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O maior escândalo da República não dá manchete nos jornais




Orçamento federal para 2015 define R$ 266 bilhões para pagamento de juros aos rentistas;
É quase a soma total dos gastos com saúde (R$ 109 bi), educação (R$ 101 bi) obras do PAC e do Minha Casa (R$ 65 bi);
Equivale ainda a oito vezes o valor destinado aos programas sociais (R$ 33 bi)
Por que será que a oposição midiasmática não denuncia esse escândalo, conivência, conveniência ou porque são beneficiados, são eles que receberão essa fortuna?



Zé Dirceu: Banco Central e COPOM optaram pela recessão

Com o aumento da taxa de juros Selic de 11,25% para 11,75% não há mais nenhuma dúvida: o Banco Central (BC) e seu Comitê de Política Monetária (COPOM) optaram pela recessão como caminho equivocado de trazer a inflação para o centro da meta (4,5%). Equivocado é pouco, equivocadíssimo, registre-se, porque a recessão em si não resolve os problemas da economia e da inflação de 6,5%.

Mesmo com essa alta dos juros e ante essa opção adotada agora pelo BC-COPOM, as causas da inflação continuam a existir: os preços, pressão dos preços dos alimentos e da demanda de serviços, além do fato de que a oferta não será aumentada na recessão. O COPOM mantém dois dias de encontro – 3ª feira e ontem – e sai da reunião como entrou. Não saiu nada, não há de incentivo a produção, ou de política para mais concorrência nos vários setores da indústria de alimentos.

O aumento dos juros, como sabemos não tem funcionado nos últimos meses como redutor da inflação. Só aumenta o serviço da dívida e encarece o custo do financiamento para o consumidor e o investidor. Além disso, diminui ainda mais a demanda e os investimentos, derruba a arrecadação e agrava o déficit público.




A maior elevação dos últimos três anos

E o que traz em troca ao país? Mais concentração de renda – como nunca, aliás – nas mãos dos rentistas e dos bancos. Para terminar o circo dos horrores do aumento dos juros teremos o real mais valorizado e as contas externas piores. Enquanto isso nada de reforma tributária ou política, nada com relação aos custos reais da economia, começando pelo financeiro e o tributário.

A alta da taxa de juros para 11.75% é a maior dos últimos três anos. A taxa é a maior desde outubro de 2011, quando estava em 12%. No dia 20 daquele mês, o COPOM reduziu a taxa para 11,5% ao ano. A justificativa para a elevação é, de novo, que se está diante de um cenário de inflação resistente.

No comunicado em que informa a decisão, o COPOM diz que, “considerando os efeitos cumulativos e defasados da política monetária, entre outros fatores, o Comitê avalia que o esforço adicional de política monetária tende a ser implementado com parcimônia”.


Os graves riscos desse aumento da selic

Ao aumentar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,25% (de 11% para 11,25% agora) e criar a expectativa aplaudida pelo mercado de uma nova alta em dezembro, o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) inicia um processo de ajuste que espera ser acompanhado pelo poder Executivo com corte de gastos. Isso levará, tudo indica, a um agravamento do baixo crescimento. E provavelmente à recessão com todas as conseqüências que o Brasil e o mundo conhecem.




Fora o aumento do custo da dívida pública, com suas consequências nas contas públicas e no câmbio. Além de mais ganhos para o capital financeiro externo e mais valorização do real…ou seja, tudo o que o país não precisa. E nem é só isso, traz mais, traz também queda da arrecadação e aumento do serviço da divida.

Nossa autoridade monetária impõe, assim, um torniquete que impede o crescimento e leva sempre a queda do emprego e da renda. Tudo feito na expectativa de que o mercado reaja positivamente com mais investimentos diante dos custos do salário mais baixos e que aumente as exportações…A conferir.

A alternativa continua a ser fazer a reforma tributária e sustentar a atual política de distribuição de renda e ampliação do mercado interno, aumentando as exportações regionais e abrindo novos mercados com uma nova política de comércio exterior. Uma nova ofensiva comercial que funcione apoiada numa política tributaria favorável as exportações, na modernização da logística e no financiamento via criação de um indispensável Eximbank. E que se mantenha, ao lado disso, os investimentos públicos, as concessões, e o ritmo atual dos investimentos do pré-sal.

do blog do

Economia - Saia do SPC e Serasa

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A imagem econômica de Aécio Neves e sua turma

O problema de quem embarca nessa canoa furada é que afunda o futuro das crianças do Brasil



Blablarina mente sobre o BNDES

O BNDES é um dos principais instrumentos que o governo brasileiro dispõe para implementar sua política econômica. É o governo em exercício que escolhe as áreas prioritárias e as linhas de atuação do banco, que as executa por meio de um rigor técnico garantido por seu capacitado corpo funcional.

