem. A conexão dos “doidos” e “sujos” ganhou o primeiro round nesse episódio da Privataria. Como já havia ganho no caso da bolinha de papel em 2010.

Privataria tucana chegou as livrarias




ImageChegou às livrarias neste final de semana o livro “A Privataria Tucana” do jornalista Amaury Ribeiro Jr., publicado pela Geração Editorial sobre as privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso (1994-2002). A pesquisa que o embasou, documentada, exigiu 12 anos de muito trabalho do repórter.

Amaury Ribeiro Jr. virou personagem e polêmica na campanha eleitoral presidencial do ano passado. Ele foi acusado de participar de um grupo que supostamente tinha como alvo quebrar o sigilo fiscal e bancário de políticos tucanos.

Também, neste final de semana, e como parte do lançamento de "A Privataria Tucana", chegou às bancas a edição 676 da revista Carta Capital, que traz como matéria de capa uma entrevista do jornalista sobre o seu livro. A matéria afirma que José Serra e pessoas a ele ligadas, como sua filha, Verônica, o genro, Alexandre Bourgeois, e Gregório Marín Preciado - este, sócio e marido de uma prima do ex-presidenciável tucano - estariam envolvidos em esquemas ilegais relacionados às privatizações.

A estrela do grupo, de acordo com o autor, no entanto, seria o ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, o economista Ricardo Sérgio de Oliveira, tido por Amaury Ribeiro Jr. como o cérebro de uma verdadeira engenharia de contas, doleiros e offshores em paraísos fiscais para recursos que teriam origem nas privatizações tucanas. 

Luz sobre documentos e contas correntes


Em seu livro, Amaury revela, por exemplo, documentos de depósitos de uma empresa de Carlos Jereissati, participante do consórcio que arrematou a Tele Norte Leste, antiga Telemar, na conta de uma companhia de Ricardo Sérgio nas Ilhas Virgens Britânicas. O livro conclui que a transação dizia respeito a propina e teria envolvido R$ 2 milhões "para incrementar o caixa da campanha de Serra". Também informa que o contra-parente de Serra, Preciado, teria movimentado US $ 20 milhões ao longo dos anos.  

Outra personagem que desponta nas páginas de “A Privataria Tucana” é Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, em sociedade com outra Verônica, a filha de Serra, na empresa Decidir.com.

O autor do livro resumiu à Carta Capital a essência do que escreveu: “A apuração demonstrou aquilo que todo mundo sempre soube que Serra fazia. Na verdade, são duas coisas que o PSDB sempre fez: investigação dos adversários e esquemas de contrainformação”.

Segundo o jornalista, as duas formas de agir dos tucanos foram desvendadas no caso da Lunus (que derrubou a candidatura presidencial de Roseana Sarney, então do PFL, em 2002) e o núcleo de inteligência da Anvisa (montado por Serra no Ministério da Saúde). Neste último caso, Marcelo Itagiba (ex-delegado da PF e ex-deputado federal tucano) lideraria o grupo.

"Quebra de sigilo foi armação do PSDB"


Amaury nega à revista ter participado de qualquer operação de quebra de sigilo fiscal de Verônica Serra, durante a campanha presidencial, em 2010. “ Aquilo foi uma armação”, garantiu. “Faz parte do conhecido esquema de contrainformação, uma especialidade do PSDB”, defendeu-se.

Confira neste link a íntegra da entrevista de Carta Capital com o autor do livro "A Privataria Tucana". E não deixe de ler também a entrevista do editor do livro, o jornalista Luiz Fernando Emediato, da Geração Editorial, no sítio Brasil 247, sob o título "Serra sondou editor para barrar livro".

por Zé Dirceu

Judiciário o mais corrupto dos poderes

É por decisões como a de anular a Operação Satiagraha que a afirmação acima é verdade pura. Faz tempo que sei disto e afirmo e reafirmo...


O Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou hoje (7) a Operação Satiagraha da Polícia Federal e seus desdobramentos, atendendo a um habeas corpus do banqueiro Daniel Dantas, do grupo Opportunity.
Os ministros da Quinta Turma entenderam, por maioria de 3 votos a 2, que a operação foi comprometida devido à participação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na operação. O episódio resultou na condenação de Dantas a 10 anos de prisão por corrupção.
O julgamento começou em março, com o voto do relator, Adilson Macabu, pela anulação da Satiagraha. Ele defendeu que “as provas estão maculadas desde o início” pela participação da Abin e foi acompanhado pelo ministro Napoleão Nunes. O julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Gilson Dipp, e voltou a plenário no dia 5 de maio, com voto divergente de Dipp, que entendeu que a operação não deveria ser invalidada.
Mais uma vez, o julgamento foi interrompido por um pedido de vista da ministra Laurita Vaz, que trouxe seu voto hoje e acompanhou Dipp. Coube ao ministro Jorge Mussi dar o voto de desempate. Ele lembrou que a própria Polícia Federal afirmou que Abin atuou "oculta" na operação e lembrou que o Ministério Público Federal deu parecer favorável à concessão do habeas corpus a Daniel Dantas.

Corrupção

[...] Daniel Dantas, grande e feliz corruptor

Ele corrompeu PT e PSDB

Editorial da CartaCapital 

Na festa de Carta-Capital do ano passado, realizada entre o primeiro e o segundo turno da eleição presidencial para celebrar o aniversário da revista e entregar os troféus das Empresas Mais Admiradas no Brasil, na minha fala de boas-vindas aos convidados me atrevi a confrontar os governos Lula e FHC. E me coube constatar a verdade factual: o mensalão, como propina mensal a parlamentares variados, não foi provado. Um murmúrio estrondoso de desaprovação elevou-se da plateia e algumas pessoas deixaram precipitadamente o recinto.
Leitores, telespectadores e ouvintes da mídia nativa acreditam cegamente no mensalão na versão apresentada por editorialistas, colunistas e perdigueiros da informação. Não percebem que o crime cometido no episódio por larga porção do PT é tão grave quanto o seria o mensalão conforme a pretensa denúncia de Roberto Jef-ferson. Não é que este enredo chamusque apenas o partido, ustiona-o no grau mais elevado e deixa uma cicatriz irreversível.
Quem se entrega às fantasias do jornalismo pátrio não se dá conta de outro logro, sem falar de má-fé de muitos, inclusive alguns que se dizem de esquerda: o mensalão é um biombo desdobrado para encobrir a ação, continuada e infelizmente eficaz, do grande corruptor, o banqueiro Daniel Dantas.
Pergunto aos meus céticos botões por que a revista Época decidiu dissertar a respeito do relatório da Polícia Federal sobre o valerioduto e suas consequências. Gargalham sinistramente ao registrar o esforço insano da semanal da Globo para colocar na ribalta o chamado mensalão pretendido por seis anos a fio e para relegar a um brumoso bastidor a figura do banqueiro orelhudo do Opportunity.
Com quanta desfaçatez a mídia nativa manipule o noticiário é do conhecimento até do mundo mineral. A verdade factual é outra (e CartaCapital em vão a apresenta desde 2005) e soletra a seguinte situação: o dinheiro do Opportunity irriga a horta petista por intermédio do valerioduto sem que isto implique pagamentos mensais a parlamentares.
Dantas sempre soube quais as hortas a serem regadas, daí ter começado pela tucana à sombra de FHC, para ser premiado na hora das privatizações. Ao se concluir, o enredo encena um jantar com o presidente e príncipe dos sociólogos em 2002, destinado a traçar os caminhos do futuro. O banqueiro acabava de regressar de Cayman, onde guarda e põe a fermentar as contas secretas de inúmeros graúdos. No dia seguinte, FHC trocou as diretorias dos fundos de pensão, que até então eram entrave poderoso aos negócios dantescos.
O tucanato foi bom parceiro também no plano regional. O ensaio do caso nacional levantado pelas acusações de Jefferson deu-se, como se sabe, em Minas Gerais, quando do governo Azeredo. A bandalheira foi provinciana, contudo opulenta. De todo modo, há jantares e jantares. Significativo aquele de cardápio árabe servido na residência brasiliense do então senador do DEM Heráclito Fortes, em plena crise do mensalão. Confraternizaram no quibe e no charuto de uva Daniel Dantas, grande amigo do anfitrião, e o ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, acompanhado pelos organizadores da tertúlia, os deputados José Eduardo Cardozo e Sigmaringa Seixas.
Mas quem se incomoda com isso? Quem se aventura a ilações aparentemente obrigatórias? E quem abre os olhos diante de uma estranha operação que levou Marcos Valério e, em oportunidades distintas, outras figuras do PT e do PTB, inclusive Delúbio Soares, a Lisboa quando Dantas quis vender a Telemig à Portugal Telecom? E quem se indigna se Gilmar Mendes solta no espaço de 24 horas dois habeas corpus para pôr em liberdade o banqueiro preso por obra da Satiagraha, e logo secundado pelo ministro Nelson Jobim, exige do presidente Lula, “chamado às falas”, o afastamento imediato do delegado Paulo Lacerda- da direção da Abin? Réu por ter colaborado com o delegado Protógenes para suprir a falta de apoio da própria PF entregue ao seu sucessor, Luiz Fernando Corrêa. E quem se surpreendeu ao saber que o atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi à Itália como advogado de Dantas ainda no seu tempo de parlamentar para contribuir à tentativa, fracassada, de provar que quem iniciou a guerra dos grampos foi a Telecom Italia?
Intermináveis perguntas se escancaram em busca de esclarecimentos a respeito de outras tantas situações suspeitas, para usar um adjetivo brando. Mas, se há jantares e jantares, há ministros e ministros. O da Justiça à época da Satiagraha, Tarso Genro, telefonou no dia da primeira prisão de Dantas, logo de manhã para me dizer eufórico: “Viu o que a gente fez, prendemos o Dantas”. Aquela ligação até hoje me deixa boquiaberto. Talvez Genro estivesse a navegar na névoa, como um barco escocês ao largo de Aberdeen, em uma madrugada invernal, e sem apito. Sobra a evidência clamorosa: Dantas conhece a fundo os podres da República, e isso o torna, por ora pelo menos, invulnerável.

