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Liberdades de Imprensa e de Expressão

O lançamento de "Liberdade de Imprensa x Liberdade de Expressão", de Venício A. de Lima - habitual articulista aqui em nosso blog - é o pretexto para o bom debate promovido pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé reunindo, além do autor, os jornalistas Luis Nassif e Mino Carta, e o professor e jurista Fábio Konder Comparato.

O encontro, aberto a todos os interessados nessa questão crucial hoje em nosso país,  é nessa 2ª feira (21.06), a partir das 19:00 no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo (rua Genebra, 25, Centro, próximo à Câmara Municipal paulistana).

Venício, Nassif, Mino e Comparato, mais todos vocês convidados a comparecer ao encontro, têm tudo para realizar um animado debate sobre um tema que está muito na ordem do dia entre nós -  a democratização da comunicação no Brasil. Por enquanto em nosso país, com toda a grande mídia em mãos de monopólios familiares e dominada por interesses políticos e econômicos essa abertura continua uma utopia, como escrevo com frquência aqui nlo blog.

Daí a importância desse debate. Interessante, também, porque seus protagonistas o  desenvolverão tendo como roteiro essa obra do Venício que não tem similar no país uma vez que ele aborda o tema exatamente a partir do resgate da construção histórica dos termos liberdade de imprensa e liberdade de expressão, “e das premissas liberais (e não na compreensão marxista clássica), consolidadas e praticadas em sociedades que têm servido de referência à nossa democracia”.

Prestigie,  compareça e participe, portanto, dessa importante discussão. Já no prefácio que escreveu para o livro, o jurista Fábio Konder Comparato mostra o quanto ela é oportuna ao afirmar que o “o povo brasileiro tem sido regularmente impedido de exercer o poder soberano. De um lado, por falta de adequada informação sobre as questões de interesse público; de outro, pela impossibilidade em que se encontra o conjunto dos cidadãos de manifestar publicamente suas opiniões ou protestos”.

IMPRENSA COMERCIAL E OBTUSA

alex disse...

A saudade do servo na velha diplomacia brasileira – Leonardo Boff

O filósofo F. Hegel em sua Fenomenologia do Espírito analisou detalhadamente a dialética do senhor e do servo. O senhor se torna tanto mais senhor quanto mais o servo internaliza em si o senhor, o que aprofunda ainda mais seu estado de servo.

Com humor comentou Frei Betto: “em cada cabeça de oprimido há uma placa virtual que diz: hospedaria de opressor”. Quer dizer, o opressor hospeda em si oprimido e é exatamente isso que o faz oprimido ...

Escrevo isso a propósito de nossa imprensa comercial, os grandes jornais do Rio, de São Paulo e de Porto Alegre, com referência à política externa do governo Lula no seu afã de mediar junto com o governo turco um acordo pacífico com o Irã a respeito do enriquecimento de urânio para fins não militares.

Ler as opiniões emitidas por estes jornais, seja em editoriais seja por seus articulistas CONTINUA>>>

