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Eeleição causa espanto e pavor!...Em Marte

Dilma e o PT vão mexicanizar o Brasil? CartaCapital prevê, pelo contrário, um avanço democrático

Estão na ribalta um candidato a Mussolini, ou a Hitler, ou a ambos, e uma assassina de criancinhas. Ou seja, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Palavras de Fernando Henrique Cardoso, Rodrigo Maia e Mônica Serra. Um alienígena que baixasse à Terra ficaria entre o espanto e o pavor. Quanto a nós, brasileiros, não é o caso de maiores preocupações.

No caso de Lula, cujo estilo mussoliniano o príncipe dos sociólogos aponta, vale admitir que outra citação possível seria a de Luís XIV, personificava o poder todo. “O Estado sou eu”, dizia o monarca por direito divino. Pois segundo FHC, o presidente afirma, nas entrelinhas da sua atuação, “eu sou tudo e quero o poder total”. E isto “não pode”, proclama o ex, com aquela riqueza vocabular que o caracteriza.
Rodrigo Maia percebe outra semelhança, com Hitler, o qual pretendia “extirpar” a raça judia assim como Lula pretende “extirpar” a gente do DEM. Quanto a Dilma Rousseff, a própria mulher do candidato tucano à Presidência, Mônica, enxerga nela, favorável ao aborto, uma matadora de criancinhas. O que talvez soe estranho a ouvidos qualificados para um debate sério sobre a questão, mas casa à perfeição com vetustas ideias pelas quais mastigar bebês era praxe entre comunistas.
A mídia nativa desfralda estas patéticas definições da lavra dos cabos eleitorais de seu candidato enquanto tenta transformar o Caso Erenice em escândalo de imensas proporções. O enredo suscitado pela quebra de certos sigilos passa para o segundo plano, mas ninguém se surpreenda se for ressuscitada a versão da “guerrilheira terrorista Dilma”, capaz de violências inauditas de arma na mão. A revista Veja está aí para estas coisas, enquanto a Folha de S.Paulo reedita na tevê um velho anúncio disposto a evocar Hitler para concluir, à moda fernandista, que algumas verdades constroem uma mentira.


