O mundo contra o “terrorismo de Estado”

O ataque israelense, am águas internacionais, ao navio de uma ONG humanitária turca com mantimentos para Gaza deixou pelo menos 10 ativistas mortos, gerou repúdio mundial ao Estado judeu e mudanças no Oriente Médio. 


A Turquia, maior parceira comercial de Israel, classificou de “pirataria” e “terrorismo de Estado” a ação, condenada pelos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, incluindo o Brasil. 


Israel justificou a invasão como forma de impedir “terroristas” de se infiltrarem na região controlada pelo Hamas. 

Dilma dispara no Rio

Apoio de Cabral e Garotinho fez a diferença

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rouseff, lidera a última 
pesquisa do Ibope entre eleitores do Rio com 44% das intenções de voto, 17 pontos à frente do tucano José Serra. Marina Silva (PV) surge com 10% das intenções. 


Segundo analistas, o apoio do governador Sérgio Cabral e do ex-governador Anthony Garotinho alavancou a candidatura de Dilma no estado.

Kátia Abreu vai à fila dos que não querem ser vice de Serra

 Fábio Pozzebom/ABrNão se sabe, por ora, quem será o vice de José Serra. Cresce, porém, a lista dos que não desejam ser.

Na fila dos não-vices estão dois grão-duques do tucanato: Aécio Neves e Tasso Jereissati. Antes deles, já havia tomado posição o líder ‘demo’ Agripino Maia.

Na madrugada desta terça (1º), Kátia Abreu (DEM-TO), senadora e presidente da Confederação Nacional da Agricultura, avisou no twitter:

“A imprensa menciona meu nome pra vice do Serra. Não tenho intenção. Estou muito bem na CNA. Meu projeto só começou. Voto no Serra”.

Mantido esse ritmo, a coisa ainda vai bater, por exclusão, no porteiro do PSDB.

Ciro e Dilma se aproximam

Interlocutores de Ciro e Dilma têm conversado nas últimas semanas com o objetivo de articular um acordo. 
Um encontro chegou a ser agendado mas foi desmarcado a pedido de Ciro, que precisou se ausentar de Brasília.
Foto: AEAmpliar
Ciro e Dilma juntos, em abril deste ano
Os dois podem se encontrar na sexta-feira, em Fortaleza. Dilma foi convidada pela senadora Patrícia Saboya (PSB-CE) para o casamento de Lívia, filha de Ciro e da senadora. 
Dilma, no entanto, ainda não confirmou presença no casamento que terá como padrinhos o governador do Ceará (e tio da noiva), Cid Gomes (PSB), e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), aliado histórico de Ciro.
O deputado foi procurado em seu gabinete em Brasília, mas até 19h não respondeu às ligações. O presidente do PSB de São Paulo, deputado Márcio França, acredita em um entendimento, mas disse que a iniciativa tem que partir de Dilma. “É como em uma partida de tênis. Quem ganha pede desculpas e quem perde diz obrigado”, disse França.
Segundo fontes na campanha de Dilma, a candidata deve telefonar para Ciro quando tiver segurança de que o deputado aceitará o convite para um encontro.

L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

O Ódio de Classe




O maior e mais grave problema do país

Não é a inflação e nem a carga tributária. Muito menos os custos financeiros, ou a educação insuficiente, ou mesmo a infraestrutura deficiente. Nosso mais sério problema é a dívida interna e os juros altos. É essa taxa Selic elevada que a remunera. Só para se ter uma idéia da gravidade da questão, nos últimos doze meses pagamos R$ 179 bi de juros da dívida pública, o correspondente a 5,42% do PIB.

Para efeito de comparação, e para se ter uma idéia do que isso significa, lembro que o governo federal não consegue investir mais do que o equivalente a 1,5% do PIB. Precisamos ter muito nítida a consciência de que cada 1% a mais na Selic representa um aumento de quase R$ 20 bi a mais de pagamento do serviço da dívida interna. Coisa estratosférica!

Como o Banco Central (BC), seguindo o mercado, pretende elevar a taxa em 3% durante o ano - já a elevou em 1,5% de janeiro até agora - dá para se ter uma ideia do volume de recursos desviados dos investimentos e gastos sociais para os rentistas, para aqueles que detém os títulos públicos, para a especulação que aumenta a cada dia.