Quando os jornais diziam que o Brasil não tinha petróleo


O verso da canção de Luiz Reis e Haroldo Barbosa, gravada pelo Chico, me socorre diante do elevadíssimo grau de anti-jornalismo a que alcança hoje a imprensa brasileira, merecendo certamente a crítica de Lula logo ao chegar de sua gira internacional. A mídia nativa torce abertamente pelo fracasso da iniciativa do Brasil junto ao Irã. Prefere novas sanções, a lógica do castigo, o que cria perigosos riscos de desdobrar-se em guerra, em destruição e morte como se vê agora mesmo no Iraque. A mídia americana torceu fervorosamente pela invasão militar aquele país. Chegou a mentir sobre a existência de armas de destruição em massa.. Depois, o jornal New York Times pediu desculpas aos leitores pela desinformação, mas aí já havia mais de um milhão de iraquianos mortos. A mídia brasileira vai pela mesma linha? Se as potências mundiais resolverem aplicar uma sanção contra o programa nuclear brasileiro a partir de pretexto de que aqui também se constrói uma bomba, o que já foi insinuado, a mídia brasileira ficará contra o Brasil e o seu povo?
Recuperemos alguns momentos na nossa história para saber como nossa imprensa, agora mídia, tem se colocado. Nos momentos de crise, episódios dramáticos, encruzilhadas históricas, momentos de decisão, vamos constatar que freqüentemente esta mídia, aquela que é majoritariamente representante dos interesses dominantes na sociedade, esteve divorciada de soluções nacionais, opondo-se raivosamente aos interesses populares, descumprindo descaradamente sua auto-proclamada vocação democrática, assumindo, repetidas vezes, o viés golpista, oligárquico e anti-nacional.
Ela se opôs quando o país conquistava uma legislação de defesa dos direitos trabalhistas e, coerente com esta vocação oligárquica, até hoje estes mesmos segmentos midiáticos, – agora modernizados pela eletrônica, mas não nos padrões civilizatórios – continuam a conspirar e a pretender a destruição da CLT implantada na Era Vargas. Antes da CLT era comum patrões espancarem seus empregados….Há pouco vimos o brutal assassinato de uma jovem jornalista cometido pelo diretor de um destes grandes jornais oligárquicos simplesmente porque ela.teve a “ousadia” de……terminar o namoro. Esta mentalidade desdobra-se muitas vezes em linha editorial eivada de ódio social contra o povo. E qual não deve ser a dose deste ódio contra um retirante Lula quando ele “ousa” cruzar não apenas os mares e os continentes – com a agilidade que o moderno avião permite – mas, também cruzar e questionar com coragem os padrões de uma diplomacia convencional, conservadora e hipócrita que não apenas se conforma mas também cultiva sanções e guerras, desprezando a priori o diálogo entre os povos?
Se lá atrás, estes barões da imprensa foram capazes de festejar, escondidos e amedrontados, a morte de Vargas porque ela significaria o fracasso de uma política de industrialização de um país agrário, do estabelecimento de direitos trabalhistas e previdenciários, como não estarão agora os herdeiros destes barões a torcer para a derrota generalizada das iniciativas de Lula? Sobretudo quando Lula já bradou em momentos mais complexos que não se suicidaria como Vargas, não renunciaria como Jânio e não sairia do País como Jango!
Noticiaram: o Brasil não tem petróleo!!!
Para se medir até onde poderá chegar este anti-jornalismo, basta citar apenas um exemplo histórico: praticamente toda a imprensa fez campanha contra Vargas quando ele criava a Petrobrás. Essa mesma imprensa noticiava reiteradamente que não havia petróleo no Brasil, conforme diziam os relatórios de espertíssimos técnicos norte-americanos. Pode-se medir o tamanho da desinformação, do anti-jornalismo, pelo tamanho dos trilionários poços de petróleo pré-sal recém descobertos!
Pelo grau de precariedade jornalística, pode-se medir também que as elites jornalistas criticadas na fala presidencial estariam engrossando ainda mais, com a vassalagem de sempre, o coro da mídia internacional que percebeu claramente que na sua dialética de retirante Lula contraria interesses da indústria bélica, patrocinadora da lógica das sanções pelo Conselho de Segurança da ONU, avesso ao diálogo. Provavelmente veremos que em certos segmentos da mídia internacional aquele espaço editorial que reconheceu em Lula um mandatário com iniciativas para enfrentar a fome e a miséria, para integrar os povos e também para promover soluções democráticas, poderá passar a ser ocupado, também, com críticas a um presidente que “afronta a segurança e a paz internacional”, tradução esperta que dão para os interesses imperialistas, sobretudo do comércio internacional de armas. No dia em que Lula desembarcava no Irã a manchete do Estadão era “Farc tem acampamento na Amazônia”. Ou seja, Lula “tolerante com o terrorismo” lá e cá, era a mensagem subliminar.
Armas: lucros em cheque
Quando a Princesa Diana libertou-se do ambiente arrogante e despótico da realeza britânica e passou a fazer campanha contra a instalação de minas terrestres instaladas em Angola e outros países – e que ainda matarão ou mutilarão inocentes por décadas – logo logo a grande mídia sustentada por anunciantes ligados à indústria bélica tratou de estampar como controvertidos alguns de seus aspectos pessoais, suas pretensões pacíficas “inconseqüentes” e ,inclusive, o ”inaceitável” namoro com um árabe, peça que compunha a novelinha midiática para a destruição de sua imagem.. Estes poderosos interesses bélicos poderão insinuar que Lula estaria “ passando dos limites”…..Mas, até o Obama, em carta a Lula recomendou o acordo com o Irã. Agora foi enquadrado. O fantasma de Kennedy, ronda…
Por isso mesmo, é preciso ver o outro lado da crítica de Lula à imprensa. E talvez isto signifique encorajar as forças progressistas a uma reflexão que está presente nos esforços para realizar a Conferência Nacional de Comunicação, para aplicar o que ali se decidiu, mas, nem sempre encontra a capacidade para organizar as forças sociais que podem preencher a lacuna gigantesca que fere de morte a cidadania brasileira: a inexistência de um grande jornal popular, de massas, capaz de um jornalismo que promova os interesses nacionais, que encontre o seu lugar como ferramenta criativa e necessária para a construção de um Brasil verdadeiramente Nação!
Última Hora
Voltemos nossos olhos novamente para nossa própria experiência histórica. Já tivemos o jornal Última Hora, popular, nacionalista, capaz de refletir os interesses das classes trabalhadoras diuturnamente atacados pelo conjunto da imprensa oligárquica. Era um respiro democrático! Havia a polarização, a diversidade opinativa e política. Hoje há uma asfixia midiática anti-democrática. Não há sequer a controvérsia! E aquele jornal, que chegou a ter duas edições diárias, circulação nacional massiva, foi uma iniciativa encorajada por Vargas. Quando em 1954 a mídia conservadora comemorou a morte de Vargas, o Última Hora chorou e resistiu ao lado do povo que saiu às ruas. Quando em 1964, esta mesma mídia oligárquica suplicou e colaborou com o golpe de estado, o Última Hora resistia e defendia a democracia.
Jornalismo estratégico
Dentro da visão estratégica de um país que pretende desempenhar legitimamente um papel importante e protagonista no jogo do poder internacional – e era assim na Era Vargas e é assim novamente agora com Lula – nós, como povo brasileiro e como Nação, não podemos deixar de lado esta questão que continua a nos desafiar. Vários passos importantes foram dados, entre eles a conquista simbolizada na criação da TV Brasil. E mais ainda agora quando na próxima segunda-feira será lançada a TV Brasil Internacional, inicialmente para dialogar com os quase três milhões de brasileiros espalhados mundo afora. A iniciativa, louvável, trará com mais realismo a necessidade do Brasil também dialogar com outros povos já que pretende atuar para que as relações internacionais sejam democratizadas, reequilibradas e marcadas pela cooperação.
Vale lembrar que a Rádio Nacional, também criada na Era Vargas, chegou a ser a quarta mais potente emissora do mundo, além de ter programação em 4 idiomas, alcançando vários continentes e tendo em seu corpo de redatores brasileiros como Nestor de Hollanda, Carlos Drummond de Andrade, Manoel Bandeira, Cecília Meirelles etc. A TV Brasil Internacional tem uma herança em que se apoiar e tem um caminho que pode recuperar para levar a mensagem de uma nação brasileira que se empenha por um mundo mais justo e baseado na cooperação, não nas sanções.
Será que as forças progressistas não deveriam encarar de fato esta tarefa da construção de um jornal popular, nacional, de ampla circulação, fazendo jornalismo na verdadeira acepção da palavra e recuperando para o jornalismo a missão de bem público e de ferramenta civilizatória hoje ignorada em boa medida pela mídia hegemônica no Brasil?
Será que estas forças que foram capazes de articular, se organizar, para resistir à ditadura, enfrentar o neoliberalismo e se fortalecer para chegar à presidência – um feito de proporções históricas numa sociedade com os arraigados esquemas dos donos do poder – não teria também a capacidade de construir um jornal e de praticar um jornalismo público, civilizador, humanista? Não se trata de estimular aqui nada contra as iniciativas para democratizar a informação no espaço digital. Trata-se de complementar, de articular, até porque com toda a importância e o grande efeito que comprovamos na internet, tuitar não esgota a necessidade de fazer jornalismo. Não se deve pretender apenas repercutir, contestar, confrontar a unanimidade conservadora da mídia hegemônica e seu anti-jornalismo em vias de deterioração acelerada.
Surra midiática diária
Há iniciativas importantes, a realização da Confecom é uma delas, a TV Brasil já citada, a recriação da Telebrás estatal, aliás, uma clara aplicação de decisão tomada na Confecom, são outras. Surgiram a Altercom, o Barão de Itararé, o Mídia Livre, todos os blogs e portais, os jornais e revistas alternativas, as TVs e rádios comunitárias etc mas, ainda assim, estamos em boa medida dispersos, desarmados no campo da comunicação e os interesses nacionais, populares, democráticos, levam várias surras por dia, todos os dias.
Vemos que algumas das forças que se articularam para levar Lula á presidência também poderiam coordenar-se para que milhões de brasileiros pudessem entrar também na Era de Guttemberg, ao mesmo tempo em que este seria, obviamente, um jornal também digital. Um jornal que permitisse chegar aos grotões, urbanos ou não, um instrumento para a discussão, a mobilização, a ação e a organização política nas mãos de uma militância carente de ações organizadas que já teve no passado.. Será que a união de certos fundos de pensão (tão lucrativos), centrais sindicais, empresários vinculados ao mercado interno não poderia enfrentar esta tarefa que sempre volta à baila?. Há dois anos foi aprovado num congresso do PT a prioridade para a criação de um jornal de massas, mas não se realizou. Hoje, na Argentina há um Página 12, no México, há o La Jornada, na Bolívia, o jornal Cambio, criado por Evo Morales e que já é o de maior tiragem no país, com apenas 7 meses de nascido, rivalizando com o jornal conservador La Razón, que tem 70 anos. Na Venezuela, nasceu o Correio do Orenoco, está em todas as bancas, ainda que o governo tenha fortalecido a mídia pública de rádio e TV, sem contar que Hugo Chávez tem mais de 300 mil seguidores no twiter, que usa com entusiasmo. Aqui, desde o desaparecimento do Última Hora, estamos sem um jornal de ampla circulação e com capacidade de sustentar uma visão jornalística dos interesses nacionais e populares. É uma grande lacuna.
E nós?
Assim, a bronca de Lula nesta elite de jornalistas que se posiciona claramente contra o sucesso das iniciativas que visam levar o Brasil a ter um papel construtivo no mundo, sendo correta, será que não deveria também servir para provocar uma reflexão, certamente autocrítica, nas forças populares? O jornalismo ou o anti-jornalismo das elites cumpre o triste papel que lhes reserva a subordinação a interesses anti-nacionais. Mas, onde está o jornal das forças progressistas?