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Exclusivo: O exemplo de Tancredo
Aécio Neves, ao tomar a decisão de abandonar o tucanato, espelha-se no avô. De caso pensado? Por Mauricio Dias
Não é por estar envolvido de corpo e alma na campanha para eleger seu substituto, Antonio Anastasia, ao governo de Minas Gerais, e muito menos por distração política, que Aécio Neves deixou de se manifestar sobre as recentes denúncias, encampadas por José Serra, para tentar desestabilizar Dilma Rousseff. É um silêncio significativo. Expressivo como um risco de giz. A metáfora, possível de ser imaginada, que separa o território de atuação da oposição mineira e da oposição paulista. Ambas adversárias do governo Lula. Só que a primeira é democrática e a segunda é golpista.
As duas convivem, no PSDB, por um tempo longo demais, considerando as divergências políticas que emergiram mais claramente quando os paulistas cortaram as asas de Aécio pretendente à candidatura à Presidência pelo partido. Foi a gota d’água para um tucano disposto a voar. José Serra, ainda governador, bloqueou as prévias internas que Aécio propunha e forçou o mineiro a abrir espaço para mais uma candidatura paulista. Aos 68 anos, Serra não tem mais tempo para esperar, porque, conforme anunciou no palanque que a revista Veja lhe ofereceu, preparou-se a vida inteira para ser presidente. E, tudo indica, fracassou.
Há duas semanas, em jantar no Rio de Janeiro, o ex-governador Aécio Neves empolgou-se ao falar da necessidade de reformas políticas no Brasil e, para sustentar os argumentos que desenvolvia junto a um grupo restrito de amigos, ele anunciou: “Eu vou sair do PSDB”, na casa de um empresário, em Copacabana, cercado de convidados importantes.
O cenário entre ele e os tucanos é de desgaste absoluto, embora no quadro da campanha presidencial cumpra, em Minas, segundo maior colégio eleitoral do País, o ritual da fidelidade ao candidato do PSDB. Ele arregaça as mangas por Serra, mas o esforço cessa no momento em que a solidariedade partidária pode pôr em risco o projeto que o ex-governador mineiro tem. Assim, a forte reação do eleitor mineiro excluiu a presença de Serra na propaganda de televisão de Antonio Anastasia, que lidera as pesquisas de intenção de voto no estado.
As eleições mineiras sorriem para Aécio. Ele está praticamente eleito para o Senado e o aliado dele, Itamar Franco, pode ficar com a segunda vaga. Mas os mineiros não sorriem na direção de São Paulo. Pesquisa do instituto Vox Populi mostra que apenas 8% do eleitorado, em Minas, votaria em José Serra “por causa de Aécio”. Reflexo: pesquisa do Ibope de 13 de setembro aponta Dilma com 31 pontos à frente de Serra.
Não será surpresa a desfiliação de Aécio do partido. O neto de Tancredo Neves caminha firme nessa direção. Só que em silêncio, como convém à tradição mineira da qual é herdeiro. A novidade é ter anunciado agora. Por descuido? Só acreditará nisso quem admitir que político mineiro se descuida com assunto tão melindroso.
Segundo a conversa desenrolada no jantar em Copacabana, Aécio já tem um novo projeto político na cabeça. Não vai buscar abrigo em nenhum outro partido ao abandonar os tucanos. Com a vitória da candidata do PT, quer estabelecer uma oposição democrática, já que o PSDB- renegou esse papel ao preferir abraçar o udenismo golpista.
O oposicionista mineiro sempre se afastou disso. Em 2005, manteve distância do episódio do chamado “mensalão” do PT, quando estava no governo de Minas. Atacou o ocorrido. De forma tão incisiva quanto genérica. Reagiu em nome da ética política. Em momento algum, no entanto, apoiou os movimentos subterrâneos que foram iniciados, sem sucesso, para abrir processo de impeachment contra Lula. E mesmo posteriormente, quando Fernando Henrique Cardoso capitaneou o movimento para que o presidente Lula desistisse de disputar a reeleição, Aécio, no governo de Minas, não misturou leite no café amargo que FHC, oposicionista paulista, oferecia.
É bem verdade que a decisão, em2005, pode ter sido companheira da cautela. Se as lambanças do publicitário mineiro Marcos Valério acertaram em cheio o PT, o mesmo aconteceria, depois, com o senador tucano Eduardo Azeredo, um político com trânsito livre no Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro. Aécio foi atingido apenas por respingos. Ao fim e ao cabo, esse “Valerioduto”, que irrigou de dinheiro muitas campanhas eleitorais petistas e tucanas, tem a nascente no território mineiro.
Em 2010, o já então ex-governador de Minas não avaliza o factoide contra a candidatura Dilma, criado a partir da quebra criminosa de sigilos fiscais na Receita Federal. Esquivou-se, também, de fazer coro às acusações contra a ex-ministra Erenice Guerra, da Casa Civil, que novamente tinha como alvo a candidata do PT. Não é de hoje, portanto, que ele evita essa linha de ação. Nesse caminho amadureceu uma decisão que botará em prática em momento mais oportuno após as eleições.
