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Juros

[...] As palavras do ministro Guido Mantega, sobre a decisão do governo de continuar tomando medidas contra a inflação e a valorização do real, são bem vindas e têm o nosso apoio e, acredito, da sociedade. Assim como a decisão do governo, reiterada ontem por Mantega, de realmente cumprir o superávit de 3% em 2011. 

A questão, no entanto, é mais complexa e exige do governo a audácia de não aumentar os juros, não aceitando as pressões para retomar uma política monetária onde o único instrumento para conter a inflação é o aumento dos juros, sem considerar o crescimento econômico e do emprego. Até porque a situação mundial e a guerra cambial em curso são um produto da política monetária dos Estados Unidos e da política cambial da China. Sem falar que a recessão Européia, mais as guerras e insurreições no mundo Árabe, criaram uma situação excepcional e nova que exige de nossa parte criatividade, audácia e estratégia em longo prazo, o que não nos falta, e não a visão das cabeças de planilha que já dominaram nossa política monetária por tantos anos.

Economia

[...]  Inflação resiste, dólar cai e governo tenta conter crédito

Um dia depois de anunciar medidas para tentar conter o ingresso de capitais externos, que valoriza o real, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, determinou mais uma ação, desta vez para conter um inimigo mais imediato, a inflação. O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no crédito ao consumo, inclusive o imobiliário, dobrou de 1,5% para 3%. O ministro volta a empregar uma das armas que usou em janeiro de 2008, também para brecar uma economia a pleno vapor. Os resultados não foram brilhantes: o crédito caiu no primeiro mês, estacionou no segundo e voltou a crescer daí em diante. E a arrecadação do IOF das pessoas físicas deu um salto, de R$ 3 bilhões para R$ 7,6 bilhões. O aumento da tributação agora pode ser mais eficaz porque há restrição nos prazos de financiamento, acreditam a Fazenda e o BC.

Acossado por nova onda de valorização do real e pelo avanço dos preços, o governo teve notícias ruins nos dois campos ontem. O dólar caiu 1,85%, para R$ 1,5840, sinal de que a extensão do IOF para empréstimos externos superiores a um ano foi encarado como inócuo.

Já o IPCA subiu 0,79%, quase igual ao 0,8% de fevereiro, quando a expectativa era de um recuo razoável. Com isso, a inflação no primeiro trimestre chegou a 2,44% e em 12 meses, a 6,3%. Dessa forma, a variação dos preços pode ultrapassar o teto da meta, de 6,5%, em abril. O resultado do IPCA de março refletiu a reaceleração das cotações dos alimentos, a disparada dos preços das passagens aéreas e combustíveis, o aumento expressivo do vestuário e a elevação significativa dos serviços (como aluguéis, empregados domésticos, conserto de automóveis e mensalidades escolares).
Valor Econômico

Pantufas

...do Dr. Palocci
O mercado atira em Mantega
 O ministro da Fazenda representa a continuidade, enquanto o pelotão espera pelo retorno à ortodoxia - Para tucanos e petistas, PSD de Kassab é cavalo de TroiaEdição 639

A quem interessa fritar Guido Mantega?

Esta pergunta - ou perguntas - precisa ser respondida com urgência. Qual o interesse de uma parte da mídia em tentar fritar o Ministro da Fazenda?


Por que os jornalões e certos articulistas seus querem Mantega fora do Ministerio da Fazenda? O que mais lhes incomoda no trabalho do ministro, a política por ele implementada, ou o fato desta ser uma sequência da que ele já tocava no governo Lula, do qual foi ministro nos últimos 4 anos?

Qual herança do governo Lula esses veículos e sua gente querem enterrar? A desenvolvimentista, a heterodoxa, a disposição do ministro de inovar, ou sua coragem de enfrentar, sem medo, as crises que se lhe apresentam e as "cascas de banana" que tentam jogar em seu caminho?

