As especulações contra a Petrobras e o pré-sal

A CVM - Comissão de Valores Mobiliários -, BC - Banco Central -, Sisbin - Sistema Brasileiro de Inteligência - e PF - Polícia Federal - terão que investigar a origem dos boatos e punir os inresponsáveis e desonestos que se beneficiaram com eles.
Pré-sal 1
Os boatos do final de semana, mais o debate dos presidenciáveis na TV Bandeirantes, acabou trazendo de novo o pré-sal para o centro dos acontecimentos. Para alguns analistas, o pré-sal somente começará a trazer resultados em 2020. Há uma visão míope desse processo. O início dos trabalhos, com as encomendas da Petrobras, já começou a movimentar a economia, agitando vários setores.
Pré-sal 2
O modelo atual permitiu ao Estado brasileiro definir as etapas do pré-sal. Quando começar a produção, haverá recursos para o fundo social – com destinação já definida por lei. Antes disso, exigências de índices de nacionalização nos equipamentos adquiridos estão permitindo o renascimento da indústria naval e de toda a cadeia de fornecedores.
Pré-sal 3
O jornalista George Vidor, de O Globo, publicou estudo importante sobre o tema, preparado pela Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore. Segundo os dados, durante o próximo mandato presidencial, o setor de petróleo deverá dobrar sua participação no Produto Interno Bruto (PIB), chegando a 20%. Isso se os demais setores crescerem entre 4 e 5% ao ano no período.
Pré-sal 4
O presidente da Associação, Augusto Mendonça, crê que o setor será duas vezes maior que a indústria de eletrodomésticos, empregando diretamente mais de 100 mil pessoas, quase o mesmo tanto do setor automobilístico. Hoje em dia, a construção naval emprega 65 mil pessoas. Mas o país ainda precisará ainda de três a quatro novos grandes estaleiros e outros quatro de médio porte, além dos que já estão em fase de implantação e funcionamento.
Pré-sal 5
Nas quatro primeiras rodadas de licitação, os vencedores se comprometeram a adquirir cerca de 30% de conteúdo nacional em equipamentos e serviços. Nas próximas rodadas o compromisso deverá ser bem maior. Segundo Augusto, esse ritmo de investimentos (de US$ 15 bi/ano) dependerá da manutenção da Petrobras como única operadora, de sua boa vontade em adquirir equipamentos brasileiros e da indústria conseguir reduzir seus custos.
Pré-sal 6
O artigo termina com os reflexos do pré-sal na economia do Rio de Janeiro. Há décadas o país não tinha empreendimentos novos em siderurgia, refino de petróleo, na petroquímica e nos portos nas dimensões dos que estão em execução no RJ. O Secretário Estadual de Desenvolvimento, Julio Bueno, constatou que serão os empreendimentos típicos do século 20 que ajudará a alavancar a economia do século 21.  

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FHC e a Contra Reforma Tucana