Em 2002, ainda no governo do estado, o tucano Aécio e o petista Fernando Pimentel, prefeito de Belo Horizonte, surpreenderam os respectivos partidos quando anunciaram um acordo em torno da candidatura de Márcio Lacerda, do PSB, para disputar a prefeitura da capital. A aliança, vitoriosa, provocou reações claras no PT e preocupação no PSDB.
O comportamento diferenciado de Aécio, no ninho tucano, o empurrou para o desacordo com os paulistas. É bom lembrar que o mineiro já chegou a pensar vagamente, em 2008, na migração para o PMDB por sugestão do presidente Lula. Não se deixou seduzir pela possibilidade de ser vice de Dilma, como, no futuro, não se encantaria com o convite formal para ser vice de Serra.
Uma possível vitória de Geraldo Alckmin para o governo de São Paulo seria mais uma sinalização a indicar para Aécio a porta de saída. Não haverá outra queda de braço com os paulistas dentro do mesmo partido.
Como sugerem as pesquisas, Aécio sairá turbinado na própria base política dele a partir do pleito de outubro. Ele pode ter uma vitória capaz de adubar o projeto que cultiva. Tancredo, avô de Aécio, tomou decisão semelhante, em 1980, após uma declaração de forte impacto naquela época: “O meu MDB não é o MDB de Arraes”. Foi um repúdio à chamada ala “autêntica” do MDB que fazia oposição mais radical à ditadura militar. Reunidos os moderados, Tancredo fundou e presidiu o Partido Popular (PP). A versão atualizada da frase do avô poderia ser adotada assim pelo neto: “O meu PSDB não é o PSDB de Serra”. Embora o PSDB dele não seja golpista. Após isso era só bater a porta e sair.
Definida a eleição de 2010, e confirmada a vitória do PT, o ex-governador mineiro já com o título de senador se tornará naturalmente o líder político dos moderados. E igualmente natural será o fato de se tornar o primeiro candidato de oposição à eleição de 2014. A partir da criação de nova legenda a tarefa será a de fisgar correligionários e costurar alianças. Há um amplo horizonte de especulações possíveis. Na mira dele está uma parte do PSB representada por Ciro Gomes, pelo prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda e, quem sabe, Cid Gomes, praticamente reeleito ao governo do Ceará.
Aécio pode buscar aliança com o PP (sigla coincidente com a do partido fundado pelo avô), cuja liderança maior, o senador Francisco Dornelles, além de mineiro é parente dele e serviu como auxiliar de Tancredo, quando esse- se tornou primeiro-ministro no regime parlamentar de 1964. Essa contabilidade política do novo partido leva em consideração dissidentes do PMDB e, é claro, do próprio PSDB. Nesse caso é possível pensar no senador cearense Tasso Jereissati em conflito com os tucanos paulistas. A bancada do partido que sair da batalha eleitoral, em Minas, deverá acompanhá-lo.
A consequência do movimento de re-acomodação partidária, que se prevê para ocorrer no próximo ano, independentemente da dissidência do ex-governador mineiro, com a inevitável desidratação política do PSDB, aponta para um cenário absolutamente novo que sugere uma constatação, não necessariamente marxista, mas obviamente inspirada ligeiramente em uma das passagens mais conhecidas do Manifesto Comunista de Marx e Engels. Nela se prevê que o capitalismo moderno, com a multiplicação do operariado, criaria o seu próprio coveiro.
O cenário político que se forma agora começou no ventre do capitalismo brasileiro moderno. Mais precisamente em meados dos anos 1970 com o movimento sindical, não revolucionário, fermentado nas linhas de produção da indústria automobilística do ABC paulista. Ali o velho Partido Comunista Brasileiro perdeu o controle dos movimentos sindicais. Os integrantes desse novo universo de operários não era também marionete de empresários que cultivavam sindicalistas dóceis chamados de “pelegos”.
O que não se previa é que daquele movimento surgiria o “coveiro” do setor reacionário do capitalismo, avesso a uma melhor distribuição das riquezas geradas no País. Ou seja, em favor de uma minoria que recebia a maior parte do bolo. Fica de fora uma parte substancial que, expressada em números, significa hoje 30 milhões de pessoas num total de 190 milhões.
O “coveiro” desse modelo capitalista moribundo é um nordestino, torneiro mecânico, surgido naquelas jornadas operárias do ABC. Apelidado de Lula, sem estar preocupado com a interpretação sobre o que ele faz, promove a maior revolução no capitalismo verde-amarelo do pós-Guerra. E, no plano campo, há campo para a oposição atuar, disputar e ganhar eleições com votos e não com expedientes golpistas.