Oppportunity

Nota oficial de esclarecimento

A revista Época publicou ontem, 02.03.2011, relatório do Mensalão feito pela Polícia Federal em que Daniel Dantas e o Opportunity são citados. 

Por isso, esclarecemos que: 

1. Daniel Dantas e o Opportunity foram alvos de violenta ofensiva do Estado, com o uso de seu braço armado. Em oito anos de disputa societária, eles foram difamados, e no caso de Dantas e de alguns executivos, até presos. É óbvio, portanto, que somente uma distorção na lógica e nos fatos explica a análise que Dantas colaborou para financiar o governo e obter dele favores ou cessar fogo. 

2. Em 21 de setembro de 2005, Daniel Dantas disse à CPI dos Correios: 

“O que eu tenho dito e estou repetindo é que nós não pagamos ao Marcos Valério. Se tivesse que procurar, se porventura alguém pagou contribuição, era mais natural que tivesse sido os que foram apoiados e não os que foram discriminados. Não me cabe aqui discutir como é que a Comissão deve desenvolver seus trabalhos, mas não há, nem nessas campanhas difamatórias, nem nesses dossiês ou relatórios, registro de uma vírgula de benefícios que alguém do Opportunity ou qualquer outra empresa sob nosso controle, tenha obtido desse governo." 

3. Vale a pena notar a coincidência: sempre surgem “denúncias” envolvendo o Opportunity, à época de julgamentos que vão desmascarar a atuação da Polícia Federal contra o Opportunity. 
Nessa sexta-feira 1, por exemplo, é noticiado que a 3ª Vara Federal Criminal em São Paulo determina o envio dos autos ao Supremo Tribunal Federal (STF) do inquérito que apura a atuação do ex-delegado da PF e hoje deputado Protógenes Queiroz. O STF é a instância que tem atribuições para investigar parlamentares. Para o Ministério Público Federal, “os fatos investigados aplicam-se nos artigos 317,319 e 333, todos do Código Penal” e que se referem a crimes de “corrupção passiva, prevaricação e corrupção ativa”. 

O STF vai decidir se a Operação Satiagraha foi arquitetada e dirigida pela iniciativa privada. 

4. Em relação ao noticiado pela Época, deve-se lembrar que, em maio de 2003, José Dirceu reúne-se com Daniel Dantas e avisa que a interlocução sobre a Brasil Telecom, por parte do governo, passará a ser feita por Cassio Casseb, presidente do Banco do Brasil. Casseb informa a Dantas que a administração da Brasil Telecom deve passar para os fundos de pensão, liderados pela Previ. Ou seja, os executivos indicados pelos fundos Opportunity seriam tirados da gestão da operadora. Não houve, portanto, nenhum sinal de conciliação como quer o texto da Época, em 2003. Ao contrário. Declaração de guerra comercial em que o governo tem partido. 

