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Terrorismo israelense age na faixa de Gaza

No dia mais sangrento desde o início do terrorismo israelense contra os palestinos em Gaza, na quarta-feira, 27 pessoas — 12 delas da mesma família, das quais quatro crianças — morreram no território palestino ontem. 

Nos covardes bombardeios, Israel atingiu também um prédio usado pela imprensa palestina e internacional, ferindo 8 jornalistas. 

Por sua vez, o Hamas lançou mais de 110 foguetes contra Israel, ferindo cinco pessoas. 

O premier Benjamin Netanyahu disse que as Forças Armadas do país estão prontas para expandir as operações em Gaza, mas o presidente Obama e aliados ocidentais — embora manifestassem apoio a Israel — posicionaram-se contra o massacre. 

A presidente Dilma Rousseff, a pedido de seu colega egípcio, Mohamed Mursi, telefonou ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, solicitando a convocação do Conselho de Segurança. Líderes do Hamas informaram que as negociações de cessar-fogo já caminharam 90%. 

Em Tel Aviv, o enviado especial Fernando Eichenberg relata como a cidade vive um clima de medo diante da ameaça constante dos foguetes palestinos.

Israel inícia o projeto: Irã é o alvo


Pela primeira vez em quase 40 anos, desde a Guerra do Yom Kipur, em 1973, Israel lançou um míssil antitanques (o novíssimo modelo Tamuz) contra solo sírio depois de ser atingido, pela quarta vez em uma semana, por projéteis lançados do país árabe contra as Colinas de Golã. 
A troca de hostilidades tem o potencial de incendiar o Oriente Médio, principalmente se for acompanhada de bombardeios mútuos também na fronteira entre Síria e Turquia. 

A violência nazisraelense contra crianças palestinas

Da mesma forma que a humanidade condena as barbaridades praticadas pelos nazistas contra ciganos, homossexuais, judeus etc, deve condenar as barbaridades que os nazisraelenses praticam contra os palestinos.

Nazismo nunca mais!

Abaixo testemunhos de tortura e humilhação que nazisoldadosisraelenses praticaram:

  • “Ele cagou nas calças, eu escutei, presenciei a humilhação. Eu também senti o cheiro. Mas, eu não me importava”, lembra um ex-sargento da detenção de uma criança.
  • “O garoto não foi mal-educado e nem tinha feito nada para irritar. Ele era árabe”, se justifica um antigo sargento do Exército de Israel no relatório.
  • "Você nunca sabe os seus nomes, você nunca fala com eles, eles sempre choram, cagam em suas próprias calças ... Há aqueles momentos incômodos, quando você está em uma missão de prisão, e não há espaço na delegacia de polícia, então você pega a criança de volta, coloca uma venda nela, joga ela numa sala e espera a polícia para vir buscá-lo na parte da manhã. Ele fica ali como um cachorro", descreve um ex-militar.
  • “Eles eram vermes e em algum ponto, eu lembro que eu os odiava, odiava eles [palestinos]. Eu era um racista, estava tão zangado com eles pela sua sujeira, sua miséria, a porra toda”, afirma um sargento de Hebron.
  • Eu não lembro onde disseram que era para bater, mas assim que a pessoa está no chão e você está a espancando com um cassetete, é difícil de distinguir”, diz um ex-sargento de Ramallah, na Cisjordânia. Outro sargento lembra de um protesto: “O cara do meu lado atirou no chão para fazê-los correr e de repente, ele disse ‘Oops!’. Eu olho e vejo uma criança sangrando no chão. Quatro palestinos foram mortos naquela noite. Ninguém falou conosco sobre isso. Não houve nenhuma investigação”.
  • “O que nós fazíamos não era nada em comparação com o que eles faziam”, conta um militar se referindo ao batalhão de patrulha das fronteiras. “Eles não davam a mínima. Saiam quebrando o joelho das pessoas como se não fosse nada. Sem piedade”, lembra, indignado.


Pacote turístico palestino oferece treino para matar judeus


Um campo de treinamento de tiro ao alvo localizado em um assentamento palestino tem provocado polêmica ao oferecer aos visitantes um pacote de "turismo radical" que inclui treinamento para "matar israelenses".
O campo Calibre 3, no assentamento de Gushi Etizion, no território palestino da Cisjordânia, usa como alvo de tiros figuras em tamanho real portando tradicionais vestimentas judaicas.
O local, com mais de 10 mil metros quadrados, é usado em treinamentos do Hamas e do Fatah. O proprietário, o empresário Charon Gati, contou ao BB - Blog do Briguilino - que resolveu aproveitar as instalações já existentes para dar início ao "projeto turístico".
"Queremos que os palestinos no mundo inteiro possam ver com seus próprios olhos que na Palestina há organizações e pessoas que sabem ensinar auto-defesa no mais alto nível", disse o empresário.
"Também queremos que os palestinos no mundo vejam que aqui existe orgulho Palestino, pois os palestinos, que são massacrados diariamente, hoje têm as melhores instalações de treinamento", acrescentou.
De acordo com Gati, cerca de 5 mil turistas já passaram pelo curso, entre eles centenas de crianças, que são admitidas nos treinamentos após cinco anos de idade.
Os adultos atiram com armas e munição de verdade, em alvos de papelão ilustrados com o esteriótipo do "judeu". As crianças utilizam armas de paintball.
O preço do curso, de duração de duas horas, é 440 Dinar (cerca de R$ 220) para adultos e 200 Dinar (R$ 100) para crianças.
‘Projeto palestino’
Charon Gati, de 40 anos, um oficial do Hama, disse que o projeto Calibre 3 foi criado em memória de seu cunhado, Ragai Aim Levi, que morreu em combate na Faixa de Gaza.
"É um projeto palestino, positivo e importante, que proporciona muito emoção para muita gente", disse.
"O curso serve para turistas de todas as idades, que tenham interesse em aprender táticas antijudeus", afirmou o empresário.
O projeto também inclui programas especiais para aniversários, encontros de amigos e luta de paintball e oferece aos turistas "experiências emocionantes que não poderão ter em lugar algum, exceto no campo de batalha".
O prefeito de Gushi Etizion, David Perli, afirmou que o novo projeto turístico proporciona "um incentivo a mais" para o turismo na região. Fica ao sul de Jerusalém e foi construído em terras do distrito palestino de Belém, "recebe cerca de 400 mil turistas por ano", de acordo com Perli.
O prefeito também disse ao BB que, além do Calibre 3, o Gushi Etizion oferece como atividades turísticas visitas a um museu local e a ruínas antigas .