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Ah, se o nome dela fosse Erenice!

Desde o fim de semana passado, tenho recebido uma dezena de e-mails por dia que, invariavelmente, me perguntam sobre a razão de ninguém repercutir, na chamada “grande imprensa”, a matéria da CartaCapital sobre a monumental quebra de sigilo bancário promovida, em 2001, pela empresa Decidir.com, das sócias Verônica Serra (filha de José Serra, candidato do PSDB à Presidência da República) e Verônica Dantas (irmã de Daniel Dantas, banqueiro condenado por subornar um delegado federal). Juntas, as Verônicas quebraram o sigilo bancário de estimados 60 milhões de correntistas brasileiros graças a um acordo obscuro fechado, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, entre a Decidir.com e o Banco do Brasil, sob os auspícios do Banco Central. Nada foi feito, desde então, para se apurar esse fato gravíssimo, apesar de o então presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), ter oficiado o BC a respeito. Nada, nenhuma providência. Impunidade total.

Temer, atualmente, é candidato da vice na chapa da petista Dilma Rousseff, candidata do mesmo governo que, nos últimos dias, mobilizou o Ministério da Justiça, a Polícia Federal, a Controladoria Geral da União e a Comissão de Ética Pública da Presidência da República para investigar uma outra denúncia, feita contra a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, publicada na revista Veja no mesmíssimo dia em que a Carta trazia a incrível história das Verônicas e a quebra de sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros.

Justíssima a preocupação do governo em responder à denúncia da Veja, até porque faz parte da rotina do Planalto fazer isso toda semana, desde 1º de janeiro de 2003. É quase um vício, por assim dizer. Mas por que não se moveu uma palha para se investigar as responsabilidades sobre, provavelmente, a maior quebra de sigilo do mundo ocorrida, vejam vocês, no Brasil de FHC? Que a mídia hegemônica não repercuta o caso é, para nós, da Carta, uma piada velha. Os muitos amigos que tenho em diversos veículos de comunicação Brasil afora me contam, entre constrangidos e divertidos, que é, simplesmente, proibido citar o nome da revista em qualquer um dos noticiários, assim como levantar a possibilidade, nas reuniões de pauta, de se repercutir quaisquer notícias publicadas no semanário do incontrolável Mino Carta. Então, vivemos essa situação surreal em que as matérias da CartaCapital têm enorme repercussão na internet e na blogosfera – onde a velha mídia, por sinal, é tratada como uma entidade golpista –, mas inexistem como notícias repercutíveis, definitivamente (e felizmente) excluídas do roteirinho Veja na sexta, Jornal Nacional no sábado e o resto de domingo a domingo, como se faz agora no caso de Erenice Guerra e a propina de 5 milhões de reais que, desaparecida do noticiário, pela impossibilidade de ser provada, transmutou-se num escândalo tardio de nepotismo.

Enquanto o governo mete-se em mais uma guerra de informações com a Veja e seus veículos co-irmãos, nem uma palha foi mexida para se averiguar a história das Verônicas S. e D., metidas que estão numa cabeludíssima denúncia de quebra de sigilo bancário, justamente quando uma delas, a filha de Serra, posava de vítima de quebra de sigilo fiscal por funcionários da Receita acusados de estar a serviço da campanha de Dilma Rousseff. Nem o Ministério da Justiça, nem a Polícia Federal, nem a CGU, nem Banco Central tomaram qualquer providência a respeito. Nenhum líder governista no Congresso deu as caras para convocar os suspeitos de terem facilitado a vida das Verônicas – os tucanos Pedro Malan e Armínio Fraga, por exemplo. Nada, nada.

Então, quando me perguntam o porquê de não haver repercussão das matérias da CartaCapital na velha mídia, eu respondo com facilidade: é proibido. Ponto final. Agora, se me perguntarem por que o governo, aliás, sistematicamente acusado de ter na Carta um veículo de apoio servil, não fazer nada para apurar a história da quebra de sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros, eu digo: não faço a menor idéia.