5. Em outubro de 2003, os fundos de pensão, Previ a frente, destituem o Opportunity do Fundo Nacional. E também por indicação do ministro José Dirceu, Sérgio Rosa, presidente da Previ, se apresenta para negociar com o Citigroup em nome do governo. Rosa quer uma aliança entre Previ e Citigroup, o que implica na destituição do Opportunity do Fundo Internacional. 

6. Em 2004, a Polícia Federal entra em cena na disputa societária da Brasil Telecom com a explosão do “caso Kroll”. Um CD com o caso Kroll é entregue à Polícia Federal, à época sob o comando de Paulo Lacerda e Luís Flávio Zampronha, por agentes da Telecom Italia – operadora de telefonia que conta com o apoio dos fundos de pensão na disputa contra o Opportunity. 

7. Segundo a PF e reportagens, a Kroll teria sido contratada pela Brasil Telecom, operadora à época sob gestão dos fundos Opportunity, para espionar os italianos e o alto escalão do governo Lula: os ex-ministros Luiz Gushiken e Cassio Casseb. 

Hoje, as investigações da Procuradoria de Milão comprovam que italianos pagaram policiais, políticos e consultores no Brasil em sua disputa societária contra o Opportunity. 

8. No Brasil, a ação policial surte efeito e o Citigroup destitui o Opportunity do Fundo Estrangeiro, em março de 2005. 

9. Sete meses depois, em outubro de 2005, por pressão de interesses privados aliados a agenciamento público, a administração da Brasil Telecom e das celulares Telemig e Amazônia foi tirada dos fundos Opportunity, a força, literalmente, na esteira das ações da Polícia Federal.

10. A cronologia demonstra que o Opportunity não poderia ser fonte primária, secundária ou terciária de pagamentos ao governo. 

Seria o primeiro caso de masoquismo empresarial -- pagar para ser perseguido. Aliás, a Época reconhece em seu texto que a PF não conseguiu rastrear quem se beneficia com o pagamento feito pela Brasil Telecom. É também o primeiro caso em que há pagamento sem beneficiários. 

11. O fato é que Carlos Rodenburg, em 2003, à época diretor do Opportunity, teve um encontro com Soares. O tesoureiro manifestou que o PT apresentava um desequilíbrio nas contas da ordem de US$ 50 milhões. Sugeriu que caso o Opportunity ajudasse a resolver o problema, as dificuldades pelas quais passava o gestor de recursos com o governo poderiam ser amenizadas. 

12. O Opportunity era gestor do fundo de investimentos que abrigava recursos do Citigroup. O banco norte-americano foi consultado. A decisão do Citigroup foi a de informar que não tinha como ajudar. 

13. O Opportunity nunca contratou a DNA, não encomendou trabalhos e, nunca fez pagamentos à DNA. 

14. A CPI dos Correios que investigou o mensalão e mapeou os envolvidos, não cita o nome de Daniel Dantas, apesar da pressão de alas petistas para que isso ocorresse. A desculpa usada por quem queria incluir o nome de Dantas na CPI foi a contratação das agências DNA e SM&B pela Brasil Telecom, Telemig e Amazônia celulares -- à época sob a gestão de executivos indicados pelos fundos que reúniam o Citigroup, fundos Opportunity e os fundos de pensão. 

15. A DNA e a SMPB eram as agências de publicidade e propaganda mais famosas de Minas Gerais. Elas atendiam as companhias Telemig e Amazônia Celular. A Telemig se tornou cliente da DNA em 1998 e a Amazônia Celular em 2001. 

16. Por obrigação legal, os pagamentos de propaganda são feitos às agências de publicidade que repassam aos veículos de comunicação e outros fornecedores. 

17. Na Telemig, segundo informações prestadas à CPI do Mensalão, a maioria dos recursos eram repassados as Organizações Globo. Por isso, a apuração desses fatos fica fácil de ser feita pela Época."

Fábula


Esopo entende de raposas e de Dantas


A raposa e o socó.