Acenderam a fogueira da fritura e não desistem

Porque o relacionado acima, na forma de perguntas, na verdade são qualidades que o ministro Mantega já provou que tem. Aliás, ele, o governo que integra, a presidenta Dilma Rousseff, e também as tinha o governo do ex-presidente Lula.

Mas, acenderam a caldeira com óleo de sua fritura na semana passada e não apagaram até agora. Virou moda uma ou mais notas diárias, quando não matérias ou comentários contra o ministro.

Ora é um pseudo descontentamento da presidenta Dilma com seu desempenho, ora é sua inclusão na lista de ministros a serem substituídos - na especulação da mídia - numa 1ª leva, ora é um artigo "informando" que a chefe do governo estaria insatisfeita com a forma como Mantega explica o combate à inflação...
Zé Dirceu

As primeiras medidas do governo Dilma

Todo apoio à série de medidas econômicas que o governo Lula, através do atual e futuro ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou para estimular os empréstimos de longo prazo e financiar as empresas do país, seu desenvolvimento e modernização financeira.  Na prática, e ainda que anunciadas na gestão Lula, estas medidas se constituem nas primeiras da área de economia a serem implementadas no início do governo Dilma Rousseff daqui a duas semanas.
"O objetivo - explicou o ministro - é facilitar o crédito de longo prazo, sempre escasso no país. No passado, não fazia diferença, porque havia poucos projetos financiados pelo BNDES. O longo prazo no passado eram cinco a oito anos anos. Mas, com o ciclo de desenvolvimento que implantamos nos últimos anos, foi aumentando a necessidade de financiamento de projetos de longo prazo."
Já atualmente, reconheceu o titular da Fazenda, há uma maior demanda por projetos e, por isso, também há maior necessidade de financiamento. "Hoje, existem projetos que exigem financiamento de 20, 25 ou 30 anos. Queremos entrar em uma nova fase, de modo que o setor privado também possa financiar, repartir essa tarefa com o BNDES", explicou ele. O Ministério da Fazenda classifica o pacote como o maior estímulo já criado para incentivar o alongamento de prazos da dívida privada no país.
Agora é baixar os juros
 
Estas iniciativas têm tudo para dar certo e podem funcionar desde que caiam os juros, para que as aplicações de longo prazo se tornem mais rentáveis do que os títulos públicos. O Comitê de Política Monetária (COPOM), do Banco Central (BC), pode muito bem aproveitar sua 1ª reunião do novo ano - a 1ª também do novo governo - na segunda quinzena de janeiro para derrubar a taxa Selic (10,75% hoje).
As medidas anunciadas, a contenção dos gastos orçamentários de custeio - e não dos investimentos - que também terá de ser definida no começo do ano e uma queda dos juros são os três ingredientes indispensáveis para que tenhamos um tranquilo e bem sucedido início de governo, continuidade da gestão Lula, que ao longo dos seus oito anos promoveu o crescimento econômico, do emprego, da renda e da inclusão social de nossa população.
Aliás, como bem frisou em evento da revista “IstoÉ” em São Paulo, ontem, a presidenta que assume no próximo dia 1º, Dilma Rousseff, ao prever que o Brasil manterá o crescimento econômico nos próximos anos. “Eu acredito no Brasil, acho que esse é o nosso momento, essa vai ser sem dúvida nenhuma a nossa década”, afirmou. Na cerimônia, Dilma agradeceu sua eleição aos “milhões que perceberam que é possível transformar o Brasil, fazer com que seja um grande país de classe média”.
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Cresce no governo a preocupação com a crise econômica mundial

As declarações em que o atual e futuro ministro da Fazenda, Guido Mantega, adiantou a política econômica - principalmente a que vai ser seguida em 2011 -  expressam a crescente preocupação do governo atual e do que tomará posse dia 1º de janeiro com a situação da economia mundial. A preocupação principal no novo ano é com os sinais claros de que os problemas da Irlanda contaminam toda a economia da zona do euro.