Fernando Henrique Cardoso é hoje um velho solitário de Higienópolis, por onde zanza, esquecido, entre moradores indiferentes.  Pelas ruas do nobre bairro paulistano, FHC nem curiosidade mais desperta nos transeuntes, embora muitos deles o aceitem como mau professor da aula magna do neoliberalismo ainda ensaiada, agora em ritmo de Marcha sobre Roma, pelo candidato José Serra, herdeiro político a quem despreza. 
Serra escondeu Fernando Henrique ao longo de toda a campanha eleitoral para só resgatá-lo quando, desfeita qualquer possibilidade de uma vitória digna, os tucanos embicaram em direção à vala golpista do moralismo anti-aborto, do terrorismo religioso e da malandragem política que faz de demônios miúdos símbolos sagrados da cristandade.
FHC é ateu, embora tenha passado seus oito anos de mandato escapulindo das patrulhas religiosas, diga-se, sem muito esforço, apoiado que era pela mídia e pelas representações do grande capital. Era, por assim dizer, um santo do pau oco ostensivamente tolerado por cardeais do PFL que o controlavam, beatos interessados em dividir o pão das estatais a preço de banana ao mesmo tempo em que vendiam indulgências políticas aos cristãos-novos do PSDB, estes, alegremente ungidos pelo papa ACM I, o Herético. Não por outra razão, céu e inferno se moveram, em conluio, para esconder na Espanha o filho bastardo de Fernando Henrique com uma repórter da TV Globo enquanto durasse, na Terra, o reinado do príncipe dos sociólogos. Assim foi feito. Fiat voluntas tua.
Anjo caído na Praça Vilaboim, FHC não é mais sombra do que era, pelo contrário, circula entre os mortais a remoer, aqui e ali, a mágoa de ter sido esquecido pelos que tanto comeram em sua mão. Mesmo agora, que Serra, abençoado pela Padroeira e batizado nas pias da TFP, encorajou-se a falar das privatizações, o velho ex-presidente sabe que, para ele, mesmo as semelhanças se tornaram distantes. Porque se FHC se moveu para a direita pelo viés econômico, embalado pela onda mundial da globalização made USA, Serra decidiu se jogar no precipício do fascismo sem máscaras nem rede de segurança, disposto a arreganhar os dentinhos para defender os fetos que Dilma Rousseff pretende assassinar, segundo avaliação criteriosa de Mônica Allende Serra, postulante ao cargo de primeira-dama e, provavelmente, ao de inquisidora-mor do Santo Ofício tucano.
De alguma maneira, no entanto, nos passos solitários que dá entre a banca de jornal e a padaria da dourada comunidade onde vive, Fernando Henrique Cardoso deve ter lá seus momentos de depressão mundana, ainda que, movido pela vingança, nada faça para conter a insensatez e o ridículo de seus correligionários e velhos companheiros empenhados, no alvorecer do século XXI, a jogar a política brasileira nas trevas da Idade Média. Faria melhor, na quadra da vida em que se encontra, se barrasse, com a autoridade que lhe resta, essa cruzada insana.
Fernando Henrique sabe que foi graças a ele, às alianças e escolhas que fez, que o PSDB, força política nascida como anunciação de novos tempos de ética e de igualdade social, transformou-se na trombeta do apocalipse da Opus Dei, seita fundamentalista católica onde se ajoelha e reza o governador eleito de São Paulo Geraldo Alckmin.
Não é possível não lhe vir, lá no fundo do peito, um quê de amargura ao vislumbrar o quão graúdas e salientes se tornaram as serpentes que plantou em ovos na democracia brasileira, sobretudo a mais virulenta delas, em plena e venenosa atividade, entocada no Supremo Tribunal Federal.
Talvez seja a hora de FHC se confessar.
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Vamos politizar a campanha

Depois do debate da Rede Bandeirantes de Rádio e TV  a campanha mudou de rumo e o candidato conservador da oposição a presidente da República, José Serra (PSDB-DEM-PPS) Serra entrou na defensiva em relação à nossa, Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados).

Agora, ele não tem como fugir,  tem que falar do Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto - que fugiu com R$ 4 milhões do caixa do PSDB conforme denuncia uma ala tucana - e da campanha difamatória e caluniosa que move contra nossa candidata. Depois do confronto na BAND José Serra tem que explicar a privatização do pré-sal que ele defende e prestar contas ao pais sobre o governo FHC.

A nós, militantes, simpatizantes, eleitores, cidadãos do PT e dos partidos aliados - mais os governadores, senadores, deputados federais e estaduais eleitos, petistas e dos partidos da base do governo - cabe, como única resposta fazer campanha.

Politizar ao máximo a campanha

Agora é ir para as ruas e para o corpo a corpo. Temos que politizar ao máximo a campanha, sair do terreno das questões religiosas caluniosas que a campanha de Serra organizou contra nós.

Ainda ontem, em Aparecida do Norte (SP), aproveitavam o dia da padroeira do Brasil para distribuir panfletos de incitação ao ódio religioso - panfletos de uma manifestação da Regional CNBB 1  - Sul, que a conferência Nacional dos Bispos do Brasil já explicou não representa a posição da entidade e nem a da Igreja.