Para ficarmos em apenas dois exemplos: no governo Fernando Henrique Cardoso, o BNDES teve um papel fundamental nas privatizações e no governo Lula, respondendo à forte crise iniciada em 2008, expandiu o crédito à indústria e à infraestrutura.

É, portanto, absolutamente legítimo que o papel do BNDES seja debatido na campanha eleitoral. O próximo presidente terá a responsabilidade de manter ou modificar as prioridades do banco nos próximos anos, decisão que poderá afetar todo o financiamento ao setor produtivo brasileiro.

Mas esse necessário debate eleitoral seria mais proveitoso para o país se fosse lastreado por um correto diagnóstico por parte dos candidatos. Como corrigir rumos se não conseguimos entender a atual direção? Esse parece ser o caso da candidata do PSB à Presidência, Marina Silva. Senão, vejamos.




Nesta quinta-feira (25), em entrevista ao programa “Bom Dia Brasil”, da TV Globo, a candidata disse que “o que enfraquece os bancos é pegar o dinheiro do BNDES e dar para meia dúzia de empresários falidos, uma parte deles, alguns deles que deram, enfim, um sumiço em bilhões de reais do nosso dinheiro”. O número de imprecisões só dessa frase é impressionante.

Em primeiro lugar, o BNDES não “dá” dinheiro a ninguém, ele empresta. Isso significa que o banco recebe de volta, corrigidos por juros, os seus financiamentos. Sua taxa de inadimplência é de 0,07% sobre o total da carteira de crédito, segundo o último balanço, sendo a mais baixa de todo o sistema bancário no Brasil, público e privado.

Isso nos leva a outra imprecisão da fala da candidata. A qual “sumiço” de recursos ela se refere se o BNDES recebe o dinheiro de volta e obtém lucros expressivos de suas operações? O lucro do primeiro semestre, de R$ 5,47 bilhões, foi o maior da história do banco.

Em relação aos empresários “falidos”, talvez a candidata, em um esforço de transformar em regra a exceção, esteja se referindo ao caso Eike Batista. Se isso for verdade, temos mais uma imprecisão: seja por causa de um eficiente sistema de garantias das operações, seja porque grupos sólidos assumiram algumas empresas, o BNDES não sofreu perdas frente aos problemas enfrentados pelo empresariado.

Por fim, nada mais falso do que dizer que o BNDES empresta para “meia dúzia”. No ano passado, o banco fez mais de 1 milhão de operações, sendo que 97% delas para micro, pequenas e médias empresas.

Embora o BNDES não tenha a capilaridade dos bancos de varejo, a instituição aumentou seus desembolsos para as pequenas empresas de cerca de 20% do total liberado na primeira década de 2000 para mais de 30% no ano passado. Se retirássemos as típicas áreas onde os pequenos não atuam (setor público, infraestrutura e comércio exterior), os financiamentos para os menores representariam 50% dos desembolsos do banco.

Das cem maiores empresas que atuam no Brasil, 93 mantém relação bancária com o BNDES. Entre as 500 maiores, 480 são seus clientes. Como sustentar que o BNDES escolhe “meia dúzia” se o banco apoia quase todas as empresas brasileiras dos mais variados setores de nossa economia?

A candidata Marina lembrou recentemente que uma mentira repetida diversas vezes não a transforma em verdade. Isso também vale para o papel que o BNDES vem desempenhando nos últimos anos.

FÁBIO KERCHE, 43, doutor em ciência política e pesquisador da Fundação Casa de Rui Barbosa, é assessor da Presidência do BNDES. Foi secretário-adjunto e secretário de Imprensa da Presidência da República (governo Lula)

Marina lança o PAJU

Avenida Paulista - Preocupada em melhorar o ambiente de negociatas no país, Marina Silva anunciou o PAJU - Programa de Aceleração dos Juros -.




"Quando apossada vou focar no amplo aceleramento do juros bancários. O nome do programático será: PAJU - Programa de Aceleração dos Juros -. Será o PAJU 45% Mais ou menos Praga, adiantou, enquanto obedecia mais uma ordem da Neca de Piribitiba

Em seguida, a candidata anunciou a criação de um novo banco.

"Meus filhos e minhas filhas, amigos e amigas Redáticas: num provável mandato, criaremos o Bafanabras. Um banco 100% mais independente que o nosso BC, que vai gerir todos os contratos e juros bancários, do Itaú, Bradesco e Cia. Para fiscalizar o aleijo, entregarei a presidência dessa anomalia ao mega especulador George Soros disse, arrumando o xale.

Um anteprojeto da REDE, considerado abestado pelo mercado, sugeriu que Marina deveria partir logo para o PAJU 100%.

"Os banqueiros, agiotas e rentistas brasileiros e estrangeiros precisam henriquecer ainda mais, é hora de ousar, basta de mixaria", alegou Roberto Setubal Tem, num aroubo.

