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Manifesto de entidades socias pró-Dilma

Vamos eleger Dilma presidente do Brasil!
No início do processo eleitoral deste ano, os movimentos sociais e a Via Campesina Brasil tomaram a decisão política de empenhar esforços para eleger o maior número possível de parlamentares e governadores identificados com as bandeiras populares da classe trabalhadora, com o aprofundamento da democracia e soberania brasileira e com políticas que combatam a concentração da propriedade e da renda em nosso país.
Quanto à eleição presidencial, as organizações populares que compõem a Via Campesina decidiram lutar para que não houvesse a vitória eleitoral de uma proposta neoliberal, representando pela candidatura do tucano José Serra.
Passando o primeiro turno dessa campanha eleitoral, realizado em 3 de outubro, queremos, com este comunicado ao povo brasileiro, manifestar nossa decisão política frente às eleições deste ano.
Avaliação do 1º turno
As renovações que aconteceram nas Assembleias estaduais, na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, além da eleição e reeleição de governadores progressistas, são alvissareiras. No Senado Federal, especialmente, fomos vitoriosos com a eleição de companheiros e companheiras identificadas com as nossas lutas e com a não eleição de senadores que se notabilizaram pela perseguição aos movimentos sociais, identificados com os interesses do agronegócio.
Destacamos como vitória a derrota eleitoral do governo tucano de Yeda Crusius, no Rio Grande do Sul, que se notabilizou, juntamente com o governo tucano de São Paulo, pelo controle da mídia, criminalização dos movimentos sociais e repressão à luta pela Reforma Agrária, aos movimentos de moradia e ao movimento dos professores da rede pública estadual.
Em relação às campanhas presidenciais, não transcorreram debates em torno de projetos políticos e dos problemas principais que afetam a população brasileira. A campanha de Dilma Rousseff (PT) buscou apenas, de forma pragmática, divulgar o desenvolvimento econômico e as políticas sociais do governo Lula, apoiando-se na popularidade e nos enorme índices de aprovação do atual governo. Com essa estratégia, obteve quase 47% dos votos, que foram insuficientes para vencer no primeiro turno.
A candidatura de José Serra (PSDB) nos surpreendeu, não por sua identificação com as políticas neoliberais, e sim pelo baixo nível da sua campanha presidencial. Foi agressivo e perseguiu jornalistas em entrevistas, tentou interferir em julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF), espalhou mentiras e acusações infundadas.
Chegou a usar a própria esposa, que percorreu as ruas de Niterói (RJ) dizendo que Dilma Rousseff "é a favor de matar as criancinhas". Somente uma candidatura sem nenhum compromisso com a ética e com a verdade, contando com o total controle sobre a mídia, pode desenvolver uma campanha de tão baixo nível. A biografia do candidato já é a maior derrotada nestas eleições.
A candidatura de Marina Silva (PV) cumpriu o objetivo a que se propôs: provocar o segundo turno nesta campanha eleitoral. O tempo dirá se o seu êxito serviu para fortalecer a democracia ou simplesmente foi utilizada pelas forças conservadoras, para que retornassem ao governo.
Já as candidaturas identificadas com os partidos de esquerda, que utilizaram o espaço eleitoral para defender os interesses da classe trabalhadora, infelizmente tiveram uma votação inexpressiva.
O descenso social que temos há duas décadas em nosso país, a fragmentação das organizações da classe trabalhadora e a fragilidade da política de comunicação com a sociedade certamente influíram no resultado eleitoral. Cabe uma auto-crítica aos partidos políticos que se limitam apenas às campanhas eleitorais para dialogar com a sociedade. E que não falte daqui pra frente trabalho de base e a formação política permanente.
As eleições deste ano demonstraram o poder nefasto e antidemocrático da mídia. Mas, por outro lado, foi potencializada uma rede de comunicadores independentes, comprometidos com a liberdade de expressão e com o direito à informação, e que enfrentam aguerridamente o monopólio dos meios de comunicação em nosso país. São avanços rumo à democratização da informação e na construção de uma comunicação democrática e plural, com a participação da sociedade.
O 2º Turno
Nós reafirmamos nosso compromisso em defesa das bandeiras de lutas da classe trabalhadora e na construção de um país democrático, socialmente justo e soberano. Independentemente do governo eleito, seja ele qual for, iremos lutar de forma intransigente pela expansão das liberdades e dos direitos democráticos oprimidos.
Vamos lutar também por mudanças nas instituições e serviços públicos, em benefício da ampla maioria da população; combater aos monopólios para o desenvolvimento com soberania e distribuição de renda; defender as conquistas trabalhistas, a redução da jornada de trabalho, o direito de greve para os servidores públicos; a Previdência Social pública, de boa qualidade, pelo fim do fator previdenciário.
Defendemos também a realização de uma reforma urbana, com moradia, saneamento básico, transporte público e segurança; a construção de serviços de saúde universal e de boa qualidade; reformas na educação pública e promoção da cultura nacional-popular com caráter universal; o fim do latifúndio, limite do capital estrangeiro sobre os nossos recursos naturais e a realização de uma Reforma Agrária anti-latifundiária; a implantação de novas relações da sociedade com o meio ambiente e efetivação uma política externa de autodeterminação, solidariedade aos povos e que priorize a integração dos povos do continente latino-americano e do Caribe.
Infelizmente, os avanços do governo Lula em direção a essas bandeiras democrático-populares foram insuficientes, em em que pese o acerto de sua política externa. Também nos preocupa constatar que, no arco de alianças da candidatura de Dilma Rousseff, há forças políticas que se contrapõem a essas demandas sociais.
Porém, temos uma certeza: José Serra, por sua campanha, pelo seu governo no Estado de São Paulo e pelos oito anos de governo FHC, tornou-se o inimigo dessas bandeiras de lutas. Pelo caráter anti-democrático e anti-popular dos partidos que compõem sua aliança eleitoral e por sua personalidade autoritária, estamos convictos que uma possível vitória sua significará um retrocesso para os movimentos sociais e populares em nosso país, para as conquistas democráticas em nosso continente e uma maior subordinação ao império dos Estados Unidos. Esse retrocesso não queremos que aconteça.
Nossa posição nessa conjuntura
Assim, os movimentos sociais e a Via Campesina Brasil afirmam o seu apoio e compromisso de lutar para eleger a candidata Dilma Rousseff para o cargo de presidenta do Brasil. Queremos nos juntar aos movimentos sindicais, populares, estudantis, religiosos e progressistas para promover debates com a sociedade, desmascarar a propaganda enganosa dos neoliberais e autoritários e exigir avanços na democracia, nas políticas públicas que favoreçam a população, no combate aos corruptos e corruptores e na democratização do poder em nosso país.
Precisamos derrotar a candidatura Serra, que representa as forças direitistas e fascistas do país. Devemos seguir organizando o povo para que lute por seus direitos e mudanças sociais, mantendo sempre nossa autonomia política frente aos governos.
Conclamamos a militância de todos os movimentos sociais, os lutadores e lutadoras do povo brasileiro, para se engajarem nessa luta, que é importantíssima para a classe trabalhadora.
Vamos à luta!! Vamos eleger Dilma Rousseff presidenta do Brasil.
Via Campesina Brasil
Movimento dos Atingidos por Barragens- MAB
Movimento das Mulheres Camponesas- MMC
Movimento dos Pequenos Agricultores - MPA
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra- MST
Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil- FEAB
Assembléia Popular- PE
Centro de Estudos Barão de Itararé
Fórum Brasileiro de Economia Solidária
Marcha Mundial das Mulheres- MMM
Movimento Camponês Popular- MCP
Rede Brasileira de Integração dos Povos- REBRIP
Rede de Educação Cidadã Sudeste- RECID
Sindicato dos Engenheiros do Paraná- Senge-PR
Uniao de Estudantes Afrodescendentes-UNEAFRO "
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Serra o candidato xuxa