Embora o texto seja da CNBB 1 Sul, a exploração é feita de forma subreptícia, sem que os responsáveis assumam, embora se saiba, com certeza quem são os rsponsáveis por isso. Mas, a eleição não vai se decidir nas pesquisas, como aliás o 1º turno provou.

Vai ser decidida na disputa política e nas ruas. As pesquisas não passam de uma fotografia e da indicação de tendências que precisamos saber ler e tomar as medidas políticas necessárias na campanha para manter nosso eleitorado conosco e ganhar os indecisos.

Colar dilma na campanha do 2º turno nos Estados

Daí a importância da comunicação na TV e do debate político que se expressa no horário eleitoral, nas entrevistas e nos debates na TV e nas rádios. Nos Estados temos que consolidar e crescer no Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Temos que crescer no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, manter nossa votação em Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

Agora, em 8 Estados teremos 2º turno - no Pará e em Brasília com candidatos do PT; , BSB e Pará, nos demais apoiamos candidatos coligados. Em todos precisamos cuidar para que a campanha da Dilma ocupe seu lugar na disputa principal que é o governo desses Estados.

No 2º turno e principalmente no pós debate-BAND o centro da disputa mudou. Precisamos de material e palavras de ordem na linha que nossa candidata deu no confronto com o adversário. Nossa militância e nossos aliados, nossos prefeitos, vereadores, parlamentares e governadores eleitos já estão nas ruas. Confiança, então, militância! Temos tudo para vencer e vamos ganhar.


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Pré-sal: Proposta que muda regime de produção e exploração é o principal alvo do bloco PSDB-DEM)

Tucano reitera sua posição contra a Petrobras ser operadora do pré-sal e o Estado proprietário desta riqueza. Se isto não é ser a favor da privatização do pré-sal, é o que?...