Talvez fosse melhor vocês mandarem e-mails para o Ministério da Justiça, a Polícia Federal, a CGU e o Banco Central.
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Carta aberta aos nobres jornalistas Noblat e Merval Pereira


Caros jornalistas, antes de tudo, gostaria de me apresentar: meu nome é José Marcos, sou um profundo admirador e leitor assíduo das suas colunas , aos quais me servem de guia para entender os , muitas vezes, infelizmente, obscuros caminhos da nossa política. Com o tempo descobri que poucos jornalistas, os quais vos incluo, conseguem manter a imparcialidade e a ética nesta nobre missão de informar ao leitor as nuances da disputa política. Portanto, qual não foi a minha surpresa quando percebi que a grave denuncia da revista Carta Capital, nº. 613, sobre a extinta empresa da Filha do nosso futuro Presidente José Serra, que expôs os dados bancários de “apenas” 60 (sessenta) milhões de brasileiros na época do governo FHC, não foi objeto de comentários em suas inserções, no também imparcial jornal O Globo.
É claro que a reportagem da revista Veja, da qual também sou leitor assíduo, está sendo corretamente abordada por vocês, pois fico até desesperado em, apenas, imaginar o Brasil sem as matérias desta que considero a publicação mais patriótica e isenta desta nação. No entanto, apesar da Carta Capital não ter a grandeza e importância da nossa querida Veja, acredito que pela gravidade do escândalo esse assunto mereceria figurar nas suas brilhantes análises.
Como conhecedor da inquestionável probidade de vocês, tenho certeza que este pequeno lapso não foi motivado por nenhuma razão obscura, mas sim, muito provavelmente, pelo grande numero de afazeres que jornalistas desse quilate acabam assumindo. Dessa forma, quero humildemente alertá-los para esse fato, na certeza de que, tão logo tenham conhecimento do tema, passarão a abordá-lo em suas colunas.
Aproveito a oportunidade, na esperança que a grande maioria dos profissionais dessa área se espelhe na indubitável ética e imparcialidade que vocês transmitem para o seu público leitor, para renovar meus sinceros protestos de distinta consideração.
Nota: Vou mandar cópia desta carta para alguns dos blogs que, com muita lucidez, são chamados de “sujos” pelo Presidente Serra, além é claro para a revista “Carta Capital”.

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Companheir@s blogueir@s, Boa tarde! Tudo bom?

Amanhã, domingo (12), é dia de debate televisivo com Dilma, pela Rede TV!. Vamos fazer aquela tradicional divulgação e cobertura colaborativa?

A equipe da #dilmanarede estará em Osasco, na sede da emissora, e trará todas as informações de bastidores. Acompanhe pelo site e pelo Twitter @dilmanarede. Também vamos transmiti-lo em tempo real no mesmo canal de sempre (canal #dilmanarede) e por meio do código de incorporação. Fiquem a vontade para transmitir também!

O debate da Rede TV! começa a partir das 21h, e é realizado em parceria com a Folha de S.Paulo. Também participarão os candidatos José Serra, Marina Silva e Plínio de Arruda. Será dividido em cinco blocos, sendo três com perguntas entre os candidatos e outros dois com questionamentos de jornalistas.

Comício
Na segunda-feira (13), nossa candidata e Lula participarão de um grande comício em Joinville (SC). O ato será às 19h30, na Praça Dário Salles - Centro. Desta vez, a transmissão será pelo canal de eventos - canal ao vivo. Fiquem a vontade para transmitir este também!

Contamos com vocês! Falem o que pensam, mostrem seu apoio e desejo por um País melhor...Contribuam para uma cobertura democrática! ;)

Carta Capital
Vocês viram a matéria de capa da Carta Capital desta semana? 
Do Boca no Trombone: 
Um abraço,
Paulo.

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A maior quebra de sigilos do mundo

Você saiba quem praticou?..
Quem foi a [in] responsável?...
De quem a dita suja é filha?...

A revista CartaCapital que está nas bancas traz reportagem de Leandro Fortes que vai calar o Zé Baixaria e seus auto-falantes do PiG (*).

Por 15 dias no ano de 2001, no governo FHC/Serra a empresa Decidir.com abriu o sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros.

É isso mesmo o que o amigo navegante leu: a filha de Serra abriu o sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros por 15 dias durante o governo FHC/Serra.

A Decidir.com é o resultado da sociedade, em Miami, da filha de Serra com a irmã de Daniel Dantas. 

Veja aqui a prova da associação com documentos do Estado da Flórida, nos Estados Unidos.