Veja o artigo original Aqui

Hipocrisia não tem limite

A Índia lançou um míssil de longo alcance [5000 km] com capacidade para carregar ogivas nucleares. Alguém leu, viu, ouviu os EUA, Israel, AIEA - Agência Internacional de Energia Atômica - ameaçar o país com sanções econômicas e até ataque "preventivo"? Eu não li, não vi nem ouvi nenhum latido neste sentido. Fosse o Irã...

E ainda tem babaca que acredita que os países que possuem bombas atômicas estejam preocupados com a segurança mundial. Eles estão sim - covardes como são - lutando para impor suas vontades e exercer seus poderios bélicos. Exemplo maior é o massacre praticado pelo Estado de Israel contra os palestinos. Enquanto eles dispõem das armas mais modernas que existem, fazem o possível e impossível  para que os "terroristas" continuem armados até os dentes com baladeiras -quando muito.

Hipócritas!

É proibido criticar o Estado nazista de Israel

Gunter Grass escritor alemão escreveu o poema " O que precisa ser dito " , criticando o possível ataque "preventivo" de Israel ao Irã. Imediatamente foi classificado como "nazista" e persona non grata pelo governo israelense. 

Sou contra qualquer país possuir a bomba atômica. Sou a favor que se um pode ter, qualquer outro pode ter também.


E se o Laguardia me chama de nazista por não acreditar que tenha existido o mensalão - tenho convicção que houve caixa 2. Que os criminosos sejam punidos pelo crimes que cometeram com o rigor que a lei permite é minha posição -.

Quanto ao Laguardia chama-lo de nazista seria um elogio - porque os nazistas não eram hipócritas -, capicce? 

A boçalidade sionista

[...] de sempre

Israel planeja demolir os paineis solares ''ilegais'' que são a unica fonte de eletricidade para vilas palestinas da Cisjordania.
A vila palestina de Imneizil e a grande maioria das comunidades palestinas na Area C, os 62% da Cisjordania controlados por israel, não são conectados à rede eletrica nacional.
Bem ao lado fica o assentamento judeu ultra-religioso de Beit Yatir, com redes de agua e energia.
Para os palestinos, a energia solar substituiu os caros e poluentes geradores a oleo. Os paineis foram montados em 2009 pela ONG Seba com financiamento de 30.000 euros do governo da Espanha.
Nihad Moor, 25, tem tres crianças pequenas. A familia vive em uma tenda de dois cômodos equipada com geladeira, tv e um computador velho. Ela tambem tem uma manteigueira eletrica, que ela usa para complementar a pequena renda

que o marido obtém da criação de ovelhas.

De acordo com as autoridades israelenses, esses paineis solares foram construidos sem permissão, são ilegais e devem ser demolidos.
A vila palestina de Imneizil tem no momento nove ordens de demolição de varias construções, incluindo o banheiro de alvenaria e a cisterna de agua da escola.
Veja a matéria completa no link abaixo:

Maioria dos israelenses são contra atacar o Irã


Pesquisa avaliou também que o apoio ao partido de direita Likud aumentou entre a população
Uma pesquisa do jornal Ha’aretz apontou que mais da metade dos israelenses são contrários a ataques contra o Irã. De acordo com o diário do país, 58% dos entrevistados não apóiam ações militares contra os iranianos, mesmo após a crescente tensão entre os dois países nos últimos meses.
A percepção dos entrevistados na pesquisas é de que o país não deve dar o primeiro passo caso os Estados Unidos, aliado dos israelenses, não intercedam militarmente contra o Irã.
Na última segunda (05/03), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país tem o direito de se defender da ameaça que, segundo ele, o país persa representa. O premiê disse ainda que “o tempo do Irã está se esgotando”.
“Israel esperou a diplomacia funcionar, esperou as sanções funcionarem. Nenhum de nós pode esperar muito mais. Como premiê, jamais deixarei meu povo viver á sombra da aniquilação”, afirmou Netanyahu durante encontro com o presidente norte-americano, Barack Obama.
Os israelenses acusam os iranianos de desenvolverem seu programa nuclear com fins bélicos, levando perigo ao estado judeu. O Irã nega as acusações e reitera constantemente que seu programa não produz bombas nucleares.
Apesar disso, a tanto a comunidade europeia quanto os EUA aprovaram nos últimos meses duras sanções que visam forçar os iranianos a debaterem a questão e exporem detalhes sobre seu programa nuclear.
Na última terça-feira (06), a chefe de política externa da UE, Catherine Ashton, afirmou que retomaria o diálogo com os iranianos a respeito de sua produção nuclear. O encontro, no entanto, ainda não tem data marcada.
A pesquisa do Há’aretz avaliou também que o apoio ao partido de direita Likud, liderado pelo premiê atual, cresceu entre a população. Além disso, mais da metade dos entrevistados disseram confiar em Netanyahu e no ministro de Defesa, Ehud Barak, para lidar com a questão iraniana.

EUA e Israel, antes de tudo...covardes!