Posição de David Zylberstajn coincide com as propostas das grandes empresas petrolíferas
David Zylberstajn, o assessor técnico para a área de energia da campanha do candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, emitiu comunicado desmentindo sua qualidade de assessor. Ele acusa Dilma de inverdade. Sua condição de assessor porém, foi noticiada em 6 de outubro em entrevista de Zylberstajn ao jornal VALOR. Só no dia 12 de outubro ele decidiu desmentir. Foi como assessor e até conselheiro do candidato Serra, que Zylberstajn falou ao VALOR. A matéria de VALOR levava como título“Assessor sugere modelo antigo para pré-sal” e foi realizada pela jornalista Juliana Ennes, do VALOR. Ela começava assim:
“David Zylberstajn, assessor técnico para a área de energia da campanha do candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, disse ontem que aconselha o candidato a desistir da proposta do atual governo de modificar o modelo de concessão de campos de petróleo para o modelo de partilha, no caso dos blocos do pré-sal” (verAssessor de José Serra sugere revogar o atual marco regulatório para o pré-sal).
Assessor e conselheiro, foi assim apresentado e não foi desmentido. Por tanto, a acusação agora que Dilma falou uma inverdade sobre sua condição de assessor só pode se explicar pela vontade de proteger o candidato Serra das posições defendidas por David Zylberstajn. Posições estas, diga-se de passagem, defendidas por vários tenores da oposição durante o debate do pré-sal no Congresso.
Por exemplo, “O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) sinalizou ontem que é hora de a oposição subir o tom em relação às propostas para o novo marco regulatório do pré-sal. Em sua apresentação no Debate Estadão “O Futuro do Pré-Sal”, Jereissati fez coro às críticas das petroleiras privadas contra a exclusividade de operação da Petrobrás e alertou para riscos a outros setores da indústria (Estadão 1/10/2009 -Jereissati (PSDB) faz coro às críticas das petroleiras privadas contra a exclusividade de operação da Petrobrás).
PSDB e DEM, como Zylberstajn, manifestaram sua oposição com igual força.“Somos contra o regime de partilha por duas razões: ele é inconstitucional e pela defesa que nos cabe fazer do modelo atual: o regime de concessão fortaleceu a Petrobras”, diz Rodrigo Maia. “Fortaleceu as empresas e permitiu que elas investissem no setor sem excluir o Estado. É um modelo nem liberal, nem estatizante. É híbrido”, acrescentou” (Valor – 28/9/2009 - Pré-sal: Proposta que muda regime de produção e exploração é o principal alvo do bloco PSDB-DEM).
“A previsão legal de um monopólio ou reserva de mercado para a Petrobrás não se justifica em hipótese alguma”, afirmou o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) na justificativa de uma das emendas ao projeto que estabelece o modelo de partilha de produção” (Estadão 22/9/2009 - Oposição ataca monopólio da Petrobrás no pré-sal).
Em 18 de setembro 2009, Folha revelou que os deputados José Carlos Aleluia (DEM-BA), Eduardo Sciarra (DEM-PR) e Eduardo Gomes (PSDB-TO) apresentaram separadamente emendas ao projeto do governo Lula, com textos idênticos. E depois surgiram novas emendas “clonadas”, assinadas pelos deputados José Aníbal (PSDB-SP) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS), assim como Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM na época, e Arnaldo Jardim (PPS-SP). Segundo a Folha, “Teor das propostas coincide com posição de grandes petrolíferas; deputados admitem que seguiram orientação do setor”(Folha - Oposição “clona” emenda de petrolíferas. Teor das propostas coincide com posição de grandes petrolíferas).
Agora novamente, Zylberstajn reitera, no seu comunicado de ontem, sua oposição ao controle estatal do petróleo e gás do pré-sal e também à designação da Petrobras como operadora obrigatória da exploração dessa riqueza. Na entrevista ao VALOR, que Zylberstajn esquece de mencionar no seu comunicado, ele já apregoava voltar ao sistema de concessão onde o petróleo pertence às empresas e o Estado recebe uma taxa sobre sua exploração. Ele até alertava para o custo político de entregar o pré-sal para as empresas petrolíferas. Segundo VALOR, “Ele lembrou, no entanto, que o custo político da decisão é somente o candidato quem pode avaliar e é isso que deve nortear a decisão final de se adotar ou não o modelo de partilha no pré-sal”.
Para entender o debate sobre concessão e partilha, digamos resumidamente que o sistema vigente introduzido por FHC na exploração do petróleo era o da concessão. Nele a empresa fica proprietária do petróleo que descobrisse nas prospecções e a ela concedido em propriedade, devendo pagar pela concessão. Quando foi descoberto o pré-sal, o governo Lula suspendeu a lei para os campos do pré-sal e elaborou um novo marco regulatório que faz do pré-sal uma riqueza propriedade do povo brasileiro, gerido pelo Estado e outorga a Petrobras o papel de operador obrigatório na extração e exploração.
Zylberstajn pretende que a manutenção do sistema de concessão, fora do pré-sal, seria a prova da má-fé do PT e de sua candidata. Acontece que o governo Lula respeita os contratos e não considerou oportuno se engajar em um processo com resultados incertos que revertessem algumas das privatizações realizadas pelos governo que o precederam. Fora o fato do PT não ser a priori contrario a certas privatizações quando o interesse nacional e público assim o exigem. No caso específico, quando a dimensão da descoberta do pré-sal e seu potencial como passaporte para o futuro da nação ficaram em evidência, o governo Lula assumiu a responsabilidade de sustar o sistema de concessões privilegiado pelos tucanos e defender a propriedade estatal sobre o petróleo do pré-sal. A proposta de Zylberstajn é de reverter isto e privatizar essa riqueza, voltando ao sistema anterior por eles implementado.
Exatamente como Dilma Rousseff denunciou no debate da Band.
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José Serra se complica com Preto

Depois de negar, José Serra admite conhecer e defende acusado de sumir com 4 milhões da sua campanha

Na enxurrada de denúncias entre os candidatos à Presidência, uma pergunta da petista Dilma Rousseff, feita ao tucano José Serra no debate da Band, no último domingo, só foi respondida ontem. Mesmo assim, após o acusado cobrar resposta de Serra, que chegou a negar que o conhecia, mas depois admitiu o contrário. Dilma se referiu ao engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto ou Homem-Bomba, que, segundo reportagem da revista ‘Isto É’ publicada em agosto, arrecadou pelo menos R$ 4 milhões para a campanha eleitoral, sem que os recursos tenham chegado ao caixa do comitê de Serra.