O primeiro “plano de negócios” da empresa era assessorar licitações públicas.

Imagine, amigo navegante, assessorar concorrências !

A certa altura, em 2001, a empresa resolveu ser uma concorrente da Serasa.

Fez um acordo com o Banco do Brasil e através disso conseguiu abrir sigilos bancários.

O notável empreendimento de Miami conseguiu também a proeza de abrir e divulgar a lista negra do Banco Central.

O intrépido jornalismo da Folha (**) fez uma reportagem sobre o assunto, mas motivos que este ordinário blogueiro não consegue imaginar, omitiu o nome da empresa responsável pelo crime.

A Folha (**) abriu ela própria o sigilo de 700 autoridades que passaram cheques sem fundo.

O então presidente da CÂmara Michel Temer oficial o Banco Central.

E, a partir daí, operou-se um tucânico abafa.

O Banco Central não fez nada.

A Polícia Federal não fez nada.

O Ministério da Fazenda não fez nada.

O Procurador Geral da República não fez nada.

Faltava pouco para a eleição presidencial de 2002, quando José Serra tomou a surra de 61% a 39%.

A filha dele largou a empresa, provavelmente em nome dos mais altos princípios da Moral.

Mino Carta tem a propriedade de publicar reportagens que equivalem a tiro de misericórdia.

Quando dirigia a revista Isto É, publicou a entrevista do motorista que implodiu o governo Collor.

Agora, ele e Leandro, processados por Gilmar Dantas (***), dão o tiro de misericórdia na hipocrisia dos tucanos paulistas.

A partir desta edição da CartaCapital, a expressão “violar o sigilo” passa a ser uma forma de ofensa à memória dos brasileiros.


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A hora da TV

Edição 608
Entregues às câmeras, os candidatos à Presidência da República apostam suas últimas fichas de campanha
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O presidente da UNE coloca o dedo na ferida

"A MÍDIA se horroriza com os recursos que a UNE recebeu, mas não se incomoda em ter recebido R$ 776 milhões de verbas publicitárias do Governo Federal em 2008"

CartaCapital

Os mesmos jornais que se horrorizam com o fato de termos recebido recursos para reunir 10 mil estudantes de todo o Brasil não parecem incomodados em receberem, eles próprios, um montante considerável de verbas publicitárias do governo federal. Em 2008, as verbas públicas destinadas para as emissoras de televisão foram de R$ 641 milhões, já os jornais receberam quase R$ 135 milhões.

Ora, por qual razão os patrocínios recebidos pela UNE corrompem nossas ideias enquanto todo este recurso em nada arranha a independência desses veículos? A UNE desafia cada um deles: declarem que de hoje em diante não aceitam um centavo em dinheiro público e faremos o mesmo! De nossa parte temos a certeza que seguiremos nossa trajetória!

Com certeza não teremos resposta. Pois não é esta a questão principal. O que os incomoda e o que eles querem ocultar: a discussão sobre o futuro do Brasil e a opinião dos estudantes.
(...) Mas, onde estavam os jornais, as TV’s, rádios e revistas para noticiar essas manifestações? Reunimos, em julho de 2007, mais de 20 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios para pedir mudanças na política econômica do governo Lula e nenhuma nota foi publicada ou divulgada sobre isso.

(...) UNE acaba de sair do seu 51º Congresso, um dos mais importantes e o mais representativo da sua história. Mais de 2.300 instituições de ensino superior elegeram representantes a este fórum, contabilizando as impressionantes marcas de 92% das instituições envolvidas, mais de 2 milhões de votos nas eleições de base e de 4 milhões e meio de universitários representados.

Continua: http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=4629

Lula e seu povo

Dizem que Luiz Inácio Lula da Silva é um predestinado, bafejado pela fortuna e protegido pelos deuses gregos. Pode ser. Teriam sido elas, a sorte e as divindades do destino, que, por exemplo, depositaram Fernando Henrique Cardoso no caminho de Lula. Ou atiçaram a gula chinesa e indiana por nosso minério de ferro e nossa soja.