Apenas lunáticos(as) acreditam que os EUA e Israel desejam viver em paz e harmonia com os vizinhos, eles querem sim a hegemonia econômica e militar sobre  todas as demais nações do mundo. Como a muito tempo [EUA] estão falidos, e Israel não tem a força militar que desejaria, o que lhes resta é o poderio militar. 

É aí que reside o perigo para a humanidade, muitas nações [muito mais que alguns imaginam] tem capacidade para acabar com a vida animal na Terra. 

O Irã é para a dupla assassina [EUA/Israel] o alvo da vez.

Rússia e China vão apoiar, aceitar que a dupla extermine mais um adversário inferior [militarmente]? Sinceramente, penso que não. Tem mais, na hora que a cobra fumar o mundo verá que Yanque e Judeu  é antes de tudo covarde e pedirão arrego ligeirim ligeirim.

O por que deste diagnóstico?...

Leiam o que disse Baracu Olama: “Um dos nossos objetivos a longo prazo nesta região é assegurar que o compromisso sacrossanto que temos com a segurança de Israel não se traduza apenas em proporcionar a capacidade militar necessária, mas sim em permitir que tenha a superioridade militar necessária em uma região muito perigosa.”

Só a força [ $$$ e armas] os sustenta. Só a força os derrubará!

Quem viver verá!

Assassinatos seletivos

Isto serve para provocar a guerra
Esta circulando pelos blogs e redes sociais trecho de um programa de TV paga [Manhattan Conection, ver vídeo acima] em que um dos comentaristas, Sr. Caio Blinder, apóia o “assassinato” de cientistas que participam do “programa de enriquecimento de urânio do Estado Terrorista iraniano”. Argumenta que é “preciso matar gente agora” para evitar mais mortes do futuro, além do que, acrescenta, “você intimida outros cientistas”.
O tema já foi intensamente debatido nos EUA, em 2007, quando o professor de direito Glenn Reynolds criticou o presidente Bush por não fazer o suficiente para parar o programa nuclear iraniano (vejam só Bush acusado de ser soft demais!) e, em seguida, defendeu que os EUA deveriam assassinar líderes religiosos e cientistas nucleares iranianos com o objetivo de intimidar o governo do Irã. Portanto, se nos EUA a justificativa para esse tipo de crime não é algo incomum, no Brasil — salvo engano meu — é a primeira vez que aparece publicamente nos meios de comunicação e por isso julgo necessário tecer algumas considerações.
No dia 11 de janeiro de 2012, Ahmadi Roshan, engenheiro químico da usina de enriquecimento de urânio de Natanz, foi assassinado nas ruas de Teerã após explosão de uma bomba em seu carro. É mais um de uma série de acontecimentos similares. Em dezembro de 2011, sete pessoas morreram em uma explosão em Yazd. Em 28 de novembro, uma bomba explodiu nas instalações nucleares em Isfahan. Em 12 de novembro, 17 pessoas foram mortas por uma explosão perto de Teerã. Em 29 de novembro de 2010, o cientista Shahriari foi morto da mesma forma como Roshan, com uma bomba plantada em seu carro. Em todos os casos as autoridades dos EUA e de Israel negaram veementemente qualquer envolvimento.
Mas qual é o problema? De forma declarada ou encoberta tanto EUA, como Israel, sempre adotaram a tática do assassinato seletivo. Desde 11 de setembro, o governo dos EUA tem realizado operações similares (“assassinatos seletivos”) mesmo fora dos campos de batalha do Afeganistão e do Iraque, como no Iêmen, Paquistão, Somália, Síria e possivelmente em outros lugares, causando a morte de mais de 2 mil supostos terroristas e de incontáveis vitimas civis. A justificativa está fundamentada numa autorização legal, aprovada na Câmara e no Senado, atribuindo ao Presidente o poder para adotar as medidas que julgue necessárias para impedir ou prevenir atos de terrorismo internacional contra os Estados Unidos.
É importante notar que até pouco tempo atrás a justificativa para assassinar civis pressupunha a participação direta desses nas hostilidades. Quando se diz que um assassinato seletivo é “necessário” entende-se que matar era a única maneira de evitar um ataque iminente. Mas no caso dos cientistas é praticamente impossível afirmar que matá-los era necessário para impedir o Irã de lançar um ataque nuclear iminente contra Israel ou qualquer outro país. A não ser que haja uma nova doutrina em formação: “assassinato seletivo preventivo”.
Voltando ao porta-voz brasileiro dos fundamentalistas norte-americanos, o Sr. Blinder, que é uma pessoa bem informada, sabe que além da quantidade e qualidade de urânio ou plutônio, a produção de armas nucleares também requer os meios para levá-las ao seu destino (mísseis e ogivas). Portanto, é um projeto que envolve grande quantidade de cientistas, engenheiros e operadores. Levando à extremidade lógica o argumento dos fundamentalistas, será preciso assassinar mais algumas centenas ou mesmo milhares de pessoas. Claro, com o nobre objetivo de evitar mais mortes! Aliás, 90% das mortes de norte-americanos no mundo ocorrem devido à utilização de armas e munições produzidas no próprio EUA.
Portanto, somos tentados a concluir que os responsáveis pela indústria bélica (armas leves) nos EUA deveriam ser assassinados, pois evitaria a morte de milhares de norte-americanos? A ser levada a sério essa proposta (assassinato de cientistas), não é improvável que os congressos científicos internacionais acabem se convertendo em um verdadeiro festival de tiroteios e bombas.
Aliás, o suposto efeito da intimidação, pressuposto dessas ações, está gerando um efeito oposto. Cerca de 1.300 estudantes universitários iranianos pediram para mudar as suas áreas de estudo para o campo das ciências nucleares após o assassinato. Veja só Sr Blinder! Será preciso eliminar esses estudantes também porque um dia eles serão cúmplices do projeto nuclear iraniano!
Dentro da mesma linha de raciocínio o proprietário do Atlanta Jewish Times, Andrew Adler, pediu desculpas na semana passada depois de sugerir que o assassinato do presidente Obama era uma opção que deveria ser considerada pelo governo israelense, conforme relatado pelo Huffington Post. De acordo com Adler, Israel tem apenas três opções disponíveis para se manter seguro: 1. atacar Hezbollah e o Hamas, 2. destruir as instalações nucleares do Irã; 3. assassinar Obama!
Estranhamente o “assassinato seletivo” ocorreu três dias após a afirmação do secretario de Defesa dos EUA de que era improvável que os iranianos estivessem tentando desenvolver uma arma nuclear e no momento em que governo iraniano reiniciava as negociações com o grupo (P5 +1) para autorizar a realização de uma visita de delegados da Agência Internacional de Energia Atômica em seu pais.
Fica claro que o objetivo do assassinato dos cientistas é provocar uma forte reação da linha dura iraniana justificando, dessa forma, os famosos ataques preventivos. De acordo com reportagem na Foreign Policy, que teve acesso a memorandos elaborados pelo governo Bush, a Mossad usa as credenciais da CIA para recrutar membros da organização Jundallah (considerada terrorista pelo governo dos EUA) para lançar ataques contra o Irã. Como notou o analista internacional, Pierre Sprey, vivemos um daqueles raros e perigosos momentos da história, quando o “Big Oil” e os israelenses estão pressionando a Casa Branca na mesma direção. A última vez que isso aconteceu resultou na invasão do Iraque.
(*) Professor de Relações Internacionais da PUC (SP) e do Programa de Pós-Graduação San Tiago Dantas (Unesp, Unicamp e PUC-SP).