Aumento de 10% para aposentados e salário mínimo de 600 reais são alguma das promessas do Serróquio.


Lula em comício no Pará: 
- São promessas de um candidato Xuxa: na campanha, dá beijim, beijim e depois de eleito, é txau, txau.
- As acusações que estão fazendo a ela é de uma parte da elite que fazia as mesmas acusações ao Ulysses, ao Tancredo Neves, às Diretas Já, a mim em 89, a mim em 94, a mim em 98, fizeram em 2006 e agora estão fazendo contigo a mesma coisa. Essa gente não se conforma que um torneiro mecânico faça mais e melhor que eles. Estão transferindo para você o ódio que acumularam contra mim.
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Quando a biografia desmente o dono

AYRTON CENTENO
    Campanha eleitoral tem mil e uma utilidades. Uma delas é mostrar o que é transformado no que não é. Para isso, serve-se o candidato de sua capacidade de mimetizar referências positivas. No primeiro turno, apontado nas pesquisas qualitativas como o “candidato dos ricos”, José Serra metamorfoseou-se no pobre “Zé da Moóca”, o “amigo do Lula”. Mas a nova identidade não colou. Até seu mentor FHC chiou: “Serra não é Zé, Serra é Serra!” Então, voltou a ser Serra. É do jogo. Mas, convenhamos, o disfarce deste segundo turno vai além do decoro e do respeito às coisas sabidas e consabidas. Agora, Serra ou Zé ou Serra é “o homem do bem”. E é, convenhamos, demais até para as regras complacentes das fantasias eleitorais.
    Adversários e aliados, esquerda e direita, conservadores e progressistas, todo o mundo da política sabe que Serra, Zé ou Serra não cabe no novo figurino.
    “Serra é mais feio na alma do que no rosto”, carimbou Ciro Gomes. Integrante do PSDB até 1996, portanto ex-companheiro de viagem do tucano, Ciro já declarou que Serra “não tem escrúpulos” e “passaria com um trator até por cima da mãe”. Acusou-o de ser truculento e de agir destrutivamente. Ele sabe do que fala. A transformação da internet em uma cloaca nazista, plena de ódio, mentira e preconceito serve como ilustração.
    Relata a crônica política que sua antiga aliada do PFL, Roseana Sarney, e seus companheiros de PSDB, os ex-ministros Paulo Renato e Pedro Malan e o senador Tasso Jereissati – estes três adversários de Serra na disputa interna do PSDB à sucessão presidencial em 2002 – sabem bem como é amarga a condição de quem se atravessa no caminho do “homem do bem”.
    Mas um “homem do bem” precisa ter a coragem de assumir o que faz. Um “homem do bem” precisa dar respostas. E respostas convincentes. Serra, alvo de muitas perguntas, não costuma dá-las.
    Precisa explicar, por exemplo, como seu dileto amigo, primo político e ex-sócio, Gregório Marin Preciado, mais conhecido como “Espanhol”, conseguiu reduzir sua dívida no Banco do Brasil – na época de FHC presidente e Serra ministro — de R$ 448 milhões para apenas R$ 4,1 milhões! Menos de 1% do que devia! Quais dos milhões de credores do BB não gostariam de um tratamento vip desses? Mas não é para qualquer bico e sim para bico de tucano…Pelo menos, parece que naqueles  tempos era assim.
    Precisa explicar porque alojou o mesmo Preciado no conselho de administração do Banespa, banco de todos os paulistas, mais tarde privatizado, segundo o receituário tucano. Não antes do Banespa perder dinheiro grosso em negociações com o dito Preciado.
    Precisa explicar como o “Espanhol”, mesmo quebrado, arranjou US$ 3,2 milhões para depositar no exterior, através da conta Beacon Hill, no banco JP Morgan Chase, em Nova Iorque. Boa parte da bolada favoreceu empresa vinculada a Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de Serra e também de FHC, alvo de vários processos por conta das privatizações da Era Tucana.
    Precisa explicar como e porque seu ex-caixa ajudou o querido primo, antigo sócio e sempre amigo Preciado — este sem vintém e devendo ao Banco do Brasil — a comprar três estatais de energia elétrica – Coelba, da Bahia, Cosern, do Rio Grande do Norte, e Celpe, de Pernambuco. Representante da empresa Iberdrola, da Espanha, Preciado conseguiu, sempre com a mão amiga do ex-caixa de Serra, formar o consórcio Guaraniana que arrematou as três empresas estaduais. E tudo em sociedade com o BB. Ou seja, deu-se uma mágica segundo a qual um grande devedor do BB tornou-se sócio do próprio credor para comprar patrimônio público do povo brasileiro!