Imprensa em debate

Participei ontem como moderador de um painel na Câmara dos Deputados sobre como a imprensa pode contribuir para o fortalecimento da democracia representativa. O evento foi organizado conjuntamente pela Casa e pelas principais entidades empresariais do setor.

Entra governo, sai governo, a discussão muda pouco. O poder se incomoda com o olhar da imprensa, e esta fica incomodada quando se vê — ou sente-se — pressionada pelo poder. Mas nem todas as situações são iguais.

Os grandes veículos de comunicação têm mais afinidade com alguns governos que com outros. E há governos que estimulam mais ostensivamente atitudes críticas ao jornalismo.

Deveria ser visto como coisa normal, da vida. Aqui uma curiosidade: este governo e o presidente da República oscilam entre extremos. Uma hora proclamam que a explosão das comunicações e redes digitais relativizou a influência dos grandes veículos. Outra, debitam na conta da imprensa parte ponderável das dificuldades cotidianas do poder.

Debate fascinante. Nunca um presidente foi tão popular e teve tanto apoio político quanto Luiz Inácio Lula da Silva. E nunca um presidente reclamou — ou fez reclamarem — tanto da imprensa. Ora, se quanto mais Lula “apanha” mais forte fica, qual é mesmo o problema? Em teoria, talvez fosse o caso de “deixar a imprensa falando sozinha”. Não é, presidente?

A trajetória do jornalismo brasileiro no último quarto de século, quando atingiu finalmente a maturidade profissional e empresarial, ainda deverá ser objeto dos indispensáveis estudos acadêmicos. Mas um traço parece consensual. Ao mesmo tempo que fez da profissionalização a marca registrada no período, a imprensa pátria manteve o traço de militância presente desde os primórdios.

O cruzamento desses dois vetores dá um bicho meio estranho. As diretas já, um marco, foram muito boas para o Brasil. Aceleraram a transição e criaram as condições para implantar plenamente a democracia. Não tenho certeza, entretanto, se foram igualmente salutares para a imprensa.

Desde então, ela vem reinventando esse viés militante pronunciado, também como meio de exercício do poder. Só que aí aparece a dificuldade estrutural. Se a imprensa entende, corretamente, sua liberdade como primordial e absoluta em algum sentido (desculpem a contradição aparente), ela talvez precise vacinar-se mais contra as tentações partidárias.

Porque uma coisa é a sociedade aceitar e defender a liberdade absoluta de imprensa como direito de ela, sociedade, manter desobstruídos os canais de diálogo consigo própria. Outra coisa é quando a sociedade passa a enxergar na imprensa a defesa do interesse de uma parte (“partidária”), e não do todo.

Reconheço que essa “vacinação” é simples de receitar, mas difícil de praticar. Afinal, cada veículo tem o direito de definir soberanamente sua linha editorial. Se, no limite, todos os veículos tiverem a mesma orientação editorial sobre determinado assunto, ninguém tem nada a ver com isso. Como então garantir a pluralidade?

Na busca da solução, o governo tem agido bem por um lado e mal por outro. Age bem quando estimula a desconcentração econômica do setor. E age mal quando dá curso a tentativas de controlar a produção da imprensa, ainda que revestidas do belo adjetivo “social”.

Só existe uma forma aceitável, na democracia, de controlar a atividade jornalística: a posteriori, pelo Judiciário. Pode haver mecanismos de autorregulamentação — que já defendi aqui —, mas ela é prerrogativa do setor.