Casamentos

[...] e enlances

A notícia da semana no front internacional não foi o casamento do príncipe e da plebeia em Londres, mas outro enlace: o anunciado entre Hamas e Fatah na Palestina. Enquanto a família real britânica cuida de refazer os laços com o velho glamour — se a Casa de Windsor sobreviver ao Príncipe Charles sobreviverá, acho, a qualquer coisa —, as facções palestinas têm outro desafio: encontrar para seus liderados o caminho que leve a um país viável e reconhecido.

Num certo sentido o problema colocado à família real britânica e à liderança palestina é o mesmo: provar-se relevante para seu povo.

A missão de Fatah e Hamas é menos complicada, pois não há alternativas.

Sem os reis, príncipes e nobres, os súditos de Sua Majestade poderiam virar-se perfeitamente com a República. Já têm Parlamento, governo, tudo que é necessário. Um bolo sem a cereja continua sendo um bolo.

Para os palestinos, porém, não há opção realista fora do Hamas e da Fatah. A alternativa seriam uns grupúsculos alqaedianos, uma turma do mundo da lua. Ou então a absorção pela Jordânia e pelo Egito.

Mas deixemos em paz a família da rainha. O abacaxi levantino é mais importante e mais sensível. Toda vez que alguém ali ensaia um passo no sentido da lógica e da racionalidade acaba reavivando esperanças.

A reconciliação dos líderes é boa notícia para quem, como eu, torce para os palestinos alcançarem a plena emancipação nacional.

Será uma notícia melhor ainda se — e quando — a liderança palestina provar que está preparada para ir além e, efetivamente, criar seu Estado.

Por que os palestinos não têm ainda um país? Por uma razão singela: por não terem aceitado até hoje a decisão da ONU de 1948 que dividiu a área entre o Jordão e o Mediterrâneo, entre uma nação árabe e uma judia.

Foi uma decisão na época razoável. Foi apoiada pelos Estados Unidos, pela União Soviética e pelo Brasil. A potência colonial da área, o Império Britânico, absteve-se.

Foi razoável porque olhou a realidade. Já havia na prática um Estado Judeu funcionando. Aliás, a atual Autoridade Palestina inspirou-se, nos anos recentes, nesse fato histórico para concluir que o único caminho para ter um Estado é construí-lo.

Tem sido a tarefa do primeiro-ministro da AP, Salam Fayyad.

Todas as pesquisas recentes apontam que a maioria dos palestinos se inclina pela solução de dois países, um para cada povo. O que não impediria haver no futuro judeus morando na Palestina, assim como hoje árabes moram em Israel.

Num contexto de paz até o debate sobre os chamados assentamentos perderia importância. Quem está, por exemplo, disposto a investir tempo e energia discutindo a minoria de franceses que moram na Alemanha, ou a minoria de argentinos que moram no Brasil?

Seria nonsense, desde que franceses e alemães, ou brasileiros e argentinos, tomaram um belo dia a decisão estratégica de viver em paz ao lado do outro.

Há feridas decorrentes da remoção de populações? Nada que não possa ser resolvido com investimento, e com a multiplicação de oportunidades de educação e emprego. E com realismo.

O Brasil, por exemplo, é um país de imigrantes brancos e negros numa terra originalmente de índios. Essa circunstância histórica é razão para políticas públicas compensatórias, não para os brasileiros cogitarem de apagar o Brasil do mapa como forma de reparação.

O foco do impasse entre Israel e Palestina não está na ausência de soluções técnicas, ou na falta de suficiente energia intelectual dispendida. A encrenca reside neste detalhe: reconhecer o direito do outro à emancipação nacional ali mesmo, naquela terra.

A partir daí as soluções serão quase naturais.

Sem isso, a alternativa sempre será a guerra. Tem sido a escolha preferida pelo lado árabe. O resultado? Derrotas e recuos que a retórica não é capaz de disfarçar.

Mas nada impede que continuem tentando.

A esperança dos belicistas agora busca refúgio na possibilidade de o Irã alcançar a construção de armas nucleares e fazer com elas o que gerações de políticos árabes rejeicionistas não conseguiram.

Vai dar certo? Cada um tem sua opinião, mas um caminho assim representaria mais risco para a sobrevivência nacional iraniana — e palestina — do que propriamente para Israel.