    Precisa explicar porque a maior parte do dinheiro de Preciado trafegou no exterior justamente em anos eleitorais, especialmente em 2002, quando o amigo, sócio e primo Serra disputou a Presidência contra Lula. Foram US$ 1,5 milhão. Mera casualidade? Serra deve explicar.
    Precisa explicar porque, junto com o primo e então sócio Preciado, desfez-se às pressas de um imóvel que seria penhorado por dívidas junto ao Banco do Brasil. Teriam praticado aquilo que é conhecido como “fraude pauliana”? Em outras palavras, fraude contra credor, impedindo-o de se ressarcir do dano sofrido?
   Precisa explicar como foi exatamente que sua filha e ex-sócia, Verônica Serra, tornou-se também sócia de outra Verônica, esta Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, na empresa Decidir em Miami. E qual exatamente foi o papel do banco Opportunity, de Dantas, no financiamento da empresa? Dantas que, por outra coincidência, arrematou várias estatais na era de ouro da privataria e, em uma de suas últimas aparições públicas, portava elegantes algemas aplicadas pelo delegado Protógenes Queiroz, da PF.
    Precisa explicar porque, durante muitos anos, omitiu das declarações à Justiça Eleitoral sua sociedade com a filha Verônica na ACP Análise da Conjuntura, firma que operava em São Paulo em imóvel do primo, ex-sócio e amigo Preciado. Por quê?              
    Precisa explicar a penca de empresas de nomes iguais ou similares – como se fosse preciso despistar alguém — abertas por sua ex-sócia e filha, além do genro Alexandre Bourgeois, no Brasil e em paraísos fiscais.
    Precisa explicar porque o alto tucanato abriu tantas empresas em paraísos fiscais do Caribe, notadamente no Citco Building, em Road Town, nas Ilhas Virgens Britânicas, e coincidentemente no tempo das privatizações. De onde saiu tanto dinheiro?
    Precisa explicar, aliás, onde foi parar mesmo o dinheiro das privatizações?
    É árduo senão impossível responder estas perguntas, todas oriundas de reportagens, representações do Ministério Público Federal, ações judiciais e relatórios de CPIs. Perguntar-lhe também tem sido difícil. Não somente pelo compromisso dos donos da mídia com o candidato, mas pela sua recorrente reação às raras questões embaraçosas apresentadas pelos repórteres. O tratamento padrão dado àqueles que dele divergem ou o questionam não ajuda na composição da alegoria de “homem do bem”. As redações sabem que, na pele de Serra ou Zé, a resposta pode ser igualmente brusca e destemperada. Foi assim nesta semana e assim tem sido ao longo de toda a campanha. Mas é um momento jornalisticamente revelador porque o candidato exibe-se inteiro como realmente é: autoritário e prepotente.
    O problema de Serra reside em um ponto: a categoria de “homem do bem” não é autoconcedida. Depende dos outros, de seus juízos e de toda uma história de vida e de escolhas. Do que se fez e do que se deixou de fazer. E do que se está fazendo exatamente agora.
    Serra pode querer ser, por conveniência, o “homem do bem”. Mas sua biografia diz não.

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O segundo turno tende a repetir o primeiro

É o social, estúpido! 

O fato de a eleição ter ido para o segundo turno não altera a probabilidade inicial de vitória de Dilma

A probabilidade de que um acontecimento caminhe em uma determinada direção não deve ser confundida com a intensidade desse acontecimento. 

As chances de vitória de Dilma não se alteraram, ainda que essa vitória possa ser de 51 ante 49% de votos válidos agora no segundo turno. 

É importante dizer isso porque nos últimos dias está ocorrendo uma confusão entre chance de resultado com intensidade do resultado. Para esclarecer isso basta um exemplo simples. 

Muitas vezes é fácil prever que o Banco Central vai aumentar os juros, o que muitas vezes é difícil fazer é prever qual será o tamanho do aumento dos juros. 

A direção do acontecimento é previsível, a intensidade dele, nem tanto. 