Os sinais da economia mundial e as soluções encontradas para a falência irlandesa anunciam um longo período de baixo crescimento e austeridade fiscal com repercussão no nível do comércio e dos investimentos em todo mundo. Mas, no Brasil a diretriz é seguir estimulando o crescimento da nossa economia.

A situação de crise vivida pela Europa - com irradiação pela economia mundial - é agravada pela ausência de lideranças e a falta de acordos na área do G-20 (grupo dos países desenvolvidos e dos emergentes) sobre como reorganizar as finanças e o comércio mundial depois da crise norte-americana.

Brasil: medidas em defesa de sua economia

É, assim, um quadro econômico que leva o Brasil a ter que tomar medidas não apenas para defender a sua economia da valorização cambial, mas para evitar qualquer risco de endividamento público fora do controle e suas repercussões inflacionárias.

A questão é que não se pode apenas controlar os gastos públicos e reduzir o déficit sem tomar medidas para reduzir os juros e, assim, eliminar o principal estímulo a tendência mundial de desvalorização do dólar. Essa depreciação impõe ao país, de fora para dentro, uma valorização contínua de sua moeda.

É uma situação agravada, também, pelas políticas da maioria dos países tendo a frente os Estados Unidos e a China, de administrar o câmbio de uma forma ou outra sempre para expandir as exportações, seja para manter o seu crescimento - caso da China -, seja para minorar a situação de seu balanço comercial e de contas correntes - caso dos Estados Unidos.

País não pode continuar com real supervalorizado

Assim, com ou sem controle dos gastos públicos de que tanto falam, o Brasil não pode deixar de tomar medidas com relação aos juros e ao câmbio. Cortar gastos apenas, ainda que seja do custeio, é se iludir. O país não pode continuar com as atuais taxas de juros reais e muito menos com sua moeda super valorizada como está.

Precisa, urgentemente, fazer uma reforma tributária e reduzir não apenas seus custos de transporte - de logística e de infraestrutura em geral - mas, principalmente, seus custos financeiros. Pode adotar tudo isso, tomar as devidas providências, mas já não pode mais fugir de enfrentar a valorização cambial e seu irmão siamês, os juros [leia] algumas das principais diretrizes econômicas anunciadas pelo ministro Mantega).
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Governo Dilma vai perseguir superávit além da meta

Em sua primeira entrevista a um jornal depois de confirmado no cargo de ministro da Fazenda no governo de Dilma Rousseff, Guido Mantega afirmou que o pacote de medidas para estímulo ao crédito de longo prazo será anunciado em 2 de dezembro, na reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o "Conselhão". Entre as medidas, ele adiantou que será alterado o Imposto de Renda cobrado nas captações de longo prazo. A questão não está fechada, pois há o temor de que os investidores encontrem brechas para se beneficiar da isenção e continuem aplicados no curto prazo. "Aqui no Brasil está todo mundo mal acostumado. Todo mundo quer aplicar, ter uma taxa de retorno alta e ter liquidez imediata", disse.
No controle da inflação, o ministro enfatizou a necessidade de avançar na desindexação da economia e propõe, nos futuros contratos de reajuste dos preços administrados, a substituição do IGP pelo IPCA, mas acrescenta que o ideal seria que não houvesse nenhum reajuste pré-fixado. "Prefiro que não haja indexador, que haja negociações." Ele vinculou a necessidade de desindexação a uma futura redução na meta de inflação. Outro caminho vislumbrado pelo ministro é o uso de uma medida de núcleo de inflação, no futuro, para o balizamento da meta. "Pode ser. Como fazem os americanos. Vamos discutir essa questão."
Mantega acredita que o aumento da inflação corrente não é estrutural, decorrente do descasamento entre oferta e demanda, mas passageiro, fruto de pressão de alimentos e commodities. Deixou claro, porém, que se o Banco Central considerar necessário o aumento dos juros, isso será feito. "Não vou me opor.". Aqui os principais trechos da entrevista.

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Core inflation

Paul Krugman, Guido Mantega e o conceito do núcleo da inflação e como deve ser medido...