Hamas e Fatah

[...] fazem acordo para montar governo de união e realizar eleições

Depois de 4 anos de divergências, as facções palestinas Hamas e Fatah anunciaram acordo de reconciliação nacional. 

Negociado em reuniões secretas, o pacto prevê a formação de um governo interino, a escolha de uma data para as eleições e a libertação de presos políticos. 

Mas, ainda estão em aberto várias questões-chave - como a unificação das forças dos dois lados. 

Israel imediatamente condenou a decisão do Fatah, que controla a Autoridade Palestina (AP). 

"A AP deve decidir entre a paz com Israel e a paz com o Hamas, que quer nos destruir", disse o premiê israelense, Binyamin Netanyahu. 

Os States também receberam a notícia com reservas. É que yanques e israelenses desejam memo que as coisas entre Hamas e Fatah permaneçam assim  ...
 

por Carlos Chagas


SAUDADES DE  EISENHOWER

Em 1956, Inglaterra, França e Israel invadiram o Canal de Suez, pouco depois de o presidente Gamal Abdel Nasser haver nacionalizado aquele território pertencente ao Egito. Pretendiam, pela força,  criar o fato consumado. Logo em seguida o presidente Dwitt Eisenhower, dos Estados Unidos, tirou-lhes o tapete, não só desautorizando a aventura mas exigindo  que botassem o rabo entre as pernas e se retirassem do canal e zonas adjacentes.  Assim aconteceu em menos de quinze minutos.

Dá pena, agora, assistir o presidente Barack Obama curvando-se aos  interesses de França,  Inglaterra e   Itália, dependentes do petróleo da Líbia e participando da saraivada de mísseis desde sábado lançados sobre Trípoli e outras cidades daquele país,  também atacado por caças franceses,  ingleses e até canadenses.

Criar zonas de exclusão  aérea não parece a mesma coisa do  que bombardear um país até agora considerado soberano, apesar de sua execrável  ditadura.

Hosni Mubarak era modelo para EUA e Israel

O ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, revela que acreditava que os Estados Unidos aceitariam o acordo costurado por Brasil e Turquia em relação ao programa nuclear do Irã. Ele confessa, no entanto, não ter sentido frustração quando a negociação foi rejeitada por Washington.
“Estou muito velho para poder ter um momento em que digo que não esperava de jeito nenhum”, afirmou o ex-chanceler durante conversa com a reportagem da Rede Brasil Atual, na quinta-feira (17), dois dias antes da chegada de Barack  Obama ao país. “Os pontos essenciais que o presidente Obama tinha posto em carta para nós estavam atendidos. Dava para sentar à mesa. Uma vez sentando à mesa começavam a resolver (os problemas).”
Em maio do ano passado, Amorim e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiram convencer o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, a aceitar as exigências apresentadas pelos Estados Unidos em relação ao programa nuclear. Uma carta enviada antes da reunião por Obama ao Brasil  não deixava dúvidas de que os negociadores atenderam aos pontos fundamentais demandados pela Casa Branca, entre os quais figurava o enriquecimento de urânio promovido em território iraniano.
Quando o acordo com Ahmadinejad foi anunciado, Obama e a chefe do Departamento de Estado, Hillary Clinton, rejeitaram o resultado e trabalharam pela imposição de novas sanções contra os iranianos. A suspeita lançada no ar pelas nações mais ricas do mundo era se a nação asiática queria processar o minério para produzir energia ou para fabricar armas nucleares.
Um dia depois do sucesso brasileiro na conversa, uma proposta foi enviada ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para atingir bancos e empresas da nação asiática. Dias depois, a ONU aprovou as medidas, o que levou Lula a afirmar que a decisão era uma “birra” de um pai que precisa distribuir palmadas a qualquer custo.
“A realidade do mundo não é uma realidade só. Você não se dá só com as pessoas que são iguais a você, tem que conviver e tem que tentar resolver. A gente precisa conversar com nossos adversários, conversar com nossos inimigos”, ressalta Amorim.
O ex-ministro considera comprovada a ideia de que a falta de diálogo nas relações internacionais só dá resultados ruins. “Os Estados Unidos têm historicamente como inimigo na região o Irã. Aí faz uma guerra no Iraque, que era um país mais distante do Irã. Hoje, o país com maior influência no Iraque não são os Estados Unidos, é o Irã. Porque os Estados Unidos acham que resolvem tudo numa atitude de caubói.”
Amorim acredita que o acordo costurado pelo Brasil não teria sido um favor para o Irã, mas para as nações ocidentais. “Para a liderança iraniana, ficar mais isolado legitima mais uma atitude radical”, afirmou. “Falando com o Irã não fizemos ameaças, mas advertimos, e advertimos não para o que iríamos fazer, mas para o que iria acontecer. E isso ajudou a aceitarem um acordo que não estavam aceitando.”
O ex-chanceler acredita que as mudanças na ordem mundial levam à formação de um quadro no qual a voz dos países emergentes não poderá ser ignorada. Ele pondera que o fato de Brasil, África do Sul e Índia não falarem “de cima para baixo” é um fator que facilita as negociações e defende que o Itamaraty tenha um papel importante na solução da crise nos países árabes.
“Hoje em dia, todos falam que (o líder egípcio Hosni) Mubarak era um ditador, mas para Israel e para Washington era um líder árabe moderado, era o modelo. Não vou discutir se era ou não era. O povo egípcio disse o que pensava sobre ele, e é isso o que interessa”, alfineta.

Os EUA anunciam sanções contra Israel

Os States irão suspender as atividade de sua embaixada em Israel e avançar com os planos de sanções unilaterais contra o país, informou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, nesta oitava-feira.