Repito, isso se aplica à provável vitória de Dilma. Continua>>>
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Abusei

E para não dizer que não falo das dores, a partir deste momento não falo mais sobre aborto no blog. A quem interesse minha opinião sobre o assunto, pesquise...se quiser. 
Se não quiser...vá xerar xulé! 
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União Civil

Limpida e cristalina Dilma...É isto mesmo.


"O preconceito contra o homossexual, temos que condenar. A parte relativa a criminalizar as igrejas, quando dentro delas existe manifestação que elas não aceitam, isso é um absurdo. Criminalizar é um excesso. Tem que ter equilíbrio. Não podemos exigir que as igrejas aceitem com aquilo que elas não concordam. A lei pune a discriminação e o preconceito. Tem uma parte da lei que está errada, porque torna crime o que não deve ser crime", Dilma.
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A lição que vem do Rio Grande do Sul

AYRTON CENTENO
    Enquanto o Brasil se prepara para escolher entre a continuidade do projeto de Lula e a retomada do período FHC, o Rio Grande do Sul conta nos dedos os dias que restam para encerrar sua primeira e notável experiência com o PSDB no poder. Dela, pelo que disseram as urnas, não terá maiores saudades. O que não quer dizer que não tenha sido inesquecível. Começou antes mesmo de que o governo começasse, quando Yeda Crusius assomou à sacada do Palácio Piratini para desfraldar a bandeira do Rio Grande do Sul de cabeça para baixo. Ou também, semanas antes da posse, quando tramou um tarifaço, evitado pela oposição parlamentar com a anuência de parte dos governistas. Entre eles, seu vice, o empresário Paulo Feijó (DEM), que se pintou para a guerra contra seu próprio governo! O espanto foi ainda maior porque a candidata do PSDB, durante a campanha, jurara que não aumentaria impostos. Quando se elegeu com o slogan “O novo jeito de governar” ninguém imaginava que isto significaria fazer o inverso do que prometera.
    Pode-se dizer muitas coisas sobre o, digamos assim, governo de Yeda, mas ninguém poderá se queixar de enfado, tantas foram as emoções. Como a de conhecer caras novas: antes de concluir três anos de mandato a tucana já trocara 29 secretários! Que foram defenestrados nas mais variadas e, muitas vezes, espantosas circunstâncias. Por exemplo, seu antigo chefe da Casa Civil, Cezar Busatto, foi gravado pelo próprio vice de Yeda. No diálogo, Busatto admite que os partidos da base do governo tucano eram financiados por órgãos públicos, como as estatais de energia elétrica e de água e o departamento estadual de trânsito.
    O Detran, alíás, rendeu uma CPI específica e outra genérica, a CPI da Corrupção. As investigações desvendaram porque o estado emitia a carteira de habilitação mais cara do Brasil. Um secretário, dois assessores e o ex-coordenador de campanha de Yeda disseram, em diferentes ocasiões, ter advertido a governadora sofre a fraude e que ela nada fez. O corpo de um deles, Marcelo Cavalcanti, ex-chefe da representação gaúcha em Brasília, apareceu boiando no lago Paranoá em fevereiro do ano passado. Cavalcanti deporia à Polícia Federal naquele mês. Suicídio, concluiu a polícia um ano mais tarde.
    Em agosto de 2009, o Ministério Público Federal denunciou Yeda e seu então marido Carlos Crusius; sua assessora Walna Menezes; o ex-secretário-geral de governo, Delson Martini; o tesoureiro da campanha estadual do PSDB em 2006, Rubens Bordini; mais o deputado federal José Otávio Germano (PP), ex-presidente do Detran; os deputados estaduais Luiz Fernando Zachia (PMDB) e Frederico Antunes (PP) e o presidente do Tribunal de Contas do Estado, João Luiz Vargas. Todos acusados por improbidade administrativa. Depois, por uma questão de foro, Yeda foi retirada da ação que tramita na Justiça Federal.
    Com Yeda nomeando e o MPF, a Polícia Federal e as circunstâncias políticas desnomeando, não haveria mesmo chance para a monotonia. Uma das últimas cargas jogadas ao mar revolto das crises políticas foi o chefe de gabinete Ricardo Lied. Aposta de Yeda, que o levou para o coração do governo, Lied afastou-se em agosto. Ele é suspeito de comandar um sistema de espionagem de adversários políticos. Na relação de personalidades que tiveram seu sigilo violado figuram o governador eleito Tarso Genro (PT), o empresário Jaime Sirotsky, nome de proa da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), um senador, cinco deputados, promotores, policiais, militares, advogados e jornalistas.
    Deve-se a Lied uma das maiores contribuições para a iconografia da Era Yeda. Tornou-se hit instantâneo a foto que postou na internet. Na praia, o homem de confiança da governadora aparece de sunga, de pé sobre uma mesa usada como um pedestal. Entorna uma cerveja no bico, cercado por dezenas de garrafas. Desafortunadamente, por excesso de zelo e carência de jornalismo, a mídia fez olho branco para o flagrante tão impregnado de simbolismo.
    Quando veio a derrota, a governadora interpretou o recado dos eleitores de maneira peculiar, como é do seu feitio.  Na sua análise, o PSDB e seus aliados representaram “a resistência democrática” no estado, seja lá o que isso signifique. Assim, nomeia-os a “única força política organizada” na campanha local de José Serra no segundo turno.
    No seu blog, a par dos voos analíticos sobre Serra, o PSDB e a resistência democrática, Yeda relata sua relação com as corujas que a visitam no seu gabinete – “tenho aprendido das corujas”, confidenciou — e divaga sobre espectros e criaturas mitológicas, caso dos Dementadores, da série Harry Potter. São entidades malignas que sugam almas e enlouquecem as pessoas. Leitora voraz de literatura fantástica, adverte sobre a “evolução dos ciclos” e a eterna luta contra o “lado escuro da força”.
    Tudo isso é de suma utilidade para o eleitor. Ultrapassando o pitoresco das figuras e das situações, não será tempo perdido para quem ainda está indeciso entre Dilma e Serra debruçar-se sobre o que ocorreu no Rio Grande do Sul. Ao contrário, será sumamente educativo.
    Tarso Genro acena com um governo de concertação. Quer o PDT e o PTB na administração e pretende conversar com o PP e o PMDB. Vai ampliar sua base, dialogar com a sociedade e, pela sua capacidade de gestor e articulador, pode tocar um governo interessante. Porém, se comparado com o de sua antecessora, promete ser um tédio só.