"Até o salário mínimo deve pagar juro real maior do que agora", Carlos Trabuco - presidente do Bradesco -.

"A gente só negocia se o Santander conseguir ainda mais juros", arrematou Jezús Albaza - presidente do Santander Brasil.

Pressionada, Marina cedeu aos banqueiros, agiotas, rentistas e cia.

"Anuncio que entregaremos o pré-sal e a Petrobras as petroleiras estrangeiras. E que elas poderão aumentar os preços dos combustíveis o quanto que quiserem", disse, em nota.




Conversa Afiada: os idiotas do tripé

A metrópole passou a preferir emprego a arrochar e esqueceu de avisar aos idiotas que continuam com o mesmo blablablá.

Nelson Rodrigues se referia aos "idiotas da subjetividade". Aqui vamos tratar dos "idiotas do tripé".

Essas viúvas e viúvos do Farol da Alexandria, na verdade, nada mais são do que militantes do Consenso de Washington, escrito por John Williamson para dar coerência e teoria ao neolibelismo que “resolveu” a crise da divida com a submissão da economia dos endividados aos bancos credores.

O think tank de Williamson – Institute for International Economics – era uma usina de ideias aos bancos, que as vendiam ao FMI e ao Banco Mundial como o Evangelho da Privataria.

Deu no que deu.

Uma das características dos idiotas da objetividade, ou, no caso, do tripé, é que, como infatigáveis provincianos, copiam as ideias da Metrópole e não percebem quando a Metrópole muda de ideia.

O tripé consiste, em poucas palavras, em arrochar – Orçamento e Salários -, cortar programas sociais e ministérios – como o Desenvolvimento Agrario e do Combate à Fome -, aumentar os juros (viva a Neca Setúbal ! Viva o NauFraga, outro banqueiro !) – e dane-se o emprego !

Esse é o tripe, ou o Quadrilatero, como queiram.

É, em suma, o Consenso de Washington que os candidatos da Oposição, Bláblárina, a do jatinho sem dono, e o Arrocho, do aeroporto do Titio, repetem como crianças recitam o Catecismo no Dia da Comunhão.

Como disse o Oráculo de Delfos, em notável entrevista em “Mais Lula e mais política”, o que está em jogo nessa eleição é Arrocho vs não-Arrocho.

Os idiotas do tripé jogam no time do Arrocho e a Dilma, no não-Arrocho, óbvio.

Só ela criou mais empregos que o Farol de Alexandria em toda a sua carreira bem-sucedida de Presidente da República, do Cebrap e do iFHC !

E o que diz a Metrópole ?

A Metrópole, finalmente, começa a jogar no lixo seus tripés, nem se lembra de quem é Willamson e com medo das teses do Piketty : ou emprega e distribui renda ou a casa cai – mudou o jogo.

E não avisou aos idiotas do tripé.

Porque têm mais o que fazer do que mandar recado ao NauFraga, ao André que leva os cavalos de avião para a Inglaterra, ou à Urubóloga, a melhor pensadora do neolibelismo nativo.

Diz o New York Times:

http://www.nytimes.com/2014/08/25/business/central-bankers-new-gospel-spur-jobs-wages-and-inflation.html?mabReward=RI%3A8&action=click&pgtype=Homepage®ion=CColumn&module=Recommendation&src=rechp&WT.nav=RecEngine

Em resumo, para facilitar a leitura dos idiotas do tripé:

- Janet Yellen, presidente do Banco Central americano diz que prefere manter juros baixos para animar o emprego;

Alias, a política de estímulos do Obama e do FED, embora ainda não crie empregos, fez com que o PIB crescesse, no segundo trimestre, a mais de 4% ao ano – http://www.theguardian.com/business/2014/jul/30/us-economy-beats-forecasts-gdp-growth-second-quarter

- Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, que , por muto tempo, foi um “roda-presa”: os governos europeus devem fazer o mesmo: estimular, porque os riscos de fazer pouco (para criar emprego) são maiores do que fazer demais.

- Harushiko Kuroda, presidente do Banco Central do Japão: é melhor aumentar a inflação para dar emprego.

- Dennis P. Lockhardt, presidente do Banco Central de Atlanta: prefiro errar e criar mais emprego do que ter que ter de recuar.

E aqui, esse blábláblá de tripé.

É tão atualizado, moderninho, como a mamãe recomendar à filhinha usar a pílula.

Note-se que, nessa reportagem do New York Times, não ha referência ao FMI, hoje, muito mais preocupado com as investigações de corrupção de sua diretora-gerente, Christine Lagarde, indiciada na França – http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2014/08/27/internas_economia,562912/fmi-nao-comenta-indiciamento-de-sua-diretora-pela-justica-francesa.shtml

E, aqui, na Província mais medíocre, o FMI ainda é levado a sério.