Inflação e Selic em alta, repito, constituem uma mistura explosiva para a dívida pública.

L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

Diálogo na América do Sul deve servir de exemplo diplomático

Claudio Lembo

Os países desta América do Sul sempre foram desconsiderados no jogo político internacional. Alinhavam-se automaticamente a países centrais e abandonavam suas posições e interesses.
O fenômeno refletia a presença dominante de descendentes de europeus nos espaços privilegiados da administração pública. Entre os países hispanofalantes, os descendentes de espanhóis e os “criollos” eram dominantes.
Toda a política girava em torno de suas pessoas e, por elas, era dirigida. As nações indígenas eram marginalizadas e, quando possível, exterminadas. Ficavam submersas em zonas miseráveis e exploradas sem limites.
Por toda a América do Sul, as lutas populares foram intensas e dominadas por meio da força. Quando necessário, governos lançavam-se em guerras contra Estados vizinhos, na busca de um derivativo.
Com os conflitos exteriores, o nacionalismo tornava-se uma força incontrolável, mas frágil em termos de busca de soluções para as questões efetivas que atormentavam as populações.
Este mesmo nacionalismo frágil incentivou, muitas vezes, ódio contra o vizinho, mesmo que este se preserva em absoluta passividade. Ódios artificiais foram criados.
Argentinos e chilenos se enfrentaram. Peruanos e chilenos terçaram armas. Bolivianos e paraguaios combateram. Paraguaios e brasileiros lutaram. São algumas recordações melancólicas do passado desta América do Sul.
Alguns destes conflitos foram incentivados por poderosos interesses econômicos de empresas mineradoras ou transportadoras de produtos primários.
Outras vezes, os governos dos países desenvolvidos agiam mediante boicotes e violação de trados internacionais. Sempre mediante o uso da força ou da ameaça de seu uso contra os povos sul americanos.
As chancelarias europeias e muitos governantes do hemisfério norte procuravam na busca de efetiva dominação, lançar países contra países, tornando a América do Sul área de instabilidade.
Com a instabilidade surgia a insegurança e com esta a ausência de investimentos duradouros. Tudo era extrativismo de produtos primários com a utilização dos povos locais até a inanição.
Ditaduras perversas subjugavam as sociedades e vedavam qualquer espaço de participação as cadeias se encontravam repletas de adversários dos regimes ditatoriais.
Estes, por seu turno, obedeciam fielmente às diretrizes dos que contavam com interesses econômicos a serem protegidos contra os riscos da nacionalização das riquezas.
Surgiram os movimentos de democratização. Tardios, é verdade. Somente no passado Século XX, após regimes de extrema violência contra os direitos humanos, a situação começou a se alterar.
Com a queda das ditaduras, os povos sul americanos puderam dialogar sem preconceitos ou tolas concepções guerreiras ao estilo europeu. Os estrategistas já não examinavam cenários de futuros combates.
Os exércitos deixaram de se municiar prevendo futuros embates militares. Tratados comerciais substituíram acordos bélicos. As armas atômicas foram abandonadas, em acordo que honra a argentinos e brasileiros.
Pequenas rusgas comerciais são resolvidas em mesa de negociação, apesar de aparências enganadoras de profundo conflito. Os governantes da América do Sul apreenderam, com seus povos, a dialogar.
Este ambiente pode servir de exemplo para outras regiões. Os povos devem utilizar a diplomacia para afastar polêmicas profundas ou conflitos desnecessários.
A indústria da guerra é nefasta. A utilização da confrontação bélica, entre povos com os mesmos problemas e as mesmas origens, é no mínimo doentia.
Os países sul americanos devem continuar a operar reuniões continuas de seus lideres em organismos criados, neste espaço geográfico, com este objetivo. Nada de agressões verbais.
Estas não levam a nada. Só causaram transtornos no passado. Serviram àqueles que desejam dominar a América do Sul. Seu progresso, no entanto, exige união e ausência de quaisquer agressões.
Nosso sangue é comum.