Ontem, no jornal ‘Folha de S.Paulo’, Paulo Preto, ex-diretor da Dersa — estatal paulista responsável pelas principais obras viárias do estado, como o Rodoanel, investimento de mais de R$ 5 bilhões — cobrou de Serra resposta às acusações. “Não somos amigos, mas ele (Serra) me conhece muito bem. Ele tem que responder”. 


À Folha, o engenheiro negou ter arrecadado recursos para o PSDB, mas diz que “criou as melhores condições para que houvesse aporte de recursos”. “Não se larga um líder ferido na estrada, a troco de nada. Não cometam esse erro”, disse ele, em recado direto a líderes tucanos.



No dia seguinte ao debate, em entrevista ao portal Terra, Serra afirmou que “não sabia quem era Paulo Preto”. “Nunca ouvi falar. Ele é um factoide”, disse. Após carreata em Goiânia (GO), Serra parece ter mudado de opinião.



O tucano passou a se referir a Paulo Preto como inocente. “Vamos deixar claro. A Dilma chegou no debate e disse que tinha havido um desvio de R$ 4 milhões na minha campanha. Ou seja, que alguém contribuiu e não chegou à minha campanha. Isso não é verdade. Ele (Paulo Preto) é totalmente inocente. Ele não fez nada disso”, disse Serra.



Na entrevista da ‘Isto É’, Paulo Preto é criticado por Eduardo Jorge, vice nacional do PSDB. “Ele arrecadou por conta própria, sem autorização do partido”, disse. A revista também cita a investigação Castelo de Areia, da Polícia Federal, em que Paulo Preto aparece como uma das pessoas que teriam recebido propina de uma empreiteira.


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Crescimento industrial

O noticiário nacional nem sempre reflete os fatos econômicos favoráveis registrados nas regiões desvinculadas do hegemônico Centro-Sul. Por isso, há pouca divulgação, em termos nacionais, quando a produção industrial do Ceará registra o maior crescimento, no País, como ocorreu em agosto passado, comparado com igual período de 2009.O avanço de 17,4% situa-se bem acima da média nacional, de 8,9%.

Na economia frágil do Ceará, sujeita a variáveis diversificadas, o incremento da produção, de 16,6%, entre janeiro e agosto, em relação aos mesmos meses do ano passado, representa um grande esforço de seus empreendedores. Em igual faixa de tempo, a expansão brasileira só conseguiu alcançar 14,1%. O feito do Ceará, longe de ser um fato isolado, representa o sexto maior avanço em relação às 14 regiões levantadas pelo IBGE e integrantes de sua Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física Regional.

Esse desempenho positivo tem igual repercussão quando se projeta para todas as regiões geoeconômicas analisadas, demonstrando, assim, não ser apenas fato isolado de um ou outro segmento industrial. Os outros Estados com aquecimento na produção de agosto foram o Pará (2,4%), Rio de Janeiro (1,6), São Paulo (1,3%) e Santa Catarina (0,1%). Em nove outras regiões houve recuo acentuado.

Para os especialistas, o fato denota a inserção da indústria do Ceará num ciclo ascendente, iniciado desde o ano passado, embora variando para maior ou menor, conforme os fatores sazonais. Esse desembaraço da indústria não é um fenômeno isolado. Reflete a expansão econômica como um todo, na qual o segmento industrial representa 25% de seus resultados. Como tem de ser vista no contexto estrutural, comprova-se assim um estágio econômico em ascensão.

Pelo estudo mensal do IBGE, o crescimento econômico de 17,4% resulta da contribuição ascendente do setor de alimentos e bebidas, com 36,6%, em face do aumento da produção da castanha de caju e de refrigerantes. Outras participações surgiram dos setores de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com 208,9%, decorrentes dos avanços na fabricação de transformadores. Calçados e artigos de couro concorreram com 9%; e produtos químicos, com 13,9%.