Até porque o assim chamado “controle social” apresenta uma dificuldade técnica intransponível: quem o executaria? Se for alguém indicado pelas instituições estatais não serve, pois um papel da imprensa é exatamente fiscalizá-las. E infelizmente não há alternativa. E a mesma tensão estaria presente se a indicação coubesse às organizações sociais. Quem então as fiscalizaria?

Uma imprensa plural jamais poderá ser imposta manu militari por um poder político nela supostamente interessado, ainda que disfarçado de “sociedade civil”.

A favor da notícia


Por Marcel Stefano

O site Comunique-se soltou a notícia que depois do Blog da Petrobrás, agora a GM do Guarujá está filmando as atitudes da imprensa.
Incomodada por se tornar vidraça, a mídia agora reclama de estar sendo constrangida. É aquele negócio, só a mídia tradicional pode constranger, quer dizer, filmar. Quando o inverso acontece, a filmagem ganha novo nome: constrangimento.
É assim que age a imprensa. Ela vive em seu mundinho paralelo, em seu Estado paralelo onde ela pode tudo e ninguém pode nada. A imprensa pode filmar, mas não pode ser filmada. Pode criticar, mas não criticada. Pode julgar e não pode ser julgada. Caso aconteça, corre alegar estar sendo cerceada na “liberdade da imprensa”. Os destemidos repórteres viram frágeis quando são alvos dos mesmos métodos que usam para observar o outro. Risível, no mínimo.
Isso acontece pois a mídia não se deu conta ainda que não pode viver em um Estado paralelo, onde regras e leis só valem para os outros. Qual o medo de ser filmada? Quem age na legalidade não teme ser filmada.
Até tempos atrás, a mídia batia nas entidades que precisavam dos meios de comunicação para se defender. Com a internet, essas mesmas entidades encontraram seu próprio veículo de comunicação para se manifestar e protestar contra os abusos e absurdos publicados por determinados veículos. O Blog da Petrobrás é um exemplo. Começou a publicar o que os jornalões perguntavam e o que era publicado e, com isso, desmascaravam as tramóias feitas pela imprensa. É só procurar como o Blog da Petrobrás foi alvo de reclamações dos coleguinhas.
Agora, as entidades passam a filmar e documentar o trabalho da mídia. E a mídia – que faz o mesmo – acusa de constrangimento? Neste processo big brother da mídia só restarão os que trabalharem de maneira correta e ética. Seja bem vinda a tecnologia.

INCIDENTE

A imprensa de esgoto, parcial e partidária já estava acostumada aos ataques que vinha fazendo ao Governo.
Ela vive no obscurantismo fecal das ideias opostas e monopolistas com forte viés golpista que se caracteriza por uma opinião manipuladora, deformada e deformadora.
E essa imprensa elameada nas valas putrefatas dos interesses ínfimos partidarizados conjugou-se aos interesses conspiratórios de uma legenda política eternamente ressentida por dois revezes eleitorais a nível nacional e, como ave noturna, se regozijou com o blecaute ocorrido em 10 de novembro, transformndo-o bem mais do que em um apagão, na hecatombe do milênio.
A bancada demotucana no Congresso, sob os holofotes do PIG (denominação da imprensa de esgoto que se traduz em Partido da Imprensa Golpista) quis de imediato convocar a Ministra Dilma Rousseff para prestar esclarecimentos. O Arthur Virgílio se pronunciou com tamanha veemência que sua face distorcida e caricata disse do seu destempero e ansiedade melhor do que suas palavras. E por pouco ele não sofre um apagão cardíaco em rede nacional.
Não ficou muito claro o por quê de ser logo a Ministra a primeira a ser convocada por tão “grave incidente”.



O Jabor disse que é porque o Ministro Lobão não é técnico na área de energia.
O Zé Gengiva foi ministro da Saúde e da Economia e, pelo que se sabe, não é nem médico nem economista. Mas mente dizendo que é o que não é. Isso foi quando o Brasil era iluminado por um Farol. Ele podia.
O apagão do PIG serviu para esconder no seu “crepúsculo” a queda percentual de quatro pontos que o falso economista sofreu, segundo o Vox Populi.
A Globo, que transformou o Projac no Diretório Nacional do PSDB, botou seus “atores” – Renato Machado, Mírian Leitão, Alexandre Garcia, os Willians – para, sob o comando do Ali Kamel, darem ao blecaute um ar de tragédia, mostrou olhos esbugalhados pelo horror e pelo pânico de seus âncoras, apresentou gráficos com as perdas na economia feitos por seus comentaristas, a falta dágua nas cidades e o povo sedento nas reportagens Brasil á-fora (a Sabesp até hoje não normalizou o abasteciento por causa do apagão!!!).
Não se tem conhecimento de uma única vítima com morte causada pela interrupção do fornecimento de energia que teve apenas quatro horas de duração nos dezoito estados onde esta ocorreu.
Pois bem...

A imprensa de esgoto já estava acostumada aos ataques que vinha fazendo ao Governo... até que três enormes vigas de concreto cada uma pesando mais de 80 toneladas despencaram sobre cinco veículos em São Paulo.
São Paulo. Estado e capital (des)governados pelos demotucanos. Há mais de quinze anos.
Há mais de quinze anos eles tentam construir uma rodovia – a ROUBOANEL – e não conseguem.
O que conseguem é deixar vigas cair sobre carros.
Nas rodovias paulistas, onde antes choviam pedágios, agora chove vigas.
De concreto.
Concretamente!
É o apagão da engenharia dos demotucanos.
Obra do Zé Gengiva.
Que a imprensa de esgoto procura dissolver como um incidente qualquer, “onde não houve vítimas fatais.”
(Incidente configura aquilo que tem caráter secundário, acessório. Algo sem importância).