Desde que eu estou fazendo uma pausa da pá, eu pensei que poderia demorar alguns minutos para resolver uma questão que parece confundir muita gente: a idéia do núcleo da inflação. Por que precisamos de tal conceito, e como deve ser medido?
Assim: a inflação do núcleo é geralmente medida através de alimentos e energia a partir do índice de preços, mas há medidas alternativas, como a inflação médias aparadas e mediana, que estão recebendo uma atenção crescente.
Primeiro, deixe-me esclarecer alguns equívocos. O núcleo da inflação é nãousado para coisas como o cálculo de vida ajustes de custo para a Segurança Social; os utilize o IPC regular.
E as pessoas que dizem coisas como "Isso é um conceito estúpido - as pessoas têm de gastar dinheiro em comida e gás, por isso devem estar em suas medidas de inflação" está faltando o ponto. O núcleo da inflação não é suposto medir o custo de vida, que é suposto medir outra coisa: inércia da inflação.
Pense nisso desta maneira. Alguns dos preços na economia flutua o tempo todo na cara da oferta e da procura; alimentos e combustíveis são os exemplos óbvios. Muitos valores, no entanto, não flutuam assim - eles são estabelecidos pelas empresas oligopolistas, ou negociado em contratos de longo prazo, por isso eles são apenas a intervalos que variam de meses a anos.Muitos salários são definidos da mesma maneira.
A coisa chave sobre estes preços menos flexível - a percepção que tenho Ned Phelps, o Nobel - porque é que eles não são revisados freqüentemente, eles são ajustados com a inflação futura em mente. Suponha que eu estou colocando meu preço para o próximo ano, e que espero que o nível geral de preços - incluindo coisas como a média dos preços de produtos concorrentes - a subir 10 por cento ao longo do ano. Então eu provavelmente vou definir o meu preço de cerca de 5 por cento maior do que eu faria se eu estivesse apenas tendo em conta as condições atuais.
E isso não é toda a história: porque temporariamente os preços fixos são apenas revistas periodicamente, a sua redefine envolvem frequentemente catchup. Novamente, suponha que eu definir o meu preços uma vez por ano, e há uma taxa de inflação global de 10 por cento. Então na hora que eu reiniciar o meu preço, que provavelmente vai ser de cerca de 5 por cento mais baixos do que "deveria" ser, adicione o efeito da antecipação da inflação futura, e eu provavelmente vou marcar o meu preço em 10 por cento - ainda que a oferta ea procura são mais ou menos equilibrada direito agora.
Agora imagine uma economia em que todos estão fazendo isso. O que isso nos diz é que a inflação tende a perpetuar-se, a menos que haja um excesso grande de qualquer oferta ou da procura. Em particular, uma vez que as expectativas de, digamos, 10 por cento de inflação persistente tornaram-se "encaixado" na economia, ainda vai demorar um maior período de calmaria - anos de elevado desemprego - para conseguir que a taxa para baixo. Caso em questão: a inflação extremamente caro do início de 1980.
Agora, a questão da mensuração: gostaríamos de acompanhar esse tipo de inércia da inflação, tanto no sentido ascendente e no lado negativo - porque a inflação tão incorporado é difícil se livrar de, assim que é a deflação incorporado (pedir à japonesa) . Mas no mundo real, enquanto alguns produtos (muitos) se comportam como este, outros não: os preços sobem rapidamente, com as alterações da oferta e demanda, e não mostrar a inércia.Por isso, precisamos de uma medida que extrai o sinal do ruído, recebendo na parte de inércia da história.
A medida padrão tenta fazer isso, excluindo os preços, obviamente, não-inercial: alimentos e energia. Mas eles são a história toda? Claro que não - e as medidas de núcleo padrão tem se comportado um pouco erraticamente recentemente. Daí a crescente preferência dos muitos economistas para medidas como medianas e médias aparadas, que exclui os preços que se movem por um lote em um determinado mês, presumivelmente, portanto, isolar os preços que se movem lentamente, que é o que queremos.
E o que essas medidas revelam é um processo contínuo de redução da inflação, que poderia, em não muito tempo, se transformar em deflação:
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Paul Krugman
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Tombini aprovado

Escolhas indicam mão forte da Dilma na economia, afirmam  analistas ouvidos pela BBC



Dilma escolheu Tombini para o BC e manteve Mantega na Fazenda.