Como o seu Apólogo, o Farol de Alexandria…

Ah, esses Idiotas da Objetividade !

Paulo Henrique Amorim



Duas economias, por Delfim Netto

Em um dos lados, a bem vinda política social. Do outro lado, uma miopia em relação a valorização do câmbio

Há algum tempo é visível uma clara diferença de comportamento de “duas economias” no Brasil, separadas, de um lado, pela bem-vinda política social inclusiva ajudada por um “bônus” externo transitório, e, de outro, pela míope política econômica que insiste em ignorar os efeitos deletérios no longo prazo da valorização da taxa de câmbio.

Dois argutos economistas do Departamento de Estudos e Pesquisas do Banco Central, Sérgio Afonso Lago Alves e Arnildo da Silva Correa, publicaram um competente trabalho: “Um conto em Três Hiatos: Desemprego, Utilização da Capacidade Instalada na Indústria e Produto”, com conclusões potencialmente muito importantes para a política monetária.

Nele examinaram a relação entre o nível de desemprego, a utilização da capacidade da indústria (ambos sujeitos a erros estatísticos sérios) e a taxa de inflação, com uma versão interessante da chamada curva de Phillips. A inovação fundamental é que separaram as dinâmicas dos setores de bens comercializáveis da dos não comercializáveis (as duas economias), construindo duas curvas de Phillips. Ressaltaram, assim, os papéis do mercado de trabalho e da capacidade instalada na indústria, para explicar a nossa taxa de inflação.

Os resultados do estudo sugerem que:
1. O mercado de trabalho tem impactos relevantes sobre a taxa de inflação, ou seja, o hiato de desemprego é a variável de demanda importante para explicar a taxa de inflação dos bens não comercializáveis, enquanto...
2. O hiato de utilização da capacidade é a variável que melhor explica a inflação dos bens comercializáveis.
Tais conclusões talvez diminuam as incertezas que existem a respeito da dimensão do efeito do hiato de produto sobre a taxa de inflação da parte de alguns economistas (eu, inclusive), e do próprio Banco Central, pelo que se vê nos Relatórios de Inflação. A separação proposta ajuda a explicar por que “enquanto o setor industrial apresenta fraco desempenho e dificuldades de reagir, o mercado de trabalho encontra-se aquecido, gerando pressões sobre o hiato do produto”.

Mesmo reconhecendo as inovadoras possibilidades abertas pelo artigo é prematuro esquecer as velhas dificuldades. Elas estão resumidas num não menos competente trabalho de três economistas do IPEA (Mario Mendonça, Adolfo Sachsida e Luis Medrano), “Inflação Versus Desemprego: Novas Evidências para o Brasil” (in Economia Aplicada 16(3)2012:475-500), onde procuraram estimar uma Curva de Phillips Novo-Keynesiana para o conjunto da economia. Trata-se de estudo cuidadoso que utiliza dados mensais de janeiro de 2002 a março de 2012. A curva construída inclui como variável dependente a taxa de inflação do ano e como variáveis “explicativas” a inflação do ano anterior, a expectativa de inflação para o ano seguinte, uma variável que representa o “custo marginal” (de fato, a taxa de desemprego) e outra que representa um choque de oferta (de fato, a taxa de câmbio).

Suas principais conclusões são de que:
1. Um único resultado permaneceu robusto nos diversos experimentos. A expectativa de inflação e a inflação passada têm relevância na dinâmica do processo inflacionário. O papel das expectativas parece aumentar no período mais recente.
2. Com relação ao desemprego, seu impacto de curto prazo sobre a inflação depende do conjunto de variáveis representativas (próxies) adotadas. Na maior parte dos casos essa relação foi negativa, como era esperado. Já no longo prazo esse efeito torna-se difícil de ser captado, dando a impressão de ser nulo ou pouco relevante na formação do processo inflacionário. De qualquer forma e em qualquer dos casos, o efeito real da taxa de desemprego sobre a inflação foi próximo de zero.

É por isso que, quando a autoridade monetária sugere cautela antes de apressar-se a aumentar a taxa de juro real, mas demonstra disposição de fazê-lo se necessário, ela está mais afinada com o mundo real do que seus críticos.


Saul Leblon

A "turma dos anos 90" e a pigarra da história

A convenção do PSDB  que oficializou  Aécio Neves como candidato  tucano, no último sábado, foi tão marcante que o  principal destaque ficou por conta do que não houve.
 
O partido adiou, mais uma vez,  o anúncio do  vice em sua chapa.
 
A 19 dias de esgotar o prazo para o registro das candidaturas, o problema de Aécio é saber quem desagrega menos.
 
Não é uma escolha  fácil.
 