O PIG se estrebucha para encombrir a incompetência do Zé Pedágio. Ele prefere ocultar os fatos e mostrar como relevante somente a liberação das pistas em curto espaço de tempo.
Vale até dizer que no dia da queda das vigas o fluxo de veículo era menor naquele perímetro. Ah! Então tá explicado: elas (as vigas) cairam no dia certo que tinham para cair. Afinal, só destruíram cinco veículos... Isso é que precisão na arte de cronometrar o tempo para queda de vigas!!!
Para a imprensa de esgoto o Sr. Gengiva é genial, um sábio, um az da política nacional.
Até quando ele cria a maior cratera urbana em plena capital paulista e faz da capital da garoa, a capital da chuva (que cai do ceú) de vigas.
O Estadão agora, ironicamente, e em forma de recuo para frear o ímpeto dos partidos governistas aos demotucanos em resposta às acusações destes de que o Governo é incompetente e poderia ter evitado o que eles chamam de apagão, diz que PT e PSDB voltam a utilizar incidentes como plataforma de ataques mútuos.

É como querer dizer que a queda das vigas nas obras do rodoanel foi um incidente (veja, amigo navegante a definição de incidente acima), sem ter dito o mesmo da falta de energia na última terça feira.
Para o Estadão o blecaute só virou incidente depois do incidente com a queda das três vigas na obra do Zé Pedágio.
O amigo navegante pode imaginar como o PIG chamaria a queda de uma viga sobre uma rodovia se ela ocorresse numa obra do Governo Federal?
É hora de o PT pedir investigação profunda sobre o desabamento das vigas tucanas sem dar ouvidos ao PIG.
E de apagar a luz do PIG...

Tolerância

Marco Antônio Leite 


Peço tolerância pela palavra "imprensa", mas ela se faz necessária, na medida em que o seu significado passa a exemplificar o comportamento midiático. Que mandou às favas qualquer relação com a Imprensa-media-mídia, passando a cultivar a mentira, a hipocrisia, o servilismo e a corrupção.
A Imprensa virou emprensa. E graças a esse comportamento as algemas mentais estão se partindo.
Ela já não consegue mais enganar.
Se é verdade que jamais houve, de fato, liberdade de imprensa, mas liberdade de empresa, isso era às ocultas, hoje é às escâncaras.
Nenhum interesse supera o interesse do patrão. É a regra do sistema.
E como o sistema traz dentro de si o vírus de sua própria destruição,somos testemunhas privilegiadas da travessia do Rubicão.
Ou alguém duvida?
Leitores e telespectadores migram aos milhares e milhões diariamente em busca de alternativas. E elas não faltam.
Na falta de leitores e telespectadores, resta à mídia recolher as migalhas que lhe proporcionam os "recrames".
Quem vende mentiras não vende publicidade, vende
recrames.
Das ofertas de prestações intermináveis.
Das empresas de agiotas e usurários.
Tudo produto do mesmo esgoto.
E, incrível, a mídia mentirosa, hipócrita e corrupta vive das benesses fornecidas até por uma de suas vítimas, o governo.
Não é um paradoxo?
Seria se aquele garboso não viesse a público para explicar que eles eram "governo e não poder"...
Mas como não são poder? Para que servem as eleições então?
Afirmar que vencer uma eleição não significa assumir o poder, é acreditar na eternidade do sistema.
E eu me recuso a crer que um sistema possa ser eterno!
A História está aí para provar isso.

A GLOBO NÃO DISSE NADA

Fecharam as portas da Globo.
E a Globo não disse nada.


A Globo foi vítima da ditadura que ela não apoiava.
E a Globo não disse nada.


O golpe democrático tirou a Globo do ar.
E a Globo não disse nada.


O governo de fato estabeleceu o estado de sítio.
E a Globo não disse nada.


O ditador saqueou e fechou a TV 36.
E a Globo não disse nada.


Os golpistas ameaçaram de invazão a Embaixada Brasileira.
E a Globo não disse nada porque o embaixador brasileiro em Tegucigalpa não é o Lampréia.


Os ditadores implantaram o AI-1 deles.
E a Globo não disse nada.


A liberdade de expressão e o direito de ir e vir foram cassados.
E a Globo não disse nada.


A ONU e a OEA condenaram o Golpe.
E a Globo não disse nada.


A comunidade internacional foi humilhada.
E a Globo não disse nada.

O Burnier mostrou a Globo e não disse nem que era a Globo.
PORQUE ISSO É EM HONDURAS E NÃO NA VENEZUELA.


E lá tem um presidente deposto refugiado na Embaixada do Brasil e não na dos EUA.

O Brasil não é Honduras... Mas a Globo preferiria que fosse.

Melhor mesmo seria a Globo não dizer muita besteira e botar as barbas de molho. 

Bofetada do atraso

Leandro Fortes
Primeiro, a internet violentou o papel em sua essência física, palpável, dogmática. Roubou à História da escrita o movimento manual da pena e o batuque, ora mecânico, ora elétrico, das máquinas de escrever de outrora. Minou, por assim, dizer, o essencial, a rotina, para então começar a dizimar os modelos. Em pouco mais de uma década, derreteu a credibilidade e expôs as intenções das ditas mais sérias empresas de comunicação do Brasil, apesar da permanente tensão provocada pela expectativa de cerceamento e censura. Aliás, uma tentação autoritária pela qual, ao que parece, o Senado da República ensaia se ajoelhar. São sinais dessa tormenta em que vive o jornalismo brasileiro, confinado num vazio que se estende no éter de um rápido processo de decadência moral, em parte resultante de maus hábitos de origem, como o arrivismo e a calúnia pura e simples, mas também porque sobre as redações paira um ar viciado e irrespirável cheio de maus agouros de mudança, ou melhor, de status.

São ventos recentes, os da internet, que nem marolas faziam nos primeiros anos de concentração de usuários e funcionamento da rede mundial de computadores. Como fenômeno de jornalismo, foi preciso esperar que o ambiente virtual deixasse de ser eminentemente transpositivo, na verdade, uma cópia digital dos jornais, para surgir um espaço editorial novo, essencialmente individual, mas nutrido pelas idéias do coletivo. Definidos de forma simplista, no nascimento, de diários eletrônicos, os blogs se fixaram como um instrumento de comunicação social poderoso, a ponto de se tornarem subversivos, no melhor sentido da palavra. Passaram a devorar velhos esquemas como uma nuvem de insetos, milhões deles, em crescimento exponencial. Tornaram-se, na singular definição do ministro-jornalista Franklin Martins, “grilos falantes” da mídia e inauguraram uma regulação ética nominal e permanente do noticiário. Dentro desse papel, os blogs independentes têm conseguido desmascarar, muitas vezes em tempo real, tradicionais espaços editorais voltados, historicamente, para a manipulação e distorção de matérias jornalísticas a soldo de interesses inconfessáveis. Tornaram-se, em pouco tempo, imprescindíveis.