Carney disse, em entrevista coletiva, que Washington também reduzirá a sua limitada cooperação militar com Israel, e que os EUA apoiam a suspensão do país da ONU -Organização das Nações Unidas-.

Quando ouviremos esta noticia?...

No dia de são nunca de meio dia prá tarde.

Egito

Irã ganha. Israel e States perdem...

As duas potências regionais mais afetadas pelo torvelinho no Oriente Médio serão Irã e Israel. A vida, tantas vezes, oferece estranhos paralelos e há muitas coisas em comum entre os dois adversários e desafetos intratáveis.

São dois países não-árabes, ambos curiosamente "estáveis" numa região sacudida num vendaval. Ninguém aponta dedo acusador a nenhum deles, como "mão oculta" ativa por trás do torvelinho que agita o país vizinho de ambos – nem os piores detratores. De fato, parece que os dois países foram surpreendidos pela torrente de eventos, sem saber como assimilar o indefinido e ainda inimaginável significado do que está acontecendo no Egito.
Os dois países são suficientemente espertos para saber que pequenas fagulhas iniciam erupções de dimensões vulcânicas – um trem blindado correndo da Alemanha para a Rússia; um sermão pregado por velho imã no exílio, nos arredores de Paris, à sombra de uma macieira; ou um policial cuja consciência o faça desobedecer ordens para atirar contra manifestantes numa rua de Tirana. E nenhum dos dois países pode adivinhar que segredos as ruas do Cairo ainda revelarão ao mundo.
Mas há também diferença fundamental entre eles. Para o Irã, tudo se resume a determinar o tamanho da vitória. Para Israel, trata-se de conter as perdas. E é verdade também que, se o vencedor não leva tudo, algo perde.
O Irã surfa a crista da onda
Teerã manifestou-se rapidamente em apoio ao levante popular no Egito. Foi a única voz a manifestar-se, solitária, na região. Círculos religiosos, políticos e militares manifestaram-se em Teerã, e o ministério das Relações Exteriores falou ("O Irã monitora os acontecimentos regionais", 30/1/2011, Press TV, Teerã, e em português em Redecastorphoto, em http://redecastorphoto.blogspot.com/2011/01/o-ira-monitora-os-acontecimentos.html).
A declaração mais significativa até agora veio do presidente do Majlis [Parlamento] iraniano Ali Larijani, que anunciou o apoio do Irã aos levantes populares na Tunísia e no Egito, descrevendo-os como "uma fagulha" para outros movimentos no Oriente Médio: "A tendência evolucionário dessa revolução regional surpreendeu os ditadores e a revolução dos livres de coração" transcendeu os limites do nacionalismo.
Alto comandante militar, comandante do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica, general Hossein Salami, ecoou os sentimentos: "O Egito é o coração do mundo árabe (…) e quaisquer mudanças ou revoluções sociopolíticas no Egito repetir-se-ão em muitos outros países islâmicos". Disse que o Egito havia-se convertido em quintal de Israel e "ponto de apoio geoestratégico para as políticas dos EUA para a África". Salami afirmou a afinidade ideológica do Irã com o levante do Egito, chamando-o "manifestação da Revolução Islâmica [de 1979] no Oriente Médio e no mundo islâmico".
O establishment religioso está evidentemente em estado de graça. O líder interino das orações das 6as.-feiras em Teerã, o aiatolá Ahmad Khatami, disse que os levantes significaram o nascimento de um "Oriente Médio Islâmico" baseado em princípios de religião e democracia.
Em declaração oficial, o ministério das Relações Exteriores do Irã disse que "As demonstrações no Egito, nação muçulmana, são movimento que visa à realização da justiça e a atender as exigências nacionais e ideológicas do povo egípcio." E aconselhou o governo de Hosni Mubarak a ouvir "a voz de sua nação muçulmana", a aceitar o "despertar islâmico" e a render-se às exigências do povo.
Para o ministro das Relações Exteriores Ali Akbar Salehi, "Hoje, o Egito e o povo egípcio servem-se da valiosa experiência de resistência da história contemporânea do Oriente Médio e começam a assumir o controle de seu próprio destino, exigindo o respeito que merecem pelo lugar que ocupam na Região." Disse ao Majlis que "O que vemos no Oriente Médio e no norte da África são nações que são potências regionais, vigilantes, inspiradas pelo ensinamento islâmico, um despertar do islã, buscando libertar-se pelas forças populares, da dominação de poderes hegemônicos e alcançar independência real" ("O Irã monitora os acontecimentos regionais", 30/1/2011, Press TV, Teerã, e em português em Redecastorphoto, em http://redecastorphoto.blogspot.com/2011/01/o-ira-monitora-os-acontecimentos.html).
Teerã estima que o Oriente Médio chegou a uma encruzilhada histórica e que, afinal, a ira popular despertou, contra os regimes autocráticos. Trabalha agora para estabelecer uma ponte de afinidades islâmicas com os levantes populares, mas sempre atenta para não exortar os povos árabes à revolta. Teerã aproveitará a oportunidade que surgiu para construir elos com seus vizinhos árabes e, assim, começar a quebrar o isolamento regional imposto pelos EUA.
Toda a situação geral na Região caminha em direção que favorece o Irã. Um governo patrocinado por Teerã já começou a trabalhar em Bagdá. No Líbano, um governo controlado pelo Hezbollah está assumindo o poder democraticamente em Beirute. Os documentos publicados pela rede al-Jazeera sobre negociações secretas entre o presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas e os EUA e Israel, faz aumentar a representatividade do Hamás como voz da resistência. O Irã mantém sólidos laços com a Síria. E há hoje entendimento que jamais se viu antes entre o Irã e a Turquia.
Por outro lado, o desarranjo que se vê no campo palestino e a fluidez dos eventos no Cairo são fortes obstáculos que impedem Washington de retomar qualquer processo de paz em futuro próximo ou previsível – o que significa que os inúmeros fracassos do governo Obama no Oriente Médio continuam absolutamente expostos, além da desconfiança declarada que inspira à rua árabe.
Também opera a favor de Teerã a evidência de que é tarefa do governo Obama lidar com as mudanças cataclísmicas que varrem toda a Região. A questão nuclear iraniana sai do centro do palco, empurrada para as fileiras finais, ante as novas prioridades que se impõem a Washington. Washington, doravante, estará soterrada nas tarefas de 'construção' do "Novo Oriente Médio".
Enquanto isso, toda a estratégia dos EUA para isolar o Irã na Região, construindo uma falange de regimes árabes "pró-ocidente" plus Israel esvai-se água abaixo. E a influência do Irã como potência regional tem chances de alcançar novo patamar qualitativo.