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Cuidado com as regras do jogo


Hélio Campos Mello
Diretor de redação
Meu filho me pergunta sobre as eleições. Ele ainda não vota, mas vive o tiroteio pré-eleitoral que chega também à escola. Explico, então, por que votei em quem votei. Digo que quero que se mantenha o ritmo de crescimento do País dos últimos anos. Que quero a manutenção da obra - que está em andamento - para a construção de uma sociedade livre, que seja mais justa e mais solidária. Digo ao meu filho que, pela minha formação e pela que procuro dar a ele, quero a continuação do trabalho que vem sendo feito para acabar com a pobreza. E, não fosse por princípios, só o fato de hoje eu ser empresário me obrigaria a ver com entusiasmo tudo isso, que é o que me possibilita viabilizar e fazer crescer a editora que publica esta revista. Digo a ele que sei que há muitos problemas, mas que acredito que também há muitas soluções.
Que, sim, concordo, há muita bobagem sendo feita, mas que nossa obrigação é cobrar providências. Exigir soluções. Digo ao Felipe que votei em Dilma Rousseff, a candidata do Lula, e que vou repetir o voto no segundo turno. Explico a ele que assim o fiz porque espero que se dê continuidade a um trabalho e a um gerenciamento que permitiu o crescimento na área econômica e social. Que quero a continuação do respeito conquistado pelo Brasil no resto do mundo. Quero, por exemplo, viajar - como acontece agora, quando escrevo este texto de Frankfurt, na Alemanha, onde vim a uma feira de publicações - e ler, no Financial Times, bem destacada no meio de uma página, a frase: "Countries have been asking Brazil for advice on how it undertook its reforms". "Países têm se consultado com o Brasil sobre como ele procedeu a suas reformas", em um caderno especial sobre governança corporativa. Isso sem falar nas famosas capas da The Economist, como a do Cristo Redentor decolando, nem nas já rotineiras edições especiais que saíram e saem na imprensa internacional, sobre o Brasil, um País que hoje está muito além do samba e do futebol.
À esquerda, a revista alemã GEO, de outubro, traz na capa o título Brasil, o Despertar de uma Superpotência e dedicou 21 páginas ao País; à direita, especial de 100 páginas do Le Monde, de outubro, com chamada de capa Brasil, um Gigante se Impõe; na página 3, o editorial assinado por Martine Jacot leva o título Uma ascensão irresistível - FOTO: Hélio Campos Mello
Digo também que se ele se sentir convencido pelos meus argumentos, que ele chegue às suas próprias conclusões e que as defenda na escola. Que o faça com firmeza, mas com respeito em quem pensa diferente dele. E que tenha a tranquilidade de exigir que também sua opinião seja respeitada. E que o exija com clareza e firmeza.
Digo, e ele sabe, que justamente isso é o que não está acontecendo nesse tiroteio pré-eleitoral que estamos assistindo. Há tudo menos clareza nessa guerra que tem como munição mensagens eletrônicas que se aproveitam do anonimato para criar boatos e espalhar mentiras das quais não há quem consiga se defender. Não há tranquilidade na decisão de um jornal em se vangloriar de assumir uma posição política e de declarar seu voto e, ao mesmo tempo, afastar, demitir, trocar - seja lá o que for - uma colaboradora que pensa e escreve de maneira diferente.
Digo ao meu filho que esta revista que seu pai está construindo pretende manter o propósito de defender um Brasil que respeite as diferenças, coisa que faz desde seu primeiro número. Diferenças raciais, religiosas, de opinião, de opções sexuais e, principalmente neste momento, políticas.
Acrescento que não é bom chegar a conclusões apressadas, movidas por informações dúbias ou não checadas. Como na questão do aborto que parece ter tirado votos da candidata Dilma. Digo que defendo que o que importa para um presidente não seriam suas posições de foro íntimo, mas sim, a sua disposição para aceitar opiniões diversas das suas ou mesmo ter a disposição de colocá-las em discussão.
Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, já pagou preço injusto pelo fato de ter sido induzido a declarar que não acreditava em Deus. Ou de não ter sido suficientemente claro sobre a questão. O que, digamos, tem pouca importância. Importância estava, sim, na disposição que ele mostrou ter, quando Presidente da República, própria de um democrata. Disposição que o postulante deve ter em promover o respeito em quem acredite e em quem não acredite em Deus. Em quem defenda ou em quem não defenda o direito ao aborto.
E que proporcione garantias para a discussão do assunto. O que é um pouco da essência de uma democracia.
Se é o que queremos.
Portanto, que se definam as regras do jogo. E se realmente é democracia o que queremos é bom respeitar as diferenças.
       Ver matéria

Agressiva não. assertiva!