O repertório vai  de um impoluto Paulinho ‘Boca’, da Força Sindical,  ao demo Agripino Maia, ou talvez o híbrido de  pavão e tucano, Tasso Jereissati , ambos, como se sabe, referências  de enorme apelo popular. Correndo  por fora, a opção puro sangue,  Aécio – Serra, reúne afinidades  equivalentes  à convergência entre o  fósforo e a pólvora.
 
O dilema não é novo no PSDB. O  ex-governador  José Serra viveu problema semelhante em 2010.
 
A indecisão quanto ao nome que o acompanharia na derrota para Dilma  começou justamente quando  Aécio tirou o corpo fora, recusando a vaga que hoje oferece ao rival.
 
Sem opções que agregassem voto, tempo de TV ou base no Congresso (caso, pelo menos, do marmóreo vice de Dilma, o peemedebista Michel Temer), Serra postergou a decisão até o limite final, para então protagonizar  o abraço de afogado com um jovem demo.
 
Tal qual emergiu, Índio da Costa (DEM-RJ) submergiria  para a eternidade do anonimato após a derrota.
 
A dificuldade com o vice é sintomática da representatividade dos aliados.
 
Mas não é o principal obstáculo  para ampliar o teto da candidatura conservadora.
 
Passada a fase alegre da postulação interna contra rivais destroçados,  Aécio  terá que dizer ao país a que veio.
 
Seu maior desafio  reside naquilo que fez  a convenção de sábado  parecer uma daquelas tertúlias típicas de  aposentados   gabolas.
 
O celofane da mocidade mineira talvez seja insuficiente para conter o cheiro de naftalina que irradia das imagens  sempre que a ‘turma dos anos 90’, integrada por Serra, FHC, Pimenta da Veiga, Agripino e assemelhados  se junta para renovar o formol do velho projeto.
 
Por mais que a palavra mudança seja evocada por entre cenhos franzidos, comissuras enérgicas e punhos  erguidos, não cola.
 
Não há pastilha Valda que conserte a pigarra da história.
 
A  esperança em um futuro crível  para a economia e a sociedade  é incompatível com a regressão  apregoada pelos defensores de um modelo  que, a rigor,  não dispõe mais de força nem de consentimento para se repetir.
 
Para entender o porquê  é preciso enxergar os ingredientes que fizeram o fastígio da hegemonia neoliberal no final do século XX.
 
A saber.
 
Três décadas de arrocho sobre o rendimento do trabalho nas principais economias ricas, facilitado pela ascensão industrial chinesa; um contrapeso de crédito farto ao consumo  –e em muitos casos, irresponsável, como se viu na gota d’água das subprimes e, finalmente, por sobre o conjunto, uma untuosa camada de mimos tributários que rechearam os cofres dos endinheirados , contribuindo para a superliquidez  que caracterizou a praça mundial  durante décadas.
 
Foi sobre essa base de Estado mínimo com desonerações para os ricos, renda e trabalho esfacelados, que se deu o auge e o colapso do modelo. Um movimento inscrito dentro do outro, como em uma sinfonia.
 
O arranjo  só não desafinou  antes, repita-se, graças à válvula de escape de endividamento maciço de Estados e famílias, propiciado pela desregulação  que liberou a banca de controles e permitiu a lambança do crédito lastreado em derivativos tóxicos.
 
Era tanto dinheiro que permitia viver hoje como se não houvesse amanhã.
 
Em vez de salários e direitos, créditos sobre créditos para famílias quebradas.
 
Em vez de arrecadar  mais dos ricos, tomar  emprestado deles  na  forma de endividamento público, para suprir a anemia fiscal de Estados obrigados a dar conta de  serviços não lucrativos, por isso não privatizados.
 
O endividamento público lubrificado, no caso brasileiro,  por um juro real superior a 10% ao ano durante o ciclo do PSDB (hoje é de 5%), supria os cofres dos governos  e alegrava o rentismo.
 
 A tentativa atual de 'limpar’  a implosão do modelo removendo apenas seus ‘excessos  na ponta do crédito  resulta no filme de terror  em cartaz na Europa.
 
Preservar  para cima, com arrocho para baixo, associando à seca do crédito cortes sobre direitos e salários, ademais da retração do emprego, significa  uma carnificina econômica e social.
 
No caso brasileiro há  o inconveniente adicional de que  –nos marcos do regime democrático--   essa operação  talvez não seja mais viável depois de 12 anos de governos do PT.
 
A ‘mensagem mudancista ‘  de Aécio está visivelmente emparedada nessa encruzilhada.
 
De um lado, ele precisa atender o camarote vip que encarna e que o patrocina.
 
Engajado em uma cruzada de preconceito belicoso  contra  Dilma e o PT, os endinheirados exige compromissos com medidas  heroicas .
 