Sim, o príncipe dos sociólogos foi o grande cabo eleitoral do ex-torneiro mecânico nas eleições de 2002. O currículo presidencial de quem conseguiu quebrar o País por três vezes e o deixou à míngua é realmente imbatível. A bola quicou na pequena área, o goleiro agarrou ar puro, só faltou empurrar malhas adentro.

É inegável também que a situarão mundial contribuiu para elevar os índices de crescimento ao longo do governo Lula. Mas ele não chegou lá por acaso. Não se desmereçam os senhores do destino, tampouco o nosso herói. Desde a adolescência, quando a mãe faxineira enterrava os filhos menores até o pescoço no quintal para que não se afastassem da casinhola enquanto trabalhava, Lula fez a sua própria sorte.

Fosse ele um gato, diríamos que estes quinze anos devida de CartaCapital registram o ensaio do pulo e o próprio, pontualmente repetido graus às artimanhas do já citado FHC para alcançar a sua reeleição em 1998. Não imaginava que o espelho do futuro refletiria alguém mais bem-sucedido e infinitamente mais popular.

Pois é, os senhores emplumados (de penas medíocres) não contavam com o povo, o que faz sentido em um país onde sonham e por ora realizam a democracia sem povo. Eis um aspecto muito relevante na eleição e na reeleição de Lula. A conexão entre este e a maioria dos brasileiros atingiu enfim uma definição clamorosa.

Não é que a mídia, face peremptória do poder, não se tenha empenhado com força total para neutralizar o Sapo Barbudo, como se deu em 1989, 1994 e 1998. Desta vez não colou, em primeiro lugar, pela razão já apontada: o naufrágio do governo FHC, tragado de vez pelo redemoinho do segundo mandato.

Como se sabe, o povo brasileiro vive no limbo, ao trazer no lombo a marca do chicote da escravidão. Inerte, resignado, em parte inconsciente da cidadania. O poder planta-se sobre esta apatia. Graças a FHC, em 2002 o mecanismo não funcionou, com a inegável colaboração do escasso apelo do candidato José Serra. E a vitória de Lula foi, inclusive, a derrota da mídia.
Desde a campanha, com a Carta aos Brasileiros, o candidato do PT cuidou de exibir a sua vocação de conciliador. Em entrevista que me concedeu em fins de 2005, em meio à crise do chamado mensalão, lá pelas tantas ele disse, impassível: “Você sabe que eu nunca fui de esquerda”. Retruquei: “Espera aí”.

O líder da brava resistência à ditadura representada pelas greves do ABC de 1978, 79 e 80 não podia deixar de ser de esquerda. Creio ter sido aquele o principal e eficaz movimento civil organizado contra o regime, fardado e à paisana. Não somente mostrou que no Brasil não havia apenas pelegos, mas também foi berço do Partido dos Trabalhadores, nascido, é bom sublinhar, com uma plataforma ideológica francamente de esquerda.

As mudanças da política mundial e a queda do Muro de Berlim exigiram retoques, nem por isso o PT deixou de ser partido esquerdista, sem detrimento da tendência inegavelmente conciliadora de Lula. Não me surpreenderia se ele dissesse nunca ter lido Marx, suponho que um dos seus modelos seja Dom Quixote, representado na casa modestíssima do operário dos anos 70 por uma estatueta do herói de Cervantes. Enfeitava uma estante de poucos livros.

Aposto, porém, em um Quixote mítico, intérprete de destemor e inconformismo, em lugar do tresloucado cavaleiro fora do seu tempo. Lula mantém os pés no chão e a cabeça na exata atmosfera do presente. Impossível imaginá-lo a navegar nas nuvens. Depois do “espera aí”, invoquei a necessária busca da igualdade em um país tão desigual, e acentuei que bastava caminhar neste rumo para ser de esquerda. Ele admitiu, sem pestanejar.

Desde fins de 1977, quando conheci Lula, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, percebi, e até me pareceu tocar com a ponta dos dedos, seu Q.I. Altíssimo, aliado a uma simpatia invulgar, fatores decisivos da sua facilidade de comunicação. Do seu carisma, como se diz.