Dilma foi muito clara ao refutar as afirmações de que há "agressividade" de sua parte nesta nova fase da campanha eleitoral, principalmente a partir do 1º debate do 2º turno promovido pela Rede BAND de Rádio e TV.

Os que vêem agressão apontam o fato dela ter lembrado a frase dita por Mônica Allende Serra, mulher do candidato tucano, José Serra (PSDB-DEM-PPS) a um evangélico em Nova Iguaçu (RJ) no último dia 14, referindo-se a Dilma: "Ela é a favor de matar criancinhas".

"Eu não usaria a palavra 'agressivo' (para o debate/campanha). Eu acho que mais 'assertivo', porque não houve nenhum ataque pessoal. Houve afirmação de propostas. Agressiva ela [a disputa] esteve no 1º turno, quando houve a campanha de boatos e as pessoas que acusavam não apareciam", acentuou Dilma durante participação em evento de rua do Dia da Criança em Brasília 

O que Dilma fez no debate, como ela bem esclarece, foi repetir o que saiu em toda a mídia. "Eu fui atacada de forma clara. E quem deixou claro que eu estava sendo atacada até foram vocês [jornalistas], que registraram em todos os jornais há um mês atrás a fala da senhora Mônica Serra contra mim."

Dilma lembrou que "não era uma fala suave, era que a Dilma (disse Mônica Serra) é a favor de matar criancinhas. De fato, um absurdo notório. Então, eu não acusei ninguém de nada. Constatei o que vocês noticiaram e está gravado."

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Vamos politizar a campanha

Depois do debate da Rede Bandeirantes de Rádio e TV  a campanha mudou de rumo e o candidato conservador da oposição a presidente da República, José Serra (PSDB-DEM-PPS) Serra entrou na defensiva em relação à nossa, Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados).

Agora, ele não tem como fugir,  tem que falar do Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto - que fugiu com R$ 4 milhões do caixa do PSDB conforme denuncia uma ala tucana - e da campanha difamatória e caluniosa que move contra nossa candidata. Depois do confronto na BAND José Serra tem que explicar a privatização do pré-sal que ele defende e prestar contas ao pais sobre o governo FHC.

A nós, militantes, simpatizantes, eleitores, cidadãos do PT e dos partidos aliados - mais os governadores, senadores, deputados federais e estaduais eleitos, petistas e dos partidos da base do governo - cabe, como única resposta fazer campanha.

Politizar ao máximo a campanha

Agora é ir para as ruas e para o corpo a corpo. Temos que politizar ao máximo a campanha, sair do terreno das questões religiosas caluniosas que a campanha de Serra organizou contra nós.

Ainda ontem, em Aparecida do Norte (SP), aproveitavam o dia da padroeira do Brasil para distribuir panfletos de incitação ao ódio religioso - panfletos de uma manifestação da Regional CNBB 1  - Sul, que a conferência Nacional dos Bispos do Brasil já explicou não representa a posição da entidade e nem a da Igreja.

Embora o texto seja da CNBB 1 Sul, a exploração é feita de forma subreptícia, sem que os responsáveis assumam, embora se saiba, com certeza quem são os rsponsáveis por isso. Mas, a eleição não vai se decidir nas pesquisas, como aliás o 1º turno provou.

Vai ser decidida na disputa política e nas ruas. As pesquisas não passam de uma fotografia e da indicação de tendências que precisamos saber ler e tomar as medidas políticas necessárias na campanha para manter nosso eleitorado conosco e ganhar os indecisos.

Colar dilma na campanha do 2º turno nos Estados

Daí a importância da comunicação na TV e do debate político que se expressa no horário eleitoral, nas entrevistas e nos debates na TV e nas rádios. Nos Estados temos que consolidar e crescer no Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Temos que crescer no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, manter nossa votação em Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

Agora, em 8 Estados teremos 2º turno - no Pará e em Brasília com candidatos do PT; , BSB e Pará, nos demais apoiamos candidatos coligados. Em todos precisamos cuidar para que a campanha da Dilma ocupe seu lugar na disputa principal que é o governo desses Estados.

No 2º turno e principalmente no pós debate-BAND o centro da disputa mudou. Precisamos de material e palavras de ordem na linha que nossa candidata deu no confronto com o adversário. Nossa militância e nossos aliados, nossos prefeitos, vereadores, parlamentares e governadores eleitos já estão nas ruas. Confiança, então, militância! Temos tudo para vencer e vamos ganhar.


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José Serra se complica com Preto

Depois de negar, José Serra admite conhecer e defende acusado de sumir com 4 milhões da sua campanha

Na enxurrada de denúncias entre os candidatos à Presidência, uma pergunta da petista Dilma Rousseff, feita ao tucano José Serra no debate da Band, no último domingo, só foi respondida ontem. Mesmo assim, após o acusado cobrar resposta de Serra, que chegou a negar que o conhecia, mas depois admitiu o contrário. Dilma se referiu ao engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto ou Homem-Bomba, que, segundo reportagem da revista ‘Isto É’ publicada em agosto, arrecadou pelo menos R$ 4 milhões para a campanha eleitoral, sem que os recursos tenham chegado ao caixa do comitê de Serra.

Ontem, no jornal ‘Folha de S.Paulo’, Paulo Preto, ex-diretor da Dersa — estatal paulista responsável pelas principais obras viárias do estado, como o Rodoanel, investimento de mais de R$ 5 bilhões — cobrou de Serra resposta às acusações. “Não somos amigos, mas ele (Serra) me conhece muito bem. Ele tem que responder”. 


À Folha, o engenheiro negou ter arrecadado recursos para o PSDB, mas diz que “criou as melhores condições para que houvesse aporte de recursos”. “Não se larga um líder ferido na estrada, a troco de nada. Não cometam esse erro”, disse ele, em recado direto a líderes tucanos.