Aquelas que Aécio prometeu tomar  --‘se der, no primeiro dia’, como afirmou  às papilas empresariais famintas, reunidas  num regabofe na casa do animador de eventos, João Dória Jr, (conforme a Folha 02/04).
 
A esperança  conservadora é a de que a baixa atividade decorrente de uma paulada imediata no juro, com consequente recuo do crédito e compressão  do salários real,  devolva  a  senzala ao seu lugar.
 
E o país aos bons tempos.
 
O trânsito ficaria menos carregado; os aeroportos recuperariam o velho charme .
 
Não só.
 
Um desemprego ‘funcional’  de 12,5%, como no ciclo do PSDB (hoje é da ordem de 5%), estalaria a chibata da redução do custo Brasil nas costas de quem tem 500 anos de familiaridade com o assunto.
 
Mais quatro anos, que diferença faz?
 
Novidades  no front sugerem talvez não seja tão simples assim rodar  o modelo original  no azeite do arrocho.
 
Um Brasil formado por dezenas de milhões de famílias antes apartadas na soleira da porta, do lado de fora do país,  agora cobra  a sua vaga no mercado e na cidadania.
 
No seleto clube  do juro alto  essa gente figura como estorvo.
 
No ciclo de governos do PT o estorvo tomou gosto da mobilidade social.
 
No cálculo político do candidato tucano a precaução recomenda que não se diga em público aquilo que se afirma na casa do animador do ‘Cansei’, Dória Jr.
 
Instala-se assim um malabarismo de alto risco no picadeiro do circo conservador.
 
Aécio, ora assume  o estereótipo  de mineirinho afável, ora  tenta distrair  a plateia acusando  pecadores com o fogo dos savonarolas  de passado inflamável.
 
Enquanto isso, operadores de mercado que o representam  costuram  o peru recheado de arrocho servido nos regabofes  da plutocracia insaciável.
 
O principal personagem  dessas tertúlias é Armínio Fraga, espécie de ‘é com esse que eu vou lucrar até cair no chão’ da nação rentista.
 
O  prestígio não é obra do acaso.
 
Armínio carrega no currículo o feito de ter elevado a taxa de juro brasileira de 25% para  45%, em março de 1999.
 
O colosso se deu  quando esse quadro reconhecido como ‘nosso homem no Brasil’  pela alta finança  internacional  –Timothy Gartner, ex-secretário do Tesouro americano, sugeriu o seu nome a Obama para presidir  o Fed -- assumiu a presidência do BC brasileiro, no governo Fernando Henrique Cardoso.
 
Em declarações para o público mais amplo,  Armínio, que também possui cidadania americana, procura demonstrar serenidade e comedimento. Veste o figurino do Aécio afável e apregoa um caminho gradual, ‘sem choque’, para  recolocar as coisas nos eixos.
 
Nas entrelinhas do comedimento, porém,  ressoa o  ‘matador dos mercados’, que parece falar diretamente ao camarote vip do ‘Itaquerão’.
 
Na hipótese de uma extrema eficiência na lavagem cerebral  promovida pela mídia, a ‘turma dos 90’ pode até vencer em outubro.
 
Mas conseguiria governar emparedada nesse duplo torniquete,  entre o compromisso com a alta finança, de um lado, e a pressão ascendente de um Brasil que tomou gosto pela cidadania, de outro? 
 
Confira, abaixo, trechos das dubitativas respostas de  Armínio , em entrevista ao Valor, nesta 2ª feira:

Luis Nassif - Política econômica

A arte de não entrar em bola dividida e a confraria dos agiotas

No Brasil, historicamente, a arte de governar é não entrar em dividida.
A falta de centros de pensamento consolidados, de um modelo claro de crescimento, as próprias vulnerabilidades do Executivo com o modelo político, criaram governos de contemporização.
De um lado é bom: impede aventuras que poderiam ser desastrosas. De outro lado, porém, posterga por anos, décadas, questões cruciais que amarram o desenvolvimento.
***
É o caso da subordinação persistente das políticas econômicas aos ditames do mercado.
O mercado é parceiro ideal para o desenvolvimento, quando enquadrado em objetivos claros de política econômica. Cabe aos governantes desenhar o modelo e definir o papel do mercado, na capitalização das empresas, no realocamento da poupança para setores prioritários.
De que forma faz isso?
Qualquer manual de finanças define as três principais características dos investimentos: segurança, liquidez (maior ou menor demora para o resgate) e rentabilidade.
Quem quiser segurança ou liquidez tem que abrir mão da rentabilidade. Quem quiser rentabilidade, terá que arriscar em investimentos sem retorno assegurado, de renda variável, e de prazos maiores.
***
A taxa básica de juros da economia define a rentabilidade dos investimentos teoricamente mais seguros e menos líquidos.  Para investir em renda variável, em novos projetos, em infraestrutura, os investidores exigirão uma perspectiva de retorno muito acima da taxa básica de juros da economia.
Dois anos atrás, quando a Selic baixou ao nível dos 7,5% ao ano, houve um início de revolução nas estratégias dos gestores de fundos de pensão e fundos de investimento em geral. Precisaram deixar a comodidade da renda fixa e buscar alternativas, inclusive para manter o equilíbrio atuarial dos seus planos.
Teve início um movimento promissor de mudança dos fluxos de poupança, que acabou interrompido por altas pontuais da inflação – provocadas pelo aumento dos preços internacionais de alimentos. O BC piscou e acabou cedendo às pressões do mercado, provocando um novo movimento de alta na Selic.
***
E aí se entra na busílis da questão.
Os anos 90, especialmente os anos 2000 deixaram claro os malefícios advindos do controle da política econômica pelo mercado. O único objetivo do mercado é a rentabilidade dos seus investimentos. É um potro bravo que, quando bem guiado, traz desenvolvimento à economia; quando toma o freio aos dentes, derruba o cavaleiro.
É evidente que prefere a comodidade da renda fixa ao desconforto das operações de renda variável.
***
O Banco Central continuou a enaltecer a Selic como única ferramenta de controle da inflação – uma hipótese tão falsa quanto uma nota de três. E nenhum dos pré-candidatos de oposição ousa apontar a maior vulnerabilidade da atual política econômica, porque também temem confrontar o mercado.
Por trás desse ritual de imobilismo, uma enorme concentração de mídia no Rio e em São Paulo, repetindo diariamente o discurso do mercado – não do mercado pujante, sofisticado dos gestores que apostam em empresas e setores, mas o mercado viciado da confraria da Selic.

Lucro dos bancos

Quem ganha, quem perde?...

por Vladimir Saflate
Duas notícias quase simultâneas forneceram uma boa fotografia do que o Brasil se tornou. Na primeira, descobrimos, o lucro líquido do Itaú em 2013 alcançou os 15,7 bilhões de reais, o maior da história dos bancos brasileiros, segundo estudo da consultoria Economática. Enquanto isso, o Bradesco apresentava o segundo maior lucro do ano, 12 bilhões de reais. Apenas duas instituições financeiras embolsaram quase 28 bilhões de reais, isto em uma economia de crescimento estagnado. Na segunda 3, a outra informação: a produção industrial caíra 3,5% em dezembro em comparação a novembro, a maior retração em cinco anos.
Diante desses dados, é difícil não lembrar de uma bela frase do presidente da Islândia, Olafur Grimsson: “Uma economia com bancos muito fortes é sinal de um país que vai mal”. Não só pelo fato de uma nação atrativa para investimento especulativo, no qual aplicar dinheiro em cassinos travestidos é o melhor negócio, nunca conseguirá financiar o desenvolvimento da criatividade empreendedora de seu povo. Mas principalmente porque uma economia com bancos fortes destrói tudo à sua volta.
Os bancos drenam os melhores cérebros para o sistema financeiro. Foi assim que os melhores engenheiros do Brasil não foram parar nas universidades a estudar novos materiais, em programas de despoluição de rios ou em pesquisas sobre energia alternativa. Foram fazer contas. O Brasil assim se transformou em um país que forma economistas não para pensar problemas regionais ou desenvolver políticas de combate à pobreza, mas para fazer consultoria para bancos, fundos de investimentos e outros segmentos do mercado financeiro.
Por outro lado,

Dilma Invocada

Os que zurraram sobre nossa escala em Lisboa, com certeza não darão um pio exigindo que o Banco Central baixe a taxa de juros - selic -, em um milésimo.
Não é mesmo Laguardia?

Saul Leblon - A velha senhora, a turbulência cambial, está de volta à América Latina


Ela nunca viaja sozinha.    


Em geral, faz-se acompanhar de sua inseparável dama de companhia, a instabilidade política.



Divisores importantes da história continental tiveram na alavanca cambial uma de suas forças de impulsão.



O colapso da dívida externa dos anos 80 foi um caso.



A paulada nos juros promovida  pelos EUA, em 1979, reeditou o dólar forte, barateou as importações americanas, baixou a inflação do país (que chegara a 12%) e compensou a sangria comercial, decorrente da elevação dos preços do petróleo, em 1973.



Resolveu o problema americano.  



Mas alteraria toda a estrutura  de passivos das economias  em desenvolvimento.



As taxas de juros norte-americanas  saltaram de um dígito para mais de 20%.



Foi o tiro de largada para a crise da dívida externa que desencadearia um efeito dominó com a quebradeira do México, Polônia, Brasil etc.



Empréstimos tomados a taxas  flutuantes, súbito tornar-se-iam impagáveis.