Pensei nisso tudo por várias razões, mas principalmente porque tenho que falar, no final de outubro, com estudantes de jornalismo da Universidade de Maringá, no Paraná, sobre o fenômeno da blogosfera e discutir as razões desses maus tempos de jornalismo em que vivemos. Mas também porque a animosidade das velhas elites políticas brasileiras com a internet alcançou seu paroxismo nesse projeto inacreditável assinado pela dupla de senadores Marco Maciel (DEM-PE) e Eduardo Azeredo (PSDB-MG), de restrição de liberdade na rede mundial de computadores. Onde estão os freios dessa gente? Ainda que não houvesse muitos motivos para repudiar uma intenção de censura no mais democrático ambiente de comunicação da cultura humana em todos os tempos, bastaria um – o da civilidade – para fazer calar esse clamor de alcova que nos envergonha.


Trata-se de uma tentativa primária, nos métodos e na intenção, de conter o poder iconoclasta e o viés crítico da internet, notadamente dos blogs. Pretende-se amordaçar uma rede formada, apenas no Brasil, por 64,8 milhões de pessoas, segundo pesquisa do Ibope publicada em agosto de 2009, ou seja, no mês passado. O instituto calcula que esse número cresça, na próxima década, cerca de 10% ao mês. Portanto, mais do que dobrando de tamanho em 10 anos, a depender da intensidade das diversas políticas de inclusão digital capitaneadas pelo governo do PT. Pensar em controlar o torvelinho de informação circulante, hoje, na internet, é um exercício absoluto de arrogância, quando não de ignorância. É um exagero surpreendente, até mesmo em se tratando de uma iniciativa dessa triste e reacionária elite política e econômica brasileira. De minha parte, não acredito que o Brasil vá aceitar, inerte, essa bofetada do atraso.

Eu não vou.

PEDE DESCULPA

Para os arrogantes e presunçosos uma das piores humilhações é reconhecer os próprios erros.
Pedir desculpas, nem pensar.
Pior é quando arrogância e presução se aliam ao mau caratismo tendo em vista o deslavado propósito de estabelecer o descrétdito, a desconfiança, o medo e o ódio através da distorção dos fatos.

A imprensa brasileira como um todo, tendo contudo, a Globo à frente, é o retrato emoldurado de um agente com todas essas característica.
Nunca se viu um órgão da nossa imprensa reconhecer um equívoco que por ventura tenha cometido contra quem quer que seja.
Nos Estados Unidos, Japão e na Europa até as mais altas autoridades fazem isso.
Aqui, a Globo tentou “tirar” uma vitória de Leonel Brizola para o governo do RJ – não fosse o Brizola ser o Brizola ele não teria sido governador pela segunda vez – e conseguiu derrotar Lula e dar a vitória a Fernando Collor após criar e divulgar sordidamente notícias que envolviam Lula, uma de suas filhas nascidas do primeiro casamento e a ex-mulher.
Brizola conseguiu a recontagem dos votos e ganhou. Lula simplesmente perdeu. Collor venceu. E deu no que deu.
A Globo disse que o Governo foi responsável pelo choque ocorrido entre o jato Legacy e o boing da Gol, em setembro de 2006, quando mais de 150 pessoas morreram.
Quando Airbus da TAM não conseguiu parar e se chocou contra um prédio na cabeceira da pista do aeroporto de Congonhas, em julho de 2007, a responsabilidade foi outra vez atribuída ao governo Lula, pela Globo.
Tinha aquele repórter que até chegou a jogar uma moedinha na pista para demonstrar o seu declívio e as causas que levaram ao acidente da aeronave, já que a mesma aquaplanou . Pura babaquice apelativa.




A Globo, e com ela todo o PIG, criaram a febre amarela e a da dengue.Depois inventaram a gripe do porco.
Nada que se sustentasse por muito tempo.
E o tempo é o melhor remédio contra todas as intempéries, tristezas e até conrtra a mentira e as injustiças.
Por isso todas as mentiras e todos os factóides criados e manipulados pela mídia – em especial pela Globo – foram sendo desmacarados pelo tempo.
E caíram um a um.
Um após o outro.
Hoje a última mentira da mídia acaba de ruir. O circo veio abaixo.
A crise econômica tão decantada e festejada pelo PIG jamais existiu verdadeiramente em um país chamado Brasil cujo presidente é um quase analfabeto, e que, obviamente não sabe nada de Sociologia nem tem mestrado ou doutorado em Economia
.
Pelo menos não corre, assim, o risco de ter diplomas falsos.
A Globo prega a alta da inadimplência pelo fato de o “cidadão ter feito crédito a perder de vista e agora não consegue pagar as prestações em dia”, segundo o Jornal Nacional.
Para a Globo, o aquecimento da economia com a redução dos juros e o acesso ao crediário é motivo que, no mínimo, lhe causa mal-estar.
A FREBABAN acaba de divulgar pesquisa que aponta melhora da economia brasileira com elevação do PIB neste final de ano e projeta um cenário de crescimento para 2010. Nada do que a imprensa queria.
A Globo insiste no termo “recessão técnica” para simular que o País não saiu da crise, assim como continua dizendo que no Brasil já morreram mais pessoas de gripe suína do que no México e nos Estados Unidos.
Mentira, o número de mortes no Brasil foi de 899 pessoas, mas a Globo continua mentindo de maneira irresponsável para incriminar o Governo e criminalizar o PT e o Presidente Lula.

A mídia deve um pedido de desculpas ao Governo, ao Brasil e aos brasileiros.

Pig tenta apagar o que fez

José Herculano Reis 

A mídia comprada colocou a crise dentro do Brasil.