Convidou a raposa a um socó para jantar em sua companhia; devia-lhe obrigações, dizia, e queria obsequiá-lo. O socó aceitou o convite, e foi-se preparando para fazer honra ao banquete de sua amiga. Essa, porém, fez servir uma espécie de sorda, posta em um prato raso. Devia estar saborosa, pois só o seu perfume despertava o apetite; mas como a sorveria o socó com seu comprido e agudo bico? Multiplicou bicadas, magoou-se todo, e ficou jejuando. Entretanto a raposa foi lambendo, e deu com tudo no bucho. Desejoso de vingar-se, mas ocultando sua intenção, o socó agradeceu a raposa a fineza do convite, e disse que lho queria retribuir, convidando-a para daí a oito dias jantar em sua casa. A raposa, que é voraz, aceitou pressurosa. O vingativo socó apresentou-lhe em um vaso de comprido gargalo uma espécie de carne desfiada. No vaso não podia à raposa introduzir o focinho para alcançar a comida, e o socó de cada bicada arrancava e engolia um comprido naco. Quis enfadar-se a raposa, refletiu, porém, e vendo que era uma justa desforra da sua graça, meteu o caso à bulha, e foi-se em jejum, ainda que não emendada.

MORALIDADE: Não prejudique outros, pois achar-te-ás exposto à vingança. (PHA)

Navalha
Esopo telefonou para este ansioso blogueiro e contou outra fábula.
Era uma vez um diretor do combate ao crime organizado.
Ele sentava em cima da investigação.
Porque a investigação pegava o Daniel Dantas, o PSDB e membros do partido do Governo.
O diretor sentava e fingia que não existia investigação.
Era o que recomendava a prudência – e o chefe dele, o Diretorzão.
Aí, houve uma troca de Governo na floresta.
O Diretorzão queria porque queria que o diretor do combate ao crime organizado o substituísse.
Seria uma garantia de que ficaria tudo protegido por aquele que se acostumou a sentar em cima da investigação.
Mas, troca de Governo na floresta tem os seus sortilégios.
Mesmo que seja para trocar um leão por outro da mesma estirpe.
Aí, o novo manda-chuva, um tal de Zé, inadvertidamente, nomeou outro Diretorzão.
Ignorou o pedido desesperado do antigo Diretorzão.
Ai, o diretor do departamento de combate ao crime organizado convidou o novo Diretorzão para jantar em casa.
Ofereceu uma carne desfiada saborosíssima, mas num vaso de fino gargalo.
O novo Diretorzão tem não conseguia introduzir o focinho para alcançar a comida.
E o que o diretor do combate ao crime organizado fez ?
Convidou o Escosteguy, o notável repórter da Época, para jantar em casa.
O que o novo Diretorzão vai fazer ?
O que o Zé vai fazer ?
Nada.
Também eles entenderão que se trata de justa desforra.
E como diz aquele outro grande autor de fábulas do Rio: o bom cabrito não berra.
E o Dantas e o PT que se lixem !

O Poder Judiciário é uma lástima

Vão dizer que ele é muito rápido na concessão de habeas corpus a Daniel Dantas e na pressa de punir o juiz que o condenou, baseado em provas apresentadas pelo delegado de Polícia Federal que, por isso, todo o dia é punido ou ameaçado de punição. Basta ver a tibieza com que agiu com relação a políticos de ficha suja. Ao invés de impugnar suas candidaturas, permitiu fossem candidatos, fizessem campanha na televisão, nos jornais e nas ruas, e somente depois do pleito, cassou seu mandato. Aliás, cassou o mandato de 11 milhões de eleitores porque não agiu a tempo, como devia.

O prejuízo é nossoAgora, um promotor de Justiça de S. Paulo, doido por aparecer nos jornais e por copiar, em seus livros, trabalhos alheios, tenta tomar o mandato de deputado que 1,3 milhão de paulistas concederam a Tiririca. Se tinha motivos para impugnar sua candidatura, por que não agiu antes de o candidato ser consagrado pelas urnas?

Há a suspeita de que ele se encontra a serviço de Daniel Dantas, o megaguabiru das privatizações que sonha com a anulação dos votos, dados ao artista cearense, para evitar que o delegado de Polícia Federal que provou seus crimes assuma o mandato de deputado federal. Aí, neste caso, para beneficiar Daniel Dantas pode ser que a Justiça brasileira ande rápido, perca suas madrugadas.
Lustosa da Costa
P4R4 M3 AJ6D4R B4ST4 CL1K4R N6M AN6NC10 Q63 T3 4GR4D4R OBG

O Escândalo Daniel Dantas - duas investigações


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Recomendo a todos vocês, leitoras e leitores deste blog, a leitura do magnífico trabalho do jornalista editor-chefe da Revista Retrato do Brasil, Raimundo Pereira, "O Escândalo Daniel Dantas - duas investigações". Em poucas palavras, um exemplo de reportagem jornalística daquelas que raramente encontramos hoje em dia.