Teve um aspecto positivo:  a margem de manobra de ditaduras militares, como a brasileira, estreitou-se a tal ponto que terminariam abandonadas por amplos segmentos de seus patrocinadores empresariais.



O que se vive agora é uma  paulada de novo tipo, desfechada pelas  mesmas mãos.



O colapso das sub primes em 2008 produziu a maior crise do capitalismo desde 1929.



Os EUA foram, de novo, o epicentro.



Trilhões de dólares foram despejados então pelo Fed, o BC norte-americano,  para salvar o sistema financeiro hegemônico no planeta.



Bem ou mal, o resgate teve êxito.



Mas a guerra cambial denunciada pelo Brasil, que  valorizou as moedas dos países emergentes e danificou seu equilíbrio de preços, custou caro.



No caso brasileiro, danificaria adicionalmente sua planta industrial que já vinha –há uma década - afogada em importações barateadas pelo poder de compra artificial da moeda.



Com o ensaio de recuperação em marcha nos EUA,  encerra-se a temporada de dinheiro barato.



O mundo – sobretudo o mundo em desenvolvimento - pagará novamente o tranco do ajuste.



O desafio do câmbio veio para ficar na agenda da América Latina.



Erra quem imagina que estamos diante de uma questão técnica. Câmbio e inflação são almas gêmeas, por exemplo.

Já era de se esperar, diante da força do capital financeiro/rentista, a nova alta da taxa de juros (Selic) de 0,5%. Ela chegou, desta forma, a 10,5%. Foi a sétima alta consecutiva deste indicador. O Brasil perde, mais uma vez, alimentando o círculo vicioso que nos acomete desde 1994, sintetizado na perversa combinação de juros altos e câmbio valorizado. A combinação, para consumo externo, seria o remédio ideal – e à brasileira – ao combate à inflação.

Entre a aparência e a essência, muitas vezes, existe uma imensa distância. A ação coordenada dos agentes dominantes do capital financeiro, iniciada como reação à tentativa da presidenta Dilma em mudar os parâmetros da política macroeconômica, surte efeitos retardados e com descomunal força.


Baseado em uma campanha orquestrada (abandono do “tripé macroeconômico”, descontrole dos gastos públicos e da inflação, etc.), os instrumentos desta ação todos nós conhecemos e se resume a um terrorismo, capaz tanto de mobilizar força política na disputa pelo poder de fato em nosso país quanto inviabilizar qualquer ambiente propício ao investimento e ao crescimento econômico, calcados na produção, e capaz de superar a predominância das finanças sobre a geração de riquezas.

Já não se fazem mais socialistas como antigamente

Pois não é que o deputado Beto Albuquerque, líder do PSB - Partido Socialista Brasileiro - na Câmara Federal, está a defender os , agiotas, parasitas - rentistas - nacionais e internacionais?...

Vejam:

 "O Mantega versão 2014 evoluiu da contabilidade criativa para a contabilidade do calote. Não paga as contas e diz que fez superávit."

Beto Albuquerque, Deputado (RS)

IGP-M 2013, é 30% menor que o de 2012

Passamos dois terços do ano ouvindo que a inflação "estava descontrolada" e que o Brasil vivia, nas palavras de Marina Silva, o risco de "perder as conquistas do Plano Real. Aécio Neves dizia que isso fazia o Brasil chorar copiosamente de saudades de vovô FH…
Pois bem: hoje fechou-se o primeiro índice de inflação anual de 2013, o IGP-M da Fundação Getúlio Vargas, cuja coleta de preços encerra-se sempre por volta do dia 20.
Ele subiu 5,51%. Talvez você não se recorde, mas em 2012 o índice elevou-se 7,82%, uma queda relativa de 30%.
Agora, imagine se fosse o inverso: se os 5,51 passasse a 7,82%…
Nas manchetes: Inflação cresce 50% em um ano, diz FGV
Tudo devidamente acompanhado das caricaturas de dragões, monstros e quejandos…
Tem aí o amigo e a amiga como se faz, no jornalismo econômico o terrorismo político que a gente vem sempre apontando aqui e que levou o ex-presidente Lula a dizer que, depois que lê o jornal, nem tem vontade de sair de casa.
Não se quer dizer, é obvio, que não exista inflação e que ela não seja algo sério. É, sobretudo porque está concentrada em áreas extremamente sensíveis ao nosso povão, como os alimentos.
Mas nem mesmo aí há uma "explosão inflacionária", como tanto tempo se alardeou.
O terrorismo não conseguiu trazer de volta a inflação, mas "ordenhou" fartamente essa monstruosidade, extraindo dela o "leitinho" dos juros.
É aí, não no tomate, que está o núcleo da inflação brasileira: nossa condição de reféns do rentismo.
Que não ganha eleição, mas que está sempre no poder, quando se trata de finanças públicas.