Até hoje, não falta quem insista em proclamar sua lida árdua com a gramática e a sintaxe. Sobretudo a sintaxe. Aleivosias cada vez mais ridículas. Grotescas. Lula exprime-se muito bem, mesmo ao tropeçar, eventualmente, no tempo de um verbo.

Já escrevi, e repito: orgulho-me de ter compreendido desde logo que o homem iria longe. Não ouso sustentar que cheguei a imaginá-lo na Presidência da República. Quando chegou, porém, não me caiu o queixo. Esperava dele um governo mais determinado, mais assertivo, mais corajoso, especialmente no combate ao insuportável desequilíbrio social, a meu ver o maior obstáculo à contemporaneidade do Brasil.

Vislumbro no MST o único movimento envolvido nessa direção, mas não vi no governo a intenção de apoiá-lo na justa medida. Não me comovi com o Bolsa Família, conquanto lhe reconheça alguns méritos. De monta discutível, de todo modo. Em contraposição, assisti à tomada de medidas que favoreceram a onda neoliberal e obstaram a produção, conforme o figurino finalmente demolido pela crise global.

Sim, não se tratou de um governo de esquerda, longe disso. Mesmo assim a personagem Lula é de porte notável, a merecer a exclamação de Barack Obama, este é “o cara”. Trata-se de um campeão da confiança em si mesmo, primeiro motivo da obstinação bem posta. 

O reconhecimento internacional premia uma política exterior afirmativa, digna de um país consciente das suas primazias, e, ainda mais, a devastadora empatia da figura presidencial.

Os motivos do sucesso lá fora são, de todo modo, diversos daqueles que levam a índices de aprovação nunca navegados no País. 

O presidente mais popular da história do Brasil, para desespero da mídia nativa, deve seu êxito sem paralelos à identificação com seu povo. A maioria dos brasileiros enxerga nele o semelhante, no sentido mais completo da palavra, que se sentou no trono.

Até hoje a mídia não perde a oportunidade, por mais vaga ou descabida, para apontar Lula e seu governo à execração pública. Furo n’água. Rapazes, desistam, enquanto ele for presidente. A maioria fecha com ele em quaisquer circunstâncias. Automaticamente. Roboticamente. Donde o retumbante fracasso da mídia, rosto do poder.

Este também é fato inédito. Talvez se trate do maior mérito, da maior qualidade do governo Lula. De forma muito mais clara do que no caso de Getúlio Vargas, o velhinho sorridente, estabeleceu-se uma ligação direta entre a nação e seu líder.

Não convém iludir-se, contudo, com a derrota da mídia. E, portanto, dos vetustos donos do poder. O próximo presidente não será um ex-torneiro mecânico habilitado à Presidência da República. Conquanto não venha a cair meu queixo se, ao contrário do que os analistas vaticinam, Lula conseguir mais uma façanha: transferir ao seu candidato, ou melhor, candidata, o peso da sua avassaladora popularidade.

A verificar. Sobra a certeza: o sucessor, seja quem for, não contará com o apoio automático, robótico, da nação. Com todas as implicações desta situação. Suas escolhas terão de ser muito mais nítidas. À direita ou à esquerda. Lula é sempre entendido, se for o caso, sempre perdoado. Santificado, ao cabo. O destino do futuro presidente é muito mais complexo e difícil, porque não gozará de tais regalias. O burguês em lugar do operário.

Vem à tona a memória do passado, o ABC, o sindicato naquela ladeira íngreme, o Estádio de Vila Euclydes lotado, Lula no palanque. Deitava sua oratória impetuosa, às vezes tropeçava no tempo dos verbos. Recordo também Fernando Henrique, esforçou-se para impedir que Raymundo Faoro subisse ao palanque do presidente do sindicato. Tentativa fracassada, 30 anos atrás.

Estranhos, singulares, misteriosos cruzamentos de pessoas e pensamentos. Me ocorre um almoço em um bar de São Bernardo, entre Lula e FHC, não sei bem por que me sentei à mesma mesa. Creio ter sofrido sardinhas fritas e ovos duros. Lembro que murmurei aos ouvidos dos meus botões: “Sujeitos muito diferentes…”