Desfechada pela Polícia Federal, a Operação Satiagraha que investigava o desvio de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro resultou na prisão de vários banqueiros, diretores de banco e investidores. Dentre eles, o dono do Banco Opportunity, preso em 2008.



A partir deste livro do editor chefe da revista Retrato do Brasil, vocês poderão compreender os bastidores e o que esteve em jogo durante as idas e voltas da Operação Satiagraha e daquele que se tornou um dos mais famosos escândalos financeiros do país.



Uma investigação séria sobre nossa política, economia, jornalismo e sobre o trabalho da justiça e da polícia, para o qual Raimundo gravou mais de 15 horas de entrevistas com Daniel Dantas, debruçou-se sobre 10 mil páginas de documentos e conversou com vários dos envolvidos no caso. Não deixem de ler.

Serra 1001 caras

Mil e uma caras e bolsos para encher com os dinheiro das privatarias patrocinadas pelo Serra
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STF - Ficha Limpa

O Supremo recusou-se a dizer que a Lei da Ficha Limpa para candidatos é constitucional ou não. 
Quem vai dizer isto?...
O bispo?...
Para que serve o Supremo mesmo?...
Para libertar Daniel Dantas?...
Para que mais?...
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Serra-Gilmar pode melar a eleição(?)

A espantosa revelação da Rolha de São Paulo que José Vale Tudo Serra ligou para Gilmar Merd@balheira Dantas, antes deste pedir vistas do processo que decidia se seriam necessários dois documentos para votar, quando o placar estava de 7 a 0 para a obrigatoriedade de apenas um documento, nos permite pensar:
É o Golpe !

O Golpe consistiria em:

- confundir o eleitor;

- confundir os mesários;

- confundir os juizes; 

- provocar milhões de pedidos de impugnação;

- melar a eleição

Já que Serra não conseguirá ganhar a eleição, melhor não realizá-la.

É um raciocínio do nosso Putin, convertid0 à extrema direita, na companhia do DEMO e de seu Juiz, Gilmar Dantas (*).

É uma interpretação irremediável.

Antes, esse 
Conversa Afiada achou que José Serra queria ganhar com 6 votos: os 6 votos do Tribunal Superior Eleitoral.

Agora, ele atingiu a perfeição: ganhar a eleição com 1 voto.

Reunir Serra e Gilmar na mesma eleição só podia dar nisso.


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Gilmar Dantas na ação entre amigos


Serra e Gilmar poderiam alegar que nada falaram sobre a votação. Gilmar  Mendes, o Ministro que conspurcou o Supremo com acusações sem prova no 
caso do grampo, que quase criou uma crise institucional com a fala  denúncia de grampo no Supremo, afirmou peremptoriamente que não  conversaram.

O Supremo tem que mostrar dignidade, agora. Autorizar um inquérito  policial onde sejam periciados os telefones de Serra e de Gilmar "meu  presidente". E, confirmada a ligação, demita um Ministro que não soube  honrar a toga.

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Gilmar Merd@balheira Dantas volta a desmoralizar o STF



Navalha

A eleição é daqui há quatro dias.
O placar está 7 a 0, ou seja, o Supremo Tribunal Federal considera que não é necessário levar nenhum documento além do título de eleitor.
Gilmar Dantas pede vistas e pode impedir que haja uma decisão até a hora de votar.
É óbvio que quanto mais obstáculos se criarem ao exercício do voto, pior para a Dilma, que se beneficia de uma votação maciça de eleitores com nível insuficiente de instrução. 
A ideia de levar dois documentos foi um tiro no pé, porque pode turvar a livre expressão do eleitor.
O Supremo acaba de se submeter a um papel lamentável que foi eximir-se de decidir sobre a Ficha Limpa.
Agora, desqualifica-se, de novo, o que permitiu uma peripécia eleitoreira de um de seus Ministros.
A decisão de Gilmar Dantas pode ser interpretada como uma penúltima tentativa de levar a eleição para o segundo turno.
A passagem de Gilmar Dantas pelo Supremo será sempre lembrada pelos dois HCs “Canguru” que em 48 horas tirou o passador de bola apanhado no ato de passar bola, Daniel Dantas, do PF Hilton.
Hoje Gilmar Dantas se superou.
Viva o Brasil !
Ou melhor: viva Honduras !



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