Especialistas ouvidos pela BBC Brasil afirmam que a permanência de Guido Mantega como ministro da Fazenda e a entrada de Alexandre Tombini no Banco Central (BC) podem indicar que a futura presidente, Dilma Rousseff, terá um comando forte sobre a economia, colocando esta área em primeiro plano.
Tombini foi anunciado nesta quarta-feira como o substituto de Henrique Meirelles, que completará oito anos no cargo. Sua posse depende de aprovação do Senado. Já Guido Mantega foi confirmado para permanecer à frente do Ministério da Fazenda.
Também foi anunciado que a atual secretária-executiva do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Miriam Belchior, será a ministra do Planejamento, no lugar de Paulo Bernardo.
Segundo o economista Roberto Troster, da consultoria Integral Trust, o novo presidente do BC é “tecnicamente muito bom”, por ter experiência de governo e por ter bom trânsito no mercado.
Sobre a permanência de Mantega, Troster afirma que o tom será de continuidade. “Ele já está (no ministério) há quatro anos e pouco, então todo mundo sabe como ele é”.
Para o economista, os nomes anunciados por Dilma indicam que não haverá dissonâncias dentro da equipe econômica.
“Antes, tinha um comandante no BC e um comandante na Fazenda. Agora vai ter só um comandante da economia, que é a Dilma”, diz Troster.
“Mais importante é a mudança de status da política econômica”, afirma. “Ela deixa o nível ministerial e vira uma questão presidencial”.
Cooperação
A opinião é compartilhada pelo economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio e ex-diretor do Banco Central, Carlos Thadeu de Freitas Gomes. Para ele, Dilma comandará diretamente a equipe econômica, dando máxima atenção a esta área.
Para Gomes, o mais importante será a cooperação entre Tombini e Mantega na condução da política cambial, evitando a entrada excessiva de capital externo, o que valoriza o real e prejudica as exportações. “O problema de excesso de dólares também é um problema da Fazenda”, diz.
Gomes acredita que Tombini tem “experiência e moderação” para assumir o BC. Segundo ele, a vantagem de ter um funcionário de carreira na função é evitar “precipitações ideológicas”, que são um risco, segundo ele, se o titular do cargo for alguém ligado ao mercado.
“O mercado cobra decisões rápidas, que podem ser certas e erradas”, diz o economista. “Ter alguém de carreira (na presidência do BC) tira as pressões ideológicas”.
Para Gomes, Meirelles acabou sofrendo tais pressões, que levaram a altas de juros em momentos errados, mas que acabaram sendo “consertadas” depois.
Aprendizado
O ex-presidente do BC e professor da Fundação Getúlio Vargas Carlos Langoni afirma que a transição de Meirelles para Tombini será “suave e não traumática”.
Ele diz que o novo presidente do BC tem credenciais acadêmicas, experiência no FMI e trabalha com a equipe de Meirelles há anos, o que faz dele uma escolha “tranquila”.
Quanto a Mantega, Langoni afirma que a atuação da Fazenda neste ano foi boa, “sem cometer excessos”, mas que o ministro ainda está em um “processo de aprendizado”.
O ex-presidente do BC, no entanto, não acredita que a futura presidente venha a comandar diretamente a economia.
“Acho que Dilma tem responsabilidades que vão além da área econômica”, diz Langoni.
“Não acho que seja desejável, nem acho que vá acontecer de ela se envolver diretamente na execução (da política econômica). Ela vai dar as grandes linhas e pedir que a equipe siga a orientação.”
Langoni aposta que o governo, mesmo que a futura presidente negue, fará um ajuste fiscal e reduzirá despesas.
Segundo o professor da FGV, a influência do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci como “homem forte” de Dilma indica o caminho de uma redução dos gastos governamentais.