Enquanto os Países ricos, mais afetados, campanhas massivas pelo consumo eram deflagradas, a Globo fazia um terrorismo insano aqui dentro, exortando as pessoas a não consumirem e prevendo o apocalipse no Brasil.

Todos os dias o Jornal Nacional levava prá frente das câmeras um incauto acéfalo para declarara que ia comprar um carro, ou uma geladeira, mas que havia desistido por causa da crise...Ou seja, ainda ridicularizava aqueles menos dotados, prá não dizer dementes.

Agora, quando sua intenção fica clara para os isentos e com melhor compreensão, ela tenta desesperadamente apagar o que fez, como se fosse possível....

No mapa dos Países atingidos pela crise, no JN, na América latina aparece apenas o Brasil...Argentina, Chile, Venezuela, México ?...Ora, ora, eles passaram incólumes...Lá, não houve crise...Ridículo, criminoso, podre.

E tem incauto aplaudindo... 

Imprensa tupiniquim

 Marco Antônio Leite da Costa
A IMPRENSA tupiniquim, marrom, cor-de-rosa e nanica estão de rabo preso com o sistema neoliberal, cada uma com a sua mentira. 
Certa IMPRENSA sofisma ao criticar o Lula, mas nas entrelinhas subentende-se que se trata terrorismo. 
Outras já ficam em cima do muro aguardando um vacilo para caprichar nos comentários. 
Tem aquelas que usam discursos superficiais para enganar o pobre e despreparado leitor. 
Quanto à televisiva muito se fala e nada dizem, mas quando o pobre vacila na sua conduta é massacrado de forma impiedosa.

A agente Waldvogel e o universo paralelo da mídia

por Celio Mendes, Blog do Nassif

Não é mais um caso simples de partidarismo, o jornalismo brasileiro da dita grande mídia simplesmente enlouqueceu. É como se existissem dois mundos, um narrado nos jornais e o outro que é o “deserto do real”.

Ao chegar a redação ou estúdio o 'empregado da grande mídia' conecta um plug na nuca e faz uma imersão no mundo da fantasia. Neste estranho mundo se o depoimento de uma funcionaria exonerada, acusando uma ministra está eivado de contradições não importa.

Suas contradições foram apenas a 'matrix' se reconfigurando, a única realidade aceitável é aquela que os arquitetos desenham em seus editoriais. Mais eis que a agente Waldvogel traz três especialistas para uma entrevista pensando que eles também estão conectados à matrix, e para sua surpresa descobre que eles tomaram a pílula vermelha e vêem a realidade como ela é e não como a jornalista, plugada na matrix, a enxerga.

Não entende, tenta inutilmente conduzir as respostas dos convidados para o mundo que descreveu no prólogo do programa, porém o “deserto do real” é implacável e o desmonta a cada resposta dos entrevistados.

Desolada a agente Waldvogel gagueja, interrompe os interlocutores tudo em vão, outros usuários plugados à matrix vão ter acesso a pílula vermelha. O estrago esta feito. 

Jornalismo de ficção


  1. Manchete de primeira página (todos leem): "Prévia da inflação oficial acelera em agosto e vai a 0,23%".   
  2. Informação adicional (poucos leem): "No mês anterior, IPCA-15 havia ficado levemente abaixo, em 0,22%". 
  3. Página interna (quase ninguém lê): "Segundo o IBGE, a relativa estabilidade do resultado de julho para agosto deve-se à menor variação nos preços dos alimentos, que apresentaram queda de 0,28%". 
  4. [Fonte: www.g1.globo.com/Noticias/ Economia_Negocios - 25/08/09]  
Viu? Tudo isso está na Internet, mas se aplica com perfeição a qualquer tipo de mídia. É assim que se distorce um fato. 

Passa-se de uma "relativa estabilidade" para uma "aceleração" da inflação. 


Onde está a verdade? Não interessa. A ficção lida com a "suspensão do real". O jornalismo de ficção trabalha com a "inversão da realidade".



José Lira 
Recife (PE)

A GLOBO É A CÉLULA MATER DA MÍDIA PARCIAL

Tive o desprazer de assistir (para conferir) ao JN desta noite.

Para ver o Bonner e sua mulher fazerem bicos e caras retorcidas para as reportagens requentadas contra a Record.

Aquilo que a Globo diz e faz é simplesmente abominável.

Inominável.

Agora, ao falar da CPI do RS e de Y. Cusius, as caras feitas são outras e dão a aparência de uma quase solidariedade da Globo à governadora, a ponto de a matéria ser concluída com uma frase atribuída a esta, sempre jurando inocência e se dizendo vítima de perseguição por seus adversários.

A Globo não é só tendenciosa e parcial, não.

A Globo é acintosa e imoral.

O PIG dá nojo...e dó

Orlando & Crônicas

Tenho nojo do que a mídia (grande e escadalosa parte desta) faz com a notícia. Ela não tem escrúpulo algum. Denunciar para o PIG não requer nem um tipo de prova. Vale tudo: as linhas de editagens, as falsificações, o roubo de documentos, a mentira deslavada e acusação barata usadas para caluniar, denegrir, incriminar e arruinar pessoas. Isso dá nojo.

Agora, dá pena (DÓ) da imensa maioria do meu povo - o bom e singelo brasileiro - que ainda bebe da fonte putrificada dessa mídia golpista.

Falta muito ainda para um despertar crítico e consciente da nação brasileira que ainda se emociona com os dramas novelescos e não analisa suas fadigas e conjunturas.

Só eleger Lula não foi o bastante, muito embora isso signifique avanços.

O Brasil tem que estar preparado para dizer definitivamente um NÃO a essa imprensa e oposição que estão aí para que marchemos garbosamente rumo ao nosso futuro alicerçados numa democracia verdadeira sob a parcialidade de uma imprensa que respeite o cidadão - por que a democracia nada mais é do que uma via de mão dupla, se é que isso faz algum sentido em relação ao que eu disse ou tentei dizer nesse espaço que me é dado, pois hoje o que se observa é que somente o cidadão comum é obrigado a cumprir com suas obrigações, enquanto a mídia diz e faz o que bem quer, sob a pseuda argumentação da liberdade de imprensa garantida pela CF, como se não houvesse parâmetros na Lei.