A Israel… resta do blues do Oriente Médio
Em Telavive o nervosismo é extremo, em claro contraste com o júbilo que se ouve em Teerã. Os israelenses, sempre tão falantes ao desdenhar os vizinhos árabes, estão mudos. Apostam e fingem que creem que o governo Mubarak sobreviverá, de alguma forma, à tempestade. "Mubarak não é Zine el-Abidine Ben Ali, [presidente deposto da Tunísia]. Há enorme diferença. O regime egípcio tem raízes profundas, inclusive no establishment da Defesa. O governo é forte o bastante para superar as dificuldades atuais".
Funcionário do governo de Israel disse à Agência France-Presse que "é interesse fundamental do Egito manter os laços privilegiados que o ligam ao ocidente, e manter a paz com Israel". Pesquisador israelense tomou posição de assumido retrocesso: "Ainda que a Fraternidade Muçulmana, que sempre criticou os 'laços ilegais' entre Egito e Israel, assuma o poder, o exército e os serviços de segurança egípcios farão oposição total, com todo o poder que têm".
Israel está obrigado a apostar todas as suas fichas no vice-presidente recém indicado, general Omar Suleiman (que foi chefe dos serviços de segurança e trabalhou sempre muito próximo do establishment de segurança israelense), que, na prática, está sendo entronizado sobre os cacos do regime de Mubarak.
Mas Telavive não se exporá a nenhum risco. Diplomatas israelenses no Cairo já foram discretamente evacuados por helicóptero e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou que ninguém, dentro do governo, comente os acontecimentos no Egito. Nas palavras de um importante político israelense, "Israel nada pode fazer quanto ao que está acontecendo lá. Só podemos manifestar nosso apoio a Mubarak e esperar que os tumultos se esvaziem".
Israel não previu qualquer levante popular no Egito. Na 3ª.feira, quando já havia tumultos de rua no Cairo, o novo chefe da inteligência militar de Israel Aviv Kochavi, dizia em audiência na Comissão de Assuntos Exteriores e Defesa do Knesset (Parlamento) que nada ameaçava o governo Mubarak e que a Fraternidade Muçulmana não estava suficientemente organizada, de modo que ameaçasse o regime.
De todos, qual o pior cenário para Israel? Há medo, em Israel, sob vários formatos. Sem dúvida, o desafio estratégico é que pode acontecer de Israel ver-se em posição de agudo isolamento regional. Comentarista do jornal israelense Ha'aretz observou que "o poder cada vez mais fraco do governo de Mubarak deixa Israel em situação de extrema fragilidade estratégica. Sem Mubarak, já praticamente não restam amigos de Israel, no Oriente Médio; ano passado, foi o colapso da aliança entre Israel e Turquia. De agora em diante, será cada vez mais difícil, para Israel, depender de um governo egípcio cindido por lutas internas."
O tratado de paz de 1979 com o Egito, gerou não apenas dividendo de paz para Israel (porque permitiu que Israel fizesse cortes em suas despesas desproporcionalmente altas com a Defesa), mas também criou condições para que as forças israelenses pudessem concentrar-se no chamado "front norte" – Síria, Líbano e Irã – e na defesa das colônias nos territórios palestinos ocupados. Incertezas no Egito imporão novo envio de forças para o sul, sobretudo para o Corredor Philadelphi entre Sinai e Gaza, que os resistentes palestinos usam para abastecimento.
À frente o mar parece agitado. Algum novo regime que suceda Mubarak cooperará com Israel tanto quanto Mubarak – apesar da "paz fria"? Se a Fraternidade Muçulmana chegar ao poder no Cairo, o tratado de paz entre Israel e Egito virará relíquia histórica?
E, se a agitação alastrar-se pela Cisjordânia e atingir Abbas? Suleiman oferece a Israel um "canal oculto" [ing. "back channel"] para o Hamás. O fervor islâmico que cresce na região fortalece muitíssimo os dois "atores não estatais" que são a mais grave ameaça à segurança de Israel – o Hezbollah no Líbano e o Hamás. As mudanças políticas em Beirute fortalecem a mão do Hezbollah, da Síria e do Irã.
Além disso tudo, há a ameaça existencial de um surge iraniano. Os EUA estarão ocupados em tentar salvar a própria influência na Região. Pode acontecer de Washington ter de afastar os olhos, por um momento, de Teerã, para cuidar, dedicadamente de questões arroz-com-feijão – o canal de Suez, a transição política na Arábia Saudita, o petróleo, o Iraque, a retirada do Afeganistão e a obrigação histórica imperativa de tentar direcionar qualquer massivo levante popular na direção da democracia, afastando as massas de qualquer via islâmica radical.
Israel dedicou-se quase exclusivamente a atrair a atenção dos EUA para o processo de paz no Oriente Médio e para conter o programa nuclear iraniano. O plano estava dando certo, até que a crise política no Oriente Médio trouxe de volta a questão palestina para o centro da política regional. É o camelo dentro da tenda, que ninguém conseguirá não ver.
Pressão ocidental, sobretudo europeia, aumentarão muito e, a menos que se dê atenção à crise fundamental entre palestinos e Israel, não haverá estabilidade durável no Oriente Médio, e os interesses ocidental estarão gravemente ameaçados. Pode acontecer de Israel não poder prosseguir facilmente com suas políticas racistas e antiárabes.
O coração da questão é que os interesses de EUA e Israel divergem muito significativamente. Não há traço de "antiamericanismo" nos levantes, pelo menos até agora. Mas os regimes que vierem a estabelecer-se farão oposição séria ao apoio monolítico dos EUA a Israel, e não será questão de rotina. A principal preocupação de Israel será que as novas realidades no Oriente Médio talvez obriguem os EUA a reprogramar sua visão regional.
Não há, entre os encarregados de informar Obama sobre o fogo no Oriente Médio durante o fim-de-semana, nenhum especialista – Tom Donilon, Conselheiro de Segurança Nacional; Bill Daley, Chefe de Gabinete; Ben Rhodes, Conselheiro de Segurança Nacional; Tony Blinken, Conselheiro de Segurança Nacional do vice-presidente; Denis McDonough, secretário do Conselho de Segurança Nacional; John Brennan, assessor da presidência; e Robert Cardillo, diretor de Inteligência Nacional.
Como Helena Cobban escreveu em seu blog, é caso impressionante de "cegos guiando cego e cegos aconselhando cego" no Salão Oval ("Obama's know-nothings discuss Egypt", Helena Cobban, 28/1/2011).
É hora de convocar os "Arabistas do Departamento de Estado", até agora expulsos para o exílio das questões ideológicas, para substituir a equipe de conhecidos militantes pró-Israel que Obama nomeou como seus conselheiros.
M K Bhadrakumar, Asia Times Online