Esse dinamismo incomum registrado na indústria foi desencadeado, também, pela fabricação de tintas e vernizes e pela indústria da construção civil. Além do mais, houve aumento acentuado no consumo interno de alimentos e no volume de exportações para a União Europeia, retomando uma tendência constante registrada bem antes da crise econômica internacional já superada.

O Ceará tem ainda muitos desafios pela frente para elevar, cada vez mais, sua estrutura econômica em bases sólidas. Para tanto, isso irá depender do comportamento da economia nacional, com a superação de alguns obstáculos intransponíveis, até agora, como a retomada de uma política cambial capaz de assegurar o crescimento das exportações, a elevação da cotação do dólar e a estabilização do real sem o artificialismo de sua valorização exagerada.
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Serra defende ex-assessor que, um dia antes, alegou desconhecer


Paulo Preto
    Um dia depois de afirmar que não sabia quem era e que nunca ouvira falar em Paulo Preto (Paulo Vieira de Souza, diretor que nomeara para uma importante estatal paulista), o ex-governador e atual candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, não apenas sem lembrou do ex-assessor como também o defendeu de acusações feitas por dirigentes do próprio PSDB e integrantes do comando da campanha presidencial. 

    Numa reportagem publicada em agosto pela revista IstoÉ, caciques tucanos acusavam Paulo de sumir com R$ 4 milhões que arrecadara para a campanha de Serra. Citada pela presidenciável Dilma Rousseff durante o debate da noite de domingo na Rede Bandeirantes, a denúncia dos tucanos não foi respondida imediatamente por Serra. Na segunda-feira, durante entrevista em Goiânia, o candidato deu a seguinte declaração:
    “Eu não sei quem é o Paulo Preto. Nunca ouvi falar. Ele foi um factóide criado para que vocês fiquem perguntando”. Serra disse ainda que não iria gastar horas de um debate nacional discutindo “bobagens”.
    Ontem, Serra já sabia quem era Paulo Preto. E garantiu que o diretor de Engenharia da Dersa no seu governo não desviou dinheiro da campanha.
    “O Paulo Souza não está trabalhando na área de finanças da campanha, não recolheu dinheiro que não chegou à campanha. Eu teria sabido. Se sou o candidato, eu saberia. Isso não aconteceu. Não existiu nenhum desvio. Ele é totalmente inocente”.

“NÃO COMETAM ESSE ERRO”
    Entre as duas declarações de Serra – a de que desconhecia Paulo Preto e a de que “ele é totalmente inocente” –, o próprio Paulo Preto resolveu reaparecer.  Em entrevista à Folha de São Paulo, cobrou de Serra que o defenda.
    ”Não somos amigos, mas ele me conhece muito bem. Até por uma questão de satisfação ao país, ele tem que responder. (…) Acho um absurdo não ter resposta, porque quem cala, consente”, reclamou Paulo Preto. E lançou uma espécie de advertência aos companheiros tucanos:
    ”Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam esse erro”.
    Paulo Preto garantiu à Folha que não arrecadou dinheiro para o PSDB, “mas que criou melhores condições para que houvesse aporte de recursos em campanhas. Isso porque, diz ele, deu a palavra final e fez os pagamentos no prazo às empreiteiras que atuaram nas grandes obras de São Paulo, como o Rodoanel e a ampliação da Marginal” do Tietê.
    ”Ninguém nesse governo deu condições das empresas apoiarem mais recursos politicamente do que eu”.
    Ontem, em entrevista ao portal R7, o advogado de Paulo Preto, José Luis Oliveira Lima, afirmou que seu cliente está processando por danos morais, calúnia a difamação os tucanos que o acusaram de ter arrecadado ilegalmente R$ 4 milhões para a campanha de Serra. Segundo o advogado, os processados são o vice-presidente nacional do PSDB, Eduardo Jorge, e o tesoureiro-adjunto do partido, Evandro Lossacco.

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