No dia seguinte ao debate, em entrevista ao portal Terra, Serra afirmou que “não sabia quem era Paulo Preto”. “Nunca ouvi falar. Ele é um factoide”, disse. Após carreata em Goiânia (GO), Serra parece ter mudado de opinião.



O tucano passou a se referir a Paulo Preto como inocente. “Vamos deixar claro. A Dilma chegou no debate e disse que tinha havido um desvio de R$ 4 milhões na minha campanha. Ou seja, que alguém contribuiu e não chegou à minha campanha. Isso não é verdade. Ele (Paulo Preto) é totalmente inocente. Ele não fez nada disso”, disse Serra.



Na entrevista da ‘Isto É’, Paulo Preto é criticado por Eduardo Jorge, vice nacional do PSDB. “Ele arrecadou por conta própria, sem autorização do partido”, disse. A revista também cita a investigação Castelo de Areia, da Polícia Federal, em que Paulo Preto aparece como uma das pessoas que teriam recebido propina de uma empreiteira.


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Aborto, a fraude

Se Dilma Rousseff perder a eleição por causa do aborto será um vexame. Um vexame para o Brasil.

Muitas críticas legítimas podem ser feitas – e têm sido feitas – à candidata do PT. Mas levar sua frase a favor da descriminalização do aborto  para o centro do debate sucessório é casuísmo rasteiro. É desonesto.

Há várias razões para se considerar a hipótese de um governo Dilma arriscada e problemática. Elas têm sido expostas fartamente na campanha. Se o eleitorado será ou não sensível a elas, é problema do eleitorado.

Mas, definitivamente, não é a posição de Dilma sobre o aborto que fará dela uma boa ou má presidente.

Se os métodos políticos da candidata de Lula são condenáveis, a pegadinha do aborto iguala os críticos de Dilma ao que deploram nela. É jogo sujo.

O PT já cansou a beleza do Brasil com o politicamente correto como fachada do administrativamente incorreto – os fins nobres justificando os meios torpes.

A oposição, pelo visto, quer aderir ao lema, com sua evangelização eleitoral. É o caixa dois da moralidade.

Não há absurdo algum no que Dilma Rousseff declarou sobre o aborto. Trata-se de um assunto complexo, grave, que não está resolvido em lugar algum do mundo. Nem os filósofos deram, até hoje, uma boa resposta para o drama da gravidez indesejada.

A única certeza é que o Brasil o trata com proverbial hipocrisia. A ponto de uma candidata a presidente ter que fugir dele para não perder uma eleição. Chocante.

No debate da TV Bandeirantes, a candidata do PT voltou ao fetiche da privatização, com uma mistificação bizarra sobre uma suposta entrega do pré-sal aos estrangeiros. Táticas desse tipo precisam ser desmascaradas.

Mas os que carimbam Dilma como a candidata do aborto não têm autoridade para tal. Estão todos irmanados na fraude.

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9 passos de cura para os "Caluniadores anônimos".

Só por hoje, vou procurar viver unicamente o dia presente, sem tentar ganhar a eleição da Dilma a qualquer preço. Não vou mentir, espalhar boatos, disseminar o ódio contra o Lula, a Dilma e o PT. Durante 12 horas posso fazer qualquer coisa que me assustaria se eu pensasse que tinha de a fazer por uma vida inteira.

2- Só por hoje vou estar feliz. Não vou ter aquela cara de desgosto como se o país tivesse na beira do precipício do tempo FHC. Sei que mesmo adepto do Serra, posso ser feliz de forma limpa, votar pelo o que meu candidato é, não inventando mentiras.

3- Só por hoje, vou tentar ajustar-me à realidade que o Brasil mudou e não tentar adaptar tudo aos meus próprios desejos. Vou aceitar a minha sorte como ela vier e vou moldar-me a ela.

4- Só por hoje, vou tentar fortalecer o meu espírito democrático. Estudarei e vou aprender alguma coisa útil em relação ao Brasil. Não vou manter o meu espírito ocioso só espalhando spams falsos. Vou ler alguma coisa que exija esforço, pensamento e concentração, não só ouvir o Alexandre Garcia e o Arnaldo Jabor.

5- Só por hoje, vou exercitar a minha alma de três maneiras: vou fazer passar um dia sem disseminar mentiras contra a Dilma; não vou mostrar a ninguém que não tenho argumentos a favor do PSDB e Serra e mesmo sabendo que poderei estar magoado porque o governo FHC é o presidente mais impopular da história, não revelarei a minha dor.

6- Só por hoje, vou não vou ser ser igual ao vice Índio da Costa. Vou apresentar-me aos outros da melhor maneira possível: nao vou charmar Lula de bêbado, não vou condenar os homossexuais e vou agir delicadamente em relação aos nordestinos; não farei críticas aos "blogs sujos" e não vou ter nada de negativo que dizer aos outros em relação a TV Brasil e não vou tentar melhorar nem controlar as pessoas com discursos religioso.

7- Só por hoje, não vou ler a Veja, a Folha, o Estadão e o Globo. Pode ser que eu não o siga a rigor, mas vou tentar. Vou evitar estas pragas: ter a consciência que fui manipulado e gostar disto.

8- Só por hoje, vou ter uma meia hora tranquila, sem a TV Globo. Durante essa meia hora, em determinado momento, vou procurar ter uma melhor perspectiva da minha vida e do futuro do Brasil.