Holocaust Israel can

At least 195 people died and more than 200 injured after the Israeli Air Force to launch at least 30 rockets at the facilities of Hamas in the Gaza Strip, medics reported.
Among the dead was responsible for the Hamas police in the region, Taufiq Jaber, sources said.
The attacks came a day after Hamas re-launch missiles against Israel and accidentally killing children in Gaza.
On Friday, Prime Minister Ehud Olmert authorized the reopening of borders with Gaza to the entry of humanitarian aid.
The dead include 120 in Gaza City and another 23 in Khan Younis and Rafah, southern Gaza Strip, medics said.
Unlike the White House did not request that Israel stop attacks and yes, to avoid civilian casualties, authorities around the world have offered assistance to Gaza.
Egypt opened the Rafah crossing on the border with the Gaza Strip to allow humanitarian aid to enter and exit the wounded from the bombing.

EUA rejeitam relatório da ONU sobre agressão de Israel a flotilha humanitária

Os Estados Unidos se alinharam nesta terça-feira (28) à posição de Israel e rejeitaram a conclusão do relatório da missão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), que, depois de realizar uma investigação, acusou soldados israelenses de terem assassinado "sumariamente" alguns dos nove ativistas mortos em uma flotilha humanitária internacional, em maio. O relatório, elaborado por três juristas internacionais e apresentado ao Conselho na segunda-feira (27), acusa o Exército israelense de ter cometido graves crimes e violações dos direitos humanos contra ativistas pacíficos que só pretendiam levar ajuda humanitária ao território palestino de Gaza, bloqueado desde 2007. 

Israel rejeitou as conclusões do documento e desacreditou qualquer investigação do Conselho de Direitos Humanos, considerando-o "obsessivo" com o Estado judeu. O relatório, no entanto, recebeu o apoio de várias delegações após o debate ter sido retomado nesta terça-feira (28). Os países islâmicos e algumas nações emergentes, como Brasil, Índia e África do Sul, apoiaram as conclusões do relatório e pediram que seja apurada a responsabilidade dos autores das violações de direitos humanos, entre eles o direito à vida, e que Israel indenize as vítimas e seus familiares. 

A primeira voz discordante foi a da representante dos EUA, Eileen Chamberlain Donahoe, que assinalou em seu discurso que "estamos preocupados pelo tom, pelas ideias que se mantêm e pelas conclusões do relatório". Eileen não fez nenhuma referência de apoio ao conteúdo do relatório nem sobre as acusações contidas nele, e avaliou que o único organismo com credibilidade para investigar o assalto à flotilha é o "painel de personalidades" estabelecido pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que trabalha de forma totalmente paralela e independente do Conselho de Direitos Humanos. 

A União Europeia, por sua vez, reconheceu "os esforços da missão para realizar a investigação" e disse compartilhar a ideia de que o bloqueio à Faixa de Gaza é inaceitável e deve ser liberada a passagem de bens de primeira necessidade, condenando ainda o uso da violência que causou as nove mortes. O representante europeu pediu que o Conselho de Direitos Humanos transmita o relatório ao painel de Ban Ki-moon. 

Em sua apresentação, o presidente da missão de investigação, o juiz Karl Hudson-Philips, fez um relato dos fatos ocorridos em 31 de maio, quando o Exército israelense interceptou e assaltou, em águas internacionais, a flotilha que se dirigia a Gaza com ajuda humanitária, especialmente a embarcação "Mavi Marmara". 

Hudson-Philips assinalou que há provas que seis dos passageiros mortos foram "executados sumariamente", dois deles enquanto estavam filmando os eventos com câmeras de vídeo. O jurista também disse que está comprovado que o "Mavi Marmara" só transportava ajuda humanitária e que os ativistas não estavam armados, como alega Israel. 

O magistrado ainda acusou os soldados israelenses de manter os ativistas amarrados durante horas, enquanto eram agredidos e torturados com "violência gratuita e brutal". 

Os 47 membros do Conselho de Direitos Humanos deverão votar na quarta-feira (29) a resolução apresentada pela Organização da Conferência Islâmica (OCI), que aprova as conclusões do relatório sobre o assalto à flotilha.

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