Agenda de um jornalismo em estado de putrefação


Por comiseração, ninguém disse em voz alta, mas o Jozias Insoso virou um cadáver jornalistico. Refugiara-se nas brumas do recesso certo de que a fornalha da crise esfriaria, Sarney cairia e a tucademopigalha venceria. A coisa não foi bem assim, contudo. O PMDB e a base aliada partiu para o ataque e enfrentous as manchetes. A cobertura do Jozias, que já não cheirava bem, entrou em estado de putrefação.

Jorna-lista de 7 folhas, Jozias não é um defunto estreante. Fenecera outras vezes. Como nas vezes anteriores, a morte lhe chega pontualmente, na hora incerta. Jozias parecia condenado a uma posteridade bem superior à que merecera em vida. Se houvesse se dado conta do momento, Jozias teria economizado muito tempo.

Imaginou que poderia refazer a sua hora. Vê-se agora compelido a cuidar dos minutos. Em vez de ponteiros, o relógio de Jozias tem espadas. Para ele, o tempo não passa. Já passou. Envolto em anormalidade, Jozias condenou-se a uma agenda de paranormal. Nos próximos dias, sua rotina deve ser assim:

6h- Sobre o criado-mudo, o despertador grita mais alto do que os soníferos que Jozias tomara na noite da véspera.

6h10- Jozias deixa-se ficar sobre a cama. Deleita-se com a idéia de que a morte é uma das poucas coisas que se pode fazer deitado.

6h15- Jozias entrega-se a reflexões lúgubres. Sempre acreditara na vida eterna. Só não dispunha do endereço. Imaginara que passasse pela presidência da folha. Ilusão.

6h30- Após relutância de meia hora, Jozias se levanta do túmulo de sua mediocridade existencial.

6h35- Jozias tateia a parede. Procura o interruptor. Não é fácil achar o botão da luz depois de morto. Arrasta os chinelos até o banheiro.

6h40- Jozias faz xixi.

6h45- Jozias se olha no espelho. Dá de cara com a folha. É diante do testemunho irrefutável do reflexo que Jozias é mais profundamente Jozias. Ele diz para sua imagem: Eu não estava farto da vida. Ela é que se fartou de mim.

7h- Jozias veste seu terno de vidro.

7h30- Jozias vai à mesa do café. Aguarda-o uma solitária tigela de inhame. Anima-se com a aparência fálica do tubérculo. Degusta-o.

8h- O motorista de taxi chega. Exige que Jozias vá no banco da frente.

8h10- O rádio do taxi cospe na cara de Jozias o penúltimo escandalo de gaveta guardado para ocasião especial. O chofer aumenta o volume.

8h30- Jozias chega ao jornal. Da porta de entrada ao elevador de serviço, percorre 75 metros de repórteres. Vai escrever? Sorri um riso de Monalisa. E silencia.

8h40- O ascensorista sonega o bom-dia ao jorn-alista-zumbi. Cenho crispado, ele mente para o Jozias: “O elevador está enguiçado”.

8h50- Pelas escadas, Jozias alcança o porão da folha. Arrasta atrás de si uma fieira de jorna-listas. Toma o rumo do gabinete. Tropeça num dos escândalos mal escondidos na gaveta e que caiu sob o tapete fofo. Cai. Ouvem-se risos. Levanta. Mais risos.

8h55- Jozias chega à sala da presidência. Com o bico do sapato de cromo alemão, afasta o lixo que se acumula na frente da porta. Entra.

9h- Jozias pede à secretária que lhe providencie um cafezinho.

9h10- Jozias folheia os jornais do dia. Pula as primeiras páginas. Salta os cadernos de política. Passa batido pelos obituários. Estaciona o olhar nos classificados de empregos.

9h40- Jozias recolhe um maço de papéis sobre a mesa. Rosna para a cópia da nota em que o ajudante pedira que se afastasse. Festeja um convite para paraninfo da formatura da primeira turma de ensino à distância da faculdade da família do amigo jorna-lista Claudio Humberto.

10h- Jozias recebe a visita de Ricardo Noblat, cuja companhia tornou-se o pior tipo de solidão. Eles passam em revista a conjuntura. Noblat conclui: Durante o recesso, o PMDB fez barba, cabelo e bigode. Sem trocadilho.

10h30- Jozias discute com Noblat a estratégia para abater em pleno vôo as 11 denúncias protocoladas no Conselho de (a)Ética.

11h- Trancado em seus rancores, Jozias desperdiça o tempo vago dedilhando no computador trechos do novo romance que decidiu escrever: Joaninhas Insosas (com trocadilho, por favor).

14h- Jozias ouve pelo serviço de som a voz que vem do corredor: “Está aberta a redação”. Só então se dá conta de que, entretido com o romance, esquecera-se de almoçar. Dá de ombros. A ruminação das amarguras o saciara.

14h10- ...

15h- ...Não se deve esperar grandeza de quem se rendeu à baixeza.
...
16h20- Jozias devolve a cadeira a Noblat. Antes de deixar a redação o início de um fuxico desaforado de Arthur Virgílio. Faz ouvidos moucos. E resmunga para si mesmo: Roto, grande *#~§¢%¬.

16h30- Jozias refugia-se, de novo, na casamata da imprensa.

17h- Com oito horas de atraso, o garçom serve a Jozias o cafezinho que ele encomendara, pela manhã, à secretária. Jozias leva a xícara aos lábios. O café está gelado.

18h- Entre abespinhado e desacorçoado, Jozias decide voltar para casa. Escadas, porta de saída...

18h15- Jozias procura o carro. E nada. O porteiro informa que seu motorista fora buscar a mulher no cabeleireiro. Oferece ao pseudojornalista um Fiat Mille emprestado. Jozias se dá conta de que, antes mesmo de ser desmentido, se desmentiu.

18h20- Jozias decide tomar um táxi. Leva a mão direita a cabeça. Tenta esconder a careca. O taxista não reconhece o confundível. E estranha o gesto: É dor de cabeça? E Jozias, lacônico: Hum, hum...