9- Só por hoje não vou ter ódio. Muito em especial não vou ter ódio de quem enxerga e aprecia a beleza de viver em um Brasil valorizado e com inclusão social e de acreditar que aquilo que eu der ao Brasil o Brasil me devolverá, desde que eu não dessimine meus rancores e minha invenja.

Concedei-me Senhor serenidade para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar aquelas que posso, e sabedoria para distinguir umas das outras."

Colaboração da revista www.novae.inf.br para um mundo melhor

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Nocaute

Por motivo de força maior não assiste o debate entre os presidenciaveis na Band. Qual foi o motivo? Fiz questão de não assistir para saber o resultado de quem foi melhor através do que escreveriam as penas alugadas dos demotucanos. Pois bem, li ontem e hoje o que escreveram os puxa saco do Serróquio e qual a conclusão? Ele foi massacrado, nocauteado, Dilma passou por cima dele como um trator. 


Ficou mais que claro a Dilma  em estado puro é muito mais competente e agrada mais que aos eleitores que a Dilma dos marqueteiros. 

Nos próxims debate o Serra vai entrar com mais responsabilidade ainda de se sair bem. Mas, se partir para o ataque periga levar um contragolpe demolidor e se ficar nas cordas então é que Dilma o nocauteia de vez.

Como diz o ditado popular, Se Serra ficar a Dilma pega pega se correr a Dilma come.

Hora de comparar projetos

 As fileiras tucanas estão exultantes com o segundo turno para as eleições presidenciais: a sobrevida de José Serra na disputa foi vista como uma grande vitória para o partido. Mas essa é uma leitura enviesada e bastante questionável.

Inicialmente, porque as grandes vitoriosas no primeiro turno das eleições foram as duas candidatas mulheres: Dilma Rousseff, que confirmou o que já era esperado e somou 47,6 milhões de votos, quase vencendo no primeiro turno; e Marina Silva, uma candidata que partiu do zero e alcançou notáveis 19% dos votos.
Mas a pauta do segundo turno estará voltada à comparação das propostas de Dilma e Serra e também do que fizeram o Governo Lula e a gestão Fernando Henrique Cardoso. Esse confronto se dará em um contexto em que Dilma obteve 14 milhões de votos a mais que Serra no primeiro turno e em que a oposição colecionou revezes.
O saldo negativo para a oposição inclui as cadeiras no Congresso Nacional: o PSDB perdeu representantes que fizeram oposição sistemática e até raivosa no Senado —entre eles, Tasso Jereissati e Arthur Virgílio, reprovados nas urnas. Juntos, PSDB, DEM e PPS viram a bancada da oposição na Câmara perder 42 vagas.
Mas a maior dificuldade que os tucanos terão neste segundo turno é fazer um debate programático, de comparação dos dois modos de governar e das propostas apresentadas. O candidato José Serra passou o primeiro turno inteiro fugindo disso, escondendo FHC e como o PSDB agiu quando foi governo. Mas também adotou uma linha de não apresentar um programa de governo e ficar prometendo coisas aqui e ali.
Serra vai tentar focar sua campanha apenas na comparação das biografias, mas não tem como negar que Dilma tem excelente trabalho prestado ao Governo Lula, tanto no Ministério de Minas e Energia, quanto na Casa Civil, coordenando programas bem-sucedidos como o “Minha Casa, Minha Vida”, o “Luz para Todos” e o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento).
Além desses programas, o Governo Lula deixa um legado positivo ao país, que nos permitiu ganhar prestígio internacional, crescer de forma vigorosa com geração de empregos, fortalecer a indústria nacional (com possibilidade de nos tornarmos a quinta economia mundial na próxima década) e melhorar nos indicadores sociais.
Some-se a isso a democratização do acesso à renda, conduzida por meio de programas de transferência de renda como o Bolsa Família, a política de valorização constante do salário mínimo e a facilitação de crédito para a população. Foram decisões políticas que permitiram a mais de 28 milhões de pessoas que viviam em situação de miséria ingressar na roda da economia, tornando-se consumidoras-cidadãs. Nada disso se viu na gestão de FHC e Serra.
Sem a competência de Dilma à frente do Ministério de Minas e Energia (onde conduziu o programa Luz para Todos) e na Casa Civil, período em que coordenou os PACs 1 e 2, o Governo Lula não teria sido tão eficiente. Já Serra representa, como ministro do Planejamento de FHC, o apagão, a dívida externa nas alturas, o desemprego em massa e a ausência de programas sociais capazes de mudar a vida das pessoas.
Esse conjunto de transformações não terá continuidade com Serra. Afinal, é Dilma a candidata que representa esse projeto. Por isso, entre outras coisas, consta de seu programa de governo: construir 6.000 creches; levar adiante o PAC 2 para preparar o país para a Copa e as Olimpíadas e atacar de vez os principais problemas das grandes cidades (mobilidade, moradias em situação de risco, trânsito, saneamento); construir 500 UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento), utilizar recursos do pré-sal em educação, saúde e proteção ao meio ambiente; e levar para todo o país o modelo das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), de parceria entre governos municipal, estadual e federal para combater a violência, programa que tem trazido ótimos resultados no Rio de Janeiro.
O povo brasileiro já conhece as duas histórias e fará sua escolha entre o Brasil que cresce de forma sustentável a caminho de se tornar uma potência, representado por Dilma e o Governo Lula, e o país que estava definhando política, econômica e socialmente, representado por FHC e Serra. O brasileiro reconhecerá em Dilma a candidata que irá continuar a obra de Lula na mesma direção, a primeira mulher presidente do Brasil.
José Dirceu

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