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Guido Mantega

“O crescimento só será sustentável se for sem desequilíbrio macroeconômico. Ou seja, um crescimento que não gere dívida pública, divida para o Estado, ou crescimento que não gere inflação. Portanto, o desenvolvimento que vamos prosseguir será apoiado na solidez fiscal. Isso significa que vamos manter a produção de superávit que permita reduzir a divida pública brasileira”, ressaltou.
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BC - Tiraram a raposa do galinheiro

O presidente da Abimaq - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos -, Luiz Aubert Neto, elogiou hoje a escolha de Alexandre Tombini para a presidência do BC - Banco Central - no governo da presidente Dilma Rousseff. 
"Finalmente, tiraram a raposa do galinheiro", disse ele, em referência ao atual presidente do BC, Henrique Meirelles, que veio do mercado financeiro para o governo Lula.
"Tiraram o banqueiro e, finalmente, vamos ter um funcionário de carreira no comando do BC", acrescentou. 
Aubert disse que não questionava a competência de Meirelles, mas ponderou que o País continuou a ter uma das taxas de juros mais altas do mundo ao longo dos oito anos da gestão de Meirelles e do presidente Lula.
"Com a taxa de juros atual, pagamos R$ 180 bilhões somente em juros da dívida por ano. Se tivéssemos juros 30% menores nos últimos 16 anos, teríamos economizado quase R$ 1 trilhão", afirmou. 
Ele considerou também que havia conflito de interesses na gestão do BC na época do ex-presidente da instituição Armínio Fraga [gestão de FHC] que, segundo Aubert, trabalhou para George Soros, "o maior especulador do mundo". 
"Vocês acham que eles [Fraga e Meirelles] iriam trabalhar para baixar os juros?".
Aubert também elogiou a permanência de Guido Mantega à frente do Ministério da Fazenda. 
"Acho que Dilma acertou em cheio ao mantê-lo. Está mais do que provado que a mão forte de Mantega foi fundamental na recuperação do País após a crise econômica internacional", afirmou o empresário. 

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Meirelles estúpido, foram os juros!

O artigo é do Carlos Chagas. Mas, o titulo eu fiz uma modificaçãozinha...

Henrique  Meirelles está sendo defenestrado da presidência do Banco Central por razão bem superior a um eventual desencontro de palavras, isto é, pouca importância teve na decisão de  Dilma Rousseff de não conservá-lo a declaração de que só aceitaria caso mantivesse autonomia e independência. Primeiro porque num sistema presidencialista quem tem a caneta e o poder de nomear e demitir presidentes do Banco Central é o presidente da República. Depois, porque  Meirelles tem cabeça para não declarar tamanha bobagem. Na verdade, a divergência envolve a questão dos juros: Dilma pretende reduzí-los a 2% no prazo de um ano ou pouco mais. Meirelles sustenta a permanência indefinida   das taxas mais altas do planeta.

Outra versão a ser desmentida é de que o presidente Lula aconselhou a presidente eleita a manter Meirelles no cargo. 

A  sugestão presidencial envolveu apenas o ministro da Fazenda. Sabendo-se da divergência entre Guido Mantega e Henrique Meirelles, fica claro que o primeiro-companheiro jamais proporia a continuação da dicotomia. Acresce que o ainda presidente do Banco Central é banqueiro, categoria não propriamente bem  situada nas graças de Dilma.

Mesmo sendo cogitado o nome de Alexandre Tombini, atual diretor de Normas do BC, a decisão ainda não teria sido tomada pela presidente eleita. Certo, mesmo, é que Guido Mantega responderá diretamente a Dilma pelo comando da política econômica, tendo o Banco Central sob sua supervisão, coisa que não acontece no governo Lula.


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